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Petróleo fecha em alta após surpresa sobre nível dos estoques nos EUA

O petróleo voltou a subir nesta quarta-feira (24), depois de quatro sessões de queda. A alta de hoje acompanhou o enfraquecimento do dólar e a queda nos estoques da commodity nos EUA, que recuaram além do esperado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 0,82% (US$ 0,63), a US$ 77,59 o barril, enquanto o Brent para outubro endash; que passou a ser o contrato mais líquido hoje -, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,94% (US$ 0,75), a US$ 80,82 o barril. Hoje, os estoques de petróleo bruto nos EUA caíram em mais de 3,7 milhões, acima da previsão. O recuo acompanhou a leitura da American Petroleum Institute (API), divulgada ontem, que também apontou para uma queda nos estoques para além do esperado. Também no pregão de hoje, o dólar pausou sua escalada recente, enquanto investidores se posicionam para a leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre. Segundo a analista de mercados do City Index, Razan Hilal, as expectativas para o dado estão elevadas, visto que a última leitura de PIB da China trouxe uma reação expressiva nos mercados de commodities. eldquo;Os números do PIB têm o potencial de influenciar o potencial de demanda por petróleo além da temporada de verão nos EUA, juntamente com o ritmo da data de corte da taxa de juroserdquo;, afirma ela. Enquanto isso, a Oanda alerta que questões geopolíticas continuam fazendo preço no petróleo, mas mesmo assim os preços chegaram a um suporte crítico após o recuo recente. Para o médio prazo, a instituição indica uma leve pressão ascendente sobre preços, causadas pelo fim do verão na Europa e nos EUA, que deverá trazer um déficit de oferta no fim do terceiro trimestre. O UBS, por sua vez, afirma em relatório que a queda nas exportações do petróleo russo no último mês indica que o país pode ter feito cortes compensatórios na produção para cumprir com a meta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Fora da Rússia, a Opep+ também reduziu sua exportação, devido ao clima excessivamente quente no Oriente Médio, avalia o banco. eldquo;Acreditamos que a redução das exportações de petróleo bruto da Opep+ deverá ajudar a restringir o mercado petrolífero e manter o preço final do Brent em 2024 em US$ 87 por barrilerdquo;, diz o banco suíço. Hoje, a Opep emitiu um comunicado em que confirma que Iraque, Rússia e Cazaquistão produziram mais que o combinado no primeiro semestre, mas pretendem compensar até setembro de 2025.

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Polícia Federal faz operações contra esquema de corrupção na Agência Nacional do Petróleo

Um esquema de corrupção na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é alvo de buscas em diversas operações paralelas da Polícia Federal (PF) contra venda de combustível adulterado, na manhã desta terça-feira (23). Servidores públicos e funcionários terceirizados de diversos órgãos foram afastados. Na operação Ética no Tanque, deflagrada pela PF e pelo Ministério Público Federal, agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, contra alvos nos municípios de São Paulo e Aracaju (SE). A Justiça também determinou afastamento de dois funcionários terceirizados que prestavam serviços para a ANP na capital paulista. Já na operação Barão de Itararé, PF e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco-SP) miraram auditor fiscal da Receita de SP envolvido em corrupção para favorecer organizações criminosas especializadas na venda de combustíveis adulterados. Alvo de mandado de busca e apreensão, o servidor foi afastado das funções públicas. A Justiça ainda determinou bloqueio de até R$ 75 mil de contas bancárias de outros dois investigados por corrupção ativa. Em outra operação, Metassuborno, PF e Gaeco-SP focaram em braço do esquema no Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do estado de São Paulo. Agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e São Bernardo do Campo (SP). Combustível adulterado As forças-tarefas de hoje são desmembramentos da operação Boyle, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro. À época, a ação identificou três organizações criminosas especializadas em adulteração de combustível usando, entre outros meios, metanol. "Substância altamente inflamável e tóxica, cujo uso como combustível é vedado pela legislação brasileira", apontou a PF, em nota.

