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'ANP está como jogador esperando para entrar em campo' sobre hidrogênio, diz diretor-geral

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, afirmou nesta terça-feira (09) que a reguladora está "como um jogador esperando para entrar em campo" no assunto do hidrogênio. Segundo Saboia, que participou hoje de evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a agência se prepara para atuar no mercado, mas ainda precisa do mandato. "A ANP está observando os acontecimentos do desenrolar das definições da regulação do hidrogênio e inserção na matriz energética brasileira", disse Saboia em apresentação no evento. "Está previsto que a ANP receba a atribuição de executar a regulação do hidrogênio, mas estamos na situação do jogador esperando para entrar em campo e não pode fazer nada ainda, tem que se conter." Clique aqui para continuar a leitura.

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Etanol: demanda aquecida e vendedor firme sustentam preços em alta

Os preços do etanol estão em alta há quatro semanas no spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, além da demanda aquecida pelo biocombustível, que se mostra competitivo frente à gasolina C, agentes de usinas seguem firmes nos valores pedidos em novos fechamentos. Também contribuem para sustentar as cotações, conforme pesquisadores do Cepea, o elevado valor do açúcar no mercado internacional e o dólar, à medida que esse cenário tende a levar usinas a direcionarem um maior volume de cana-de-açúcar à produção do alimento em detrimento do biocombustível. De 1º a 5 de julho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,5337/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 2,72% frente ao do período anterior. Para o anidro, a alta foi de 6,32%, com o Indicador a R$ 2,9077/litro (líquido de PIS/Cofins). Ainda assim, os atuais patamares seguem abaixo dos registrados em anos anteriores. Os Indicadores Cepea/Esalq mensais de junho/24 do hidratado e do anidro (spot + contratos) foram os menores das últimas três safras para o período, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-M de junho).

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Petróleo cai mais de 1% depois que furacão Beryl causou menos danos do que se temia

Os preços do petróleo caíram mais de 1% nesta terça-feira, depois que operadores souberam que interrupções prolongadas no fornecimento causadas pelo furacão Beryl no Texas, Estados Unidos, eram improváveis. Os futuros do petróleo Brent fecharam a 84,66 dólares por barril, com queda de 1,09 dólar por barril, ou 1,3%. O petróleo dos EUA fechou a 81,41 dólares, com queda de 0,92 dólar, ou 1,1%. Embora alguns locais de produção marítima dos EUA tenham sido evacuados, os portos fechados e o refino abrandado, as principais refinarias ao longo da Costa do Golfo do país pareceram ter sofrido um impacto mínimo depois de Beryl ter enfraquecido e se transformado numa tempestade tropical. eldquo;As primeiras indicações sugerem que a maior parte da infraestrutura energética passou ilesaerdquo;, escreveram os analistas do ING Warren Patterson e Ewa Manthey numa nota de cliente. A ação dos preços nos mercados de petróleo e de combustíveis refinados refletiu a diminuição das expectativas de interrupções contínuas na oferta devido ao furacão, acrescentaram. O Texas é responsável por mais de 40% do petróleo fornecido aos EUA, o maior produtor mundial. (Reuters)

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Lula avalizou aumento da Petrobras no preço dos combustíveis, primeiro da gestão de Magda Chambriard

O primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a presidência da Petrobras, em maio, foi costurado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A estatal anunciou na segunda-feira a elevação de preço da gasolina em 7,11% a partir desta terça. O aumento representa R$ 0,20 por litro, que sobe para R$ 3,01 nas refinarias. Lula e Silveira cumprem agenda no Paraguai e na Bolívia no início desta semana, mas já tinham ciência da elevação de preços. Dias antes do anúncio, Magda levou ao presidente e ao ministro números que apontavam a necessidade de reajuste diante preços internacionais e da média do combustível importado, já que a Petrobras não produz o suficiente para todo o consumo do país. Segundo interlocutores, os dados apresentados pela presidente da empresa eram claros e não deixavam dúvidas que o preço da gasolina estava no limite e precisava ser reajustado. Entre os presentes na reunião, houve consenso que havia necessidade de correção. O aumento dos preços, portanto, não pegou o Planalto de surpresa e era algo que vinha sendo aguardado pelo governo. A estatal não aumentava o preço da gasolina desde agosto do ano passado. Antes do reajuste anunciado pela estatal, a Abicom, associação que reúne os importadores, já apontava para uma defasagem de R$ 0,59 por litro de gasolina comercializada pela Petrobras. Reforço nos investimentos Magda assumiu a companhia no lugar de Jean Paul Prates e recebeu a missão do presidente Lula de acelerar investimentos e reforçar o papel social da companhia. Em seu discurso de posse, em 19 de junho no Rio de Janeiro, a nova presidente reforçou que sua gestão está alinhada com a visão de Lula e do governo federal para a petroleira. Também destacou que irá zelar por "governança e resultados": emdash; Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão do nosso presidente Lula e do governo federal, afinal, eles são os nossos acionistas majoritários. Além da gasolina, a estatal anunciou alta no preço do GLP (gás de botijão). Segundo a Petrobras, os preços de venda para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal. Os últimos ajustes - que foram reduções - ocorreram em 17 de maio e janeiro de julho do ano passado. O último aumento, porém, ocorreu em 11 de março de 2022.

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Lula avalizou aumento da Petrobras no preço dos combustíveis, primeiro da gestão de Magda Chambriard

O primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a presidência da Petrobras, em maio, foi costurado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A estatal anunciou na segunda-feira a elevação de preço da gasolina em 7,11% a partir desta terça. O aumento representa R$ 0,20 por litro, que sobe para R$ 3,01 nas refinarias. Lula e Silveira cumprem agenda no Paraguai e na Bolívia no início desta semana, mas já tinham ciência da elevação de preços. Dias antes do anúncio, Magda levou ao presidente e ao ministro números que apontavam a necessidade de reajuste diante preços internacionais e da média do combustível importado, já que a Petrobras não produz o suficiente para todo o consumo do país. Segundo interlocutores, os dados apresentados pela presidente da empresa eram claros e não deixavam dúvidas que o preço da gasolina estava no limite e precisava ser reajustado. Entre os presentes na reunião, houve consenso que havia necessidade de correção. O aumento dos preços, portanto, não pegou o Planalto de surpresa e era algo que vinha sendo aguardado pelo governo. A estatal não aumentava o preço da gasolina desde agosto do ano passado. Antes do reajuste anunciado pela estatal, a Abicom, associação que reúne os importadores, já apontava para uma defasagem de R$ 0,59 por litro de gasolina comercializada pela Petrobras. Reforço nos investimentos Magda assumiu a companhia no lugar de Jean Paul Prates e recebeu a missão do presidente Lula de acelerar investimentos e reforçar o papel social da companhia. Em seu discurso de posse, em 19 de junho no Rio de Janeiro, a nova presidente reforçou que sua gestão está alinhada com a visão de Lula e do governo federal para a petroleira. Também destacou que irá zelar por "governança e resultados": emdash; Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão do nosso presidente Lula e do governo federal, afinal, eles são os nossos acionistas majoritários. Além da gasolina, a estatal anunciou alta no preço do GLP (gás de botijão). Segundo a Petrobras, os preços de venda para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal. Os últimos ajustes - que foram reduções - ocorreram em 17 de maio e janeiro de julho do ano passado. O último aumento, porém, ocorreu em 11 de março de 2022.

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Petrobras 'abrasileirou' o preço dos combustíveis? Entenda cenário após aumento da gasolina

