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PF faz operação contra adulteração de combustíveis e mira fiscal da Fazenda de SP

A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo deflagraram nesta terça-feira, 23, a Operação Barão de Itararé no rastro de um auditor fiscal da Receita Estadual investigado por suposta corrupção e favorecimento de uma organização criminosa que vende combustíveis adulterados. O auditor teve sua cada vasculhada em São Paulo e afastado do cargo. As ordens partiram da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Capital, que decretou ainda o bloqueio de até R$ 75 mil das contas bancárias de outros dois investigados por corrupção ativa. Durante diligências na casa de um dos líderes da organização criminosa especializada em adulteração de combustíveis, a Polícia Federal apreendeu uma série de relógios de luxo, joias e valores em espécie. Apreensões da Operação Barão de Itararé Foto: Polícia Federal Em nota, a Secretaria da Fazenda disse repudiar eldquo;qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da leierdquo;. A ofensiva aberta nesta terça, 23, é um desmembramento da Operação Boyle, que, em fevereiro, identificou três organizações criminosas especializadas em adulteração de combustível, até com uso de metanol, substância altamente inflamável e tóxica, cujo o uso como combustível é proibido. A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp). Enquanto integrante do CIRA-SP endash; Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram operação na data de hoje, inclusive, e, especificamente, no setor de combustíveis. A administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei.

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Brasil não pode aceitar ser apenas exportador de hidrogênio, diz secretário

Após a aprovação, há duas semanas, do marco legal do hidrogênio de baixo carbono, conhecido como hidrogênio verde, o governo defende medidas para tentar atrair investimentos na cadeia produtiva e em indústrias consumidoras do insumo, como siderúrgicas e fábricas de fertilizantes. "O Brasil não pode aceitar ser apenas produtor e exportador do hidrogênio", disse nesta terça-feira (22), em evento no Rio de Janeiro, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Uallace Moreira. O projeto de lei que concede incentivos para a produção de hidrogênio verde foi aprovado há duas semanas pelo Congresso e encaminhado para sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto garante créditos fiscais de até R$ 18 bilhões entre 2028 e 2032 para o desenvolvimento do setor. Moreira disse que o projeto garante previsibilidade para investimentos no Brasil, mas outros programas do governo, como o projeto de lei dos combustíveis do futuro, são fundamentais para o desenvolvimento dessa indústria. "Caso contrário, caímos no que o presidente Lula chama de neocolonização", afirmou o secretário do Mdic. O potencial para a produção de hidrogênio põe o Brasil na mira de países em busca de alternativas para a descarbonização da economia, principalmente os europeus. Estudo elaborado pelo GIZ (sigla para Acordo de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável) identifica um potencial teórico de produção equivalente a 2.232 vezes o volume de energia gerada pela usina de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo. O instituto ressalta que a conta é teórica, por considerar o uso de todo o território ainda não destinado a usos urbanos e agrícolas ou sob proteção ambiental. Mas indica que o Brasil desponta como possível liderança nessa indústria. "Quando falamos desses potenciais, numa visão global, existem poucos países com potencial tão grande como o Brasil", diz o diretor de Energia e Transformação Urbana do acordo Brasil-Alemanha, Marcus Francke. "Talvez a Índia possa ter potencial parecido." As projeções da GIZ para o consumo nacional de hidrogênio em 2050 equivalem a 0,15% desse potencial teórico de produção, com grande demanda pelos setores siderúrgico e de aviação, que enfrentam maior dificuldade para descarbonizar as operações. Assim, o estudo vê espaço não só para atendimento da demanda interna, mas também para a produção para exportação, uma vez que o transporte do hidrogênio em longas distâncias ainda não é viável. "Vai depender de decisão política", afirma Francke. O GIZ projeta que o Brasil terá capacidade de produzir hidrogênio verde a menos US$ 1,90 por quilo em 2050, valor considerado competitivo por Francke, resultado de um baixo custo da energia elétrica, que representa 70% do preço final. Moreira, do Mdic, diz que o governo trabalha em iniciativas para atrair essa cadeia produtiva, com a regulamentação do marco do hidrogênio verde e iniciativas da nova política industrial lançada este ano. "A ideia é pensar quais instrumentos podem estimular essa cadeia produtiva. É ouvir o setor, dialogar com o setor." No setor privado, a Vale já tenta atrair investidores estrangeiros para processar minério de ferro com hidrogênio no país, em projetos que batizou de megahubs. Esses projetos preveem a produção de matéria-prima para fornos siderúrgicos elétricos, reduzindo as emissões do setor. A mineradora já assinou uma série de memorandos de entendimentos com empresas estrangeiras para estudar os empreendimentos. Atualmente, os mais avançados são localizados no Oriente Médio, mas a ideia é buscar parceiros para projetos no Brasil. "O Brasil é uma grande oportunidade, porque tem competitividade no custo da energia", disse a diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmilla Nascimento. "Temos alguns clientes europeus já bem estabelecidos no Brasil e siderúrgicas nacionais, então, existe a possibilidade [de fazer no Brasil]." Principal consumidora de hidrogênio do país, mas com base em gás natural, a Petrobras ainda estuda o novo marco regulatório para avaliar a migração para o hidrogênio como matéria-prima, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. "Estamos fazendo contas com esses novos incentivos [do PL]", afirmou. "Não dá para dizer agora como será o modelo, mas foi um passo muito positivo do governo e do Congresso para dar incentivo para essa indústria."

