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Petrobras tem nova diretora de Transição Energética e Sustentabilidade

A engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano é a nova diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras. Eleita pelo Conselho de Administração da estatal, a diretoria da companhia passa a ter cinco mulheres, com uma delas, Magda Chambriard, ocupando a presidência, de um total de nove integrantes. É a primeira vez na história que a alta administração da companhia tem mais mulheres do que homens. De acordo com a Petrobras, a nova composição da diretoria executiva, eldquo;representa o compromisso da companhia com a diversidade e a equidade de gênero e reforça sua posição de vanguarda no mercado brasileiroerdquo;. O estudo Mulheres em ações, divulgado pela B3, bolsa de valores do Brasil, em setembro de 2024, aponta que apenas 6% das 359 companhias listadas na bolsa brasileira têm três mulheres ou mais em sua diretoria estatutária. Em 59% dessas empresas não há nenhuma representação feminina na diretoria. eldquo;Estamos comprometidas em ampliar a participação feminina em todos os setores da Petrobras porque acreditamos que o ambiente de trabalho é mais saudável e produtivo quando há diversidade na equipe. Espero que possamos inspirar outras mulheres a almejarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, ainda majoritariamente masculinoerdquo;, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Transição energética A diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras foi criada em abril de 2023, com o objetivo de concentrar e potencializar as ações da companhia relacionadas à transição energética. A área reúne os processos de gás e energia, mudanças climáticas, descarbonização e energias renováveis, além de atuar em sinergia com outras áreas da companhia na pesquisa e desenvolvimento de projetos ligados à transição. eldquo;Seguiremos investindo fortemente em projetos de descarbonização, na produção de combustíveis mais sustentáveis e na diversificação de fontes de energia renovável. Como líderes na transição energética, reiteramos o compromisso de zerar nossas emissões operacionais, o net zero, até 2050erdquo;, disse, em nota, a nova diretora Angélica Laureano. Angélica já atuou na Petrobras nas áreas de Materiais, Abastecimento, Gás e Energia, e exerceu a presidência da Gaspetro, subsidiária da Petrobras em parceria com a Mitsui Gás S.A., responsável pela gestão de participação em 19 distribuidoras de gás natural em diversos estados. Após a aposentadoria na Petrobras, atuou como consultora em diversos projetos na área de gás natural. Atualmente, exercia a presidência da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil SA.

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Tarifaço impõe custo de mais de US$ 100 milhões às usinas de açúcar e etanol

