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Petróleo sobe 1% com sanções à Rússia e entrevistas para liderança do Fed

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, após uma sessão volátil, enquanto investidores avaliavam o impacto das sanções ocidentais sobre os fluxos de petróleo da Rússia e acompanhavam as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que seu governo já iniciou entrevistas para escolher o próximo presidente do Federal Reserve. O petróleo Brent subiu 1,07%, para fechar a US$64,89 por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiu 1,39%, para fechar a US$60,74. Os contratos futuros do petróleo dos EUA subiram brevemente mais de US$1 por barril nas negociações da tarde, para uma máxima da sessão de US$60,92, depois que Trump anunciou as entrevistas para a presidência do Federal Reserve. Trump tem criticado veementemente o atual presidente Jerome Powell por manter as taxas de juros estáveis. "Acho que essa notícia está apoiando o mercado porque é óbvio que tipo de pessoa Trump trará para esse cargo. Isso deu um empurrãozinho do tipo "risk-on" no mercado", disse John Kilduff, sócio da Again Capital. Os custos de empréstimos mais baixos normalmente aumentam a demanda por petróleo e elevam os preços. TESOURO DIZ QUE SANÇÕES PRESSIONAM RÚSSIA O Treasury dos EUA disse que as sanções impostas em outubro à Rosneft e à Lukoil já estão pressionando a receita de petróleo da Rússia e devem reduzir seus volumes de exportação ao longo do tempo. "Os operadores ponderaram o impacto de um excedente global crescente contra as sanções dos EUA que estão interrompendo os fluxos de petróleo russo", disse o analista do MUFG, Soojin Kim. Uma autoridade sênior da Casa Branca disse que Trump estava disposto a assinar a legislação de sanções à Rússia, desde que mantivesse a autoridade final sobre sua implementação. Trump disse no domingo que os republicanos estavam elaborando um projeto de lei para impor sanções a qualquer país que fizesse negócios com a Rússia, acrescentando que o Irã também poderia ser incluído. (Reuters)

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Alta do biodiesel pressiona preço do diesel: variação chega a 57% entre 2020 e 2025

Recentemente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, participou do Fórum de Debates, organizado pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), evento que reuniu, em Brasília (DF), autoridades públicas, empresários e especialistas em sustentabilidade. Na ocasião, Chambriard afirmou que a estatal estava preparada para atingir, futuramente, o nível de 25% na mistura do biodiesel no diesel e que era eldquo;capaz de fornecer um diesel com conteúdo vegetal, estável, perfeito em termos de estruturaerdquo;. Desde 1º de agosto de 2025, após decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a mistura do biodiesel no diesel está em 15% e este tema tem gerado debate quanto a qualidade dos combustíveis e também quanto às consequências da elevação da porcentagem para o bom funcionamento dos veículos que os utilizam. Além da questão da qualidade, outra questão deve ser levada em consideração sobre o biodiesel: o preço. Segundo dados apurados pelo Gasola by nstech, empresa de tecnologia que atua na gestão e monitoramento de consumo de combustíveis, entre 2020 e 2025, o preço do diesel no Brasil teve um aumento expressivo, acompanhando a alta dos combustíveis em geral. Nesse período, o litro do diesel subiu cerca de R$2,19, uma variação próxima de 57%. Já o biodiesel teve uma alta ainda maior, de quase 98%. Além disso, a mistura obrigatória também aumentou: em 2020, o percentual médio era de 12%, e hoje está