O reajuste feito pela Petrobras, aumentando em R$ 0,20 o preço da gasolina no Brasil, reflete a dificuldade da estatal em eldquo;abrasileirarerdquo; o preço dos combustíveis no país. O termo foi usado pelo presidente Lula (PT) diversas vezes durante a campanha eleitoral em 2022 e após a chegada ao Planalto. A expressão também foi dita pela CEO da estatal, Magda Chambriard, em maio. Mas na prática, o que se observa, mesmo com o fim da política do Preço de Paridade de Importação (PPI) em maio do ano passado, é uma dificuldade do governo em contornar as pressões de refinarias privatizadas e de importadores de combustíveis no Brasil, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas. Também há, conforme o especialista, um tensionamento por parte dos acionistas da estatal para atrelar a precificação no país ao mercado internacional, como feito no PPI. Dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) sobre a gasolina apontam que, em maio, o país comercializou 3,6 milhões de m³ de gasolina comum. Mas apenas 11% desse valor diz respeito ao que foi importado para abastecer o mercado interno. eldquo;O Brasil é um grande produtor de gasolina, ele produz quase tudo o que consome e não faz sentido a gente ter um preço de importação, como se fosse um país que não produz uma gota de gasolinaerdquo;, opinou o economista Eric Gil Dantas. A Associação Brasileira de Refino Privado (Refina Brasil) disse, ao jornal O Globo, que cogita acionar a Petrobras na Justiça. O argumento é de que a política de preços utilizada prejudica as refinarias privadas. No mesmo caminho, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirma que mesmo com o reajuste de R$ 0,20 sobre a gasolina, há ainda uma defasagem de R$ 0,34 em relação ao mercado internacional. O cálculo é feito levando em consideração a alta de 15% do dólar em relação ao real entre fevereiro e julho deste ano, e a recente elevação dos preços do barril de petróleo no mercado internacional. Eric Gil Dantas, no entanto, avalia que a Petrobras tem uma estrutura produtiva e financeira capaz de permitir a cobrança de preços menores na venda de combustíveis. Entre 2023 e o primeiro trimestre deste ano, o lucro acumulado da estatal foi de R$ 148,3 bilhões. eldquo;Mesmo com o fim do PPI, a Petrobras não abrasileirou de fato os preços, ela segue os preços internacionais, mas diferente do PPI, ela tem sempre um valor abaixo, uns 10% abaixo dos preços internacionais para ser mais competitivo do que os preços de importados, mas ainda sim não abrasileirou de fato esses preçoserdquo;, complementou Dantas. O economista lembrou que se há um aumento no preço do barril de petróleo no mercado, a Petrobras deve pagar um valor maior de royalties ao governo, justamente por também ser uma importadora de combustíveis. No primeiro trimestre deste ano, a empresa informou que a produção de gasolina foi de 391 mil barris por dia, enquanto a compra feita pela estatal no exterior foi de 25 mil barris por dia. eldquo;Ainda existem fatores que ligam as despesas reais da Petrobras ao mercado internacional e ao câmbio, mas não é isso que faz com que a Petrobras tenha que aumentar o preço dos combustíveis. Mas sim a pressão por uma lucratividade maiorerdquo;, arrematou o economista. Margem para mais aumento Com visão diferente, o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, afirmou que a defasagem indicada pela associação no preço da gasolina comercializado pela Petrobras ocorre desde o governo de Jair Bolsonaro, pela necessidade do país em importar parte da gasolina comercializada nos postos. No primeiro semestre de 2022, a estatal enfrentou uma série de trocas de presidentes, o que não evitou que o litro da gasolina rompesse a barreira de R$ 8 no Brasil. eldquo;Considerando que estamos falando de uma commodity e que a Petrobras não consegue atender toda demanda nacional, existe uma expectativa de que os preços acompanhem a paridade internacional. Se não tem capacidade interna de produção, a alternativa é buscar no mercado internacional pagando a paridadeerdquo;, criticou Araújo. O representante da Abicom cita que os importadores precisam ter uma clareza da Petrobras e produtores nacionais de qual será o volume ofertado, para se ter uma previsibilidade de qual volume complementar importado será necessário. eldquo;No caso da gasolina é mais complicado, porque a decisão do consumo pelo motorista se dá no momento em que o motorista vai abastecer, tendo a opção pelo etanol. Mas a nossa expectativa é de haja uma transparência maior nissoerdquo;, acrescentou. A reportagem procurou a Petrobras para comentar sobre o assunto, mas nenhum posicionamento foi enviado pela estatal até a publicação. No comunicado sobre o reajuste, a empresa afirmou que eldquo;desde a implementação da nova estratégia comercial, a Petrobras reduziu seus preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 /litroerdquo;. Política de preços Em maio de 2023, o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conseguiu aprovar a nova política de preços de combustíveis da Petrobras, que substituiu o PPI. A metodologia é válida, apenas, para o diesel e gasolina. Desde então, as referências de precificação são o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto. As premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por polo de venda, participação "ótima" da Petrobras no mercado, otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável. Desde a mudança em maio de 2023, a estatal promoveu duas alterações no preço: uma redução em outubro, e um aumento em agosto.

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