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Petrobras voltará a produzir fertilizantes, mas enfrenta desafios com fábricas antigas e gás natural

A Petrobras está prestes a retomar a produção de fertilizantes no Brasil, mas deve enfrentar grandes desafios nessa empreitada, avaliam especialistas. Desde a necessidade de modernização das fábricas existentes à escassez e ao preço alto do gás natural, a companhia terá de fazer altos investimentos para cumprir o objetivo determinado pelo presidente Lula de voltar a atuar nessa área. Além disso, ainda terá de estar atenta à velocidade da transição energética, com a demanda cada vez mais voltada para as versões eldquo;verdeserdquo; dos produtos usados no agronegócio emdash; ou seja, sem usar combustíveis fósseis, como o gás natural. A pressão para que a Petrobras acelerasse a entrada no setor foi um dos motivos da demissão do ex-presidente Jean Paul Prates. Já na posse, a nova presidente da estatal, Magda Chambriard, fez questão de deixar claro que eldquo;está totalmente alinhada com a visão do presidente Lulaerdquo; nesse setor, de reduzir a dependência das importações. Além dos fertilizantes, Lula também determinou que a Petrobras retome investimentos em refinarias e incentive a retomada dos estaleiros no Brasil, encomendando novos navios emdash; movimentos que provocaram muitas críticas, por já terem sido feitos nas gestões anteriores do PT, com resultados negativos. RIO - A Petrobras está prestes a retomar a produção de fertilizantes no Brasil, mas deve enfrentar grandes desafios nessa empreitada, avaliam especialistas. Desde a necessidade de modernização das fábricas existentes à escassez e ao preço alto do gás natural, a companhia terá de fazer altos investimentos para cumprir o objetivo determinado pelo presidente Lula de voltar a atuar nessa área. Além disso, ainda terá de estar atenta à velocidade da transição energética, com a demanda cada vez mais voltada para as versões eldquo;verdeserdquo; dos produtos usados no agronegócio emdash; ou seja, sem usar combustíveis fósseis, como o gás natural. A pressão para que a Petrobras acelerasse a entrada no setor foi um dos motivos da demissão do ex-presidente Jean Paul Prates. Já na posse, a nova presidente da estatal, Magda Chambriard, fez questão de deixar claro que eldquo;está totalmente alinhada com a visão do presidente Lulaerdquo; nesse setor, de reduzir a dependência das importações. Além dos fertilizantes, Lula também determinou que a Petrobras retome investimentos em refinarias e incentive a retomada dos estaleiros no Brasil, encomendando novos navios emdash; movimentos que provocaram muitas críticas, por já terem sido feitos nas gestões anteriores do PT, com resultados negativos. No ano passado, o consumo de fertilizantes no Brasil chegou a 45,8 milhões de toneladas. Desse total, apenas 6,8 milhões de toneladas foram produzidas no País, segundo números da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Em 2013, como comparação, o consumo foi de 30,7 milhões de toneladas, e quase um terço foi produzido aqui emdash; 9,3 milhões de toneladas. A estatal já chegou a ter uma participação importante no mercado brasileiro de fertilizantes quando estavam em operação as fábricas do Paraná (Araucária Nitrogenados - Ansa), Sergipe e Bahia, que possuem uma capacidade instalada de 2,87 milhões de toneladas por ano. Uma quarta fábrica, a UFN-III, em Três Lagoas (MS), cujas obras não foram finalizadas, terá capacidade para cerca de 1,3 milhão de toneladas por ano. A empresa, porém, havia saído desse setor. De acordo com a estatal, essa saída fazia parte do plano de desinvestimento para que o foco fosse totalmente voltado à produção de petróleo e gás. Mas diz que agora pretende retomar seu papel nessa área. No mercado, há muitas dúvidas se essa é uma operação viável financeiramente emdash; ou seja, se a Petrobras vai conseguir ter retorno para o seu investimento. A iniciativa privada vem evitando investir no Brasil nessa área, por conta dos custos muito altos. Mas a estatal afirma que eldquo;busca a atuação no negócio de fertilizantes de forma sustentável e com retorno financeiroerdquo;. Fábricas paradas Das quatro unidades de fertilizantes ligadas à Petrobras, nenhuma está atualmente em funcionamento. A Ansa, no Paraná, entrou em hibernação (parou de produzir) em 2020, após um processo de venda fracassado que durou dois anos. As unidades de Sergipe e da Bahia foram arrendadas à Unigel, mas também estão com as operações paralisadas. Há uma forte pressão para que a estatal reassuma as fábricas. Uma das entidades que mais têm pressionado nesse sentido é a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que participa do grupo de trabalho de fertilizantes coordenado pela Petrobras. A quarta unidade, em Mato Grosso do Sul, nunca foi terminada. As obras foram paralisadas em 2015, quando cerca de 80% da fábrica estava pronta. As tentativas de vendê-la nunca foram à frente. A Petrobras informou que foi aprovada em 6 de junho, a reativação da Ansa, eldquo;já em curso e com investimento previsto na ordem de R$ 1,2 bilhãoerdquo;. Além disso, a estatal diz que pretende retomar as obras da UFN-III. eldquo;O estudo de viabilidade técnica e econômica da unidade de Três Lagoas (MS) está em andamentoerdquo;, informa. eldquo;As unidades situadas nos Estados da Bahia e Sergipe estão arrendadas e permanecem de posse da Proquigel (empresa do Grupo Unigel), agora em condição de hibernação. A Petrobras vem mantendo diálogo com a Unigel em busca da melhor condição