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Arrecadação com tributos bate R$ 2 trilhões desde o início do ano no País

Os brasileiros já destinaram R$ 2 trilhões em tributos aos governos federal, estadual e municipal desde o início deste ano, de acordo com o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista. A marca de R$ 2 trilhões foi atingida na manhã de domingo, 21. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária. Segundo a ACSP, em igual período do ano passado, o Impostômetro havia alcançado o nível de R$ 1,7 trilhão, o que indica um crescimento de 17,6% nesta métrica. Para o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, esse avanço foi registrado 40 dias mais cedo neste ano, sob influência do aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS/Cofins nos combustíveis. eldquo;Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, na medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhõeserdquo;, diz o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, em nota. Carga britânica De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, a ferramenta registrava R$ 1,1 trilhão em tributos pagos pelos brasileiros, o que representa um crescimento acumulado de 82%, na comparação com igual período de nove anos atrás. Para Ruiz de Gamboa, esse aumento está atrelado ao crescimento da atividade econômica e ao aumento dos preços. eldquo;Nossa carga tributária é comparável à da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economiaerdquo;, avalia.

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Petróleo fecha em queda, com corte de juros e demanda da China em foco

Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (22), em meio a temores de que o corte de juros do Banco do Povo da China (PboC) seja insuficiente para impulsionar a economia do país asiático e consequentemente a demanda pela commodity. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 0,31% (US$ 0,24), a US$ 78,40 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,28% (US$ 0,23), a US$ 82,40 o barril. Analistas do banco ING observam riscos de incêndios florestais na província canadense de Alberta, que ameaçam o abastecimento de petróleo no país. A instituição também cita riscos geopolíticos após Israel bombardear o Iêmen, em resposta ao ataque dos houthis. Mais cedo, os preços do petróleo chegaram a registrar leves ganhos, favorecido pela queda do dólar enquanto investidores avaliavam o novo cenário político dos EUA. Ontem, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que não buscará a reeleição e declarou apoio à vice-presidente, Kamala Harris, na disputa à Casa Branca. A commodity, no entanto, não conseguiu sustentar a recuperação e voltou a cair ainda pela manhã. Analistas do ING lembram que, na semana passada, a Terceira Plenária do Partido Comunista da China terminou sem novas ações em apoio à economia. eldquo;Sem novas medidas de estímulo, há pouca esperança de uma recuperação a curto prazo para o setor imobiliário e da construçãoerdquo;, explicam.

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Eve, da Embraer, lança primeiro protótipo em escala real do seu 'carro voador'

A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer que desenvolve as aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), apresentou no domingo (21/7) o primeiro protótipo em escala real dos veículos popularmente apelidados de elsquo;carros voadoreselsquo;. A aeronave está sendo construída nas instalações de testes da Embraer em Gavião Peixoto, no estado de São Paulo. O protótipo eVTOL passará por série de campanhas de testes projetadas para avaliar todos os aspectos da operação e desempenho da aeronave, desde as capacidades de voo até os recursos de segurança. Além do lançamento de seu protótipo, a Eve também anunciou que concluiu a seleção dos principais fornecedores para a aeronave. A Diehl Aviation será a projetista e produtora do interior e a ASE a fornecedora do sistema de distribuição de energia. Os primeiros modelos estão previstos para entrar em operação em 2026. Johann Bordais, CEO da Eve, explica que a campanha de exames vai garantir que os novos veículos atendam a altos padrões de desempenho e segurança. A empresa já recebeu cartas de intenção de aquisição para 2,9 mil unidades. Como será o carro voador? Os eVTOLs, utilizam oito hélices dedicadas para voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem nenhuma alteração na posição desses componentes durante o voo. O conceito inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que fornecem redundância de propulsão com o objetivo de garantir altos níveis de desempenho, segurança e confiabilidade de despacho e baixo custo de operação, de acordo com a Eve. Em 2023, a Embraer anunciou que sua primeira unidade de produção de eVTOL será localizada na cidade de Taubaté, no estado de São Paulo. Com uma produção total esperada de até 480 aeronaves por ano, a capacidade pode ser expandida, em uma base modular com capacidade para 120 aeronaves por ano.

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Presidente do Ibama explica negativa à exploração de petróleo na foz do Amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) completou 35 anos neste 2024. Em entrevista ao Conexão Senado, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destaca a questão climática, a transição energética e a adaptação das cidades para os eventos climáticos que se aprofundam. Ele também comenta a importância do Brasil na Conferência do Clima (COP 30), que será realizada em Belém em novembro de 2025, explica a posição do Ibama na polêmica discussão no Congresso Nacional sobre a intenção da Petrobras em explorar petróleo na margem equatorial e a negativa do órgão à exploração na foz do rio Amazonas.

