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Petróleo fecha em alta de mais de 1%, de olho em sinais de demanda global fortalecida

O petróleo subiu mais de 1% nesta terça-feira, 23, acelerando mais ao fim do pregão, em recuperação à queda da segunda-feira, a despeito do alívio das tensões no Oriente Médio, conforme fatores sazonais tendem a fortalecer a demanda pela commodity no mundo. O WTI para junho fechou em alta de 1,78% (US$ 1,46), a US$ 83,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho subiu 1,53% (US$ 1,32), a US$ 87,39 o barril, na Intercontinental Exchange. Pela manhã, o preço do petróleo recuava, com as tensões contidas no Oriente Médio puxando as cotações para baixo, como vinha acontecendo desde semana passada. Analistas do BOC Financial, porém, destacam que investidores têm voltado atenção para a demanda sazonal da commodity e os números de produção nos países. Para a Spartan Capital, os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) fortes da Europa, vistos pela manhã, sustentam expectativas por demanda aquecida. O Lombard Odier também aponta que os preços devem permanecer em patamar elevado, mesmo na ausência de uma escalada nas tensões entre Irã e Israel. O aumento da demanda global, juntamente com as perturbações na oferta russa e os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deverão manter os preços eldquo;no limite superior da faixa de US$ 80-90 por barrilerdquo;. Além disso, mesmo em caso de perturbação na oferta de petróleo pelos conflitos, o Lombard Odier indica que a Opep poderia usar sua capacidade não utilizada, que corresponde a mais de 5% da demanda global, para conter o cenário e manter os mercados abastecidos. O Commerzbank considera que novas sanções dos EUA ao Irã, anunciadas nesta semana, podem deixar o Irã mais pressionado em suas exportações, cercando suas opções logísticas para levar o óleo à China, por exemplo, o que deixaria o mercado ainda mais apertado. (Estadão Conteúdo)

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Alckmin pede urgência na redução dos custos do gás natural

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), pregou senso de urgência na redução dos custos do gás, ao dizer nesta segunda (22/4) que o preço no Brasil eldquo;é caro e tem tudo para piorarerdquo;, diante da perspectiva de declínio da importação da Bolívia. O vice-presidente da República defendeu que é preciso eldquo;passar um pente finoerdquo; no preço da molécula, para ver onde é possível reduzir os custos e, assim, torná-la mais competitiva. eldquo;Quando uma equação é muito difícil, não tem bala de prata. É uma cesta de questões. Temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino neleerdquo;, disse Alckmin, ao participar de evento conjunto entre MDIC, Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o diagnóstico da abertura do mercado de gás. O ministro criticou, nesse sentido, os custos do transporte de gás no país endash; setor que, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), foi parcialmente privatizado, com a venda do controle da Transportadora Associada de Gás (TAG) e Nova Transportadora do Sudeste (NTS), da Petrobras para a iniciativa privada. eldquo;No Brasil, privatizamos e as coisas ficam mais caras. Não é para isso que se privatiza. É preciso ter marco regulatório bem feito e fiscalizaçãoerdquo;, discursou. Entre os itens que merece atenção no eldquo;pente finoerdquo;, Alckmin destacou: redução dos custos de escoamento e processamento; diminuição dos índices de reinjeção de gás do pré-sal; e importação de gás onshore de Vaca Muerta, na Argentina. Alckmin cumpriu agenda nesta segunda ao lado de empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília. O tom do estudo é a continuidade da abertura do mercado de gás, uma agenda apresentada pela CNI, que pediu apoio do vice-presidente para a harmonização entre os marcos estaduais e o federal no setor.