para o retorno da operação das duas fábricas.erdquo; Os possíveis investimentos nessas outras fábricas não foram divulgados. No início deste mês, a estatal deu mais um passo para voltar aos fertilizantes, com o avanço nas negociações para uma parceria com a Yara, uma das três maiores produtoras globais de fertilizantes, o que poderá acelerar o ganho de escala que o governo brasileiro quer. Setor privado De acordo com o diretor da área de fertilizantes da consultoria Stonex, Marcelo Mello, sem investimentos nessa área, seja público, seja privado, o Brasil pode se tornar nos próximos dois a três anos o maior importador mundial de fertilizantes, ultrapassando a Índia, que vem aumentando sua produção interna. Isso porque a tendência é a produção agrícola brasileira continuar em expansão. No passado, por meio da Petrofértil (hoje Gaspetro), criada no início da década de 1970, a Petrobras atendia parte do mercado, mas nunca conseguiu abranger toda a demanda. E nem será desta vez, segundo o analista de Insumos do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca, que considera uma tarefa quase impossível a autossuficiência. Para ele, a volta da Petrobras ao setor está ligada ao Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, após a crise no setor trazida pela guerra na Ucrânia, e renovado agora no governo Lula. Na versão anterior, a iniciativa privada seria a responsável pelo aumento da oferta. Mas isso nunca aconteceu. eldquo;O Brasil levou um susto com a invasão da Rússia à Ucrânia. O preço dos fertilizantes disparou até três vezes do que era, e teve risco de faltar, o que seria um desastre para um País agrícola como o nosso. Então, foi criado o Plano Nacional de Fertilizanteserdquo;, disse Fonseca. eldquo;O Brasil entendeu isso como uma política importante para a continuidade da agricultura no País, porque sem fertilizante você não produz. É isso que mais espanta, deve espantar todo mundo, porque é um País que abastece o mundo inteiro e não produz fertilizante.erdquo; Mesmo com o eldquo;sustoerdquo;, porém, a iniciativa privada não abraçou o Plano lançado pelo governo. Atualmente, empresas internacionais do setor, como Mosaic e Yara, contribuem com uma parte da oferta no Brasil, mas que não chega a 20% da demanda. eldquo;Muitas empresas evitam o investimento em uma nova fábrica ou até mesmo expandir sua capacidade instalada por conta dos altos custoserdquo;, diz Fonseca. eldquo;Em muitos casos, o custo desta nova capacidade é até superior ao preço de mercado do próprio fertilizante, o que acaba inviabilizando a operação.erdquo; Segundo Mello, da StoneX, a iniciativa privada até tem investido no segmento de fertilizantes, mas focando basicamente nas atividades de mistura e distribuição, incluindo logística. Já os investimentos em produção efetiva de fertilizantes, tanto em plantas petroquímicas para produção de nitrogenados, quanto em atividades minerais para produção de fosfatados e potássio, ainda não cresceram significativamente. eldquo;Possivelmente, os principais motivos para esta situação são o alto custo estrutural de energia no País; o alto preço de gás natural, não apenas para geração de energia em si, mas também para produção de amônia e ureia; e os baixos teores minerais em muitas das reservas já provadas de fósforo e potássioerdquo;, disse. Entre os poucos projetos que chegaram ao País, Mello cita o da EuroChem, na Serra do Salitre, em Minas Gerais, um investimento de US$ 1 bilhão, que vai incrementar a produção nacional em cerca de 1 milhão de toneladas de fosfatados por ano. A operação começou em março deste ano, e a previsão é de que a capacidade total seja atingida no ano que vem. Investimentos Segundo Mello, a primeira planta da Petrobras a ser reativada, no Paraná (Ansa), é muito antiga e terá de passar por muita modernização para ser eficiente. Hibernada no governo Bolsonaro, a Ansa, inaugurada em 1982, já não operava bem, destacou, ficando mais tempo parada do que produzindo. Já as duas fábricas de fertilizantes do Nordeste, em Sergipe e na Bahia, são mais modernas que a do Paraná, mas também foram construídas na década de 1980 e ainda sofrem com a falta de gás natural para operar, eldquo;tanto que a Unigel não deu contaerdquo;, explicou o executivo. Mas agora, com a descoberta de reservatórios de gás no Nordeste, é possível que a estatal consiga colocar essas fábricas em operação, ressaltou. A melhor das fábricas da estatal, na avaliação de Mello, é a de Mato Grosso do Sul, que por não ter sido concluída ainda pode passar por uma modernização para atender o novo perfil de mercado, voltado para a descarbonização. A UFN-III quase foi adquirida por uma empresa russa (Acron) no governo anterior. Com a troca de gestão, a unidade deve ser concluída e utilizar o gás argentino da região de Vaca Muerta, que será trazido pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), se as negociações entre os três países derem certo. eldquo;Se você conseguir trazer o gás de Vaca Muerta pela Bolívia para Mato Grosso do Sul, pronto, você resolveu o problema logístico e está no centro consumidor. Seria bom, mas mesmo assim é uma tecnologia mais ultrapassada. No mundo, hoje em dia, todos os investimentos estão saindo com a pegada de carbono, e você já partir do gás natural, que é um combustível fóssil, é bem complexoerdquo;, explicou Mello. eldquo;No curto prazo, porém, a gente precisa disso, para reduzir a importação, mas aparentemente não vai ser uma operação economicamente viável, porque o gás é um problema no Brasilerdquo;, concluiu.

