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Falta de segurança nas estradas é maior preocupação dos caminhoneiros, aponta pesquisa

A falta de segurança nas estradas é o ponto que causa mais insatisfação entre caminhoneiros no momento atual, segundo dados da quarta edição do Índice de Satisfação dos Caminhoneiros nas Estradas, promovido pela transportadora digital Freto. A avaliação dos motoristas em relação a esse ponto caiu 15% entre 2022 e 2025, da pontuação de 2,98 para 2,52 endash; as notas vão de uma escala de 0 (péssimo) a 10 (excelente). Por outro lado, houve uma melhora na percepção dos caminhoneiros em relação ao preço dos combustíveis, fator que, em 2018, incentivou uma greve de dez dias depois que a Petrobras instituiu uma política de preços de paridade de importação (PPI), que alinhava os valores dos combustíveis, fator que, em 2018, incentivou uma greve de dez dias depois que a Petrobras instituiu uma política de preços de paridade de importação (PPI), que alinhava os valores dos combustíveis às cotações internacionais do petróleo. Em 2025, a nota atribuída ao preço dos combustíveis foi de 3,56, bem acima da marca registrada na primeira edição da pesquisa, em 2022, quando o item recebeu nota 1,84. Clique aqui para continuar a leitura.

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Importação de etanol pelo Brasil pode subir mais de 5 vezes com nova mistura na gasolina

As importações de etanol pelo Brasil poderão crescer mais de cinco vezes entre agosto deste ano e março de 2026, ante o mesmo período anterior, com impulso do aumento da mistura do biocombustível na gasolina e uma expectativa de cenário de preços favorável para as compras externas, segundo levantamento da consultoria Argus. A expectativa é que as importações do etanol alcancem de 400 milhões a 800 milhões de litros durante o período, sendo grande parte a ser suprida pelos Estados Unidos, maior produtor de etanol do mundo e maior fornecedor externo do país, segundo a consultoria. Cenário do etanol no Brasil Entre agosto de 2024 e março de 2025, as importações de etanol pelo Brasil somaram 148,302 milhões de litros, segundo dados do governo compilados pela Argus. eldquo;Esse volume não é visto nesse fluxo (previsto) há pelo menos quatro anosehellip; E o principal motivo para essa importação seria o E30, que é o aumento da mescla de etanol anidro na gasolinaerdquo;, disse a especialista em etanol da Argus Maria Ligia Barros, à Reuters. O montante significaria uma média entre 50 milhões e 100 milhões de litros por mês durante o período. Gasolina E30 O governo decidiu ampliar a mistura de etanol anidro na gasolina vendida nos postos de combustíveis do Brasil, de 27% para 30%, a partir de 1º de agosto, em medida que teve ampla aprovação dos produtores de biocombustíveis e poderá contribuir com a autossuficiência do país em gasolina, segundo o governo. O novo mandato deverá elevar a demanda pelo etanol anidro e reduzir a oferta de etanol hidratado, o que tende a sustentar os preços do biocombustível no mercado doméstico, segundo Barros. eldquo;Esses movimentos apoiam o preço dos dois tipos de etanol domesticamente e com isso o produto aqui internamente sobe de preço. E o mercado vislumbra, então, a possibilidade de ficar vantajoso trazer o produto de foraerdquo;, afirmou. E o tarifaço? Barros ponderou, no entanto, que os cálculos foram feitos com base no atual cenário de mercado e com tarifas já em vigor. Caso o governo dos Estados Unidos mantenha a previsão de começar a taxar as importações de produtos do Brasil em 50% a partir de 1º de agosto, e supondo que o Brasil possa impor contrapartidas tarifárias, seria necessário refazer as contas. Atualmente, segundo a especialista, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre o etanol importado de países fora do Mercosul. Já os Estados Unidos cobram tarifas ao importar etanol do Brasil que somam 12,5%, incluindo uma tarifa base de 2,5% mais o adicional de 10% que o presidente norte-americano Donald Trump anunciou em abril. No primeiro semestre de 2025, o Brasil importou 25 milhões de litros de etanol por mês, em média, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Argus. Do montante, em média, 64,35% vieram nos EUA, 29,79% da Argentina, 5,83% do Paraguai e 0,02% da Alemanha. (Da Redação com Reuters)

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Magda é irretocável e concilia interesses de investidor e país na Petrobras, diz Silveira