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Etanol: Preços sobem pela 5ª semana consecutiva; entenda o que está acontecendo

Os preços do etanol hidratado negociado no spot de São Paulo subiram pela quinta semana seguida, mostra levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP divulgado nesta terça-feira (23). Entre 15 e 19 de abril, o Indicador Cepea/Esalqd mostrou que o combustível fechou em R$ 2,4557/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 3,61% frente ao período anterior. Quanto ao anidro, o indicador foi foi de R$ 2,7548/litro (líquido de PIS/Cofins), aumento de 4,12% em igual comparativo. Pesquisadores do Centro apontam que, para os próximos dias, com a entrada do biocombustível da safra 2024/25, as cotações podem se enfraquecer. eldquo;Segundo agentes de mercado, além do produto novo, algumas usinas da região Centro-Sul, que tiveram dificuldades no andamento das atividades industriais por conta das ocorrências de chuvas, puderam retomar a moagem e voltar a ofertar no spoterdquo;, diz o levantamento. Por que os preços do etanol estão subindo? O especialista de Inteligência de Mercados da Stonex, Filipi Cardoso, explica que as usinas abaixaram o preço no período de entressafra e, agora, com o fortalecimento da demanda, o consumo de etanol foi recorde para o setor nos últimos meses. Ele aponta que as usinas vem aumentando o preço de venda para as distribuidoras por uma questão do aumento da demanda, redução da oferta e também uma paridade ainda assim competitiva. eldquo;A gente tem o preço do etanol subindo, porém, a paridade alcançou agora 65%, um patamar que a gente não via em um longo período. Então as usinas estão subindo o preço, porém é um cenário que não deve perdurar por muito tempo, justamente porque agora com a intensificação da moagem no centro-sul, a gente tem de novo uma elevação nos estoques de etanol e, consequentemente, as usinas perdem um pouco esse poder de barganhaerdquo; pondera. Ele destaca que o preço da gasolina está no radar do setor, tendo em vista que, quando se olha o preço de importação do combustível, ele está elevado em relação ao preço nacional. eldquo;Então, qualquer reajuste de alta que tenha para a gasolina por parte da Petrobras, pode ter também um crescimento no preço do etanol, porque a usina ganha espaço para conseguir aumentar o preço de vendaerdquo;, conclui.

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Raízen tem volume de combustíveis entre 6,5 milhões e 6,7 milhões de metros cúbicos no Brasil

A Raízen comercializou entre 6,55 milhões e 6,7 milhões de metros cúbicos de combustíveis no Brasil durante o quarto trimestre fiscal, o que pode ser queda de 1,3% a alta de 0,9% na comparação anual. O conglomerado agroindustrial, de controle conjunto da Cosan e da Shell, diz que o patamar de rentabilidade foi similar ao dos últimos trimestres, com foco na base de clientes contratados e assertividade na gestão de suprimentos. No restante da América Latina, a Raízen teve volume comercializado de combustíveis entre 1,8 milhão e 1,9 milhão de metros cúbicos, intervalo entre queda de 4,8% e crescimento de 0,5% no ano. Clique aqui para continuar a leitura.

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Brasil carece de plano de contingência de combustíveis, alerta especialista

Os níveis de estoque de diesel S10 no Brasil aumentaram 20% em 2023, mas o país ainda precisa de um plano de contingência estruturado para garantir a segurança do abastecimento, disse à BNamericas Marcus Dersquo;Elia, sócio da Leggio Consultoria. O diesel S10 contém 10 mg de enxofre por kg de combustível e representa cerca de 70% do diesel comercializado, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com Dersquo;Elia, os níveis de estoque são suficientes para garantir a operação regular e evitar problemas de abastecimento. Ele alerta, porém, que não se avançou no planejamento estratégico para situações em que haja fortes restrições na movimentação internacional de petróleo e combustíveis. eldquo;Dado que o cenário internacional segue muito instável, deveria haver a preocupação em avançar em ações que possam aumentar a resiliência do suprimento, principalmente de diesel, no paíserdquo;, afirmou o especialista. Na semana passada, a ANP divulgou os relatórios mensais de abastecimento referentes a 2023, que também apresentam casos de possíveis restrições à oferta no país e as ações tomadas pelas autoridades e pelo mercado para mitigar os riscos. Em todos os casos, as ações foram suficientes e não houve problemas de desabastecimento, destaca o relatório. A RPCC, operada pela 3R Petroleum, enfrentou dificuldades no abastecimento de gasolina, e o fornecimento não havia sido normalizado até o fechamento do último relatório de 2023. Embora a produção da RPCC seja relativamente baixa, ela responde por 42% da gasolina entregue ao Rio Grande do Norte. A unidade Guamaré, da Petrobras, fornece o restante. A ALE, que foi a primeira empresa a reportar problemas na refinaria, adquire cerca de 7% do fornecimento da Petrobras e 7% da RPCC. O atraso de um navio, somado às dificuldades de especificação dos produtos, provocou uma restrição de volume bastante significativa para as distribuidoras regionais, sobretudo a ALE. A ANP continua monitorando o abastecimento e acompanhando as operações dos agentes regulados à medida que a situação no Norte evolui. De acordo com um estudo da Leggio, as regiões mais distantes dos centros de produção e dos estoques, como os estados da região Norte, são mais vulneráveis a eventos que possam restringir a movimentação de produtos. Dersquo;Elia destacou que o país deve criar um plano de contingência focado em situações de risco recorrentes e que não envolva apenas o uso de estoques, mas ofereça outras soluções, como ações para aumentar a resiliência das cadeias logísticas e a definição de rotas alternativas de abastecimento. Um plano como esse mitigaria o risco de interrupção no suprimento de combustível, mesmo quando uma estiagem for mais intensa que o esperado, como aconteceu recentemente. eldquo;Além disso, como importamos cerca de 23% do volume de diesel que consumimos, o aumento da instabilidade global torna ainda mais relevante a elaboração de um planejamento logístico estruturado e mais abrangente para o suprimento nacionalerdquo;, argumentou Dersquo;Elia.

