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Estoques de petróleo nos EUA caem 1,274 milhão de barris, revela DoE

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 1,274 milhão de barris, a 424,417 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal projetavam queda de 1,9 milhão de barris. Os estoques de gasolina subiram 4,808 milhões de barris, a 225,627 milhões de barris, ante expectativa de alta de 1,2 milhão. Já os estoques de destilados aumentaram em 1,712 milhão de barris, a 118,5 milhões de barris, contrariando queda esperada de 300 mil barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 94,5% a 94,8%, superando expectativa de estabilidade. Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 742 mil barris, a 20,862 milhões de barris. A produção média diária de petróleo caiu para 13,843 milhões de barris na semana. Com informações da Dow Jones Newswires. (Estadão Conteúdo)

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Critério ambiental incentiva redução no consumo de diesel no transporte rodoviário

A exigência de critérios mínimos de sustentabilidade na nova linha de crédito de R$ 6 bilhões para renovação da frota de caminhões cria um incentivo direto à redução do consumo de diesel no transporte rodoviário, ao estimular a troca de veículos antigos por eldquo;modelos mais eficientes e de menor impacto ambientaleldquo;, segundo a Medida Provisória nº 1.328, publicada nesta terça-feira (16/12). Como o transporte de cargas é majoritariamente movido a diesel no Brasil, a vinculação do crédito a requisitos ambientais tende a acelerar a saída de caminhões mais antigos emdash; que consomem mais combustível por quilômetro rodado emdash; e a priorizar a entrada de veículos com melhor desempenho energético, alterando gradualmente o perfil de demanda por diesel no setor. Segundo nota do Planalto, a MP, em vigor a partir da publicação, autoriza a destinação de até R$ 6 bilhões a linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de caminhões novos ou seminovos por caminhoneiros e empresas de transporte, com foco na renovação da frota nacional. A linha atende transportadores autônomos, cooperados, empresários individuais e pessoas jurídicas do transporte rodoviário de cargas. Os financiamentos deverão cumprir critérios mínimos de sustentabilidade ambiental, social e econômica, definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No caso de caminhões novos, o crédito ficará restrito a veículos de fabricação nacional credenciados pelo BNDES. Para caminhões seminovos, o financiamento será limitado a transportadores autônomos e cooperativas, conforme estabelece a medida provisória. A norma também autoriza condições diferenciadas de juros, prazos e carência para quem entregar caminhões antigos como contrapartida, especialmente veículos com mais de 20 anos de uso. O texto prevê ainda estímulos adicionais para transportadores autônomos que optarem por modelos mais eficientes e de menor impacto ambiental. De acordo com o governo federal, a exigência de critérios de sustentabilidade será central na concessão do crédito e funciona como mecanismo de indução à modernização da frota, com reflexos tanto na eficiência logística quanto no consumo de combustíveis fósseis no transporte pesado. Os financiamentos poderão ser contratados até 30 de junho de 2026, segundo a MP. Além da linha voltada ao transporte rodoviário, a MP amplia regras de renegociação de dívidas rurais ao alterar a MP nº 1.314, permitindo a liquidação de financiamentos do Plano Safra 2024/2025, inclusive operações renegociadas ou prorrogadas.

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Distribuidoras devem pagar a conta de decisão do STJ sobre combustíveis

