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Furtos e arrastões viram dor de cabeça para rede mexicana Oxxo

A falta de segurança virou uma dor de cabeça para o varejo 24 horas de São Paulo. A rede mexicana Oxxo, que estreou no País em 2020 com a proposta de funcionamento ininterrupto e um arrojado plano de expansão, tem sido alvo de furtos e arrastões desde o ano passado, segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Denúncias da insegurança enfrentada pelos trabalhadores foram parar no sindicato. Somado a esse quadro, no mês passado, soou outro sinal de alerta: o elevado número de desligamentos. Em maio, 250 comerciários deixaram a varejista na cidade de São Paulo, segundo o sindicato. Desse total, 150 trabalhadores foram demitidos e 100 pediram a conta. eldquo;É um turnover (rotatividade) elevadoerdquo;, afirma Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Ele pondera, no entanto, que o saldo do emprego da rede em maio ainda foi positivo em 80 postos de trabalho. Foram 330 contratações ante 250 desligamentos. E a varejista é uma das que mais empregam, ressalta o sindicalista. Só na capital paulista a rede tem 3.200 funcionários. Patah não sabe precisar os motivos dos cortes feitos pela varejista e dos pedidos de demissão dos trabalhadores. Mas ele acredita que funcionários possam ter pedido a conta em razão da falta de segurança. Já houve duas reuniões entre o sindicato e a empresa para reivindicar melhores condições de segurança aos funcionários nas lojas que funcionam 24 horas. Nos encontros, ficou estabelecida a implantação de uma série de medidas, como rondas, monitoramento, alarme, fiscais, lojas fechadas às 22 horas e até um botão de pânico. A terceira reunião entre os sindicalistas e os representantes da empresa para avaliar se os pedidos foram atendidos e se diminuiu o número de incidentes está marcada para hoje, 12. eldquo;Chamamos a empresa e eles estão atendendo, com monitoramento ampliado e tentando trabalhar com mais pessoas na lojaerdquo;, diz Patah. Fechamento de lojas O Estadão apurou que recentemente houve fechamento de lojas da Oxxo: quatro em Campinas (SP), duas em Santo André (SP), uma no bairro de Perdizes, na zona Oeste da capital, uma na Sé, região central de São Paulo, e uma no bairro do Ipiranga, na zona Sul da cidade. Em outubro do ano passado, quando a varejista anunciou a expansão para o litoral paulista, David Pestana, diretor Geral de Expansão do Grupo Nós no Brasil, joint venture entre a Raízen e a Femsa, e dono da bandeira Oxxo, disse ao Estadão que, desde que a rede chegou ao País em dezembro de 2020, até aquela data, só havia fechado uma loja, e foi em Campinas (SP). O motivo era que o imóvel escolhido não tinha vaga de estacionamento. Na época, o executivo explicou à reportagem que, a loja foi fechada, mas reaberta do outro lado da mesma avenida num imóvel mais adequado. A reportagem apurou que a insegurança pública combinada com o grande número de abertura de lojas, muitas vezes próximas uma das outras, estaria afetando o desempenho das vendas e levando a uma readequação no número de lojas. Uma fonte observa que a localização é um quesito fundamental na loja de proximidade. Mas pondera que loja de rua tem o aluguel alto, risco de furto e é preciso gastar com prevenção a assaltos. Ou seja, o custo operacional é alto e também há dificuldade para encontrar funcionários. Numa pesquisa rápida aos sites das lojas da rede feita pela reportagem, o que se constata é que, embora um grande número unidades funcione 24 horas, há lojas que fecham às 20h, às 22h e à meia-noite. eldquo;Eles subestimaram a questão da segurançaerdquo;, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Quanto ao desempenho insuficiente endash; outro fator que teria levado ao fechamento de unidades, apontado pelo mercado endash; o especialista observa que o indicador de vendas ao comparar o desempenho de mesmas lojas caiu ao longo do ano passado no Brasil. De acordo com dados do balanço do Grupo Femsa, no primeiro trimestre de 2023 a taxa de crescimento estava em 43,7% em relação a igual período do ano anterior, no critério mesmas lojas. E encerou o último trimestre de 2023 com um avanço de 9,8%, na mesma base de comparação. eldquo;Quando a loja é nova, esse número tem de ser muito alto, na faixa de 20%, porque essas lojas estão em maturaçãoerdquo;, observa o consultor. Quando as lojas estão em fase de maturação não estão crescendo em ritmo mais acelerado, ele diz que, neste caso, é preciso eventualmente fechar algumas para melhorar a saúde da rede. eldquo;A tese da Oxxo sobre o Brasil ainda está validaerdquo;, afirma o presidente da SBVC. Segundo Terra, é cedo para falar que a companhia superestimou o mercado brasileiro. Procurada a rede Oxxo, que encerrou o primeiro trimestre com 511 lojas no País, informa, por meio de nota, que eldquo;avalia constantemente a sua operaçãoerdquo;. Afirma ainda que o fechamento das unidades mencionadas se refere a uma readequação pontual para aprimoramento da excelência operacional e para atender melhor os clientes. A companhia ressalta, em nota, que o número de lojas abertas, ou em processo de abertura, ultrapassa a quantidade de unidades remanejadas e informa que todas as equipes de operações e funcionários foram remanejados e continuam trabalhando para a companhia. Segundo a empresa, a eldquo;estratégia de expansão está em linha com o plano de negócios da companhia, e é pautada por inteligência de dados e nas necessidades do cliente.erdquo; A empresa acrescenta que usa eldquo;data analytics e ferramentas digitais para selecionar as localizações onde visualiza um potencial de mercado e a rede tem apresentado crescimento expressivo de vendas elsquo;mesmas lojasersquo;erdquo;, diz em nota. Segundo o Grupo Nós, a marca tem como proposta de valor estar sempre próximo dos clientes e isso contempla o funcionamento de suas unidades no formato 24h. Atualmente, mais de 90% das lojas funcionam neste formato, conforme demanda do bairro onde está inserida, informa a empresa. A companhia eldquo;ressalta que investe em ações de segurança nas unidades e trabalha em conjunto com as instituições do setor e demais players do varejo brasileiro, buscado estratégias e realizando ações relacionadas ao temaerdquo;, diz a nota.

