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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 16 unidades da Federação (24 a 27/2)

Entre os dias 24 e 27/2, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis e lubrificantes em 16 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas, as documentações de movimentações dos combustíveis e de comercialização de lubrificantes registrados. No período, a ANP deu continuidade, em diversos estados, às ações com foco no cumprimento do teor correto de biodiesel no diesel B, que deve ser de 14%. Destaca-se a operação em Goiás que interditou duas distribuidoras por suspeita de descumprimento da mistura. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Goiás A ANP autuou e interditou cautelarmente duas distribuidoras, em nova etapa das ações de combate às vendas de óleo diesel B com irregularidades no teor de biodiesel. A operação foi realizada em conjunto com a Secretaria de Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz-GO). Embora as ações tenham ocorrido em Senador Canedo, as interdições aplicadas pela Agência valem para as operações das duas empresas em todo o país. Na operação, foram constatadas discrepâncias a partir da análise de dados de movimentação de combustíveis. Essas distribuidoras também já haviam sido flagradas comercializando óleo diesel sem os teores especificados de biodiesel. Veja mais informações. Na mesma ação, foram ainda fiscalizadas outras duas distribuidoras e quatro transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs). Foram coletadas sete amostras de óleo diesel B para análise em laboratório. Ainda em conjunto com a Sefaz-GO, foram fiscalizados cinco postos de combustíveis, em São Patrício e Ceres. Um posto de São Patrício foi autuado e interditado por não ter autorização da ANP, tendo 35.879 litros de combustíveis apreendidos. Nos postos, foram coletadas dez amostras de combustíveis para análise em laboratório. Em Ceres, um posto foi autuado por comercializar combustíveis em embalagens não certificadas pelo Inmetro. Na mesma cidade, um posto teve apreendidos 18 litros de óleos lubrificantes sem registro do produto da ANP. É importante destacar que qualquer agente econômico ou cidadão pode verificar os registros de lubrificantes que estão ativos na Agência. Basta acessar a eldquo;Ferramenta de Pesquisa de Registro de Produtoserdquo; ou o Painel Dinâmico do Registro e Óleos e Graxas Lubrificantes. Essa consulta evita a aquisição e a comercialização de óleos clandestinos, que podem acarretar a diminuição da vida útil do motor, gerando prejuízo ao consumidor. Em ação conjunta com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon-GO), em Goiânia, foram fiscalizados um posto de combustíveis e uma revenda de lubrificantes. O posto foi autuado por ocultar faixas e lacres de interdição anterior, sendo reinterditado, e por não cumprir notificação anterior. Teve ainda 4.330 litros de combustíveis apreendidos. Na revenda de lubrificantes, foram coletadas duas amostras para análise laboratorial. A ANP realizou ainda uma barreira, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, na Rodovia BR 040, visando a coleta de amostras de óleo diesel que estavam sendo transportadas. Em ações individuais da ANP, foram fiscalizados dez postos de combustíveis e um TRR, nas cidades de Vila Boa, Ceres, Aparecida de Goiânia, Rianápolis, Tridande e Jaraguá, não sendo encontradas irregularidades. Foram coletadas nove amostras de óleo diesel B para análise em laboratório. Alagoas Os fiscais estiveram em três distribuidoras de combustíveis em Maceió, sem registro de irregularidades. Três amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório. Bahia No período, 16 agentes econômicos foram fiscalizados no estado, sendo três postos revendedores de combustíveis, cinco bases de transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), quatro bases de distribuidoras de combustíveis líquidos e quatro revendas de GLP. As ações foram realizadas nos seguintes municípios: Salvador, Camaçari, São Sebastião do Passé, Simões Filho e em São Francisco do Conde, onde a ANP atuou em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA) e Polícia Militar. As fiscalizações