Ano:
Mês:
article

Alckmin se reúne com Raízen, JBS, Weg, Embraer e Suzano em encontro sobre tarifaço dos EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), teve nesta quinta-feira (17/7), uma nova reunião com empresários, tendo como pauta a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre importação de produtos brasileiros. O encontro ocorreu por videoconferência iniciada às 9h e reuniu representantes de setores potencialmente afetados pela tarifa, sucroenergético e biocombustíveis, de aeronaves, carne bovina, celulose a suco de laranja. Participaram do encontro: o vice-presidente executivo da Raízen, Claudio Oliveira; o CEO Global do Grupo JBS, Gilberto Tomazoni; o CEO da Prumo Logística, Rogério Zampronha; o diretor superintendente e o o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Weg, respectivamente, Alberto Kuba e Daniel Godinho; o CEO da Aeris Energy, Alexandre Negrão; o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto; o presidente da Suzano, João Alberto Fernandez de Abreu; o CEO da Citrosuco, Marcelo Abud; e o presidente e CEO Global da Stefanini Group, Marco Stefanini. O encontro compõe a série de agendas de Alckmin, como coordenador do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, para ouvir o setor produtivo e discutir ações de proteção ao Brasil frente às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. Na terça (15/7) e quarta-feira, entidades de variados segmentos da indústria, do setor agropecuário e de centrais sindicais participaram de reuniões com o vice-presidente. Até aqui, a principal proposta do empresariado encontro foi a de buscar pelo menos mais 90 dias de discussão. Já no segundo encontro representantes do setor agropecuário pediram cautela ao Executivo nas negociações e que as tratativas sejam esgotadas até 31 de julho. A urgência de retomar negociações imediatas com os estados também tem sido uma das tônicas dos encontros. Com informações do Estadão Conteúdo.

article

Petrobras cogita voltar a distribuir combustível no varejo

A Petrobras está considerando retornar à distribuição de combustíveis no varejo depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente da estatal, Magda Chambriard, reclamaram dos altos preços nas bombas. Quatro anos após concluir sua saída da BR Distribuidora, hoje Vibra Energia, o conselho de administração da Petrobras vai se reunir esta semana para discutir a alteração do plano estratégico da empresa a fim de incluir uma presença no setor de varejo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada ao discutir questões privadas. Não está claro se essa medida envolveria a tentativa de reestatização total da Vibra ou a compra de uma participação na operadora de lojas de conveniência e distribuidora de combustíveis. A proposta a ser discutida no âmbito do plano estratégico 2026-2030 posicionaria a Petrobras como uma empresa diversificada e integrada na geração de energia, de acordo com a pessoa a par do assunto. A BR Distribuidora foi privatizada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Petrobras preferiu não comentar. Lula tem se queixado de que os cortes nos preços de atacado da Petrobras para gasolina, diesel e outros produtos não têm sido repassados aos consumidores no varejo. Ele culpa os postos de gasolina e os impostos estaduais pelas disparidades. "Não é possível que a Petrobras anuncia tanto desconto no óleo diesel e esse desconto não chega no consumidor," disse Lula no início do mês em uma cerimônia para anunciar investimentos da estatal em refino. "Mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolina não reduzem". Lula também disse que a privatização criou várias camadas no sistema de distribuição que resultam em preços mais altos para os consumidores. "Hoje a Petrobras libera um botijão de gás de 13 quilos por R$ 37 e ele chega na casa de um pobre em outro estado a R$ 140," disse Lula no evento no dia 4 de julho. O controle dos pontos de venda pela Petrobras permitiria uma entrega mais eficiente do combustível, acrescentou. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também tem expressado preocupação com o fato de os postos de gasolina não estarem repassando as reduções no atacado para os consumidores na ponta. A AGU (Advocacia Geral da União) solicitou recentemente uma investigação sobre práticas anticoncorrenciais no preço dos combustíveis após analisar evidências de que os distribuidores e varejistas não estão repassando as reduções de preços no atacado. A Vibra tem um contrato para usar a marca Petrobras em seus postos até meados de 2029. A gigante do petróleo notificou a empresa no ano passado de que não estava interessada em renovar a licença nos termos atuais. (Bloomberg)