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Funcionamento do Pix corre risco com falta de investimentos no BC, diz Campos Neto

Em nova defesa da autonomia financeira do Banco Central, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, se diz preocupado com a queda no orçamento da instituição e com seus possíveis efeitos práticos, como na operação do Pix. "Neste ano, nosso orçamento de investimentos foi de R$ 15 milhões, isso é um quinto do que foi há cinco anos. Chegamos ao risco de alguma hora falar e#39;como é que a gente vai conseguir fazer rodar o Pix?e#39;", disse Campos Neto durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (22). Segundo o presidente do BC, as paralisações dos funcionários do BC por ajustes salariais e mais contratações já atrasa a implementação da agenda digital da instituição, que inclui avanços no Pix e a criação do Drex, moeda digital ainda em fase de testes. Outro argumento de Campos Neto em favor da PEC (proposta de emenda à Constituição) 65, seria a possibilidade de o BC, com uma empresa pública com autonomia fiscal e orçamentária, estabelecer contratos com empresas privadas de "gestão dividida". "Por exemplo, no Drex eu tenho ajuda de várias empresas, da Microsoft, da Parfin, e, para fazer os contratos é muito difícil, porque a máquina pública não programou esse tipo de contrato que precisamos na gestão moderna", disse Campos Neto. Questionado sobre se a PEC tem apoio do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Campos Neto disse que é necessário esclarecer alguns pontos. "O ministro [Fernando Haddad] tem falado que não é conta, mas que precisa esclarecer alguns pontos. E no Legislativo, no Senado, eu tenho sentido uma boa vontade para aprovar", afirmou o economista. Sobre a transição no comando do BC ao fim deste ano, Campos Neto voltou a dizer que será um processo "suave" e "construtivo", e que espera que a agenda de digitalização da autarquia continue sob seu sucessor. "O Banco Central tem todos os ingredientes para ter uma continuidade nas políticas que a gente está fazendo. Os técnicos do BC são muito bons, e qualquer um que entra no BC rapidamente entende que grande parte do que a gente faz vem de uma trilha mais antiga e que tem aspectos técnicos que preponderam", afirmou. Quando questionado sobre o seu começo no comando da autarquia, Campos Neto disse ter sentido receio de não estar apto para o cargo. "Eu tinha um grande temor de não estar preparado para aquilo. Quando sentei na cadeira, a primeira coisa que pensei foi e#39;por que estou aqui?e#39;, e#39;será que tenho capacidade de estar aqui?e#39; e aí com o tempo você vai aprendendo. Contei com muita gente boa no BC que me ajudou. Fizemos o Pix no meio da pandemia, com as pessoas trabalhando de madrugada, eu aprendi muito com eles."

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