Ano:
Mês:
article

Distribuidoras ampliam lucro e combustíveis disparam em Mato Grosso do Sul

Mesmo com poucos reajustes nas refinarias no último ano, os combustíveis ficaram mais caros para os consumidores em Mato Grosso do Sul. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que, entre maio de 2023 e maio de 2024, o litro da gasolina subiu R$ 0,36, o diesel comum, R$ 0,24, e o etanol, R$ 0,29. A principal justificativa para a alta é o aumento da margem de lucro das distribuidoras e a elevação do ICMS sobre os combustíveis em fevereiro. Segundo a ANP, o litro da gasolina passou de R$ 5,69 para R$ 6,05 no período de um ano emdash; alta de 6,32%. O diesel comum subiu de R$ 5,89 para R$ 6,13, enquanto o diesel S10 passou de R$ 5,96 para R$ 6,11. No mesmo intervalo, o etanol foi de R$ 3,69 para R$ 3,98, aumento de 7,43%. A Petrobras reajustou o valor da gasolina apenas uma vez no período e reduziu o preço do diesel em R$ 0,45 por litro, mas os consumidores não sentiram esse alívio nas bombas. O economista Eduardo Matos afirma que o aumento de preços está ligado à concentração de mercado entre as distribuidoras. eldquo;Houve redução da competição após a desestatização da BR Distribuidora, e isso abriu espaço para maior margem de lucro. É um caso clássico de oligopólio, em que poucos agentes controlam os preçoserdquo;, explicou. Segundo ele, mesmo com a inflação acumulada de 9,46% em dois anos, os combustíveis subiram mais do que isso. A Petrobras também reconheceu a discrepância entre o preço praticado nas refinarias e o valor cobrado nos postos. eldquo;Reduzimos R$ 0,45 no litro do diesel, mas esse valor não está sendo percebido pelo consumidor finalerdquo;, afirmou Claudio Romeo Schlosser, diretor de Logística e Comercialização da estatal. Ele explicou que a Petrobras não tem controle sobre os repasses feitos por distribuidoras e revendedores. Completando dois anos, a política de preços da Petrobras deixou de seguir rigidamente o mercado internacional. Ainda assim, segundo o economista Eugênio Pavão, os preços seguem próximos à paridade internacional. eldquo;A empresa busca equilibrar lucro e preço, mas o consumidor ainda paga mais do que o esperadoerdquo;, destacou. Em dois anos, a gasolina subiu 16,73%, enquanto o preço internacional do petróleo caiu 21,7%.

article

Petrobras considera potencial emissão de até R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas

A Petrobras informou na última segunda-feira (27) que está considerando uma "potencial emissão de debêntures incentivadas" de até R$ 3 bilhões, de acordo com fato relevante ao mercado. "A emissão ainda está em discussão e está sujeita, nos termos e nas hipóteses do Estatuto da Companhia, às aprovações internas competentes", acrescentou a estatal. No mesmo dia, a presidente da empresa, Magda Chambriard, afirmou que avalia que os preços dos combustíveis a distribuidoras no Brasil estão abaixo da paridade de importação e podem cair mais, dependendo da cotação do petróleo. Ela observou que os preços da Petrobras estão em patamares "confortáveis" neste momento e que a empresa avalia o mercado a cada 15 dias. (Com Reuters)

article

Royalties: valores referentes à produção de março foram distribuídos hoje a estados e municípios

Foram concluídas hoje (27/5) todas as etapas da operacionalização da distribuição de royalties pela ANP, relativos à produção de março de 2025, para os contratos de partilha de produção. O valor de partilha repassado diretamente aos estados foi de R$ 590.979.888,44, enquanto os municípios receberam R$ 781.651.446,87. Em termos de número de beneficiários, os repasses foram feitos a 537 municípios e 2 estados. Com isso, nessa data, encerram-se os repasses totais diretamente aos entes beneficiários referentes aos contratos tanto de partilha de produção, quanto de concessão e cessão onerosa (ocorrido no dia 22/05), relativos à produção de março de 2025. O montante total de royalties da produção de março de 2025 dos regimes de concessão, cessão onerosa e partilha destinados aos municípios, estados e União foi de R$ 5,44 bilhões. Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Os dados relativos ao mês corrente estão sendo consolidados e serão publicados em breve na mesma página. A atribuição da ANP na distribuição de royalties A ANP é responsável por calcular, apurar e distribuir os royalties aos entes beneficiários (União, Estados e Municípios). Os royalties são distribuídos aos beneficiários segundo diversos critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e Decreto nº 1/1991 (distribuição da parcela de 5% dos Royalties), e Lei nº 9.478/1997 e Decreto nº 2.705/1998 (distribuição da parcela acima de 5% dos Royalties). A Agência preza pela ampla transparência quanto aos recursos distribuídos aos entes beneficiários, bem como pela execução criteriosa das etapas operacionais intrínsecas à complexa atividade de distribuição de royalties, em âmbito nacional, à União, estados e municípios, conforme competências estabelecidas na legislação vigente. Não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes aos royalties, de acordo com a legislação aplicável. Apesar disso, a ANP está empenhada em fazer que as receitas decorrentes dos royalties cheguem aos beneficiários no menor tempo possível. Os valores e datas dos depósitos, bem como respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione eldquo;ANP endash; ROYALTIES DA ANPerdquo;.