nas distribuidoras e nos TRRs incluíram testes in loco para verificação do teor de biodiesel adicionado ao óleo diesel B, utilizando o equipamento FTIR. Nas distribuidoras, foram testados 219 mil litros de diesel B e, nos TRRs, 165.827 litros do produto. Não foram constatadas irregularidades. Em Salvador, houve autuações, sem interdições cautelares, motivadas por: falta de balança; transporte de recipiente de GLP sem auxílio de sidecar; falta de segurança nas instalações; armazenamento de combustíveis em recipientes, fora dos tanques de armazenamento; e por não cumprimento de notificação da ANP. Não foram constadas irregularidades nos demais municípios. Durante a ação, os fiscais coletaram 12 amostras de combustíveis nas bases e TRRs para análise em laboratório. Ceará Oito base de distribuidoras de combustíveis, uma base de transportador-revendedor-retalhista (TRR) e um posto de combustíveis foram fiscalizados no período, em Fortaleza, Maracanaú, Caucaia e Itaitinga. Houve autuações, sem interdições cautelares, por motivos como: coleta de amostra-testemunha de forma incorreta; armazenamento de etanol hidratado em desacordo com as regras; não observação da distância mínima de segurança entre tanques de armazenamento; descarte de amostras-testemunha de óleo diesel B S10 em desacordo com as instruções da ANP; e falta de segurança nas instalações. As autuações ocorreram em Fortaleza, Caucaia e Itaitinga. Não foram identificadas não conformidades em Maracanaú. Na ação, os fiscais coletaram 22 amostras de combustíveis nas bases e TRRs para análise em laboratório. Distrito Federal No SIA, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) foi fiscalizado. Não foram encontradas irregularidades em campo, mas foi coletada uma amostra de óleo diesel B para análise em laboratório. Espírito Santo A ANP fiscalizou uma distribuidora de combustíveis e 12 transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), com foco na verificação do cumprimento do teor correto de biodiesel no óleo diesel B, que deve ser de 14%. As equipes estiveram nas cidades de Vitória, Aracruz, Linhares, Serra, Baixo Guandu, Colatina, Domingos Martins, Viana, Atílio Vivacqua e Santa Maria de Jetibá. Não foram encontradas irregularidades em campo. Os fiscais coletaram 26 amostras de óleo diesel B para análises em laboratório. Mato Grosso No estado, foram fiscalizados cinco postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis, uma revenda de GLP, dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) e quatro produtores de biodiesel. Os fiscais estiveram nas cidades de Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Vera e Várzea Grande. Nesta última, a ação ocorreu em parceria com o Procon Municipal. Em Vera, um posto foi autuado e sofreu interdições em um tanque e dois bicos de abastecimento por comercializar gasolina aditivada fora das especificações da ANP quanto ao teor de etanol anidro. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Os fiscais coletaram 20 amostras de combustíveis, sendo 15 de óleo diesel B, para análise em laboratório. Minas Gerais Em Betim, Patos de Minas, Poços de Caldas e Santa Rita de Caldas, foram fiscalizados seis postos de combustíveis e seis distribuidoras de combustíveis. Não foram encontradas irregularidades em campo. As ações tiveram como foco a verificação do cumprimento do teor correto de biodiesel no óleo diesel B, que deve ser de 14%. Foram coletadas 12 amostras de óleo diesel B para análises em laboratório. Paraná Em Paranaguá, a ANP realizou a Operação Verão, que visa garantir a qualidade dos combustíveis aos consumidores em um momento de aumento de viagens e utilização de veículos em regiões turísticas. Foram fiscalizados dois postos de combustíveis, não sendo encontradas irregularidades. Na semana, foram ainda fiscalizados, fora da Operação Verão, sete postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis e seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), em Colombo, Araucária, Marialva, Contenda, Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá e Mandirituba. As ações em distribuidoras e TRRs tiveram como foco principal a verificação da mistura do biodiesel no óleo diesel B, entre outros