article

Ação da ANP leva à retomada da produção em 61 campos de petróleo e gás natural

De abril de 2020 a julho de 2025, a ANP notificou 29 empresas a retomar a produção de um total de 91 campos de petróleo e/ou de gás natural. Como resultado, dados atualizados até julho de 2025 indicam que: 61 campos retomaram a produção após a notificação; 8 campos passaram por cessão de direitos; 4 campos foram formalmente devolvidos; e 3 campos foram anexados a outros campos. O ano de 2023 destacou-se com o maior número de retomadas (19), refletindo o impacto direto das ações regulatórias da Agência. As Bacias do Recôncavo e Potiguar concentram a maior parte das notificações e ações subsequentes. Assim, graças ao acompanhamento e à atuação da Agência, foi possível assegurar a retomada da produção de campos que estavam inativos e, consequentemente, o retorno do pagamento das participações governamentais. Essa ação da Agência atende às Resoluções do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) n° 2/2016 (sobre medidas de incentivo à exploração e à produção de petróleo e gás natural) e n° 5/2022 (sobre medidas de estímulo ao desenvolvimento e produção de campos ou acumulações de hidrocarbonetos de economicidade marginal). Ambas as resoluções trouxeram diversas determinações à ANP, dentre as quais, notificar operadoras de campos que não tenham apresentado produção nos últimos 6 meses para que restabeleçam a produção no prazo de 12 meses. As empresas podem ainda, nesse período, transferir os direitos sobre esses campos para outras empresas que se comprometam e tenham capacidade de cumprir a produção. Em caso da extinção do contrato de concessão e sendo identificada ainda alguma viabilidade de produção, o campo pode, ainda, ser incluído, pela ANP, na Oferta Permanente, para ser licitado novamente como eldquo;área inativa com acumulações marginaiserdquo;. É importante destacar que 15 dos campos notificados entre 2024 e 2025 ainda estão dentro do prazo regulamentar para a adoção de medidas pelas empresas, conforme previsto nas Resoluções CNPE n° 2/2016 e n° 5/2022 e no Parágrafo 29.4 da cláusula vigésima nona do contrato de concessão. A ANP segue monitorando esses casos, avaliando cronogramas para a retomada da produção, propostas de cessão e eventuais devoluções.

article

Ações da Vibra caem 2,2% com notícia de que Petrobras mira varejo de combustíveis

As ações da Vibra Energia (VBBR3) caíram nesta quinta-feira, após a Bloomberg News noticiar que a Petrobras (PETR4) está considerando retornar ao varejo de venda de combustíveis e que seu conselho se reunirá esta semana para discutir o assunto. As ações da Vibra recuaram 2,22% (R$ 21,11), entre os piores desempenhos do Ibovespa, que subiu 0,04%. As ações preferenciais da Petrobras cederam cerca de 1%. Nesta quinta-feira, duas fontes familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que a Petrobras não tem planos de voltar a vender combustível no varejo. Uma delas observou que a estatal possui uma cláusula de não concorrência com a Vibra, sua antiga subsidiária, até 2029. A fonte acrescentou que, mesmo que o assunto viesse à tona durante uma reunião do conselho, essa cláusula impediria qualquer ação. Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Vibra é uma das maiores distribuidoras de combustível da América Latina, operando uma rede de postos de gasolina com a marca Petrobras e vendendo combustível diretamente a empresas. Antiga BR Distribuidora, a empresa foi desmembrada da Petrobras e privatizada em 2019 sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro, à medida que a estatal vendia ativos para se concentrar nas frentes de exploração e produção de petróleo. A medida foi considerada um erro grave pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que frequentemente critica os varejistas de combustível por não baixarem os preços na bomba, mesmo quando a Petrobras, que controla a maior parte do refino de petróleo do Brasil, reduz seus preços para as distribuidoras. (Reuters)

article

Petróleo fecha em alta, com resiliência da economia dos EUA e riscos no Oriente Médio

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta, 17, recuperando parte das perdas das três sessões anteriores na qual recuou. A demanda pela commodity, especialmente pelo verão no Hemisfério Norte, e a resiliência da atividade nos Estados Unidos oferece algum suporte aos preços. Além disso, as tensões no Oriente Médio nos últimos dias retomaram parte dos prêmios de risco. Registros de ataques na Síria, em Gaza, e, especialmente, na região rica em petróleo do Curdistão iraquiano levantam temores de que uma eventual escalada possa ter maiores impactos para o mercado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em alta de 1,75% (US$ 1,16), a US$ 67,54 o barril. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,46% (US$ 1,00), a US$ 69,52 o barril. Entre indicadores apresentando a força da economia americana, as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,6% em junho ante maio, acima do previsto pelo consenso da FactSet. Já os pedidos de auxílio-desemprego americanos caíram 7 mil na semana, a 221 mil, contrariando previsão de alta. Para a Pantheon Macroeconomics, a leitura de varejo indica desaceleração do consumo real no segundo trimestre, tendência que deve persistir no terceiro, quando o repasse das tarifas chegar aos preços. A Oxford Economics lembra que, embora exportadores estrangeiros ainda absorvam parte do custo tarifário, itens essenciais já encareceram para o consumidor americano, como mostram dados de preços de importação. Enquanto isso, um drone armado atingiu um campo de petróleo na região do Curdistão, no norte do Iraque, nesta quinta-feira, segundo forças curdas, o segundo ataque em dois dias na instalação administrada pela Noruega. A fumaça subiu durante toda a manhã devido ao ataque à instalação no bloco Sarsang, localizado na cidade de Chamanke, segundo o Middle East Eye. Desde 14 de julho, pelo menos seis campos de petróleo foram alvos de ataques de drones, incluindo locais operados por empresas americanas endash; a HKN e a Hunt Oil foram atingidas duas vezes cada endash; e a DNO, que também foi atingida duas vezes. Ataques de drones também ocorreram em outras áreas, tanto antes quanto depois de 14 de julho, particularmente perto do consulado americano em Erbil e do aeroporto de principal cidade do Curdistão iraquiano. (Estadão Conteúdo)

article

Trump mira etanol e culpa tarifas de importação, mas parte do problema foi criado pelos EUA

