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MME: testes do E30 começam em janeiro

O Ministério de Minas e Energia aprovou, nesta quarta (18/12), o protocolo de testes para avaliar a viabilidade do aumento da mistura de 30% etanol anidro à gasolina (E30). A avaliação será conduzida pelo Instituto Mauá de Tecnologia entre janeiro e fevereiro de 2025. Esta primeira etapa contemplará ensaios de pista, testes de partida a frio, medições de emissões, aquisição de veículos e análise complementar de dados via sistema OBD (On-Board Diagnostics, no termo em inglês).O relatório final com os resultados será entregue até o fim de fevereiro, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai conduzir os testes de estabilidade do E30. A decisão sobre o aumento da mistura de etanol à gasolina dos atuais 27% para 30% caberá ao Conselho Nacional de Política Energética, com base na comprovação da viabilidade técnica.

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ANP discute solução provisória para destravar contratação do Gasbol

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai discutir na reunião de colegiado desta quinta (19/12) uma solução provisória para destravar a contratação do Gasbol na virada do ano, enquanto o processo de oferta de capacidade da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) 2025-2029 estiver suspenso. Com isso, o regulador ganha tempo para estruturar, em 2025, uma solução definitiva para evitar ou mitigar o aumento nas tarifas, provocado por uma frustração na demanda em relação ao estimado pela transportadora no processo. A proposta em pauta consiste em reduzir temporariamente o multiplicador do serviço de curto prazo, para permitir que os usuários que manifestaram interesse em contratar capacidade para 2025 possam fechar contratos para o 1º trimestre sem serem penalizados pelo multiplicador. Hoje, a tarifa paga pelo carregador nos contratos trimestrais é 1,25 vez a tarifa dos contratos anuais. Contratos devem ser assinados em uma semana Uma vez aprovada a proposta pela ANP, o processo será breve. A TBG comunicou que a previsão é lançar na sexta (20/12) o processo e que os usuários poderão, então, fazer a contratação na segunda (23/12) e assinar os contratos na quinta (26/12). Há duas semanas, a ANP suspendeu temporariamente a rodada anual da TBG após identificar uma eldquo;relevante discrepânciaerdquo; entre a demanda estimada e aquela efetivamente confirmada na etapa de manifestação de interesse endash; o que resultaria na necessidade de recálculo das tarifas em relação ao estimado no cenário de referência. As tarifas de referência para 2025, aprovadas pela ANP, indicavam uma tendência de queda de 11% a 19% na tarifa de entrada e de 4% a 26% na saída endash; a depender do ponto de injeção e retirada de gás do sistema. Com a frustração da demanda, porém, o cenário passou a ser de alta nas tarifas.

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Justiça decreta falência da Sete Brasil, empresa de sondas criada pela Petrobras

O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decretou a falência da Sete Brasil, empresa constituída em 2010 para construir 28 sondas de perfuração de petróleo que prestariam serviços para a Petrobras. No total, as embarcações tinham um investimento estimado à época de cerca de US$ 25 bilhões, mas apenas quatro delas chegaram a ter obras em curso. Na decisão da falência, o magistrado ressaltou que a empresa eldquo;não apresenta mais condições para seu soerguimentoerdquo;. Alves destaca que o próprio administrador judicial, o escritório Licks Associados, afirmou que a empresa jamais conseguiu desenvolver atividade empresária e incorre em despesas com prestadores de serviços relacionados com a recuperação judicial e com a administração. Para ler esta notícia, clique aqui.