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Elevamos projeção para IPC-S de julho, de 0,2% para 0,4%, por gasolina, diz economista da FGV

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de julho foi elevada de 0,2% para 0,4%, calcula o economista da Fundação Getulio Vargas e coordenador do índice André Braz. A revisão, afirma, está atrelada ao reajuste feito pela Petrobras (BVMF:PETR4) no preço da gasolina no início deste mês. Braz salienta que o índice deve seguir a tendência de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no curto prazo, registrada no último relatório Focus. A mediana da pesquisa para julho passou de 0,23% para 0,28%, para agosto, de 0,11% para 0,15%, e para setembro, de 0,19% para 0,20%. "A revisão no Focus aconteceu pelo reajuste da gasolina e também pelo acionamento da bandeira tarifária amarela na conta de luz. É provável que esse deslocamento siga no IPC-S", afirma. Ele pondera, no entanto, que a taxa em 12 meses do índice deve ser em torno de 4%, menor que a prevista para o IPCA, que deve ficar entre 4,1% e 4,2%, calcula. O economista destaca que os núcleos de preços administrados e serviços foram os responsáveis pela aceleração do IPC-S na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de julho - de 0,30% para 0,34%. "Gasolina e energia elétrica puxaram pelos administrados e passagem aérea e serviços bancários pelos serviços", detalha. Braz frisa que a tendência para esses itens é de aceleração até o fim deste mês. Ele acrescenta que a queda observada em Alimentação, pela devolução das altas após as enchentes no Sul, e pela sazonalidade, limitou um avanço mais expressivo do indicador. Quer saber qual ação comprar agora? Com a disparada do mercado em 2024, muitas pessoas têm medo de colocar mais dinheiro em ações. Se você está em dúvida sobre onde investir, nossas estratégias comprovadas mostram as oportunidades mais promissoras. Em 2024, a IA do ProPicks identificou 2 ações que já subiram mais de 150%, outras 4 que saltaram mais de 30% e mais 3 que se valorizam mais de 25%. É um histórico impressionante. Com portfólios personalizados com ações do Dow, Seamp;P, setor de tecnologia e empresas em crescimento, você pode explorar diversas estratégias para construir seu patrimônio. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações pela demanda global