A tarifa de 50% sobre importações de produtos do Brasil, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve impor um custo adicional de mais de US$ 100 milhões (mais de R$ 550 milhões) às usinas de açúcar e etanol. O cálculo é da consultoria Datagro, que aplicou a taxa sobre volumes e preços de referência de exportação dos dois produtos para o mercado americano. eldquo;Esta tarifa adicional incidirá sobre todas as exportações de açúcar e etanol do Brasil para os Estados Unidoserdquo;, resume a consultoria, em relatório. A empresa destaca que, no ano passado, o Brasil vendeu aos Estados Unidos 309,72 milhões de litros de etanol, a um valor médio de US$ 0,587 o litro. Com a taxa de 50%, o custo adicional para as empresas seria de US$ 90,9 milhões. No açúcar, o custo adicional seria de US$ 27,9 milhões, consideração a cota isenta de tarifa, de 146,6 mil toneladas e um valor médio de US$ 371 por tonelada. As exportações de açúcar do Brasil para os Estados Unidos partem de usinas da região Norte e Nordeste, beneficiadas por uma lei de incentivo a economias regionais. Para volumes acima da cota de exportação, as tarifas chegam a 80%, sem contar o que o presidente americano anunciou nesta semana. "A tarifa de 50% impõe uma restrição que incidirá diretamente sobre os produtores/exportadores de açúcar da região Norte-Nordeste", pontua a Datagro. A consultoria pondera, no entanto, que a cota da commodity para os Estados Unidos é pouco representativa para as exportações da região, que chegaram a 2,6 milhões de toneladas no ano passado. Ainda assim, representantes da indústria local afirmam que a situação preocupa, porque atinge uma parcela de mercado que pode render até R$ 600 milhões de reais em receita com vendas externas. Para o Itaú BBA, as exportações da commodity podem compensar, mesmo com a tarifa. eldquo;A diferença entre o valor do mercado americano e das exportações convencionais é grande o suficiente para compensar o envio para os EUA, mesmo descontando os 50% de tarifa.erdquo; Tarifas dos dois lados No comércio bilateral de etanol, o Itaú BBA destaca que os Estados Unidos diminuíram as compras do Brasil nos últimos dez anos. Ressalta, no entanto, que o etanol à base de cana-de-açúcar praticamente não tem substituto no mercado internacional, um ponto de atenção para os americanos. eldquo;Mais de 70% das importações americanas vêm do Brasil. Dessa maneira, mesmo com as tarifas, deverá ser difícil os EUA substituírem os pouco mais de 300 milhões de litros por ano que o Brasil está exportando por alguma outra origemerdquo;, afirmam os analistas, em relatório. O Brasil, por sua vez, impõe tarifa sobre a importação do etanol de fora do Mercosul, o que atinge os Estados Unidos. Atualmente, a taxa está em 18%, mas chegou a ser de 20% e até a ser zerada em anos anteriores. A Datagro lembra que o governo americano questiona a cobrança, com o argumento de que gera desequilíbrio no comércio bilateral. A consultoria informa que, de fevereiro de 2023 a junho de 2025, o Brasil importou 204,14 milhões de litros do biocombustível americano, por um valor total de US$ 97,82 milhões. eldquo;O governo brasileiro tem respondido reiteradamente às iniciativas do governo americano pleiteando a isenção de tarifa, que estaria disposto a discutir uma redução ou isenção, se houver uma redução recíproca da tarifa de importação sobre o açúcar nos EUAerdquo;, pontua a consultoria. Ainda assim, a Datagro avalia que o impacto do tarifaço americano sobre as exportações de açúcar e etanol do Brasil é eldquo;relativamente pequenoerdquo; em comparação com outros setores do agronegócio, como carnes e café. O setor de açúcar e etanol é o quinto na pauta comercial do agro com os americanos. eldquo;Resta aguardar por um ambiente de diálogo e negociação para abrandar a tensão comercialerdquo;, afirmam os analistas da consultoria.