aspectos. Não foram encontradas irregularidades em campo. Foram coletadas 21 amostras de óleo diesel B para análise em laboratório. Pernambuco Ao todo, 15 agentes econômicos foram fiscalizados: três terminais de armazenamento, dez distribuidoras de combustíveis e dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs). As ações ocorreram em Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes. Houve uma autuação, sem interdição cautelar, em Cabo de Santo Agostinho, porque o lacre do caminhão-tanque não atendia às especificações. Não foram constatadas irregularidades nos demais municípios e os fiscais coletaram 16 amostras de combustíveis para análise em laboratório. São Paulo Em Ubatuba e São Sebastião, a ANP fiscalizou três postos de combustíveis, como parte da Operação Verão, que visa garantir a qualidade dos combustíveis aos consumidores em um momento de aumento de viagens e utilização de veículos em regiões turísticas. Um posto de São Sebastião foi autuado por: não possuir os equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor) e não realizar drenagem do fundo dos tanques de óleo diesel. Fora da Operação Verão, foram ainda fiscalizados 23 postos de combustíveis, 12 distribuidoras de combustíveis, cinco transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) e dois terminais. Essas ações ocorreram nas cidades de São Paulo, Pindamonhangaba, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Guarulhos, Diadema, Arujá, Caçapava, Fernandópolis, Itapecerica da Serra, Mogi das Cruzes, Osasco, São Bernardo do Campo, Bauru, Itápolis e Catanduva. As ações em distribuidoras e TRRs tiveram como foco principal a verificação da mistura do biodiesel no óleo diesel B, entre outros aspectos. Em Bauru, um posto foi autuado e sofreu interdição por: comercializar gasolina comum com teor de etanol de 41%, quando o especificado na legislação é 27%; romper os lacres e remover as faixas de interdição anterior; dar destinação não permitida ao combustível; operar suas instalações em desacordo com a legislação, comercializando gasolina comum por meio de equipamento com dispositivo capaz de induzir o consumidor e fiscal a erro quanto à sua qualidade; e não manter registro da drenagem dos tanques de diesel. Em Fernandópolis, em ação conjunta com a Polícia Civil, dois postos de combustíveis foram autuados por não registrarem a drenagem dos tanques de diesel, e um distribuidor de combustíveis foi autuado por não fechar os compartimentos de entrada e saída, os bocais de entrada ou escotilha superior e válvulas dos bocais de caminhão-tanque, com lacres numerados de sua propriedade. Em Diadema, um posto foi autuado por recusar o fornecimento de amostras dos combustíveis para o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da ANP (PMQC). Em São Paulo, um posto foi autuado por violar os lacres e faixas aplicados por ordem da fiscalização e não tomar as medidas que lhe foram determinadas em notificação anterior. Essa ação foi realizada pelo Procon-SP, por meio de acordo de cooperação técnica com a ANP. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 45 amostras de combustíveis, sendo 28 de óleo diesel B, para análise em laboratório. Rio de Janeiro Cinco postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) e duas revendas de GLP foram fiscalizadas na semana. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Barra Mansa, Volta Redonda, Campos dos Goytacazes, Niterói, Rio das Ostras, Maricá e Duque de Caxias. Nas distribuidoras e TRR, as fiscalizações tiveram como foco a verificação do cumprimento do teor correto de biodiesel no óleo diesel B, sendo coletadas quatro amostras de óleo diesel B para análises em laboratório. Nos postos fiscalizados, foram ainda coletadas três amostras de outros combustíveis (óleo diesel B, gasolina e etanol). Um dos postos, no Rio de Janeiro, foi autuado por violar lacres e faixas de interdição anterior e por dar destinação não autorizada a combustível. Nas revendas de GLP não foram encontradas irregularidades. Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou sete postos de combustíveis, seis distribuidoras de combustíveis, dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) e 14 revendas de GLP na semana, nos municípios de Porto Alegre, Canoas, Carazinho, Esteio, Derrubadas, Tenente Portela e Bom Princípio. Nos postos, distribuidoras e TRRs, o foco foi a verificação do cumprimento do teor correto de biodiesel no diesel B, que deve ser de 14%. Em dois postos houve autuações e interdições por diesel fora das especificações da ANP. Em porto Alegre, o posto teve um tanque de óleo diesel B S10 interditado; em Canoas, a interdição foi em quatro bicos e dois tanques de óleo diesel B S500. Houve ainda autuações em três postos, em Porto Alegre, Canoas e Bom Princípio, por irregularidades como: não exibir adesivo contendo o CNPJ e o endereço do posto revendedor; não identificar na bomba o fornecedor do combustível comercializado; não exibir quadro de avisos; e não comprovar a drenagem dos tanques de diesel conforme legislação vigente. Foram coletadas 20 amostras de combustíveis para análise em laboratório, sendo 16 delas de óleo diesel B, para verificação laboratorial do teor de biodiesel, dentre outras características. No segmento de GLP, cinco revendas foram autuadas e interditadas, em Derrubadas e Tenente Portela: três por exercerem a atividade sem autorização da ANP e duas por não atenderem a normas de segurança. Outras duas foram autuadas, sem interdições, por ausência de painel de preços e ter botijões armazenados fora da área correta. Rondônia A ANP fiscalizou dois postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis e quatro revendas de GLP nas cidades de Ji-Paraná, Campo Novo e Porto Velho. Um posto em Campo Novo foi autuado por falta de segurança no estabelecimento, colocando em risco a vida e a integridade física dos clientes e funcionários. O mesmo posto foi interditado por abrir uma vala para troca de óleo lubrificante dentro do local de abastecimento de veículos, o que não é permitido pela legislação. Foram coletadas, nas distribuidoras, oito amostras de óleo diesel B para análise em laboratório. Roraima A ANP participou na semana da Operação Odty, que faz parte das operações de desintrusão das Terras Yanomami, com a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal. A equipes estiveram nas cidades de Cantá, Boa Vista e Caracaraí. Foram fiscalizados cinco postos de combustíveis, uma base de combustível automotivo, um ponto de abastecimento de combustíveis de aviação e dois aeródromos privados. Um posto na cidade de Boa Vista foi autuado por exercer atividade clandestina de transportador-revendedor-retalhista (TRR), por abastecimento de caminhão-tanque sem infraestrutura e segurança, e por abastecer recipiente de armazenamento não certificado pelo Inmetro para esse fim. O agente também teve o tanque do caminhão-tanque interditado, com 2.024 litros de óleo diesel B S500 apreendidos. Santa Catarina Sete distribuidoras de combustíveis e dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) foram fiscalizados no estado, como parte de uma ação com foco na verificação do cumprimento do teor correto de biodiesel no óleo diesel B, que deve ser de 14%. As ações ocorreram em Itajaí, Jaraguá do Sul, Brusque e Guaramirim. Não foram encontradas irregularidades nas ações em campo. Os fiscais coletaram seis amostras de óleo diesel B e seis de biodiesel para análise em laboratório. Também houve fiscalização em uma revenda de GLP em Joinville, sem autuações. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. O Boletim sintetiza os principais resultados das ações de fiscalização realizadas. Já o Painel tem sua base de dados atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Metade das emissões mundiais de CO2 vem de 36 empresas de combustíveis fósseis, diz estudo

Mais da metade das emissões de carbono que aquecem o clima no mundo vem dos combustíveis fósseis produzidos por apenas 36 empresas, revelou uma análise publicada nesta quarta-feira (5) pelo centro de estudos climáticos InfluenceMap, sediado em Londres. Segundo o documento, as 36 principais empresas de combustíveis fósseis, incluindo Saudi Aramco, Coal India, ExxonMobil, Shell e várias companhias chinesas, produziram carvão, petróleo e gás responsáveis por mais de 20 bilhões de toneladas de emissões de COe#8322; em 2023. Clique aqui para continuar a leitura.