O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), afirma que a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, consegue conciliar interesses dos investidores privados da empresa aos do país. Para ele, a gestão da executiva é irretocável quanto a esse ponto. A relação do ministro com a atual direção da estatal contrasta com a observada durante a gestão anterior, liderada por Jean Paul Prates. O ministro teve embates com ele em diferentes temas, chegando a reconhecer as divergências em entrevista e dizendo que não abriria mão de sua autoridade nas discussões. Em entrevista à Folha nesta semana, o ministro diz que havia uma divergência com Prates em relação ao que o presidente Lula (PT) havia prometido em campanha endash;uma Petrobras com mais investimentos. "Eu não tinha uma relação difícil com o presidente Jean-Paul. Na verdade, havia uma discordância natural de um programa que o presidente Lula se comprometeu na campanha", afirma. "Aumentar os investimentos da Petrobras em fertilizantes, aumentar a capacidade da Petrobras, ampliar o fornecimento de gás para o Brasil". "Hoje, com a presidenta Magda, nós temos muito mais estabilidade. Ela tem um diálogo permanente", diz. "É uma pessoa que tem muita experiência e, por ser mulher, levou o tom e a autoridade própria da mulher para a direção da Petrobras, trouxe outras duas diretoras muito experientes que vêm dando muitas alegrias na área de exploração e produção da companhia". De acordo com Silveira, Magda conversou recentemente com o ministro e com o colega Rui Costa (Casa Civil), por exemplo, sobre os investimentos para aumento da produção de gás no Sergipe emdash;estado que é visto no governo como um modelo para a revisão de regras no setor. O volume de insumo a ser gerado pelo projeto é tão grande que, de acordo com especialistas, pode derrubar o preço a tal ponto que comprometeria a viabilidade de investimentos futuros da estatal. Na prática, a Petrobras vem adiando etapas ligadas ao projeto Sergipe Águas Profundas (Seap, que aumenta a produção nacional de gás) endash;mas, segundo Silveira, isso vem ocorrendo por discussões acerca de números do projeto, e não por resistência da estatal. "Não há essa maldade da Petrobras. Eu ouvi isso [que a estatal adia propositalmente o projeto], mas conheço bem a personalidade da presidenta Magda e posso afirmar que ela concilia os interesses da empresa com os interesses nacionais. Ela mantém pulso firme no interesse do investidor, tem extrema responsabilidade com a gestão. Mas ela compreende que a Petrobras é uma empresa de controle do governo, que deve servir também aos interesses do país, ao interesse do povo brasileiro", diz Silveira. "Então, quando se fala que o Seap vai atrasar mais três meses, mais quatro meses, muitas vezes não é uma decisão política, nem uma decisão apenas da gestão, é uma decisão econômica, calcada em dados, baseada em dados objetivos sobre a possibilidade de esses investimentos acontecerem. Mas com relação à intenção e, mais do que isso, ao trabalho da presidenta Magda, é irretocável".

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Às vésperas das tarifas, cresce a dependência brasileira de combustíveis dos EUA

O Brasil aumentou as compras de combustíveis dos Estados Unidos em julho de 2025, concluiu o relatório de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado na terça-feira (22/7) Entre 1º e 21 de julho de 2025, os Estados Unidos foram o principal supridor de diesel para o Brasil, com 45% do volume total emdash; uma mudança na tendência medida entre janeiro de 2024 e junho de 2025, quando a Rússia foi a principal origem do produto. A ANP ressalta que os volumes provavelmente foram contratados antes das recentes ameaças de sanções tarifárias, dados os prazos para as importações. O avanço ocorre em meio à expectativa de entrada em vigor das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump contra produtos brasileiros, previstas para 1º de agosto. O governo brasileiro busca negociar as taxas antes de anunciar eventuais retaliações, que poderiam impactar o suprimento nacional de produtos com origem nos EUA. O Brasil, inclusive, está sob risco de novas sanções: Washington ameaça aplicar tarifas secundárias a países que continuarem comprando petróleo e derivados russos, como parte da pressão internacional pelo fim da guerra na Ucrânia. Mesmo com o avanço dos EUA, o diesel russo segue tendo um papel importante no suprimento nacional, respondendo por 35% das importações de diesel em julho. De forma indireta, o papel da Rússia é ainda mais relevante: 10% das importações de diesel brasileiras no período vieram da Índia. As refinarias indianas processam, sobretudo, óleo bruto produzido na Rússia. eldquo;Se o Brasil adotar a política de reciprocidade, ficaríamos sem nossos dois maiores fornecedores de diesel e seria necessário buscar outras fontes rapidamente e que, naturalmente, têm preço mais elevadoerdquo;, afirma o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D´Elia. Mas a dependência externa não se restringe ao diesel. Toda a nafta petroquímica importada pelo Brasil nas três primeiras semanas de julho teve origem nos EUA. Especialistas já apontaram que o Brasil pode ter desafios em encontrar fornecedores alternativos para esse produto, pois supridores na Ásia e no Oriente Médio têm barreiras logísticas e comerciais. Os EUA também vêm ampliando espaço em outro energético crucial para a segurança do abastecimento, o gás liquefeito de petróleo (GLP). Em julho, responderam por 75% das importações do eldquo;gás de botijãoerdquo;. A Argentina foi o segundo maior fornecedor, com 21,2%. Na gasolina automotiva, os EUA também ganharam participação, embora sigam com uma fatia pequena: 17,5% teve origem nas refinarias dos EUA em julho, frente a 7,7% no longo prazo. Por outro lado, no gás natural, os maiores volumes importados pelo Brasil tiveram origem na Bolívia (88%), com os EUA responsável por apenas 2,8%.