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Novas regras de segurança para chaves Pix já estão em vigor

Desde o dia 1º de julho, os bancos passaram a verificar com a Receita Federal as informações vinculadas ao Pix para evitar fraudes, como inclusão de pessoas mortas em chaves de terceiros. As mudanças foram anunciadas em março. O Banco Central (BC) fez alterações no regulamento do Pix para tentar garantir que os nomes das pessoas e empresas vinculadas às chaves do sistema de pagamento estejam em conformidade com as informações registradas nas bases de CPF e CNPJ da Receita Federal. Segundo o BC, agora as instituições financeiras e de pagamento cadastradas no sistema de pagamento terão de garantir que essas informações estejam em conformidade com a base de dados da Receita. eldquo;A verificação de conformidade deverá ser efetuada sempre que houver uma operação envolvendo uma chave Pix, como um registro, uma alteração de informações, uma portabilidade ou uma reivindicação de posseerdquo;, explicou a autoridade monetártia. O BC explicou ainda que a inconformidade dos CPFs e CNPJs que vai restringir o uso do Pix não tem relação com o pagamento de tributos, "apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal." As chaves de pessoas e empresas que não estiverem regularizadas na Receita Federal deverão ser excluídas nos seguintes casos: CPFs com situação cadastral eldquo;suspensaerdquo;, eldquo;canceladaerdquo;, eldquo;titular falecidoerdquo; e eldquo;nulaerdquo; CNPJs com situação cadastral eldquo;suspensaerdquo;, eldquo;inaptaerdquo;, eldquo;baixadaerdquo; e eldquo;nulaerdquo; Segundo o BC, o objetivo da medida é dificultar que golpistas mantenham chaves Pix com nomes diferentes dos que estão armazenados nas bases da Receita Federal. O BC vai monitorar periodicamente a fiscalização das instituições participantes do Pix, podendo aplicar penalidades para aquelas que apresentem falhas nesse processo. Quem terá a chave excluída? Entre as pessoas físicas, as chaves CPF na seguinte situação (1% do total): 4,5 milhões: grafia inconsistente 3,5 milhões: falecidos 30 mil: CPF suspenso (cadastro com informações incorretas ou incompletas) 20 mil: CPF cancelado (CPF suspenso há mais de cinco anos, com duplicidade de inscrição ou cancelado por decisão administrativa da Receita ou decisão judicial) 100: CPF nulo (com fraude ou erro grave no cadastro). Entre as pessoas jurídicas, as chaves CNPJ na seguinte situação: 984.981 com CNPJ inapto (empresa que não apresentou demonstração financeira e contábil por dois anos) 651.023 com CNPJ baixado (empresa oficialmente encerrada) 33.386 com CNPJ suspenso (empresa punida por descumprir obrigações legais) Banco Central não informou a quantidade de CNPJ nulos (sem validade) Quando as chaves serão excluídas? A exclusão começou a partir do dia 1 de julho. Como se dará a exclusão? As instituições financeiras e de pagamento deverão verificar o cadastro sempre que houver um procedimento relacionado a chaves Pix, como registro, mudança de informações, pedido de portabilidade ou reivindicação de posse. Caso seja constatada alguma das irregularidades acima, a chave deverá ser excluída. Quem deve impostos terá chave excluída? Não. O BC esclareceu que a inconformidade de dados cadastrais de CPF e de CNPJ não tem relação com o pagamento de tributos, apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal. Quem está com o nome sujo deixará de fazer Pix? Não. Esta é uma fake news que passou a ser espalhada depois do anúncio da medida. As medidas só abrangem quem tem problemas cadastrais na Receita Federal. O que mudará nas chaves aleatórias? Pessoas e empresas que usam chaves aleatórias (combinação de letras e números) não poderão mais alterar informações vinculadas a essa chave. Agora, o usuário precisará excluir a chave aleatória e criar uma nova, com as informações atualizadas. O que mudará nas chaves vinculadas a e-mails? Desde abril, a chave do tipo e-mail não poderá mais mudar de titular. Não será mais possível migrar a chave de um dono para outro. Haverá mudanças nas chaves vinculadas a número de celular? Não. As chaves do tipo celular poderão mudar de titular e de conta. Segundo o BC, a possibilidade de alteração foi mantida por causa da troca frequente de números de telefone, principalmente de donos de linhas pré-pagas. Qual o principal objetivo das medidas? Aumentar a segurança no Pix, ao inibir o uso de chaves com nomes diferentes da base de dados da Receita Federal, no caso do CPF e do CNPJ, e impedir a transferência de chaves para terceiros, no caso de chaves aleatórias e de e-mails. Devolução de qualquer valor dos dispositivos não cadastrados Desde novembro de 2024, caso uma conta transferisse para uma outra conta existente sem chave Pix criada, a devolução seria limitada a R$ 200. BC retornou a norma antiga e retirou o limite para esse tipo de transação. É possível verificar se o CPF está em situação regular? Sim. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal, na aba eldquo;Comprovante de situação cadastralerdquo;. É possível regularizar o CPF? Sim, mas apenas por quem está com o CPF suspenso. A regularização pode ser feita na página da Receita Federal, preenchendo um formulário. *Com informações da Agência Brasil

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ANP divulga em 21/7 lista de sanções de distribuidores de combustíveis do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publica no próximo dia 21 em seu site a lista de sanções de distribuidores de combustíveis líquidos no cumprimento de metas do RenovaBio. eldquo;Essa iniciativa visa reforçar a efetividade do RenovaBio, promover a isonomia entre os agentes do setor e contribuir para o cumprimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasilerdquo;, informou a ANP em nota nesta sexta-feira (11/7). Constarão da relação os distribuidores ainda inadimplentes com a meta individual de descarbonização e que, por isso, tenham sido sancionados pela ANP. Publicada a lista, ficará vedado, sob pena de multa de até R$ 500 milhões, o fornecimento de combustíveis aos distribuidores nela incluídos. eldquo;O agente regulado que infringir a vedação de comercialização com distribuidor incluído na lista estará sujeito à aplicação de multa, que poderá variar entre R$ 100 mil e R$ 500 milhõeserdquo;, explicou a agência.

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Câmara pauta PL que tipifica crime de furto a dutos