Os contratos futuros do petróleo caíram pelo terceiro pregão consecutivo e fecharam em baixa de quase 2% nesta terça-feira (23). Os preços são influenciado por preocupações com a demanda pela dificuldade de recuperação econômica e ausência de estímulos na China. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,84% (US$ 1,44), a US$ 76,96 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,69%% (US$ 1,39), a US$ 82,40 o barril. eldquo;Os preços do petróleo nos próximos dias vão depender das notícias econômicas da China, da probabilidade de cortes nas taxas dos EUA e de como as negociações progridem no Oriente Médioerdquo;, explica o diretor de análise de mercado global da Rystad Energy, Claudio Galimberti. Nos últimos dias, a commodity vem sendo pressionada pelos temores em relação à economia chinesa, ainda que o Banco do Povo da China tenha cortado juros. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de deixar a corrida presidencial não teve impacto material nos mercados de petróleo, conforme observou Galimberti. De acordo com o especialista, a campanha presidencial dos EUA provavelmente afetará os preços do petróleo devido à centralidade da política energética em ambos os lados. O relatório do Commerzbank apontou que eldquo;não há um gatilho específico no mercado de petróleo para a atual fraqueza de preço. O vento contrário é, portanto, muito provavelmente decorrente do sentimento de mercado geralmente negativo em relação às commodities cíclicas, o que também se reflete na queda do preço dos metais básicoserdquo;. Conforme a análise, os preços do petróleo inicialmente conseguiram resistir a esse efeito, mas mudou na sexta-feira. Ainda, a Rússia ajustou sua produção de petróleo em julho para atingir a meta estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O país esteve abaixo da meta de produção total, mas está tomando medidas para compensar os volumes excedentes.

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Petrobras inclui incentivos do marco do hidrogênio em cálculos de viabilidade de projetos

Os cálculos da Petrobras para viabilizar projetos de produção de hidrogênio passaram a considerar os incentivos aprovados no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/2023), segundo o diretor executivo de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim. Com previsão de créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, o marco legal foi aprovado na Câmara dos Deputados este mês e aguarda sanção presidencial. eldquo;Estamos fazendo contas com os novos apoios e incentivoserdquo;, disse Tolmasquim a jornalistas no Fórum Brasil-União Europeia no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (23/7). O executivo destacou que o projeto de lei aprovado foi positivo, sobretudo por não incluir subsídios que poderiam onerar a conta de energia dos consumidores. eldquo;O Brasil tem uma competitividade maior [na produção de hidrogênio], porque tem um potencial de energia elétrica mais barata, mas a gente precisava de um certo apoioerdquo;, reconheceu. Ele lembrou que cerca de 70% do custo final do hidrogênio vem da eletricidade usada na produção. A Petrobras ainda avalia a rota que vai escolher para entrar nesse mercado, mas o diretor ressaltou que a autoprodução de energia elétrica é eldquo;bastante interessanteerdquo;. Na autoprodução, os consumidores do mercado livre de energia têm isenção de encargos ao entrarem como sócios nos projetos de geração. Tolmasquim afirmou ainda que a ampliação do limite de emissões para que o hidrogênio brasileiro seja considerado de baixo carbono não deve afetar os projetos da Petrobras. Durante a votação do projeto de lei no Senado, o teto de emissões para que o hidrogênio seja considerado de baixo carbono subiu de 4 kgCO2eq por kg para 7 kgCO2eq/kgH2. eldquo;Não é algo que afetou nem positivamente nem negativamente. É um dado que a gente vai levar em consideração na hora de fazer o exameerdquo;, disse o diretor.

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