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Greve na Petrobras: estatal diz que paralisação de petroleiros não impacta produção

A Petrobras (PETR3; PETR4) informou em nota que foram registradas manifestações em unidades da companhia em virtude do movimento grevista dos petroleiros, iniciado nesta segunda-feira, mas acrescentou que não há impacto na produção de petróleo e derivados. Os papéis da companhia operavam mistas no começo desta tarde, com PETR4 avançando e PETR3 caindo. elsquo;A empresa adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações e reforça que o abastecimento ao mercado está garantidoersquo;, disse a Petrobras. A estatal destacou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de agosto deste ano. Na última terça-feira, a companhia apresentou mais uma proposta, que segundo a empresa contempla elsquo;avanços aos principais pleitos sindicaisersquo;. elsquo;A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais.ersquo; (Reuters)

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Estudo aponta que demanda por biocombustíveis pode quadruplicar até 2050

A demanda global por biocombustíveis pode crescer entre 2,5 e 4 vezes até 2050, dependendo das políticas públicas adotadas pelos países. A projeção consta em estudo conjunto da Bain eamp; Company e Amcham Brasil divulgado em dezembro de 2025. Mesmo com o avanço da eletrificação, cerca de 44% das emissões do setor de transportes permanecem em segmentos onde soluções elétricas não são viáveis. O que abre espaço para combustíveis como biodiesel, diesel renovável, etanol, biometano e, principalmente, o combustível sustentável de aviação (SAF) O Brasil aparece em posição estratégica nesse cenário. O país tem potencial para ampliar a produção de biocombustíveis avançados e atender tanto ao mercado interno quanto à demanda internacional. Iniciativas como o RenovaBio, a Lei do Combustível do Futuro e o aumento das misturas obrigatórias de etanol e biodiesel reforçam esse movimento. Custos e barreiras O estudo alerta, no entanto, para desafios relevantes do lado da oferta. A partir de 2030, pode haver um déficit global de até 20% de matérias-primas. O que exigirá investimentos em novas culturas, aproveitamento de resíduos e rotas tecnológicas alternativas. Sem avanços nesse campo e sem maior previsibilidade regulatória, o custo dos biocombustíveis sustentáveis tende a permanecer acima dos combustíveis fósseis. O SAF, por exemplo, custa de 2 a 3 vezes mais que o querosene convencional, exigindo incentivos para viabilizar investimentos. A falta de padrões internacionais harmonizados para certificação e cálculo de pegada de carbono dificulta acesso ao mercado global. Segundo o estudo, políticas públicas consistentes, cooperação internacional e estabilidade regulatória serão determinantes para transformar o potencial dos biocombustíveis em escala real, consolidando o setor como pilar da segurança energética e da descarbonização global.

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Fecombustíveis participa como Amicus Curiae em processos de recuperação de créditos de PIS/Cofins

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informa que, em defesa dos direitos da revenda, ingressou como Amicus Curiae em três ações judiciais de recuperação de créditos de PIS/Cofins incidentes sobre as aquisições de óleo diesel. As mencionadas ações representam o Tema de Repercussão Geral 1339, em pauta no STJ. O Amicus Curiae significa amigo da corte e representa um terceiro (Federação, Associação, etc.) que, na defesa dos legítimos interesses dos seus representados, ingressa no processo com a finalidade de fornecer informações relevantes que possam auxiliar o Tribunal a tomar uma decisão. No caso específico, a discussão sobre o recebimento dos créditos de PIS/Cofins remonta à Lei Complementar nº 192/2022, que estabeleceu o direito de crédito quanto a tais tributos federais, para toda a cadeia, no que diz respeito às operações de aquisição de diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação. Alguns meses depois, o governo federal editou uma Medida Provisória que modificou o direito estabelecido pela referida legislação, e na sequência foi editada a Lei Complementar nº 194/2022, que estabeleceu, de maneira inequívoca, o fim dos créditos em questão. No meio jurídico é defendido o entendimento de que os créditos de PIS/Cofins vinculados às operações comerciais anteriormente mencionadas seria retroativo e se daria no período de 11 de março de 2022 a 20 de setembro de 2022. Ou seja, ao longo desse período, os agentes da cadeia de combustíveis, inclusive o adquirente final, poderiam ter direito ao recebimento dos créditos a partir do ingresso em ações na Justiça. Atualmente, há decisões favoráveis e desfavoráveis aos contribuintes nos tribunais de todo o país, de modo que o objetivo do referido Tema 1339 é uniformizar a jurisprudência. Em 12 de novembro, o julgamento do mencionado tema foi iniciado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a FECOMBUSTIVEIS esteve presente e realizou sustentação oral, representada que está pelos advogados Marcelo Altoé e João Gomes Netto, do escritório Machado, Mazzei e Pinho Advogados, de Vitória/ES. O julgamento terá continuidade nas próximas semanas, uma vez que foi retirado de pauta em razão de pedido de vista do Min. Teodoro Silva Santos. É necessário destacar que a decisão que for tomada pelo STJ será válida para todo o país, o que reforça a relevância da atuação da Fecombustíveis no Tema 1339.