Os julgamentos recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre créditos de PIS/Cofins no setor de combustíveis deixam evidente uma mensagem central: a monofasia não apenas prevalece, mas ela se impõe como limite quase absoluto à não cumulatividade. E os impactos para as distribuidoras são concretos, consistentes e, na minha avaliação, revelam um alinhamento cada vez mais rígido do tribunal à lógica legislativa de concentração tributária na origem. No REsp 2.194.658/SE, o STJ analisou o pedido de uma distribuidora que buscava tomar créditos sobre a aquisição de gasolina A e óleo diesel A utilizados na formulação da gasolina C e do diesel B. A Corte negou provimento ao recurso ao entender que esses que esses produtos estão submetidos ao regime monofásico, em que a tributação se concentra na etapa inicial da cadeia, com alíquota zero nas seguintes. Diante dessa estrutura, e considerando que as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 vedam expressamente o crédito de bens monofásicos, o Tribunal aplicou exatamente o que já havia consolidado no Tema 1.093. Se gasolina A e diesel A são monofásicos, concluiu o STJ, não há direito a crédito, ainda que esses produtos sejam utilizados como insumo na composição de outros combustíveis. É uma leitura formal, mas totalmente coerente com a lógica legislativa adotada. Na sequência desse mesmo raciocínio, o REsp 1.711.904 examinou o caso do etanol anidro (AEAC) adicionado à gasolina C. A distribuidora tentou criar uma distinção, alegando que o AEAC seria um insumo essencial e que essa característica abriria espaço para crédito. O STJ, porém, voltou a aplicar o Tema 1.093 e afastou a tese. O relator enfatizou que a distribuidora não fabrica tecnicamente a gasolina C, não recolhe PIS/Cofins nas operações de saída e tampouco suporta as alíquotas concentradas da monofasia, fatores que, no entendimento da Corte, tornam incompatível a aplicação da não cumulatividade nessa etapa. A decisão reforça uma interpretação clara: sem função produtiva tributariamente relevante, não há crédito. O REsp 1.965.163 completou esse bloco ao tratar do etanol hidratado, em um ambiente que combina elementos mono e plurifásicos. A distribuidora argumentava que, diante da tributação plurifásica prevista para o álcool e da regra geral da não cumulatividade, teria direito a créditos. O STJ rejeitou a tese. Entendeu que, quando o legislador concentra a tributação em etapa específica, a distribuidora não pode eldquo;reintroduzirerdquo; a não cumulatividade pela via do creditamento, ainda que existam momentos plurifásicos na cadeia. Em termos práticos, o Tribunal reforçou que, tanto para o etanol anidro quanto para o hidratado, a lógica da monofasia prevalece, consolidando uma leitura mais rígida e alinhada à própria opção legislativa de concentrar a carga na origem. É nesse contexto que entra o REsp 1.971.879/SE. E, ao contrário do que muitos sugerem, não há conflito entre ele e os demais. O próprio STJ separou claramente os universos. Nos casos envolvendo gasolina A, diesel A, etanol anidro e hidratado, todos sob monofasia, prevaleceu a regra do Tema 1.093: bens monofásicos adquiridos para revenda, ou utilizados em operações nas quais a distribuidora não exerce função produtiva relevante, não geram crédito. Já no REsp 1.971.879/SE, o tribunal reconheceu uma situação excepcional, em que o AEAC não é mercadoria para revenda, mas sim um insumo essencial na formulação da gasolina C, atividade atribuída às distribuidoras e reconhecida como produtiva pela regulação específica. Nesse cenário restrito, aplicou-se o art. 3º, II, das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, combinado com normas especiais e com o componente ambiental do produto, admitindo o crédito. É uma exceção delimitada, que convive harmonicamente com a regra geral. E é justamente aqui que reside o principal impacto das decisões de hoje. Os três recursos julgados com negativa consolidam uma orientação mais rígida e menos flexível para o creditamento de PIS/Cofins em combustíveis sujeitos à monofasia na etapa de distribuição. O espaço para planejamento tributário fica sensivelmente reduzido. Os custos permanecem integralmente incorporados ao preço de aquisição e as margens das distribuidoras são comprimidas, reforçando a concentração tributária na origem que o modelo monofásico busca produzir. Do ponto de vista das empresas, essas decisões exigem revisão das teses de creditamento baseadas em insumos sujeitos à monofasia, readequação de estratégias de planejamento tributário e maior cautela na precificação, pois a tendência do STJ é clara no sentido de prestigiar a opção legislativa pela concentração da tributação na origem, mesmo à custa da compressão de margens na etapa de distribuição. Ao mesmo tempo, há mais previsibilidade: o STJ alinha seus julgados ao Tema 1.093 e preserva apenas hipóteses muito específicas, como a do REsp 1.971.879/SE, nas quais a distribuidora é reconhecida como agente produtivo e o insumo possui relevância ambiental e regulatória. No demais, o recado está dado: na monofasia, a regra é a vedação ao crédito, e o Tribunal não parece disposto a flexibilizá-la o que, em termos econômicos, como consequência, quem absorve esse desenho são as distribuidoras, que veem seus custos permanecerem concentrados na origem, com pouco espaço para recomposição via creditamento.