article

Os desafios para colocar de pé o mandato do biometano em 2026

Em paralelo à regulamentação do mandato do biometano, cuja minuta de decreto (na íntegra) acaba de passar por consulta pública, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu antecipar os trabalhos de Análise de Impacto Regulatório (AIR) do programa de incentivo ao biocombustível. A janela para colocar de pé o mandato em 2026, conforme prevê a lei do Combustível do Futuro, será apertada e o governo quer dar celeridade. O próprio decreto, aliás, está sendo desenhado para simplificar as complexidades inerentes ao programa e viabilizar a implementação da política pública a tempo, sinalizou na quarta (21/5) o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes. Para além da regulamentação endash; e da fixação do mandato pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) endash; caberá à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma agenda importante. Os desafios não são pequenos. As metas de descarbonização, que, ao fim, incentivarão o mercado de biometano, deverão considerar os efeitos sobre a competitividade do gás natural e serem calibradas com base na disponibilidade do biocombustível. O dimensionamento dessa oferta é um ponto controverso no mercado e deverá dialogar, por fim, com o novo Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano endash; que está no forno. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) encerra no próximo dia 31 de maio a chamada pública que visa identificar o potencial de oferta e demanda de gás e biometano e trabalha para publicar a primeira edição do planejamento no segundo semestre e subsidiar, assim, o CNPE na definição do mandato. Nesse contexto, agentes como o IBP, que representa os produtores de gás (a parte obrigada a cumprir o mandato) e a Abrace (grandes consumidores de energia), pedem um regime transitório para implementação do programa endash; com metas mais baixas e flexibilização das penalidades. A seguir, a gas week apresenta os próximos passos da regulamentação do programa de incentivo ao biometano e os desafios por trás deles. O papel (ou papéis) da ANP O superintende adjunto de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos da ANP, Fábio Vinhado, afirmou que a agência pretende trabalhar em duas resoluções este ano, para complementar a regulamentação: uma com os desdobramentos das metas de descarbonização definidas pelo CNPE: a ANP terá o papel de disciplinar a alocação das obrigações entre os agentes, com base na proporção da participação de mercado das empresas no gás natural; e uma sobre as certificações: a ANP regulamentará os procedimentos para credenciamento do agente responsável pela certificação do produtor de biometano, para emissão dos certificados de origem (os CGOBs); Segundo Vinhado, em princípio, a agência pensou em reunir nessa mesma resolução as questões de verificação de lastro para emissão dos CGOBs. eldquo;Até para diminuir o custo regulatório, ganhar prazoerdquo;, disse, durante a audiência pública do decreto, na quarta. Tudo isso deverá ser incorporado à nova agenda regulatória 2025/2026 da ANP, que promete vir mais enxuta, buscando um cronograma mais factível e alinhado à realidade operacional da agência, ante o ceticismo geral com a capacidade de entrega do regulador. O decreto atribui à agência mais um papel no desenho dessa política: a ANP poderá lançar chamadas públicas para contratação da molécula, com CGOBs associados, para atender às metas de aquisição dos agentes obrigados endash; e ofertar créditos retidos. Em que pé estamos Para que o CNPE chegue à definição da meta, em si, ainda há um caminho a ser percorrido. Concluída a consulta pública da minuta do decreto, o MME vai analisar as mais de 800 contribuições recebidas (de 60 agentes) para fechar a regulamentação, que seguirá então para a Casa Civil. Há também, nessa estrada, uma fase de avaliação do mercado endash; momento de alinhamento das perspectivas de oferta, com base na interação com o setor privado, os estudos da EPE e o resultado da chamada da Petrobras para aquisição de biometano. Etapa crucial para calibrar o mandato. A intenção do MME, segundo Pietro Mendes, é definir uma meta global indicativa para até cinco anos, para dar mais previsibilidade ao mercado. A primeira meta, a princípio, precisa ser definida