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Apesar de prejuízo, fluxo de caixa da Petrobras soma R$ 204 bi e bate Vale

Apesar de ter registrado queda no lucro em 2024, a Petrobras apresentou em seus resultados do ano passado R$ 204 bilhões de fluxo de caixa operacional, indicador que mede o caixa gerado pelas receitas da companhia, como venda de derivados, menos as despesas, como custo de produção de petróleo. O valor supera o de outras gigantes brasileiras no mesmo exercício, sendo quatro vezes maior que o da mineradora Vale (R$ 50 bilhões), mais de sete vezes maior que o da Ambev (R$ 26 bilhões) e cerca de 10 vezes maior que JBS (21 bilhões) e Suzano (R$ 20 bilhões). A Petrobras surpreendeu o mercado financeiro na semana passada ao divulgar um prejuízo de R$ 17 bilhões no último trimestre de 2024, enquanto analistas previam lucro do mesmo montante. O resultado impactou o lucro do ano, que ficou 70,6% abaixo do obtido em 2023, em R$ 36,6 bilhões.

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Para onde vai o preço do petróleo, em meio ao aumento da oferta e economia global desaquecida?

O aumento da oferta mundial de petróleo em 2025, especialmente com a retomada gradual do padrão das exportações da Rússia a partir do segundo trimestre, e menor ritmo da demanda global pela commodity, causado pela imposição de tarifas de produtos importados pelos EUA, devem derrubar o preço do barril do Brent neste ano. Na segunda-feira, 3, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) decidiu aumentar a produção da commodity a partir de abril, citando como justificativa para a decisão eldquo;os fundamentos de mercado saudáveiserdquo;. Em nota, a Opep+ afirmou também que eldquo;o aumento gradual pode ser pausado ou revertidoerdquo; se isso for necessário. O grupo disse que aumentaria a produção em 2,2 milhões de barris por dia, ou cerca de 2% da demanda global, até 2026. Isso seria uma boa notícia para os consumidores, que geralmente se beneficiam quando a energia custa menos, mas reduziria os lucros dos produtores de petróleo e dos países e Estados onde eles operam. A decisão teve efeito imediato no mercado e os preços atingiram o nível mais baixo do ano nos EUA: US$ 68,37 por barril na segunda-feira, queda de 2%. Uma ótima notícia para Donald Trump, que vinha pressionando por reduções no preço da commodity. A esse valor, em geral, é lucrativo perfurar novos poços nos Estados Unidos, que produzem mais petróleo do que qualquer outro país. Muitos outros poços deixam de ser lucrativos quando o petróleo é vendido a US$ 60 por barril ou menos. Para Kim Fustier, chefe de pesquisas na Europa para petróleo e gás do HSBC, a média da cotação do barril do Brent será de US$ 70 no quarto trimestre. A redução ocorrerá pelo aumento da produção mundial de petróleo de 102,6 milhões de barris por dia em 2024 para 103,9 milhões de barris por dia neste ano. Enquanto isso, a demanda global avançará em menor velocidade no período, de 102,8 milhões de barris por dia para 103,8 milhões de barris por dia. A adoção de tarifas a importados pelos EUA pode provocar uma desaceleração do nível de atividade em vários países e reduzir a demanda mundial por petróleo. eldquo;Há um grande risco de ocorrerem guerras comerciais. Tarifas gerais podem atingir o crescimento global, o comércio internacional e a demanda pela commodityerdquo;, disse Eric Lee, estrategista global de energia do Citi. O banco estima que o Produto Interno Bruto (PIB) americano reduzirá de uma alta de 2,8% em 2024 para 1,5% neste ano. eldquo;O setor de energia dos Estados Unidos pode ser afetado por tarifas ao aço importado, um custo importante à indústria americana de petróleo e gás natural, o que poderá aumentar os preços de derivados aos consumidores do paíserdquo;. Ele estima que a cotação média do barril do Brent baixará de US$ 68 no segundo trimestre para US$ 60 entre outubro e dezembro. O governo americano já adotou tarifas de 20% sobre importados da China. Taxas de 25% sobre aço exportado por diversos países aos EUA começarão a valer em março e o presidente Donald Trump planeja implementar uma alíquota ao redor de 25% sobre automóveis fabricados no exterior, que poderão ser aplicadas no início de abril. Essa política na área