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Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biomassa ameaça ritmo das usinas

Com a produção brasileira de etanol de milho projetada para alcançar 10 bilhões de litros até o final de 2025, segundo dados da Unem, o setor entra em uma fase de expansão que vem reconfigurando o mapa industrial do país. O avanço, porém, expõe um desafio que até pouco tempo era secundário e agora se torna decisivo para a competitividade das plantas: garantir energia térmica confiável, barata e sustentável para assegurar a operação crescente das usinas. A demanda por biomassa já dá sinais de pressão em polos importantes do Centro-Oeste, onde projetos de etanol, fertilizantes, processamento de grãos e indústrias madeireiras passaram a disputar o mesmo insumo. Em algumas regiões, agentes do setor já falam abertamente sobre o risco de eldquo;estreitamento de ofertaerdquo;, fenômeno equivalente a um possível apagão de biomassa em períodos de alta demanda. Um ponto sensível nesse contexto é a energia térmica, já que o vapor é o responsável por sustentar etapas críticas do processo industrial e responde por grande parte do custo operacional. Sem previsibilidade de preço e de suprimento, qualquer oscilação impacta diretamente margens e produtividade. A alternativa que começa a ganhar tração no setor é a adoção de soluções térmicas flexíveis, capazes de operar com múltiplas biomassas ao longo do ano, reduzindo o risco de escassez e garantindo a continuidade da operação. Em alguns projetos industriais, já existem caldeiras aptas a trabalhar com até 14 tipos diferentes de biomassa, incluindo cavaco de madeira, bagaço de culturas regionais e resíduos agrícolas. Nesse cenário, empresas especializadas na gestão de energia térmica passam a ocupar um espaço relevante. A ComBio, por exemplo, opera unidades dedicadas dentro de diferentes plantas industriais, assumindo integralmente a responsabilidade por suprimento, operação e desempenho das caldeiras. O modelo surgiu como alternativa para mitigar a volatilidade no mercado de biomassa e dar previsibilidade a setores que dependem de grandes volumes de vapor. Na prática, a empresa funciona como uma gestora térmica de longo prazo, capaz de adaptar a matriz de combustível conforme a disponibilidade regional e reduzir o impacto das oscilações do mercado. Segundo Ricardo Blandy, diretor comercial da ComBio, essa flexibilidade deixa de ser um diferencial e passa a ser condição básica de segurança energética: eldquo;Para o produtor de etanol de milho, a atenção ao suprimento de biomassa é vital, pois a usina simplesmente não funciona sem ela. Em várias regiões do país, já há um risco concreto de escassez desse insumo. Por isso, adotar caldeiras que operem com diferentes tipos de biomassa deixou de ser opção e se tornou uma exigência para garantir segurança e continuidade operacionalerdquo;. O consumo elevado do setor também exige novas formas de organizar a cadeia. Uma única usina pode demandar 300 mil a 400 mil toneladas de biomassa por ano, volume que pressionará ainda mais o mercado conforme novos projetos entrem em operação. Para garantir estabilidade, especialistas defendem o uso de contratos de longo prazo, rastreabilidade da origem da biomassa e desenvolvimento de novas cadeias regionais. A discussão energética também se conecta à pauta climática. Em 2024, soluções térmicas baseadas em biomassa evitaram a emissão de centenas de milhares de toneladas de COe#8322; no país, reforçando a narrativa de sustentabilidade que acompanha a expansão do etanol de milho. Para Blandy, o setor vive um momento de tomada de decisão estratégica. eldquo;Vale a pena pensar em flexibilidade e em desenvolver novas biomassas. A região que hoje não tem oferta pode ter daqui a cinco ou dez anos. E o projeto térmico precisa estar preparado para issoerdquo;, afirma. Com novos projetos prestes a sair do papel e a competição global por biocombustíveis de baixo carbono aumentando, a forma como o setor lidará com sua matriz térmica pode definir não apenas o ritmo de expansão, mas quem conseguirá manter competitividade em um mercado cada vez mais exigente. (ComBio)

