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ANP troca comando de área responsável pela regulação do gás natural

A Superintendência de Infraestrutura e Movimentação (SIM) passará a ser comandada por Thiago Neves de Campos, no lugar de Patricia Baran. A decisão foi tomada em circuito deliberativo nesta segunda-feira (6/10) pela diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Neves de Campos está desde agosto de 2024 na assessoria da diretoria 4, que desde setembro está sob o comando de Pietro Mendes. De acordo com o novo modelo de governança da agência, que desvinculou as áreas técnicas das diretorias, os relatores são definidos por sorteio ou distribuídos por prevenção emdash; ou seja, processos derivados têm o mesmo relator do processo original. Assim, a agenda de gás natural está distribuída entre todos os diretores, com especial protagonismo de Symone Araújo, responsável pelas discussões sobre a revisão tarifária das transportadoras. O novo modelo de governança também criou a figura dos diretores de referência, que são responsáveis pelo acompanhamento de determinado conjunto de temas previamente definidos e sorteados anualmente. Assim, até o fim de 2025 a diretoria 4 é a diretoria de referência sobre regulação econômica de gás natural, responsável pelas discussões envolvendo transporte, acesso e comercialização. Thiago Neves de Campos é servidor da agência desde 2005, com passagem por promoção de licitações (leilões de blocos) e defesa da concorrência. Foi superintendente de Participações Governamentais (SPG) entre dezembro de 2019 e setembro de 2022. Outra mudança na SIM foi a substituição do coordenador-geral de Cálculo Tarifário, Juliano Bernarcchi por Marco Antonio Barbosa Fidelis, que exercia a função de coordenador de regulação na Superintendência de Desenvolvimento e Produção (SDP). Os diretores também aprovaram a substituição do superintendente de Governança e Estratégia (SGE), Sergio Alonso Trigo, por Raphael Neves Moura, atual superintendente de Tecnologia e Meio Ambiente (STM).

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Petróleo fecha perto da estabilidade de olho em reação a Opep+ e tensões

O petróleo fechou sem direção única nesta terça-feira (7) em sessão volátil após fortes ganhos na segunda-feira (6) depois da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) anunciar aumento de produção menor do que o esperado. O petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), fechou em alta de 0,06% (US$ 0,04), a US$ 61,73 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), recuou 0,03% (US$ 0,02), a US$ 65,45 o barril. Embora os aumentos de produção da Opep+ provavelmente sejam descontinuados até o final deste ano, "eles ainda parecem grandes o suficiente na margem para inclinar os balanços globais de petróleo ainda mais em uma direção de baixa", alerta a Ritterbusch. A queda nos preços, contudo, é limitada, já que a maior parte da capacidade de produção excedente está com a Arábia Saudita, acrescenta a empresa. De forma semelhante, os analistas do ANZ dizem que, ainda que o aumento acordado pela Opep+ tenha aliviado os temores dos investidores, as expectativas de um excesso iminente continuam, mantendo o Brent em uma faixa de negociação estreita. O vice-primeiro-ministro da Rússia para o Complexo de Energia de Combustíveis, Alexander Novak, negou nesta terça que o cartel tenha considerado aumentar a produção em mais de 137 mil bpd (barris por dia) em novembro. Enquanto isso, os traders também observam os desdobramentos geopolíticos, após relatos de que a refinaria de petróleo Kirishi, da Rússia, interrompeu sua unidade mais produtiva após um ataque de drone. No Oriente Médio, as negociações para paz entre Israel e o Hamas continuam no Egito. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Petrobras faz importação inédita de gás de Vaca Muerta, na Argentina

