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Ao menos quatro distribuidoras de gás já aderiram ao prêmio de incentivo à demanda da Petrobras

Ao menos quatro distribuidoras de gás natural já assinaram com a Petrobras um aditivo ao contrato de suprimento de gás, para aderir ao prêmio de incentivo à demanda previsto na nova política de preços da estatal. A lista inclui CEG e CEG Rio, as primeiras a atualizarem seus contratos, além da Copergás (PE) e Cegás (CE), de acordo com levantamento da agência eixos com base em dados preliminares da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A expectativa é que haja, assim, uma redução no custo de aquisição de gás por essas concessionárias endash; a ser repassada nas tarifas de gás canalizado desses estados. No Rio, por exemplo, as tarifas vão cair até 4% a partir de fevereiro, no primeiro ajuste desde que as distribuidoras CEG e CEG Rio aderiram ao prêmio de incentivo à demanda. A nova posição comercial da petroleira contempla um mix de precificação que varia conforme o volume retirado endash; e que, na média, deve puxar o fator Brent (percentual do preço do petróleo ao qual o gás é indexado) para mais próximo de 11%. A regra pode ser resumida da seguinte forma: para 60% da quantidade diária contratada (QDC), o cliente paga o preço base (que pode variar contrato a contrato); para 60% a 90% da QDC, a distribuidora paga 11% do Brent; e para 90% a 115% da QDC, cerca de 10% do Brent. No caso da Cegás, além da redução do preço, as partes negociaram, como contrapartida, a ampliação dos volumes contratados, em 51 mil m3/dia entre 2032-2034.

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Construir nova refinaria da Petrobras é segurança nacional, diz Silveira

O Brasil precisa de uma nova refinaria de petróleo. A defesa foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, disse que uma nova refinaria representaria eldquo;segurança nacionalerdquo; na oferta de energia às empresas e pessoas. eldquo;É, precisaehellip; Tanto que nós ainda importamos gasolina e importamos dieselerdquo;, disse o ministro em entrevista exclusiva ao CNN Money, ao comentar o uso recorde da capacidade instalada das refinarias da Petrobras em 2024. eldquo;É importante que a gente amplie (capacidade de refino). Isso é segurança nacional, segurança energética e é obrigação do governoerdquo;. Com essa leitura, Silveira argumenta que cabe ao Ministério liderar essa pauta. eldquo;O Ministério de Minas e Energia é o responsável pelas políticas públicas que garantam o suprimento adequado de energia elétrica e de combustíveis à indústria e às pessoaserdquo;. Entre os grandes combustíveis, o Brasil só é autossuficiente no gás de cozinha. Entre os demais, há importação em todos os segmentos. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que o diesel importado representou 18% de todo o mercado brasileiro em novembro de 2024. Um ano antes, a fatia era ainda maior, de 24%. Na gasolina, os porcentuais de participação do combustível importado são menores: atualmente abaixo de 10%. O discurso de Silveira por uma nova refinaria da Petrobras pode destoar da pauta de transição energética que o ministro trouxe ao Fórum Econômico Mundial. Em Davos, o Brasil tenta atrair recursos para projetos de transição energética. Em vários painéis, o país é ouvido como fonte de energia verde, e como pode ajudar na transição ecológica. Apesar desse sinal trocado entre combustível fóssil e transição energética, não é a primeira vez que o governo brasileiro se vê diante de atos que podem parecer contraditórios. Enquanto prepara a COP30 em Belém, o mesmo governo federal cobra celeridade do Ibama para a liberação das licenças ambientais para a exploração de petróleo da margem equatorial na Foz do Amazonas. Durante um dos painéis em Davos, Alexandre Silveira deu pistas do entendimento do governo sobre o tema, e endash; de antemão endash; se explicou com o argumento de que não há contradição. O ministro argumenta que o mundo vive uma eldquo;transição energética e não troca energéticaerdquo;. Dessa forma, combustíveis fósseis e limpos coexistirão por algum tempo. E, lembra o ministro brasileiro, a demanda por petróleo vai continuar existindo. Portanto, vender esse produto poderá, inclusive, ajudar a financiar a transição energética no Brasil.

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Dólar cai e fecha abaixo de R$ 6 pela 1ª vez desde dezembro

O dólar encerrou em forte queda nesta quarta-feira (22) e se afastou do patamar de R$ 6 com mercados em todo o mundo acompanhando as medidas tarifárias apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A divisa norte-americana encerrou a sessão com recuo de 1,41%, negociada a R$ 5,946, no menor patamar desde 27 de novembro, quando a moeda encerrou em R$ 5,914. O dólar se mantém majoritariamente acima de R$ 6 desde o fim de novembro do ano passado, com o recrudescimento do temor do mercado com as contas públicas do governo federal. A última vez que a divisa encerrou abaixo da marca de R$ 6 foi em 11 de dezembro, a R$ 5,959. Ignorando o clima positivo nos principais mercados internacionais, o Ibovespa operou a maior parte da sessão próximo da estabilidade. O principal índice do mercado doméstico encerrou em queda de 0,30%, a 122.971,77 pontos.