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CNC estima injeção de R$ 125,6 bilhões na economia com 13º salário

A economia brasileira deverá receber uma injeção de R$ 125,6 bilhões com o pagamento da segunda parcela do 13º salário. A estimativa, da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é 4,8% superior aos R$ 119,8 bilhões pagos no ano passado. De acordo com a pesquisa da CNC, que analisou a intenção de consumo dos brasileiros, a maior parte desse total, R$ 44,1 bilhões ou 35%, deverá ser gasta com compras de fim de ano, ou seja, com o consumo de bens. Entre os setores que serão mais beneficiados com as intenções de compra dos consumidores aparecem vestuário e calçados (80%), livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%). Um montante semelhante, de R$ 42,5 bilhões ou 34% do total, deverá ser direcionado à quitação ou abatimento de dívidas. O restante será gasto com o consumo de serviços (R$ 24 bilhões) e com a poupança (R$ 15 bilhões). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, houve um aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho e ligeira queda do grau de comprometimento da renda média da população nos últimos 12 meses, de 30,1% há um ano, para 29,9% atualmente.

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Em ata, BC diz que riscos para inflação se 'materializaram'

Divulgada ontem, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central endash; que terminou com a elevação da Selic em um ponto porcentual, para 12,25% endash; afirma que houve eldquo;materialização dos riscoserdquo; em relação à trajetória da inflação. No documento, o BC reafirmou que haverá mais duas altas de um ponto nas próximas reuniões, em janeiro e março de 2025, mas não se comprometeu com o fim do ciclo. Ou seja, não há um teto para a Selic, e isso já fez com que alguns bancos e consultorias começassem a revisar para cima suas estimativas para os juros no ano que vem. Para o BC, a inflação de serviços está mais forte endash; em função do desemprego baixo e do crescimento mais acelerado do PIB endash;, há repasses de preços por causa da alta do dólar e as expectativas de inflação estão eldquo;desancoradaserdquo;, em parte porque a política fiscal do governo não transmite confiança para os agentes econômicos. Para completar, há o quadro externo mais adverso, com a eleição de Donald Trump, que pode fazer a inflação nos EUA ficar mais alta do que se esperava. eldquo;Em função da materialização de riscos, o comitê avalia que o cenário se mostra menos incerto e mais adverso do que na reunião anterior. Riscos à alta da inflação, tais como a resiliência da inflação de serviços, a desancoragem das expectativas e a depreciação cambial se materializaram. Assim, um cenário que até então se mostrava bastante incerto tornouse mais adversoerdquo;, diz a ata. Para o BC, o pacote fiscal anunciado pelo governo frustrou as expectativas do mercado, e isso se transformou em aumento do dólar e piora das expectativas de inflação. Na visão do banco, a política fiscal do governo Lula é eldquo;expansionistaerdquo;, ao contrário do que diz o Ministério da Fazenda. O Copom afirma que há eldquo;impulsoserdquo; fiscais mais fortes do que o antecipado e, por isso, pede que as duas políticas, fiscal e monetária, sejam harmoniosas. A reunião da semana passada do Copom foi a última sob o comando de Roberto Campos Neto, cujo mandato expira neste mês. O seu lugar será assumido pelo atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo. ebull;

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BC gasta US$ 12,7 bi em 4 dias, mas escalada do dólar não arrefece