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Raízen estima produção de 3,6 mi a 3,8 mi t de açúcar equivalente no 1º tri da safra

A Raízen (RAIZ4) estima produção de açúcar equivalente entre 3,6 milhões e 3,8 milhões de toneladas para o 1º trimestre da safra 2024/25, contra 3,179 milhões de toneladas no mesmo período do ciclo anterior, conforme prévia operacional. A maior produtora global de açúcar e etanol de cana também estima vendas de açúcar em 2,42 milhões de toneladas no 1º trimestre da safra 2024/25, contra 1,92 milhão de toneladas no mesmo período da safra 2023/24. As vendas de etanol da Raízen, por sua vez, estão estimadas em 1,274 bilhão de litros no mesmo período, versus 1,074 bilhão de litros um ano antes, mostrou fato relevante divulgado nesta terça-feira.

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Vibra e Vast investem R$ 300 milhões em Terminal de Líquidos no Porto do Açu

No cenário da infraestrutura portuária brasileira, um novo capítulo está sendo escrito com a recente assinatura do contrato entre a Vast Infraestrutura e a Vibra Energia. A parceria de 20 anos entre as duas gigantes do setor promete transformar o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, em um hub estratégico para o armazenamento e movimentação de óleos básicos e derivados de petróleo. Com um investimento inicial de R$ 300 milhões, a Vast está prestes a dar início à construção do Terminal de Líquidos do Açu (TLA), um empreendimento que não apenas atenderá às necessidades imediatas da Vibra, mas também impulsionará o crescimento e a diversificação do Porto do Açu. Investimento e infraestrutura O novo terminal, planejado para começar a operar no final de 2025, será um marco na infraestrutura portuária do Rio de Janeiro. Com um parque de tancagem de até 84 mil m³, o TLA será equipado para armazenar uma ampla gama de produtos derivados do petróleo, incluindo combustíveis marítimos como VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) e diesel marítimo, além de lubrificantes e biocombustíveis. Esta estrutura permitirá um armazenamento eficiente e seguro, essencial para atender a demanda crescente da Vibra Energia e de outros futuros clientes. De acordo com Victor Bomfim, CEO da Vast, o projeto representa uma resposta direta a uma demanda crítica do Grupo Prumo. O projeto inclui dois berços operacionais com capacidade para receber navios de médio porte e plataformas de carregamento para caminhões-tanque, otimizando tanto o transporte marítimo quanto o terrestre de combustíveis e óleos. Impacto para a Vibra Energia Para a Vibra Energia, a parceria com a Vast não poderia vir em momento mais oportuno. Marcelo Bragança, vice-presidente executivo de operações, logística e sourcing da Vibra, destacou que o novo terminal permitirá à empresa substituir eldquo;boa parteerdquo; da tancagem atualmente contratada com terceiros. Esta mudança não só reduzirá custos, mas também melhorará a logística de importação e abastecimento dos óleos básicos para a fabricação de lubrificantes, especialmente para a linha Lubrax. A Vibra está se preparando para uma expansão significativa de sua fábrica de lubrificantes em Duque de Caxias, que terá sua capacidade aumentada para 500 milhões de litros anuais até setembro, um crescimento considerável em relação à capacidade atual de 300 milhões de litros. O futuro do novo Terminal de Líquidos no Porto de Açu e sua importância para as empresas O novo Terminal de Líquidos do Açu não apenas representará um avanço significativo para a Vibra e a Vast, mas também contribuirá para a melhoria da infraestrutura logística do Brasil. Com o Porto do Açu se consolidando como um ponto estratégico para a movimentação de produtos derivados de petróleo, o TLA facilitará o atendimento de novas demandas e fortalecerá a posição do Brasil no mercado global de lubrificantes e combustíveis. A parceria entre Vast e Vibra é um exemplo claro de como investimentos em infraestrutura podem gerar benefícios significativos para empresas e para o desenvolvimento econômico regional. Com um plano robusto e uma visão clara para o futuro, o novo terminal promete transformar o Porto do Açu em um polo de eficiência e inovação no setor de óleo e gás, atendendo tanto às necessidades atuais quanto futuras do mercado. À medida que o projeto avança, o impacto positivo do Terminal de Líquidos do Açu será amplamente sentido, com a expectativa de novos contratos e parcerias que continuarão a impulsionar o crescimento e a prosperidade do Porto do Açu e da economia brasileira como um todo.