Pela primeira vez, a Petrobras importou gás natural do reservatório explorado pela companhia em Vaca Muerta, na Bacia de Neuquén, no norte da Patagônia, na Argentina. O combustível foi transportado via gasodutos da Argentina até a Bolívia, de onde a estatal já importa gás, e de lá, trazido para o Brasil. A operação foi concluída na última sexta-feira (3) e divulgada pela estatal nesta segunda-feira (6). O volume, considerado pela Petrobras como um teste comercial e operacional, alcançou 100 mil metros cúbicos. Essa quantidade equivale a menos de 5% da produção do volume disponibilizado ao mercado nacional pela estatal.. A importação faz parte de um acordo da subsidiária da Petrobras na Argentina - Petrobras Operaciones S.A (Posa) e a Gas Bridge Comercializadora, comercializadora de gás natural da Pluspetrol, multinacional de origem argentina. A Petrobras Operaciones detém 33,6% de participação não-operada no campo de Rio Neuquén, localizado nas províncias de Rio Neuquén e Rio Negro. Marco relevante A estatal informou que, por contrato, pode importar até 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, na modalidade interruptível. eldquo;Novas operações de importação ocorrerão conforme as empresas identifiquem oportunidades comerciaiserdquo;, acrescenta a empresa brasileira. Em comunicado à imprensa, a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, classificou a operação como eldquo;marco relevanteerdquo;, por causa da integração das infraestruturas da Petrobras na Argentina com a do Brasil. eldquo;Essa solução logística e comercial abre uma nova possibilidade para importação de gás natural pelo Brasil, refletindo o compromisso da Petrobras com o aumento da oferta e com o desenvolvimento sustentável do mercado de gás naturalerdquo;. Aumento de oferta A operação teste é mais uma frente para aumentar a oferta de gás natural no Brasil e endereçar uma queixa do setor industrial, que reclama do preço alto. Segundo um estudo divulgado em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o combustível que chega à indústria é dez vezes o preço do americano e o dobro do europeu. A presidente da companhia, Magda Chambriard, já manifestou o esforço da estatal para escoar mais gás do pré-sal brasileiro e baixar o custo à indústria consumidora. Hub no pré-sal Na sexta-feira, a estatal deu início à contratação da empresa que construirá a plataforma P-91, que será a 12ª destinada ao campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O investimento espera consolidar Búzios como maior campo produtor da Petrobras (por enquanto é o campo de Tupi, também na Bacia de Santos) e ampliar a relevância para o suprimento de gás natural no país. A P-91, além de produzir gás, atuará como um hub (ponto de concentração), isto é, terá capacidade para receber e escoar gás produzido em outras plataformas do campo que não foram originalmente desenhadas para exportação do combustível. O gás escoado será direcionado ao Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, por meio do gasoduto Rota 3.

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País tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde anunciou que recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 estão em investigação. O boletim mais recente com atualização dos casos foi divulgado pela pasta na noite desta segunda-feira (6). São Paulo concentra a maioria dos casos: 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná teve dois casos confirmados e quatro estão em investigação. Há outras investigações em 12 estados: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). Em relação às mortes, duas ocorreram em São Paulo e 12 seguem em investigação (um caso no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará). Laboratórios Em entrevista coletiva hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal pretende ajudar o estado de São Paulo para que tenha mais celeridade na confirmação dos casos de contaminação por metanol, por ingestão de bebidas alcoólicas. Segundo o ministro, dois laboratórios serão referência para os exames: um na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O ministro anunciou parceria formal com a Unicamp, que tem a estrutura do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), com capacidade para realizar cerca de 190 exames por dia. eldquo;Esses exames podem, por exemplo, ajudar a resolver a dúvida sobre casos confirmados no Estado de São Paulo, que é onde se concentra, [onde há] uma brutal concentração dos casoserdquo;, disse o ministro. A Unicamp pode, segundo o ministro, receber amostras de outros estados que eventualmente queiram usar a estrutura como referência para resolver a situação de caso confirmado ou não. Apoio Além da Unicamp, o ministro anunciou que a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, também vai colocar um laboratório à disposição não só de São Paulo, mas de outros estados eldquo;com algum tipo de dificuldade para realizar o exame de detecção do metanol para confirmação ou nãoerdquo;. Com o intuito de agilizar os diagnósticos, o ministro recomendou que os profissionais de saúde devem fazer a notificação de cada suspeita. eldquo;Não tem que esperar a confirmação do caso para começar o tratamentoerdquo;. Antídotos No sábado (4), o ministério da Saúde anunciou a aquisição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para o estoque estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS) para os casos de intoxicação por metanol pelo consumo das bebidas alcoólicas adulteradas. Em relação ao Fomepizol, o ministro disse que o produto deve chegar nesta semana. O antídoto vai ficar concentrado no centro de referência de cada Estado. eldquo;A gente está garantindo um grande estoque estratégico por precauçãoerdquo;. Os dois antídotos (etanol e fomepizol), segundo o ministério da Saúde, podem ser utilizados na suspeita de intoxicação. O governo ainda acrescenta que a utilização dos medicamentos deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico. A aquisição de 2,5 mil tratamentos do fomepizol foi viabilizada em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) junto a um fabricante do Japão, que mantém estoques nos Estados Unidos.

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Oito em cada dez gestoras de frotas planejam ter pontos de recarga para carros elétricos