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Gasolina com 30% de etanol já é testada no Brasil; veja quando estreia

O aumento da quantidade de etanol na gasolina brasileira já está em testes. O Ministério de Minas e Energia (MME) escolheu o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) para realizar os experimentos que vão atestar a viabilidade técnica sobre a possibilidade de aumentar a proporção para 30% ainda este ano. A iniciativa integra o programa Combustível do Futuro. Segundo o instituto, os testes que acontecem agora em janeiro e em fevereiro consideram aspectos como emissões de gases poluentes e impactos técnicos em veículos de diferentes anos e tecnologias. eldquo;O objetivo é garantir que a mudança na composição da gasolina não afete a funcionalidade e a dirigibilidade dos automóveiserdquo;, disse o IMT em nota. eldquo;Estamos empenhados em assegurar que a transição para uma gasolina com maior teor de etanol seja viável e sustentável, atendendo aos rigorosos padrões técnicos e de desempenho exigidos pelo setor automotivo,erdquo; disse Luana Cristina Xavier Camargos, coordenadora do Núcleo de Certificação e Homologação do IMT. Mais etanol na gasolina: o que vem depois Os resultados preliminares obtidos pelo IMT serão entregues ao MME ainda no primeiro trimestre para subsidiar a próxima etapa: o estudo de impacto regulatório. O aumento da quantidade de etanol na gasolina faz parte do programa eldquo;combustíveis do futuroerdquo;, criado em lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro do ano passado. Atualmente, a gasolina vendida no Brasil pode ter entre 18% e 27,5% de etanol em sua composição total. Após a aprovação do presidente, este percentual passa a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35% nos próximos anos. Elevar o percentual do derivado de cana-de-açúcar no combustível faz parte da iniciativa que visa evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037. O governo também prevê atualizações nas fórmulas do biodiesel, gás natural e até do combustível de aviação. Em outubro do ano passado a Autoesporte ouviu Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). Segundo ele, uma nova mistura de etanol na gasolina vai acarretar em mudanças tanto para donos de carros flex quanto para proprietários de modelos movidos apenas pelo combustível fóssil. eldquo;Para o motor flex, o consumo de combustível vai aumentar, considerando que o poder calorífico do etanol é menorerdquo;, afirmou Gonçalves. O poder calorífico é a quantidade de energia que um combustível fornece quando queimado completamente. Quanto aos carros movidos somente a gasolina, o especialista disse que veículos mais modernos já toleram quantidades maiores de etanol, mas carros antigos exigem cautela. eldquo;Alguns carros antigos não estão preparados para um teor elevado de etanol. Podem acontecer ataques a materiais e corrosões de borrachas e elastômeroserdquo;, apontou o especialista. eldquo;Além disso, há suspeitas de que certos carros podem falhar por intervenção dos próprios sensores, que não reconhecem o combustívelerdquo;, completou.

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Gasolina mais cara? Quanto o combustível teria que subir para compensar a defasagem

Os combustíveis ficarão mais caros a partir de 1º de fevereiro. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina e etanol terá um acréscimo de 10 centavos por litro, elevando a alíquota para 1,47 real. O diesel e o biodiesel também serão impactados, com um aumento de 0,06 centavo por litro, chegando a 1,12 real emdash; representando elevações de 7,1% e 5,3%, respectivamente. Embora a Petrobras não siga mais o Preço de Paridade Internacional (PPI), mantendo certa autonomia em relação ao mercado global, as defasagens nos preços domésticos são significativas. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço praticado pela Petrobras e o valor no mercado internacional chega a 85 centavos por litro no diesel (24%) e a 37 centavos na gasolina (13%). eldquo;Sem dúvida isso aumenta a pressão para reajusteserdquo;, diz Sérgio Araújo, presidente da Abicom. Segundo a entidade, os reajustes devem ser aplicados, de forma a dar maior segurança para a importação dos volumes necessários para completar o atendimento das demandas, bem como para não prejudicar as precificações dos produtos dos produtores privados. O último reajuste na gasolina ocorreu em julho do ano passado. Segundo a Genial Investimentos, o preço médio nas refinarias da Petrobras permaneceu em 3,05 reais por litro para a gasolina e 3,68 reais para o diesel desde então. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Secretário-geral da ONU promete máximo apoio ao Brasil por sucesso da COP30 e minimiza Trump

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, minimizou o impacto da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, anunciada pelo presidente Donald Trump tão logo tomou posse na última segunda (20), e disse que a economia americana já demonstra uma adesão à agenda climática. "É bom não esquecer que hoje a ciência está do lado das economias verdes e que as energias renováveis são muito mais baratas que as produzidas por combustíveis fósseis", declarou Guterres à Folha e à Globonews durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Guterres também declarou apoio ao Brasil e disse que à ONU se empenhará pelo sucesso da COP30, conferência do clima que será realizada em Belém em novembro. "Declaro apoio ao presidente Lula e ao Brasil, as Nações Unidas estão completamente empenhadas para ajudar a garantir o sucesso da COP30, que é essencial neste momento em que alguma descrença existe em relação à ação climática", afirmou. "É fundamental reafirmarmos nosso objetivo de garantir que as temperaturas não subam mais que 1,5°C em relação à época pré-industrial." O secretário-geral da ONU discursou mais cedo na plenária em Davos, onde a neve que normalmente cobre as ruas do balneário alpino nesta época do ano mal apareceu nesta edição. Em sua fala na plenária, Guterres parabenizou Trump por seu papel na negociação do cessar-fogo entre Tel Aviv e o Hamas. "Houve uma grande contribuição da diplomacia vigorosa de quem era então o presidente eleito dos Estados Unidos", disse ele, elogiando ainda a administração de Joe Biden e o Qatar, outros dos envolvidos na mediação do acordo. "As negociações estavam em impasse. E de repente aconteceu." Guterres expressou, porém, preocupação com a incerteza na Cisjordânia, pertencente aos palestinos segundo a divisão dos Acordos de Oslo. Ele alertou para a possibilidade da anexação da Cisjordânia por Israel. Uma medida do tipo seria "contrária ao direito internacional e significaria que nunca haverá paz no Oriente Médio", acrescentou.

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