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CEG e CEG Rio pedem prorrogação dos contratos de concessão para distribuição de gás

As distribuidoras de gás natural canalizado Ceg e Ceg Rio, da Naturgy, apresentaram, na quinta-feira (18), pedidos de prorrogação dos contratos de concessão, informou a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), nesta terça-feira (23). Os pedidos foram apresentados 36 meses antes do fim do contrato de 30 anos, previsto para 21 de julho de 2027. Agora, a Agenersa vai analisar documentos obrigatórios para apresentação junto com o pedido de prorrogação. A lista inclui relatório de desempenho operacional, plano de expansão de redes e plano de investimentos. A agência afirmou que lhe caberá analisar todos os documentos, inclusive através de audiências ou consultas públicas, até 21 de fevereiro de 2026. eldquo;Os contratos preveem que, mediante requerimento das concessionárias, o Estado poderá prorrogar as concessões por igual período, com a justificativa de assegurar a continuidade e qualidade do serviço público, desde que respaldado pelos relatórios técnicos da Agenersa sobre a regularidade e qualidade dos serviços das reguladas.Além disso, as concessionárias precisam também apresentar os comprovantes de regularidade fiscal, previdenciárias e outros encargos previstos nas normas legais e regulamentares vigenteserdquo;, disse a agência reguladora estadual, em comunicado.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Pix: BC aperta regras de segurança para ir atrás dos 'piores alunos', diz diretor