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Petroleiros entram em greve nesta 2ª feira

Funcionários da Petrobras entram em greve nesta 2ª feira (15.dez.2025) depois de rejeitarem a 2ª contraproposta da estatal para o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros). A paralisação é por tempo indeterminado e deve ter adesão ampla da categoria, informou a federação. Em nota, a FUP classificou a proposta apresentada pela estatal, presidida por Magda Chambriard, como uma eldquo;provocaçãoerdquo; aos trabalhadores. A FUP diz representar cerca de 100 mil trabalhadores do setor de petróleo por meio de 13 sindicatos filiados. Enquanto a Petrobras desembolsou, apenas nos 9 primeiros meses deste ano, R$ 37,3 bilhões em dividendos, a categoria recebeu uma contraproposta de ACT com 0,5% de ganho real, além de retrocessos e diferenciações de direitos entre trabalhadores da holding e das subsidiáriaserdquo;, disse a federação. Para ler esta notícia, clique aqui.

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A punição ao devedor contumaz

Oito anos de tramitação é um prazo excessivo para qualquer matéria no Congresso Nacional, ainda mais para aquelas que não embutem mudanças constitucionais e não representam uma ampla e complexa reforma estrutural. Por isso, não há justificativa plausível para tamanha demora na aprovação do projeto que cria e tipifica a figura do devedor contumaz, conhecido desde priscas eras como sonegador de impostos, que agora fica sujeito a punições mais rigorosas. Nas aprovações recentes no Senado e na Câmara, depois de longa e inexplicável resistência em pautar a votação do projeto, os parlamentares apenas cumpriram o seu papel de zelar pela ordem econômica e pelo bem-estar da sociedade. E o fizeram, ressalte-se, encurralados por operações da Polícia Federal, do Fisco e de Ministérios Públicos Estaduais que não deixaram dúvidas sobre a estratégia de negócios das gangues travestidas de grupos empresariais. Os chamados devedores contumazes estão ligados não apenas à sonegação, mas também à lavagem de dinheiro, ao conluio com o crime organizado e, por vezes, ao tráfico de armas e drogas. São bandidos e como tais devem ser tratados. Diante das múltiplas evidências escancaradas pelas investigações, que desmantelaram fraudes bilionárias tendo como fachada empresas legalmente constituídas com a finalidade de escamotear a atividade criminosa, não houve pressão lobista capaz de manter o projeto engavetado. A relutância do Legislativo em deliberar sobre a proposta expôs não o cuidado dos parlamentares em debater o projeto à exaustão, o que seria uma atitude meritória, ainda que seja difícil comprar a tese de que a instituição do Código de Defesa do Contribuinte seja matéria intrincada a ponto de consumir tanto tempo. Na verdade, o prazo de permanência na gaveta expressou a total falta de prioridade da medida para os parlamentares, seja qual for motivo, apesar de representar um passo importante na recuperação de dívidas estimadas em cerca de R$ 200 bilhões em setores como o de combustíveis, bebidas e cigarros, entre outros. O projeto, enviado à sanção presidencial, prevê a baixa do CNPJ de empresas identificadas como devedoras contumazes endash; em âmbito federal, com dívida injustificada superior a R$ 15 milhões e correspondente a mais de 100% do seu patrimônio; nos níveis estadual e municipal, quem tem dívidas tributárias por pelo menos quatro períodos de apuração consecutivos ou seis alternados no prazo de 12 meses sem justificativa. É importante que as pessoas físicas associadas a esses CNPJs sejam também responsabilizadas e exemplarmente punidas para estancar a contaminação da bandidagem que se espalhou por diversos setores econômicos, chegou ao mercado financeiro e serve de elo entre o crime organizado e a economia formal. Como levantou a Receita Federal na Operação Carbono Oculto, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) usava mais de mil postos de combustíveis em dez Estados e controlava 40 fundos de investimentos para lavar dinheiro. Isso, além de crime, é um escárnio com as instituições e o poder constituído.

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Empresa de combustível tem R$ 78 milhões bloqueados por sonegação fiscal em MT

Uma empresa do setor de combustíveis teve R$ 78,9 milhões em bens bloqueados durante a segunda etapa da Operação Dívida Inflamável, nesta sexta-feira (12), em Mato Grosso. A ação investiga um esquema de sonegação fiscal no estado. Segundo a Polícia Civil, essa fase da operação determinou o bloqueio de bens, valores, imóveis e veículos pertencentes à empresa investigada, suas filiais e diversas pessoas jurídicas e físicas que integram o mesmo grupo. As investigações apontaram que a empresa acumula dezenas de Certidões de Dívida Ativa, além de autuações e levantamentos fiscais que indicam a sonegação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), omissão de operações, divergências de estoque, retenção a menor de ICMS e reutilização de documentos fiscais com informações falsas. A Coordenadoria de Inteligência da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT) identificou ainda um conjunto de empresas e pessoas físicas conectadas entre si por administração comum, compartilhamento de bens, endereços, veículos, garantias cruzadas e movimentação interna de patrimônio. A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz-MT), que instaurou o inquérito a partir de um pedido da 14ª Promotoria de Justiça da Ordem Tributária.

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