até 1º de novembro. A AIR com a meta ainda passará por consulta pública (30 dias) antes de ir ao CNPE.Relembre: o mandato do biometano (saiba os principais pontos da lei), não é volumétrico endash; como ocorre, por exemplo, com a adição obrigatória do biodiesel no diesel. É uma meta de descarbonização ou seja, o CNPE ainda terá de definir uma meta volumétrica anual com base na equivalência entre o biometano e a emissão de carbono. A meta inicial, prevista em lei, é de 1% de descarbonização a partir de 2026. a lei diz que a meta pode ser atingida pela compra e uso de molécula de biometano ou aquisição dos CGOBs. O MME propõe que o CGOB seja único instrumento de comprovação das metas. E tem biometano no mercado? Um dos principais pontos de debate no mercado é sobre a real disponibilidade de biometano endash; afinal, a definição do mandato partirá desse diagnóstico. Uma meta de descarbonização de 1% implica numa meta volumétrica de 686 mil a 961 mil m³/dia de biometano. Depende das premissas adotadas (intensidade de carbono e Poder Calorífico Inferior do gás natural), estima um estudo recém-publicado pelo presidente da Associação Internacional de Economia da Energia (IAEE), Edmar Almeida, com os consultores da Prysma Eeamp;T, Felipe Freitas e Gustavo Soares (leia na íntegra) De acordo com dados da ANP, existem 12 plantas construídas e autorizadas a comercializar biometano no país. Elas somam uma capacidade instalada de 747 mil m³/dia endash; embora a produção nacional, efetiva, tenha sido de cerca de 226 mil m³/dia em 2024. A previsão, com base nos pedidos de autorização em análise na agência, é que essa capacidade atinja 1,5 milhão de m³/dia no primeiro semestre de 2026 e 1,96 milhão de m³/dia no primeiro semestre de 2027. Os números da ANP, porém, não traduzem a real capacidade instalada. Desconsideram, por exemplo, o biometano produzido hoje para autoconsumo. O Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás) pretende publicar nos próximos dias a atualização desses números. O último relatório (na íntegra, em .pdf) apontava em 2023, por exemplo, a existência de 23 plantas em operação, mas não comerciais. Existe uma percepção no mercado, hoje, de que uma parte do mandato do biometano será atingido, nos primeiros anos, por essas unidades de autoconsumo endash; que, pelos termos do decreto, poderão emitir e vender CGOBs. Produtores que direcionam o biogás para geração elétrica também poderão ser incentivados, com o mandato, a destinar o gás renovável para produção de biometano (e comercializar CGOBs). Segundo o Cibiogás, em 2023 cerca de 1,2 mil plantas de biogás usavam o biogás para geração de energia elétrica. Capacidade não é disponibilidade Entre os produtores de biometano, o discurso é de que o mandato ajudará a dar tração ao mercado e atrair investimentos e que A Abiogás, que representa a indústria de biogás e biometano e uma das articuladoras da inclusão do mandato no Combustível do Futuro, estima que, até 2032, o mercado brasileiro terá pelo menos 200 plantas endash; com uma capacidade de produção de quase 8 milhões de m³/dia. O diretor de Engenharia e Implantação da Orizon VR, Jorge Elias, citou que existe uma rampa de crescimento esperada já a curto prazo. Só a empresa, segundo ele, espera colocar este ano mais duas plantas em operação (em Paulínia/SP, com a Edge, e em Jaboatão dos Guararapes/PE) e que adicionarão uma capacidade de produção total de 300 mil m³/dia. eldquo;Aqueles que têm a necessidade, ou que têm intenção de compra, tenham a certeza que é um mercado que está crescente. É um mercado que tem muito a ser desenvolvido, mas haverá entrega, haverá o produto, haverá capacidade produtivaerdquo;, disse. Não é um consenso. Há uma visão geral, entre investidores, de que não faltam projetos para que o mandato de até 10% previsto na lei seja alcançado na próxima década. Mas que o cenário macroeconômico, de taxas de juros elevadas, por exemplo, impõe seus desafios. Entidades como o IBP e Abrace, que se opuseram ao mandato, porém, têm manifestado a preocupação quanto à real disponibilidade do gás renovável e de certificados no mercado, sobretudo, no primeiro ano. eldquo;Temos no biometano uma escala pequena, uma dispersão geográfica, uma logística mais complicada. Estamos preocupados com o timing da ofertaerdquo; eldquo;Porque tem