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Brasil terá 20 novas biorrefinarias de etanol de milho nos próximos anos

Alternativa ao tradicional etanol de cana-de-açúcar e pilar importante da indústria de biocombustíveis, o etanol de milho tem ganhado destaque no Brasil. Atualmente, cerca de 20% do etanol consumido no País é derivado do grão e as movimentações apontam para uma expansão significativa da capacidade de produção nacional. Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), 20 novas biorrefinarias estão com autorização de construção ou programadas para os próximos anos, sendo maior parte delas no Centro-Oeste do País. Essa forte tendência de expansão do setor será discutida e explorada durante a 30ª Fenasucro eamp; Agrocana, que neste ano será realizada de 13 a 16 de agosto, em Sertãozinho/SP, evidenciando a importância estratégica das biorrefinarias para o futuro energético e econômico do País. eldquo;Hoje temos 22 biorrefinarias em operação, 11 delas no Mato Grosso. Essa concentração existe em razão das condições oferecidas para a indústria, mas a tendência dos grupos investidores, com capital internacional e brasileiro, é espalhar e fomentar a economia de outras regiõeserdquo;, revela o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da UNEM, Bruno Alves. O diretor da Fenasucro eamp; Agrocana, Paulo Montabone, reforça que a feira oferece todos os produtos, inovações e tecnologias para a criação de novas biorrefinarias e também para o retrofit dessa produção. eldquo;Hoje, a maior usina de etanol do Brasil é de milho. E muito nos orgulha saber que o assunto etanol de milho surgiu na Fenasucro eamp; Agrocana e agora se tornou realidade. Trazemos tendência, por isso somos referênciaerdquo;, declara. eldquo;A novidade que discutiremos agora, durante a 30ª edição, são as biorrefinarias. Nelas, independente do que você planta e entrega, o resultado será um subproduto ecologicamente correto. Pode ser milho, soja ou canaerdquo;, completa. Demanda interna O crescimento do setor visa atender uma crescente demanda interna por biocombustíveis, impulsionada pelo potencial produtivo do milho e pela necessidade de diversificação da matriz energética nacional. Somente nos últimos dez anos, a produção de milho saltou de 72,9 milhões para 113,4 milhões de toneladas. eldquo;Esse é um setor em construção, com muito potencial de desenvolvimento. A primeira planta com etanol de milho puro começou a operar em 2017 e há um excedente de milho passível para conversão em bioenergiaerdquo;, justifica Alves. Com a maior concentração de demanda no Sudeste, as novas plantas de etanol de milho estão sendo estrategicamente instaladas para atender às necessidades crescentes do mercado nacional. Segundo o diretor da UNEM, as unidades vão ainda ajudar a diversificar a matriz energética brasileira, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, como também oferecer vantagens ambientais significativas, incluindo menor uso de insumos agrícolas e um ciclo de produção mais eficiente em termos de emissões de gases de efeito estufa. A estimativa para os próximos anos é sair dos 6,3 bilhões de litros de etanol de milho da última safra e alcançar uma produção total de 16,6 bilhões de litros na safra 2033/34, reforçando a posição estratégica do Brasil como um dos líderes globais no setor de biocombustíveis. Outras demandas Além de ser uma fonte importante de biocombustível, o processo de produção de etanol de milho gera subprodutos valiosos como o DDGS (grãos secos de destilaria com solúveis), que são utilizados na alimentação animal. Esta integração de produção agroindustrial não apenas fortalece a economia rural, ao criar novas oportunidades de mercado para produtores de milho, mas também contribui para a sustentabilidade econômica e ambiental do setor agrícola brasileiro. eldquo;As novas biorrefinarias trazem sustentabilidade, tecnologia e inovação. O etanol de milho contribui para o setor de mobilidade urbana e os subprodutos proporciona uma revolução para o campo, intensificando e integrando a cadeia de proteína animal a um sistema de produção que converte áreas de pastagens degradas em áreas de plantio e industrializa excedentes de grãos exportáveiserdquo;, conclui Alves. (Fenasucro eamp; Agrocana)

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Demanda por biodiesel eleva preços do óleo de soja no Brasil

Os preços e os prêmios de exportação do óleo de soja subiram no Brasil na última semana, impulsionados pela demanda firme, sobretudo de indústrias domésticas de biodiesel. Este cenário tem levado o mercado a absorver uma parcela significativa da produção nacional de óleo de soja, reduzindo assim o excedente exportável. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento nos preços foi notável, com o derivado posto na região de São Paulo, com 12% de ICMS, fechando a última quinta-feira, 18, no maior valor nominal desde 21 de março de 2023, a R$ 6.063,57 por tonelada. Este movimento reflete a robustez da demanda interna e a capacidade das indústrias de biodiesel em manter o consumo elevado. De acordo com o USDA, a produção brasileira de óleo de soja deve atingir um recorde tanto na safra 2023/24 (de outubro/23 a setembro/24) quanto na temporada 2024/25 (de outubro/24 a setembro/25), ambas projetadas em 10,8 milhões de toneladas. Este aumento na produção reafirma a importância do Brasil como um dos principais produtores globais de óleo de soja, destacando o papel crucial das indústrias de biodiesel na sustentação dos preços internos. A expectativa é que, com a continuidade da demanda firme, os preços do óleo de soja no mercado brasileiro mantenham-se elevados, beneficiando produtores e toda a cadeia produtiva envolvida.

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