Diretor responsável pelo Pix no Banco Central, Renato Gomes afirma que o aperto nas regras de segurança do meio de pagamento tem como objetivo fechar o cerco contra os próprios fraudadores e contra os eldquo;piores a alunoserdquo; na adoção de medidas preventivas entre bancos e fintechs. Em entrevista exclusiva, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central também confirmou que o BC está preocupado e vai lançar eldquo;proximamenteerdquo; medidas para colocar eldquo;para dentroerdquo; instituições de pagamento que ainda não precisam pedir autorização para funcionar ao BC, como adiantou O GLOBO na semana passada. Gomes ainda frisou que não vê razão para duvidar da manutenção da eldquo;cultura técnicaerdquo; do BC a partir de 2025, quando a maioria da diretoria será composta por nomes indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como teme o mercado financeiro. Queridinho dos brasileiros, o Pix vem sendo alvo de fraudes cada vez mais sofisticadas, como é o caso do golpe do Pix errado, em que o criminoso se utiliza de um mecanismo contra fraude criado pelo BC, e o 0800, em que se passam pelos bancos. Nesse contexto, o regulador do sistema financeiro anunciou nesta semana novas medidas para aumentar a segurança do meio de pagamento mais usado do país. Dentre as novidades que passarão a valer em novembro deste ano está a limitação a R$ 200 de transferências em dispositivos novos, sem cadastro prévio pelo usuário, com teto diário de R$ 1 mil. Cada instituição financeira decidirá como deverá ser feito esse cadastro, que pode ter de ser validado em caixa eletrônico ou por eldquo;tokenerdquo;, no caso de bancos digitais, por exemplo. O diretor do BC reconhece que a exigência piora um pouco a experiência para o usuário, mas deve dificultar a vida do fraudador, impedindo que desviem valores altos, caso consigam, de alguma forma, o login e a senha bancária do cliente. emdash; É uma fricção que o usuário paga uma vez, depois usa o dispositivo livremente, mas para quem está fazendo a fraude, é um negócio quase intransponível emdash; afirmou, em entrevista concedida na segunda-feira. Varredura em clientes Além disso, as instituições participantes do Pix serão obrigadas a fazer uma varredura em seus clientes pelo menos uma vez a cada seis meses para verificar se houve participação em uma possível fraude, assim como fazer esse filtro para todas as transferências realizadas. Os participantes do Pix ainda poderão recusar o cadastro de uma nova chave Pix se o CPF utilizado estiver eldquo;marcadoerdquo; com uma suspeita de fraude. Quando começa a e#39;taxa da blusinhae#39;? AliExpress e Shopee antecipam cobrança para este sábado Outra obrigação para os bancos e fintechs, conforme as medidas anunciadas na segunda, será usar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente, além de disponibilizar informações para os clientes sobre cuidados para evitar fraudes. A base de dados do BC para fazer a eldquo;varreduraerdquo; já existe, inclusive com informações sobre os demais meios de pagamento, como TED. Mas Gomes afirmou que nem todos os participantes usam a ferramenta como deveriam. emdash; A grande maioria das instituições já essencialmente cumpria parte dessas exigências, mas é heterogêneo. Tem algumas que eram, vamos dizer assim, menos diligentes. Essas medidas, criam essa obrigatoriedade e nos dão conforto para, vamos dizer assim, constranger as instituições que não estão levando esse problema tão a sério emdash; disse. Para o diretor, isso significa ir atrás dos eldquo;piores alunoserdquo;. emdash; Nessa questão de segurança em arranjo de pagamento, não precisa que a média das instituições se comporte mal, basta que uma ou duas se comportem mal. Na verdade, estamos perseguindo os piores alunos. Não estamos preocupados com o aluno médio. Existem de fato instituições que não estão aderentes como deveriam. E é por isso que estamos fortalecendo (as regras de segurança) e criando uma série de obrigatoriedades emdash; completou Gomes. O diretor do BC sustenta, contudo, que o índice de fraudes no sistema de pagamentos instantâneos criados pelo BC é baixo (em média, sete a cada 100 mil operações), contra 30 a cada 100 mil operações no caso de cartões, conforme estatística global do Banco Mundial. Na opinião de Gomes, os holofotes estão sobre o Pix devido à sua popularidade e ao volume de transações atuais. O Pix movimenta mais de R$ 2 trilhões por mês, com cinco bilhões de operações em média, e continua batendo recordes. É de longe o instrumento de pagamento mais usado no país, representando 43% das transações no primeiro trimestre de 2024. emdash; A ênfase que se dá na fraude no Pix hoje em dia vem do fato de que ele está substituindo muita transação em dinheiro emdash; A transação que está ocorrendo no Pix estava ocorrendo em outro lugar. E normalmente estava ocorrendo num lugar mais perigoso. Esse é o meu ponto emdash; completou. Preocupações Embora Gomes afaste uma relação direta entre as falhas de segurança no Pix e o grau de relacionamento que as instituições têm com o BC, o diretor defendeu que a prestação do serviço de pagamento requer um monitoramento mais próximo do regulador. Ele confirmou que o BC está preocupado com as instituições de pagamento que hoje ainda não precisam de autorização da autarquia para funcionar e que isso deve mudar em breve, como antecipou o GLOBO. emdash; Planejamos tornar obrigatória a autorização para todos os participantes do Pix. É uma questão só de cronograma, mas bastante em breve essa exigência já vai estar na rua. Participar de um sistema de pagamento instantâneo como o PIx deve exigir uma maturidade da instituição, como a autorização, capital mínimo emdash; explicou. emdash; O futuro vai ser um futuro em que todas as instituições participantes do Pix vão ser autorizadas e supervisionadas na sua totalidade pelo Banco Central. Mirando as altas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, Gomes ainda afirmou que o aperfeiçoamento na portabilidade dessa dívida entre bancos deve estar disponível este ano. O diretor do BC também disse que o regulador lançará em breve uma consulta ao mercado sobre gerenciamento de riscos na cadeia de cartões, como antecipou o Valor Econômico. Futuro Gomes, que fica no BC até meados de 2026, não quis comentar a sucessão no órgão e nem sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), mas afastou qualquer tipo de suspeição sobre a atuação técnica da autoridade monetária. Nos últimos meses, cresceram as preocupações do mercado financeiro sobre a condução dos juros quando o colegiado for eldquo;dominadoerdquo; por eldquo;emissárioserdquo; do atual chefe do Planalto, crítico do atual patamar da taxa Selic (10,50%). No fim deste ano, três membros deixam a diretoria, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, desafeto de Lula. O mais cotado para substituí-lo é o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. emdash; Confesso que eu não gostaria de me meter em atribuição do presidente da República. Mas eu vejo tudo com muita tranquilidade. O BC é uma instituição com uma cultura muito técnica. Não vejo nenhuma razão para duvidar que essa cultura vai sempre permanecer. A relação entre os diretores é uma relação muito construtiva, um trabalho muito colaborativo, e eu acho que não há nenhuma razão para temer mudança nesse sentido.

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