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Na gasolina, o Estado tem sido o maior vilão

Sem dúvida o custo da energia está entre os elementos mais importantes para o desenvolvimento de um país. Isso porque essa despesa tem impacto direto na inflação e na qualidade de vida da população. O preço da gasolina é um exemplo. Isoladamente, é o item de maior peso no IPCA, o índice da inflação: um quarto maior que a eletricidade, o terceiro item em peso (5,1870% contra 4,0106%). Assim, não surpreende que quando a gasolina sobe, volta a discussão: quem é o vilão? Não faltam candidatos: no oligopólio internacional, seria o conluio de países exportadores? Ou seria, no mercado nacional, um possível cartel dos postos, ou ainda das grandes distribuidoras? O câmbio, a Petrobras, a regulação, a mescla do álcool à gasolina e até o açúcar no mercado internacional, também podem ser culpados; depende do momento. Analisando a história recente, como feito a seguir, a conclusão é que o vilão tem sido o Estado. Mesmo sendo essencial à sobrevivência e imprescindível ao crescimento, por ser difícil de substituir, a energia é tributada em quase todo mundo. Aumentos de preço não reduzem o consumo na mesma proporção e geram, assim, um ganho extra. No Brasil, em maio de 2025, os tributos correspondiam a 34,5% do preço da gasolina, sendo 23,4% de impostos estaduais e 11,1%, federais. A remuneração da Petrobras respondia por 35,2% do preço, enquanto o álcool e as margens de distribuição e revenda somavam os restantes 30,3%; 13,4% para os usineiros, 16,9% para distribuidoras e revendedores.Em resumo, hoje, o preço é dividido em três parcelas semelhantes entre o produtor, quem movimenta e comercializa o derivado e o coletor de impostos. Em razão de sua natureza, a cobrança do ICMS sobre a gasolina sempre foi objeto de discussão sobre os limites para tributação estadual. Em 2020, em meio à pandemia, chegou-se a elevados patamares. No Rio de Janeiro, o ICMS atingiu 34% do preço. Nos Estados com menor incidência, como no Mato Grosso e Amazonas, era 25% deste. A falta de uniformidade e a não incidência monofásica do tributo, além de estimularem o descaminho e a sonegação, elevavam o seu custo para os agentes e o preço pago pelo consumidor. Motivado por razões eleitoreiras, mas também considerando a simplificação da apuração e arrecadação, em 2022, o governo editou as Leis Complementares no 192 e 194. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Nova gasolina: entenda o que vai mudar. Vai ser bom?

Entra em vigor neste mês de agosto a resolução da ANP para uma nova gasolina em todo o Brasil, com novas exigências para torná-la ainda melhor. São três itens que a ANP resolveu estabelecer novas exigências: o ponto de vaporização, a octanagem e a densidade. O que mais interessa para o dono do carro chama-se: densidade. Densidade é a massa específica. Se você põe o volume de um litro: água pesa um tanto; naquele mesmo volume, você põe chumbo, vai pesar muito mais - isso é densidade. E não existia uma densidade mínima para a gasolina. Agora, se você chegar ao posto e quiser verificar essa densidade, ele vai ter que ter um densímetro. E qual que é a densidade mínima? 715 gramas por litro. Joga lá o densímetro dentro de uma bureta, de um recipiente com a gasolina: tem que marcar 715 no mínimo, daí para cima. Atenção: a ANP deu um prazo de até 90 dias para se esgotar toda a gasolina velha no Brasil. Então, nós vamos ter durante esses 90 dias uma mistura da nova com a velha. Mas preste atenção! Você não tem mais condições de comprar da velha daqui a 90 dias, só terá da nova. Quanto mais densidade, mais eficiência, menos consumo. Você pode até pagar um pouco mais por essa gasolina, mas com certeza o consumo será na faixa de 4% a 6% menor. Segundo ponto exigido pela ANP: octanagem. O que é octanagem? É a capacidade que a gasolina tem de resistir a compressão lá dentro do motor. Depois que a gasolina entra vaporizada, o pistão comprime e aí vem a faísca na vela e explode; isso é que faz o carro andar. Hoje, a octanagem é de IAD 87: esse IAD 87 é um valor médio entre dois sistemas de medição; MON e RON. E ANP estabeleceu agora a octanagem mínima será de 92 RON. Muita gente achou que IAD 87 para 92 RON é uma grande conquista, mas não é. É praticamente a mesma coisa. A ANP exigiu também, a partir de janeiro do próximo ano, invés de RON 92, RON 93. A Petrobrás disse que ela já está fornecendo uma gasolina com melhor octanagem, 93 RON. O que isso significa no seu carro? Significa que quanto mais moderno e mais taxa de compressão do motor, mais ele vai agradecer essa gasolina de maior octanagem. Para assistir ao vídeo, clique aqui.

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