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Mercado vê piora do cenário fiscal e dólar vai a R$ 5,40; Bolsa cai 1,4%

O dólar registrou ontem alta de 0,84% e atingiu a cotação de R$ 5,40 endash; ficando mais próximo do pico de R$ 5,45 de 4 de janeiro de 2023, no início do atual governo. Com isso, o ganho acumulado na semana chegou a 1,53% e no mês, a 2,96%. Já o Ibovespa, principal referência da Bolsa no País, recuou 1,40%, aos 119,9 mil pontos, no menor patamar desde 9 de novembro passado. Segundo economistas, esses resultados refletiram novos ruídos sobre a condução da política monetária e a percepção de enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu medida provisória que limitava o uso de créditos do PIS/Cofins. A sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de que só deve fazer um corte na taxa de juros neste ano também pesou nos negócios (mais informações na pág. B4). eldquo;A devolução (da medida provisória) é uma derrota para o Haddad. E isso acaba resultando em desconfiança, em incerteza dos investidores com relação aos gastos públicoserdquo;, disse Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital, se referindo também a um nível já próximo de R$ 40 bilhões de fluxo de retirada de recursos estrangeiros da Bolsa no ano. eldquo;Tivemos hoje um pico de estresse, com muita busca por hedge (proteção)erdquo;, completou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. Ainda pela manhã, o dólar chegou a R$ 5,43, na esteira de discurso feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento no Rio. Segundo Lula, eldquo;a coisa mais importante para o investidor é a estabilidadeerdquo; e que, para ele, eldquo;o Brasil tem (isso) de sobra para oferecererdquo;. A seguir, disse que o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros criarão um ambiente favorável para os investidores. eldquo;Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento públicoerdquo;, disse Lula. No entendimento do mercado, a fala de Lula indicaria que o ajuste fiscal vai continuar dependente da aprovação de novas medidas arrecadatórias, em vez de ser resultado do corte de gastos. TEBET. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o desafio para equilibrar as contas públicas eldquo;não é pequenoerdquo; e voltou a defender uma revisão de gastos do governo, mas ressaltou que essas decisões têm de eldquo;passar pelo crivo do presidente da Repúblicaerdquo;. eldquo;Não estamos aqui para dourar a pílulaerdquo;, disse ela, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Depois da audiência, ela disse a jornalistas que tem planos eldquo;A, B, C e Derdquo; para a revisão de gastos. No entanto, acrescentou que as medidas de aumento de arrecadação endash; que até agora têm estado no centro da política econômica de Lula endash; estão e esgotando. eldquo;O lado bom disso é que vamos ter de acelerar a esteira da revisão de gastos.erdquo; Medidas como a desvinculação de benefícios previdenciários do salário mínimo endash; que estão na pauta do Ministério do Planejamento endash; têm sido criticadas por integrantes da ala política do governo. ebull;

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Supremo decide que saldo do FGTS deve ser corrigido pelo IPCA