em 15%, com previsão de chegar a 25% nos próximos anos. De acordo com Vitor Sabag, especialista em combustível do Gasola, o biodiesel tem um custo por litro superior ao do diesel comum vendido pela Petrobras, por isso, é natural que esse aumento na proporção acabe influenciando o preço final nas bombas. Isso não significa que o biodiesel seja o vilão da história, mas, sim, que é preciso considerar seus impactos na ponta, especialmente para quem roda muito, como é o caso das transportadoras e frotistas. eldquo;A transição para combustíveis mais sustentáveis é importante, mas precisa vir acompanhada de planejamento, previsibilidade e diálogo com o setor, para que os custos não fiquem desproporcionais e não afetem a competitividade do transporte rodoviário de cargaserdquo;. Outro ponto que merece atenção é a produção deste combustível. Sabag explica que embora ele possa ser produzido a partir de diversas matérias-primas, a maior parte da produção nacional ainda é concentrada no óleo de soja, que sofre bastante com a volatilidade do mercado agrícola. Com o aumento gradual do percentual obrigatório na mistura, a demanda por biodiesel cresce, o que naturalmente pressiona os preços para cima. Além disso, há custos logísticos, de armazenagem e de produção que tornam o biodiesel, hoje, mais caro do que o diesel, e esse custo a mais acaba chegando no preço final pago pelos frotistas e transportadoras. Apesar das questões que envolvem o biodiesel no Brasil, o especialista entende a necessidade do aumento da mistura de biodiesel, especialmente dentro do contexto de transição energética. eldquo;O biodiesel é uma alternativa viável no Brasil, especialmente quando consideramos que o país está entre os maiores produtores mundiais. Essa escala traz vantagem: temos matéria-prima, know-how, infraestrutura em construção e um programa nacional de mistura obrigatória que dá previsibilidadeerdquo;. No entanto, é essencial considerar a realidade do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil, modal que é responsável por 70% do transporte de mercadorias, segundo dados da CNT, onde grande parte da frota é antiga e possui idade média de 18 anos. eldquo;Muitos desses caminhões talvez não estejam preparados para trabalhar com percentuais elevados de biodiesel, o que levanta preocupações técnicas e de custoerdquo;. Para efeito de comparação, na Europa, que também utiliza biodiesel, especialmente em países da União Europeia, o foco não é apenas aumentar a mistura de biocombustíveis, mas, sim, combinar várias frentes: biocombustíveis mais avançados, combustíveis sintéticos, elétricos, híbridos, políticas que consideram o motor, a frota, o uso urbano ou rodoviário. Sabag finaliza explicando que para o Transporte Rodoviário de Cargas o biodiesel pode entrar como parte importante da solução, mas não como único caminho. O Brasil pode aprender com a Europa a importância de preparar a frota, garantir compatibilidade técnica, adaptar logística e ter políticas de suporte (incentivos, certificações, infraestrutura de abastecimento) para que a alternativa seja sustentável em todos os sentidos: técnico, ambiental e econômico. eldquo;A tendência global é caminhar para uma matriz energética mais limpa, e o biodiesel tem seu papel dentro desse processo, mas como parte de um conjunto de soluções, que inclui também eletrificação e outros combustíveis renováveis. Do ponto de vista macroeconômico, o desafio é garantir que a produção de biodiesel seja sustentável e competitiva, sem gerar distorções nos custos logísticos ou pressionar a cadeia, e o Brasil tem potencial para ser um fornecedor estratégico nesse cenárioerdquo;. (Gasola)