A maior injeção de recursos no câmbio desde março de 2021 não foi suficiente para segurar a alta do dólar no País. Entre a última quinta-feira e ontem, o Banco Central colocou US$ 12,7 bilhões no mercado, mas a moeda americana renovou a marca histórica e fechou o dia cotada a R$ 6,09, alta de 0,04%. Como ocorrera nos pregões anteriores, o BC fez leilões endash; vendeu US$ 1,27 bilhão pela manhã e outros US$ 2,01 bilhões no início da tarde, depois que, às 12h15, a moeda americana havia rompido a barreira dos R$ 6,20. A turbulência também atingiu o mercado de juros. Depois de um dia de alta volatilidade nas negociações dos papéis, o Tesouro Nacional cancelou o tradicional leilão de títulos públicos previsto para amanhã. Na ausência do leilão, fará esta semana três operações de compra e venda de papéis cujas condições de oferta só serão conhecidas no dia. Mesmo com o Banco Central já tendo vendido US$ 12,7 bilhões desde a última quinta-feira, na maior injeção de recursos no câmbio desde a pandemia, em março de 2021, o dólar voltou a fechar ontem em alta, renovando a máxima histórica em relação ao real. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,096, avanço de 0,04%. Segundo analistas, a preocupação com o quadro fiscal e o receio de que o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo endash; já considerado aquém do necessário para evitar a escalada da Escalada do câmbio reflete as dúvidas sobre capacidade do governo de controlar a dívida pública dívida pública endash; possa ser ainda mais desidratado no Congresso voltaram a pesar nos negócios. Ao todo, foram US$ 7 bilhões em três leilões de linha, que representam a venda de moeda com compromisso de recompra, e outros US$ 5,76 bilhões por meio de quatro leilões à vista. Conforme apurou o Estadão/Broadcast, o BC tem mapeado diariamente com os operadores de câmbio a previsão de saída de dólares do País. Os leilões pontuais têm servido para garantir a liquidez, oferecendo moeda conforme a demanda, diante de um fluxo de saída significativo. Ontem, o BC voltou a fazer dois leilões. O primeiro, logo cedo, atingiu US$ 1,27 bilhão. O valor, porém, não foi suficiente, e pouco depois das 12h o dólar atingiu a máxima do dia endash; de R$ 6,20. Em reação, no início da tarde o BC teve de vender mais US$ 2,01 bilhões. Após esse segundo leilão, a moeda americana cedeu e chegou a ser negociada a R$ 6,05, para voltar a subir no fechamento. Para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, o País vive um eldquo;estresse financeiro muito grandeerdquo;, dada a resistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em promover uma eldquo;moderação fiscalerdquo;. Além da apresentação de um pacote considerado pífio, houve o anúncio simultâneo da proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. eldquo;Ficou tudo nas cotas do BC, que já promoveu um brutal choque de juros, antecipando que a Selic vai para 14,25%erdquo;, diz Gala, em referência à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic em um ponto porcentual e sinalizar mais duas altas eldquo;de mesma magnitudeerdquo; nas suas reuniões de janeiro e março de 2025 ( mais informações na pág. B6). A fragilidade da questão fiscal também foi apontada por economistas que, a pedido do Estadão, analisaram as razões por trás da alta do dólar. Para Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências, por exemplo, eldquo;a crescente percepção de insustentabilidade fiscal está cobrando seu preçoerdquo; ( mais informações na pág. B2). LEILÃO DO TESOURO. A turbulência dos últimos dias também bateu no mercado de juros. Em nota divulgada no fim do dia, o Tesouro Nacional anunciou o cancelamento do tradicional leilão de títulos públicos que estava previsto para ocorrer amanhã. A decisão veio depois de um dia de alta volatilidade nas negociações dos papéis. Ontem, houve quatro eldquo;circuit breakerserdquo; na plataforma. Ou seja, as negociações foram suspensas por um período em função da alta volatilidade das taxas dos títulos públicos: os prefixados e IPCA+ atingiram níveis recordes e, no fechamento da sessão, pagavam retornos de 15,33% e 7,58% ao ano nos vencimentos mais curtos, respectivamente. O Tesouro informou que, na ausência do leilão de amanhã, durante toda esta semana (quarta, quinta e sexta) realizará leilões de compra e venda de papéis cujas condições (ou seja, quanto o órgão aceitará de juros) serão conhecidas só no dia. eldquo;Acho que a ideia é tentar colocar um parâmetro de compra e venda nos títulos para voltar a uma normalidadeerdquo;, diz o estrategista de renda fixa da Necton Investimentos Fernando Ferez. Segundo ele, num ambiente de alta volatilidade o mercado fica sem referência. De acordo com o órgão, eldquo;o objetivo da atuação é oferecer suporte ao mercado de títulos públicos, assegurando seu bom funcionamento e o de mercados correlatoserdquo;. É a primeira vez desde maio de 2020, durante a pandemia de covid-19, que o órgão cancela um leilão tradicional de títulos públicos. Antes, cancelamentos haviam ocorrido também em momentos como a greve nacional de caminhoneiros e na crise política que teve como estopim o vazamento de uma conversa do empresário Joesley Batista com o então presidente Michel Temer (MDB). ebull;

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