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os saldos dos recursos depositados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem ser corrigidos, no mínimo, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) endash; que é a referência da inflação oficial do País. Hoje, os recursos depositados mensalmente no FGTS rendem 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial), que atualmente está em 0,32%. Essa fórmula continua valendo, mas, quando ela resultar em uma remuneração menor do que o IPCA, caberá ao Conselho Curador do FGTS definir uma compensação. A nova fórmula de correção do Fundo não terá efeito retroativo e valerá a partir da publicação da ata do julgamento. Os ministros do STF julgaram uma ação do partido Solidariedade, apresentada em 2014, que questionava a remuneração atual do Fundo. Na ação, a legenda argumentava que desde 1999 a TR tem rendimento próximo a zero, sem conseguir repor o poder aquisitivo dos trabalhadores. O julgamento da ação estava suspenso e foi retomado ontem pelo STF. O resultado do julgamento atendeu à proposta apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que foi formulada após negociação com centrais sindicais. eldquo;A decisão de hoje (ontem) do Supremo representa uma vitória para os envolvidos na discussão da ação julgada. Ganham os trabalhadores, os que financiam suas moradias e os colaboradores do setor da construção civilerdquo;, disse o ministro da AGU, Jorge Messias, em nota. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correa, a decisão de manter a fórmula de correção atual do FGTS acrescida de eldquo;dividendoserdquo; para assegurar o IPCA é positiva. eldquo;Foi uma solução adequada, porque ela preserva a continuidade e a vitalidade do FGTS para suas funções originais, que são garantir a habitação de interesse social e pagar os direitos sociais dos cotistas.erdquo; elsquo;VOTO MÉDIOersquo;. O julgamento teve sete votos favoráveis à mudança na remuneração do Fundo e quatro pela manutenção da fórmula atual. Mas, como os ministros da Corte se dividiram em três posições distintas em seus votos, o veredicto resultou de um eldquo;voto médioerdquo;. Três ministros voltaram para corrigir os saldos pelo IPCA (Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux); quatro para manter a remuneração atual (Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli); e quatro para determinar que a correção seja no mínimo igual à da caderneta de poupança (Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Edson Fachin). Se o STF decidisse por corrigir os saldos de acordo com a inflação de forma retroativa desde 1999, como defendia a ação inicial, o impacto aos cofres públicos seria de R$ 295,9 bilhões. ebull;

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AIE espera 'grande excedente' nos mercados de petróleo até 2030

A AIE (Agência Internacional de Energia) projeta um "grande excedente" nos mercados de petróleo até 2030, devido a uma desaceleração do crescimento da demanda e ao aumento da produção mundial, afirma o relatório anual publicado nesta quarta-feira (12). À medida que a transição energética avança, com o auge das energias renováveis e dos veículos elétricos, "o crescimento da demanda mundial de petróleo deve desacelerar nos próximos anos", destacou a AIE no relatório. O documento, baseado nas "políticas atuais e nas tendências de mercado", destaca a expectativa de que "a forte demanda das economias asiáticas em rápido crescimento, assim como de setores da aviação e petroquímica, estimule o consumo de petróleo nos próximos anos". Porém, ao mesmo tempo, "estes ganhos serão cada vez mais compensados por fatores como o aumento das vendas de veículos elétricos, avanços no rendimento energético dos veículos convencionais, a redução no uso de petróleo para geração de energia no Oriente Médio e mudanças econômicas estruturais". A AIE prevê que a demanda mundial de petróleo, incluindo os biocombustíveis, "será estabilizada por volta dos 106 milhões de barris diários até o fim da década", contra pouco mais de 102 milhões de barris diários em 2023. Um aumento de pouco menos de 4%, impulsionado pelas economias da Ásia, em particular China e Índia, enquanto a procura diminui nas economias avançadas. "Ao mesmo tempo, a produção mundial de petróleo deverá aumentar, o que aliviará as tensões do mercado e elevará a capacidade de produção adicional a níveis nunca observados fora da crise da Covid", destaca o relatório. O aumento da oferta mundial de petróleo, estimulado pelos produtores que não integram o grupo Opep+, especialmente os Estados Unidos, deve superar a demanda prevista a partir de 2025. A capacidade total de oferta deverá atingir quase 114 milhões de barris por dia em 2030, superando a demanda mundial projetada em 8 milhões de barris por dia. Este excedente de produção "poderá abrir caminho a um ambiente com preços do petróleo menores", destaca a AIE. Neste ambiente de "grande excedente de oferta, as empresas de petróleo podem querer garantir que as suas estratégias e planos de negócios estão preparados para as mudanças em curso", afirmou o diretor-geral da AIE, Fatih Birol. (AFP)