Oito em cada dez gestoras de frotas no Brasil já possuem ou pretendem instalar carregadores para veículos elétricos em suas bases. Levantamento é da Ticket Log, marca do grupo Edenred Brasil. O estudo ouviu 300 gestores e mostra que 76% das empresas que já têm carros elétricos fazem o carregamento em suas próprias sedes. Entre as que ainda não adotaram a eletrificação, 87% planejam criar pontos de recarga nos próximos anos. As companhias com frota elétrica contam hoje, em média, com oito carregadores. Um terço delas tem apenas um ponto de recarga, enquanto 13% já passam de 11 unidades. A pesquisa também revela que 70% dos veículos elétricos de frotas estão concentrados nas capitais. O restante circula em cidades do interior. O Sudeste lidera a eletrificação, seguido pelo Sul emdash;juntas, as duas regiões somam 68% da frota nacional. O Nordeste e o Centro-Oeste têm participações semelhantes, de cerca de 14% cada, e o Norte responde por pouco mais de 3%. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o país chegou a 14,8 mil pontos de recarga em fevereiro de 2025. Trata-se de um crescimento de 22% em relação a novembro de 2024. "O cenário atual mostra grandes oportunidades para o processo de eletrificação de frotas no Brasil", diz Bruno Barbosa, diretor de Estratégia e Mobilidade Elétrica da Edenred Brasil. "Há um movimento claro em direção à inovação e à descarbonização, mas que depende de soluções integradas que simplifiquem o processo."

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Etanol: vendas crescem na primeira quinzena de setembro

Na primeira quinzena de setembro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 45,97 milhões de toneladas ante a 42,99 milhões da safra 2024/2025 endash; o que representa um aumento de 6,94%. No acumulado da safra 2025/2026 até 16 de setembro, a moagem atingiu 450,01 milhões de toneladas, ante 467,20 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior endash; retração de 3,68%. Operaram na primeira quinzena de setembro 259 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir do milho e onze usinas flex. No mesmo período, na safra 2024/2025, operaram 261 unidades produtoras, sendo 241 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e onze usinas flex. Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de setembro atingiu 154,58 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 160,07 kg por tonelada na safra 2024/2025 endash; variação negativa de 3,43%. No acumulado da safra, o indicador marca 134,08 kg de ATR por tonelada, registrando retração de 3,93% na comparação com o valor observado na mesma posição no ciclo anterior. Produção de açúcar e etanol A produção açúcar nos primeiros quinze dias de setembro atingiu 3,62 milhões de toneladas. No acumulado desde o início da safra até 16 de setembro, a fabricação do adoçante totalizou 30,39 milhões de toneladas, contra 30,41 milhões de toneladas do ciclo anterior (-0,08%). O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, destaca que eldquo;a proporção de cana destinada à fabricação de açúcar recuou 0,8 ponto percentual na média do Centro-Sul, passando de 54,2% na segunda metade de agosto, para 53,5% na primeira quinzena de setembroerdquo;. Em Goiás e Mato Grosso, o movimento de queda na proporção da matéria-prima destinada ao adoçante foi ainda mais expressivo, atingindo 1 p.p. e 1,2 p.p., respectivamente. eldquo;A mudança mais intensa nas regiões afastadas do litoral retrata a perda de competitividade do açúcar frente a fabricação do etanol, estimulando de forma mais efetiva a alteração na estratégia de alocação das unidades produtoras nesses locais.erdquo;, destacou o executivo. Na primeira metade de setembro, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,33 bilhões de litros, sendo 1,46 bilhão de litros de etanol hidratado (-9,68%) e 875,40 milhões de litros de etanol anidro (+4,35%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 20,81 bilhões de litros (-9,50%), sendo 13,02 bilhões de etanol hidratado (- 11,36%) e 7,79 bilhões de anidro (-6,21%). Do total de etanol obtido na primeira quinzena de setembro, 16,74% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 390,13 milhões de litros neste ano, contra 336,39 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2024/2025 endash; aumento de 15,97%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 4,12 bilhões de litros endash; avanço de 19,43% na comparação com igual período do ano passado. Vendas de etanol Na primeira quinzena de setembro, as vendas de etanol totalizaram 1,56 bilhão de litros. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 599,05 milhões de litros endash; avanço de 25,89% endash; enquanto o etanol hidratado registrou venda de 963,62 milhões de litros endash; avanço de 13,42%. No mercado doméstico, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 864,79 milhões de litros, o que representa um aumento de 5,89% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 587,19 milhões de litros, registrando avanço de 23,40%. Com relação ao volume de etanol exportado, o volume vendido nesta quinzena totalizou 110,70 milhões de litros, uma alta de 235,7% em relação ao ciclo anterior, sendo 98,84 milhões de litros de etanol hidratado e 11,86 milhões de etanol anidro. No acumulado desde o início da safra até 16 de setembro, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 15,98 bilhões de litros, registrando retração de 1,60%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 10,06 bilhões de litros (-4,62%), enquanto o de anidro alcançou 5,92 bilhão de litros (+3,99%). Mercado de CBios Dados da B3 até o dia 30 de setembro indicam a emissão de 31,69 milhões de créditos em 2025 pelos produtores de biocombustíveis. A quantidade de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 30,02 milhões de créditos de descarbonização. eldquo;Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2025, já temos cerca de 97% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo Programa para o final deste ano. Esse cálculo inclui o saldo devedor acumulado de metas anteriores e os ajustes decorrentes de contratos de longo prazoerdquo;, destacou o diretor da UNICA.

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