O governo Trump culpou as tarifas de importação do Brasil pela queda no comércio de etanol entre os países. Mas a perda do que antes era o maior mercado de exportação para o biocombustível americano é, em parte, um problema criado pelos próprios Estados Unidos. O Brasil reduziu drasticamente sua dependência das importações de biocombustíveis dos EUA ao investir bilhões de dólares em etanol de milho, criando uma indústria nacional que posteriormente o Brasil passou a proteger por meio de tarifas. A iniciativa começou em 2017, liderada pelo Summit Agricultural Group, com sede em Iowa, cuja unidade chamada FS instalou a primeira usina de etanol de milho do Brasil. As barreiras ao etanol americano estão no centro da investigação que o governo Trump implementou sobre as práticas comerciais do Brasil, tornada pública na terça-feira. Na semana passada, o presidente prometeu impor tarifas de 50% em remessas do país sul-americano a partir de 1º de agosto, ameaçando os consumidores dos EUA com preços potencialmente mais altos para tudo, de café a carne bovina e papel higiênico. O Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho este ano, segundo a consultoria Datagro, com a unidade FS da Summit entre os principais fornecedores. A FS, que agora opera três unidades de moagem de milho, produz 2,3 bilhões de litros do biocombustível anualmente, segundo dados da empresa. emdash; O etanol de milho trouxe uma oferta adicional suficiente para cobrir a demanda emdash; diz Ana Zancaner, analista da Czapp, empresa de propriedade da trader de commodities Czarnikow Group Ltd. A crescente produção de etanol de milho no Brasil significa que as importações não são atrativas na maior parte do tempo. emdash; Mesmo que as tarifas fossem zero, seria difícil viabilizar a importação de etanol americano emdash; disse Plínio Nastari, presidente da Datagro. É um debate crucial para a relação comercial do Brasil com seu segundo maior parceiro comercial. O país sul-americano implementou tarifas em 2017, após os EUA terem inundado o mercado com etanol, pressionando os preços. Ao anunciar sua investigação na terça-feira, o escritório da Representação Comercial dos EUA acusou o Brasil de reverter sua posição anterior sobre a isenção de impostos, impondo taxas significativamente mais altas ao combustível americano. emdash; Há quase uma década que dedicamos tempo e recursos preciosos para lutar contra um regime tarifário injusto e injustificado emdash; afirmou Geoff Cooper, presidente-executivo da Associação de Combustíveis Renováveis, grupo comercial de etanol. emdash; Essas barreiras tarifárias foram erguidas contra as importações de etanol dos EUA, enquanto nosso país aceitou abertamente emdash; e até mesmo encorajou e incentivou emdash; as importações de etanol do Brasil. Ainda assim, embora o Brasil imponha tarifas de 18% sobre o biocombustível importado, a medida veio acompanhada de uma crescente produção doméstica que teve os investidores americanos como principais protagonistas. Cargill, a maior empresa privada dos EUA, também é produtora de etanol de milho no Brasil. elsquo;Praticamente inexistenteersquo; emdash; O etanol de milho era praticamente inexistente, e agora essa é uma produção que é feita até com a participação de empresas americanas emdash; disse Nastari. A Summit não quis comentar. A Cargill não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol e um grande consumidor de biocombustíveis. Embora a maior parte da produção do país venha da cana-de-açúcar, o combustível do milho está rapidamente ganhando participação. Tudo começou com a FS, que inaugurou a primeira usina de etanol de milho do Brasil, no estado do Mato Grosso, há oito anos. Muitas outras se seguiram. A Unem, associação industrial que inclui a Cargill e a FS, contabiliza um total de 24 usinas em operação e outras 16 a serem construídas. O Brasil exporta algum etanol para os EUA, com incentivos na Califórnia para combustíveis de baixo carbono ajudando a impulsionar as remessas de etanol para cerca de 300 milhões de litros no ano passado. Ainda assim, a ameaça de Trump de uma tarifa de 50% sobre o Brasil tem pouco impacto sobre os produtores brasileiros de biocombustíveis, disse Willian Hernandes, sócio executivo da consultoria FG/A. Com apenas 5% do etanol brasileiro sendo exportado, o mercado interno é visto como muito mais relevante para os produtores brasileiros, acrescentou. (Bloomberg)

Como posso te ajudar?