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Lula volta a defender exploração de petróleo na margem equatorial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descreveu nesta quarta-feira (12) a empresários árabes o Brasil como um potencial "gigante da sustentabilidade" para atrair investimentos estrangeiros preocupados com o uso de energia limpa. No mesmo discurso, porém, defendeu a exploração de petróleo na margem equatorial, questionada pelos órgãos ambientais. A fala do presidente ocorreu durante a FII Priority Summit, encontro organizado pelo principal fundo da Arábia Saudita, realizado no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Lula buscou apresentar o país como sendo o local com as melhores condições para investimentos na ampliação da produção global a partir de uma matriz energética limpa. "O Brasil que vislumbramos é um gigante da sustentabilidade e um peso pesado na segurança alimentar. É um país capaz de ampliar sua produtividade agrícola com respeito ao meio ambiente e de renovar sua vocação industrial a partir da energia limpa e da inovação tecnológica", afirmou o presidente, no trecho em que leu um discurso previamente preparado. Ao final, ao falar de improviso "com o coração", Lula defendeu a exploração do petróleo na margem equatorial, que enfrenta resistência da área ambiental do governo. O principal foco do embate está na bacia do Foz do Amazonas. "É importante ter em conta que nós, na hora que começarmos a explorar a chamada margem equatorial, vamos dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer", declarou. O setor de petróleo defende que a exploração na região é fundamental para manter a produção de petróleo brasileira após o esgotamento do pré-sal. O Ibama negou licença para a perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas por preocupação com as atividades da petroleira em uma região de vulnerabilidade socioambiental. A fala sobre a margem equatorial foi feita logo apos Lula afirmar que a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, "está quase disputando com a [Saudi] Aramco", produtora do petróleo saudita. Ela também participou do evento. "A margem equatorial e outras novas fronteiras exploratórias são essenciais para reposição de reservas do país", disse a presidente da Petrobras em entrevista a jornalistas. "Acredito que a gente já perdeu dez anos. Essa margem equatorial foi licitada em 2013", acrescentou. Em seguida, Chambriard destacou projetos da Petrobras em descarbonização. Na visão da presidente, a empresa "está investindo muito" nessa área. "A pegada de carbono de um projeto da bacia de Santos do pré-sal tem metade da pegada de carbono tradicional. Diminuímos muito a pegada e carbono. Tudo isso é a prova de que a Petrobras está atenta à questão do meio ambiente", declarou. O tema do evento FII Priority Summit Rio de Janeiro é "investir em dignidade". O encontro é organizado pelo FII Institute, uma entidade sem fins lucrativos com recursos do fundo soberano da Arábia Saudita. A conferência já foi chamada de "Davos do deserto". Ministros do governo Lula, empresários e lideranças políticas estrangeiras participam das discussões no Copacabana Palace, que terminam na quinta-feira (13). O plano é debater temas como energia renovável, IA (inteligência artificial) e empreendedorismo. O Brasil é hoje o oitavo no mundo na produção de petróleo. Em março de 2023, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, anunciou planos para escalar a produção nacional e tornar o Brasil o quarto maior produtor global. Para conter o aquecimento do planeta em 1,5°C, meta do Acordo de Paris para evitar eventos climáticos mais extremos e mais frequentes, a AIE (Agência Internacional de Energia) afirma que novos projetos de petróleo e gás não devem ser levados adiante. Atualmente, a temperatura média do planeta já é 1,2°C mais elevada do que no período pré-industrial.

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Petróleo sobe com tensão no Oriente Médio

O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 12, após tensões no Oriente Médio apoiarem os preços, mas as notícias de que os cortes nas taxas de juros poderiam começar até dezembro limitaram os ganhos, após declaração do Federal Reserve ao concluir sua reunião de dois dias. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,68, ou 0,83%, a US$ 82,60 por barril, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos subiram US$ 0,60, ou 0,77%, a US$ 78,50. Os preços caíram mais de 2% na semana passada, depois que a Opep e seus aliados anunciaram que iriam eliminar gradualmente os cortes na produção a partir de outubro. O grupo militante palestino Hamas propôs inúmeras mudanças, algumas impraticáveis, a uma proposta apoiada pelos EUA para um cessar-fogo com Israel em Gaza, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira, acrescentando que os mediadores estavam determinados a fechar as lacunas. Numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro do Catar em Doha, Blinken disse que algumas das contrapropostas do Hamas, que governa Gaza desde 2007, procuravam alterar os termos que tinha aceite em conversações anteriores. A guerra ainda não afetou materialmente o fornecimento global de petróleo, mas os investidores avaliaram o risco, impulsionando os preços futuros do petróleo. (Reuters)

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