do comércio tem impactos diretos na produção industrial da Europa e China e terá efeitos na demanda global de diesel e gasolina, destacou Joel Hancock, analista de petróleo do banco Natixis. eldquo;A menor atividade das fábricas nesses mercados atingirá a renda real dos consumidores, o que diminuirá suas compras de gasolina.erdquo; As tarifas a importados poderão elevar a inflação nos EUA e reduzir a aquisição de derivados de petróleo pelos seus cidadãos, destaca Hancock. eldquo;O consumo de gasolina no país representa 10% de toda demanda global de petróleo. Qualquer grande impacto nesse mercado pode ter efeitos sobre a tendência da demanda mundial do petróleoerdquo;, disse. Para o Natixis, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) terá uma pequena redução neste ano, passando de 2,9% em 2024 para 2,6%. Isso deve levar o Fed a cortar os juros somente em setembro e dezembro. A tendência de menor demanda global do petróleo ante a oferta mundial neste ano também ocorre com as dificuldades econômicas da China, que poderão ser agravadas pela adoção de tarifas pelos EUA às suas exportações. eldquo;As tarifas causam incertezas, especialmente para investimentos em novas fábricas na China, que ficaram mais arriscados agora e podem ser o fator de maior repercussão negativa à sua economia no curto prazoerdquo;, comentou Jim Burkhard, vice-presidente da Seamp;P Global Commodity Insights. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Aumento de frota estimula mercado de recarga elétrica

Em um mercado que ultrapassou a marca de 200 mil carros elétricos em 2025 e quase triplicou o número de unidades entre o fim de 2023 e de 2024, a demanda por infraestrutura de carregamento disparou no Brasil. Com isso, um mercado até então acessório tomou fôlego e entrou na mira de mais investidores: os pontos de recarga elétrica, eletropostos ou eldquo;huberdquo; de recargas. O ganho de escala da frota tem despertado o interesse de gigantes do setor de energia para esse segmento de mercado, como Vibra e Raízen. Empresas menores e startups, no entanto, continuam presentes, nas diferentes frentes de atuação: há as que fabricam os equipamentos; as fornecedoras da energia elétrica; as que prestam serviço de recarga - como os postos tradicionais -; e as que oferecem os aplicativos para compra do combustível, por exemplo. Clique aqui para continuar a leitura.

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Petróleo fecha em queda de quase 3% com Opep+ e discussão de cessar-fogo na Ucrânia

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, e deram sequências às perdas registradas na última sessão, enquanto investidores repercutem o aumento da produção do óleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) a partir de abril e monitoram as negociações para um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, sob mediação dos Estados Unidos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em queda de 2,85% (US$ 1,95), a US$ 66,31 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,44% (US$ 1,74), a US$ 69,30 o barril. De acordo com o ING, os preços do petróleo permanecem sob pressão em meio à crescente incerteza em torno das tarifas dos EUA e aos temores de que as políticas comerciais do presidente americano, Donald Trump, possam desencadear uma guerra comercial. eldquo;A incerteza aumentada está enviando os investidores para as elsquo;margensersquo;. Isso é evidenciado por uma redução no posicionamento especulativo tanto no WTI quanto no Brent nas últimas semanaserdquo;, menciona. No radar, os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 3,614 milhões de barris, bem acima da projeção, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país, o que cooperou para a queda registrada nesta quarta. Ainda, na terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar pronto para trabalhar eldquo;sob a forte liderança de Trumperdquo;, a fim de chegar a um acordo para finalizar a guerra. O conflito na Europa Oriental refletiu nos preços da commodity, já que, segundo a TP ICAP, eldquo;negociações sérias sobre a guerra Rússia-Ucrânia estão parecendo cada vez mais prováveiserdquo; o que limita os ganhos do óleo. (Reuters)

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