O projeto de lei do deputado Juninho do Pneu (União/RJ), que tipifica o crime de furto de petróleo e derivados em dutos, está na pauta do plenário da Câmara dos Deputados desta segunda-feira (14/7). Não é possível garantir, no entanto, que haja acordo para que o PL seja votado. O PL 1482/2019 é um dos três projetos que tratam da tipificação do furto em dutos que estavam parados na Câmara. A inclusão em pauta coincide com operação recente da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro contra organização criminosa especializada em furtar petróleo bruto de dutos da Transpetro. Quando foi apresentado, em 2019, o contexto era de aumento nos casos de furtos a dutos, mas uma ocorrência que resultou no vazamento de gasolina de um oleoduto da Transpetro na Baixada Fluminense pesou mais para a elaboração do PL. Em abril daquele ano, uma tentativa de furto deixou cinco pessoas feridas, incluindo uma menina de nove anos, que caiu em uma poça de gasolina e teve 80% do corpo queimado. O PL que está na pauta de votação fixa a pena de três a quinze anos de prisão e multa, acrescida à pena em um terço se o duto for danificado ou destruído; se cometido por duas ou mais pessoas; se houver abuso de confiança, valendo-se de vínculo atual ou passado; e se cometido por agente público. Além do PL de Juninho do Pneu, está parada proposta de autoria da ex-senadora e atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB/MS). O texto chegou a ser aprovado em 2017 no Senado, mas a tramitação não avança na Câmara desde 2020. Flávio Bolsonaro (PL/RJ) e Hélio Lopes (PL/RJ) também apresentaram projetos sobre o tema. No caso de Lopes, ele propõe tratar a prática como crime hediondo. A proposta de Flávio Bolsonaro difere da de Tebet na dosimetria da pena e na determinação dos agravantes. O senador fluminense prevê pena maior, mas não estabelece agravamento para casos específicos. Sem uma tipificação específica, julgamentos recentes de criminosos que furtaram óleo ou combustíveis resultaram em condenações por associação criminosa e furto qualificado por crimes cometidos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. eldquo;Pena adequada à gravidade do crimeerdquo; Principal vítima desse tipo de crime no país, a Transpetro defende a aprovação de um projeto de lei para tipificar o crime emdash; sem entrar no mérito das propostas em tramitação. Em entrevista à eixos no início do mês, o gerente de proteção a dutos da companhia, Júlio Barreto, afirmou que o importante é que eldquo;haja uma pena adequada à gravidade do crime cometidoerdquo;. Com propostas que se arrastam há anos pelo Congresso, Barreto diz que o trabalho de sensibilização e contato com parlamentares permanece. Os crimes cometidos envolvendo furto a dutos da companhia vêm apresentando redução desde 2020, quando foram registrados 201 casos. No ano seguinte, foram 102. Em 2022, foram 58 ocorrências; 28 em 2023 e 25 no ano passado. A Transpetro implementou tecnologias para detectar as ações clandestinas por meio do Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL). Também tem um canal direto com a população que vive no entorno dos ativos e recebe denúncias por telefone 24 horas por dia na central 168.

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CBO fecha contrato para conversão de motor marítimo para usar etanol

A Companhia Brasileira de Offshore (CBO) anunciou esta semana a formalização do contrato do Projeto Etanol, para início da conversão de um motor marítimo de grande porte para operar com sistema dual-fuel diesel/etanol. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a CBO, a Sotreq (distribuidora oficial Caterpillar no Brasil), a Caterpillar/MaK (fabricante global de motores marítimos) e a HAV Design (projetista). A previsão é que o motor convertido entre em operação em 2027, após as etapas de instalação, comissionamento e testes em campo. Apenas um dos motores de uma embarcação da frota da CBO será convertido, enquanto os demais permanecerão em sua configuração original. Segundo a companhia, isso permitirá a validação da operação em ambiente real, sem comprometer a disponibilidade do navio. Etanol para reduzir emissões Com a tecnologia, o grupo espera uma redução líquida nas emissões de COe#8322; entre 15% e 20% por motor convertido, considerando a operação com 35% a 40% de etanol na mistura. A CBO observa, em nota, que essa redução é viabilizada porque o etanol brasileiro possui uma das menores pegadas de carbono do mundo, com potencial de até 90% de redução nas emissões em seu próprio ciclo de vida emdash; especialmente o biocombustível de segunda geração derivado de cana-de-açúcar. eldquo;É a primeira conversão no mundo de um motor MaK M 32 C para operação com mistura fixa de diesel e até 40% de etanol, um marco tecnológico global na busca pela descarbonização do setor marítimoerdquo;, comenta André Trintini, coordenador de Inovação na CBO. Ele pontua que esta parceria vai viabilizar a primeira aplicação global de etanol como combustível renovável em um motor marítimo de grande porte em operação comercial. eldquo;Até então, nenhuma iniciativa havia adaptado motores marítimos para operarem com esse tipo de sistema dual-fuel. O Projeto Etanol promove uma solução prática e imediata para descarbonização da frota existenteerdquo;, completa.

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