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Postos de todo o Brasil já estão vendendo gasolina mais potente

Desde agosto, a nova gasolina com 30% de etanol na mistura, a chamada gasolina E30, começou a ser distribuída em vários postos do Brasil. A implementação tem sido comemorada, uma vez que se trata de um produto com um aumento de 3% do derivado de cana-de-açúcar na fórmula. Como resultado, a octanagem, ou seja, a medida da resistência do produto, aumenta. Diante do fato de que o combustível passou a deteriorar-se de forma mais lenta dentro da câmara de combustão, o motor ganhou um melhor funcionamento. Para os donos de veículos flex, a mudança de curso foi ainda mais aclamada, tendo em vista que o gerenciamento eletrônico ajusta automaticamente a ignição e a taxa de compressão de acordo com o material detectado. Segundo os especialistas, a atualização na octanagem da gasolina fará com que o preço seja elevado nos postos por todo o Brasil. Em resumo, com a nova mistura de 30% de etanol, que tem poder calorífico menor que o da gasolina tradicional, a tendência é que a autonomia geral de todos os carros do país tenha leve redução. Como um todo, os motores modernos, especialmente os turbinados e de alta compressão, passam a conseguir trabalhar com o ponto de ignição mais adiantado. Por consequência, o veículo entregará mais potência e torque de forma mais eficiente. Em contrapartida, motores modernos conseguem identificar a nova fórmula e ajustar o desempenho sem necessidade de qualquer intervenção do motorista. Gasolina vai aumentar em 2026 Apesar de o final de ano representar uma época de comemoração por parte da grande maioria dos brasileiros, é necessário ligar o sinal de alerta, especialmente quem é motorista. Isso porque a gasolina e o diesel vão ficar, respectivamente, R$ 0,10 e R$ 0,05 mais caros no Brasil a partir do dia 1º de janeiro de 2026. A motivação por detrás da variação está nos reajustes nos valores cobrados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no preço dos combustíveis, autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Em suma, a entidade aprovou uma atualização das cobranças do imposto que incidem sobre os combustíveis, gás de cozinha e Gás Natural Liquefeito (GNL).

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Petróleo fecha em alta com bloqueio de Trump a petroleiros na Venezuela

O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 17, recuperando parte das perdas recentes, em meio ao aumento das tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a Venezuela, após o presidente norte-americano, Donald Trump, bloquear petroleiros sancionado do país latino-americano. Nesta quarta, o petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 1,23% (US$ 0 68), a US$ 55,81 o barril. Já o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,29% (US$ 0,76), a US$ 59,68 o barril. O petróleo inverteu sinal passou a subir já na noite de terça-feira, depois que Trump ordenou um bloqueio total de todos os petroleiros sancionados entrando e saindo da Venezuela. Segundo ele, o regime de Nicolás Maduro está usando petróleo de campos roubados para se financiar. Ainda na América Latina, o Departamento de Estado dos EUA designou o grupo colombiano Clan del Golfo como uma organização terrorista estrangeira por tráfico de drogas. Para a Capital Economics, o bloqueio ao óleo sancionado da Venezuela cristaliza um risco-chave que tem ofuscado o mercado da commodity nos últimos meses. Apesar disso, as apostas de alta nos preços são limitados, principalmente porque mesmo uma perda total das exportações venezuelanas ainda seria consistente com um grande excedente no mercado global no próximo ano, diz a consultoria. Investidores ainda monitoram possíveis novas sanções dos EUA contra a Rússia, caso Moscou rejeite avanços nas negociações de paz com a Ucrânia, ajudando a manter o prêmio de risco elevado nos mercados de energia. No radar, os estoques de petróleo nos EUA caíram 1,274 milhão de barris, a 424,417 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas projetavam baixa de 1,9 milhão de barris. (Estadão Conteúdo)

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