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Petrobras faz nova descoberta em Campos

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (17) uma nova descoberta no pós-sal da Bacia de Campos. Na região, a empresa faz um trabalho de revitalização de áreas. A descoberta ocorreu no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, a 108 quilômetros do município de Campos dos Goytacazes (RJ). Este ano a estatal anunciou cinco descobertas. Duas na de Campos e três, na Bacia de Santos. Em comunicado, ontem, a Petrobras classificou o petróleo como de eldquo;excelente qualidadeerdquo;. E acrescentou: eldquo;Essas amostras posteriormente seguirão para análises laboratoriais, que permitirão caracterizar as condições dos reservatórios e fluidos encontrados, possibilitando a continuidade da avaliação do potencial da área.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

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CPI do Crime Organizado recebe diretor-geral da PF nesta terça, em meio a discussões sobre o Projeto

A CPI do Crime Organizado vai ouvir nesta terça-feira (18) o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. A ida dele ocorre em meio ao debate sobre o Projeto Antifacção, para combater as facções criminosas. A expectativa é que Andrei seja questionado tanto sobre a atuação da PF no enfrentamento ao crime organizado quanto sobre trechos do projeto que, nas versões intermediárias apresentadas pelo relator, retiravam poderes da corporação emdash; o que gerou reação de delegados, entidades de classe e parlamentares alinhados ao governo. Clima político A presença do diretor-geral reforça o peso político da CPI, instalada após a megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou 121e reacendeu o debate sobre o avanço das facções e das milícias no país. A segurança pública é vista como prioridade pela opinião pública e por partidos que se movimentam de olho nas eleições de 2026. O colegiado é presidido por Fabiano Contarato (PT-ES) e tem como relator Alessandro Vieira (MDB-SE). Ambos são delegados de polícia. Contarato venceu a disputa pelo comando da CPI por 6 votos a 5, derrotando Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que acabou escolhido vice-presidente. Em sua primeira fala como presidente, Contarato defendeu as forças policiais e afirmou que o combate às facções exige ação contínua, e não operações isoladas. eldquo;O combate ao crime organizado só será eficaz se for contínuo. O Estado precisa retomar o controle das comunidades, oferecer emprego. Não podemos romantizar a vida de quem precisa seguir leis de criminosos para se manter vivoerdquo;, disse. O que a CPI investiga A CPI do Crime Organizado tem prazo inicial de 120 dias e pretende apurar: a estrutura e expansão de PCC, CV e milícias; fontes de financiamento e lavagem de dinheiro; domínio territorial e prisional; conexões regionais e internacionais; possível infiltração no poder público. Ao final, o colegiado deve propor mudanças na legislação e sugerir ações integradas entre União, estados e municípios. Entre os integrantes indicados estão figuras centrais na disputa política sobre segurança, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Randolfe Rodrigues (AP) (suplente) e Sergio Moro (União-PR) (suplente). Câmara deve votar nesta terça A oitiva desta terça ocorre no mesmo dia em que a Câmara deve tentar votar o PL Antifacção, de autoria do governo, mas que foi profundamente modificado pelo relator, Guilherme Derrite (PP-SP). A discussão virou palco de disputa entre PT e PL, as duas maiores bancadas da Casa. Ambos os partidos se dizem insatisfeitos com a última versão apresentada por Derrite. O que o PL critica: quer incluir dispositivo que equipara atos de facções ao crime de terrorismo; quer proibir audiências de custódia para presos em flagrante ligados a facções; pressiona por mais tempo de debate emdash; tenta adiar a votação para dezembro. Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ): eldquo;Há avanços, mas faltam os pontos principais para nós.erdquo; O que o PT critica: diz que o novo texto reduz a capacidade da Receita Federal de descapitalizar facções; afirma que Derrite retirou medidas cautelares especiais previstas no projeto original; reclama da criação de uma nova lei paralela à lei de organizações criminosas. Para o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ): eldquo;A proposta perde a espinha dorsal: a capacidade de bloquear rapidamente recursos ilícitos.erdquo; Congresso intensifica agenda de segurança pública O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem dito que acredita na aprovação do texto e que a discussão precisa avançar eldquo;sem troféuserdquo; para governo ou oposição. Segundo Motta, o objetivo é responder ao clamor da sociedade por segurança: eldquo;A direita e a esquerda podem brigar por narrativas. O que me move é o essencial: endurecer penas e responder ao pedido mais legítimo da sociedade emdash; o direito de viver em paz.erdquo; Clima de pressão Com a CPI instalada, o PL Antifacção em disputa e a continuidade do debate sobre operações policiais de larga escala, a fala do diretor-geral da PF acontece no epicentro de uma agenda que deve dominar o Congresso nas próximas semanas. A corporação é protagonista da investigação de facções em todo o país e peça central no desenho de qualquer política nacional de combate ao crime organizado.

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Alckmin repete Lula e defende plano para reduzir petróleo

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira (17) a elaboração de um mapa do caminho para reduzir a exploração de combustíveis fósseis e também o desmatamento. "Nosso compromisso, de todos nós, é elaborar os mapas do caminho para a transição energética e o fim do desmatamento ilegal", disse. O discurso aconteceu na plenária que marca o início da segunda semana da COP30, na qual as discussões, antes técnicas, passam a ser tratadas pelos ministros dos países. Alckmin repetiu pleitos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como a redução do uso de petróleo e o fim do desmatamento. Também defendeu o Fundo de Florestas Tropicais (TFFF), a proteção da Amazônia e os ressaltou a importância dos povos indígenas. Finalmente, ele pediu uma transição energética justa, e argumentou em favor do uso dos biocombustíveis como o etanol, ressaltando a política brasileira para este setor. "Temos a matriz energética mais renovável entre as grandes economias e somos pioneiros em bioenergia e biocombustíveis", disse.

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Etanol sobe em oito estados e é competitivo em quatro e no DF

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 14 estados e no Distrito Federal (DF), subiram em outro oito e ficaram estáveis em três na semana entre 26 a 31 de outubro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,23% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,27 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço subiu 0,25% na comparação semanal, a R$ 4,08 o litro. A maior alta percentual na semana, de 1,03%, foi registrada em Mato Grosso do Sul, a R$ 3,91 o litro. A maior queda, de 8,08%, ocorreu no Distrito Federal, para R$ 4,21 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,39 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,91, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Competitividade O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em quatro estados e no Distrito Federal na semana entre os dias 26 a 31 de outubro. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 69,21% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Mato Grosso (69,17%); Mato Grosso do Sul (65,94%); Paraná (68,16%), e São Paulo (67,66%), além do Distrito Federal (69,59%). (Estadão Conteúdo)

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