muito potencial, nós sabemos disso, mas potencial não é capacidade produtiva. E capacidade produtiva não é produçãoerdquo;, disse a diretora de gás natural do IBP, Sylvie Dersquo;Apote, na audiência pública. Como tratar o mercado voluntário Um ponto a ser pacificado na definição das primeiras metas será como tratar o mercado voluntário existente de biometano endash; isto é, aquele fruto de negociações bilaterais entre agentes, por fora do mandato. o decreto diz que a estimativa de CGOBs aposentados pelos agentes do mercado voluntário será descontada da meta de descarbonização. A proposta do MME gerou críticas por parte dos consumidores industriais, potenciais compradores de CGOBs. A Abrace entende que há riscos de que o mercado voluntário existente não seja devidamente reconhecido. E, ao cabo, isso pode distorcer a fixação do mandato. O diretor de gás natural da Abrace, Adrianno Lorenzon, pondera que existe um desafio posto de como mensurar esse mercado voluntário existente. Ele cita que já há um volume de biometano comercializado, sobretudo fora da rede de gasodutos, por caminhões e sem a emissão de certificados, necessariamente. E que, da forma como está sendo proposta a regulamentação, esse volume não vai ser contabilizado. eldquo;Por isso a gente tem que ser muito cauteloso, principalmente nesse início de obrigação. Talvez estabelecer um período transitório de teste para que a gente não dê um passo maior do que a pernaerdquo;, comentou Lorenzon na audiência. A Abrace defende que a ANP, como órgão que autoriza a operação das plantas de biometano e tem acesso aos contratos de comercialização, deveria assumir o papel de mapear os volumes movimentados hoje no mercado voluntário, para fins de abatimento da meta endash; desvinculando essa contabilização dos CGOBs emitidos e declarados, como propõe o MME. O assunto também reverberou no setor sucroalcooleiro, representado pela Unica. Os usineiros são a favor do mandato e do modelo mais simplificado desenhado pelo MME. Mas o diretor de Inteligência Setorial da entidade, Luciano Rodrigues, ponderou que existe, na proposta, um risco de desestímulo à participação de agentes não obrigados na compra dos certificados. eldquo;O entendimento de quem está no mercado voluntário é de que, se estou comprando o CGOB, estou tirando esse custo de alguém que já teria que descarbonizar. Então não estou tendo uma descarbonização adicionalerdquo;. O debate envolve o princípio da adicionalidade. No mercado de carbono, os projetos, para gerar créditos, devem garantir uma redução adicional de emissões endash; algo que não teria ocorrido de forma natural ou por outros meios. Pietro Mendes justificou o desenho do modelo de funcionamento do mandato: a adoção do CGOB como único instrumento para comprovar a meta de descarbonização do novo programa de incentivo ao biometano e a obrigação de o produtor de gás aposentar o certificado para cumprir suas metas. Segundo o secretário, a ideia do modelo proposto é mitigar a complexidade do novo mandato e a preocupação com a dupla contagem endash; isto é, o risco da descarbonização ser computada mais de uma vez pela mesma molécula. Ainda segundo Pietro, o modelo adotado evita concentrar a comercialização dos certificados no produtor de gás (elo concentrado, por sua vez, na Petrobras). eldquo;Porque em alguma medida acabaríamos forçando a passar tudo pelo produtor de gás natural e limitaremos as comercializações diretas [o mercado voluntário]erdquo;, comentou. O modelo de comprovação da meta somente via CGOB, portanto, foi o caminho encontrado para assegurar o início do mandato já em 2026, segundo ele, sem maiores complexidades na gestão desses fluxos do certificado.

article

IPCA-15: prévia da inflação desacelera em maio e fica em 0,36%, abaixo do esperado

A prévia da inflação oficial no País desacelerou em maio. Se por um lado houve pressão dos aumentos na conta de luz e nos medicamentos, por outro, passagens aéreas e alimentos deram trégua ao orçamento das famílias. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,43% em abril para uma elevação de 0,36% neste mês, menor resultado para esse período do ano desde 2020, informou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou próximo às estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um avanço de 0,35% a 0,53%, com mediana de 0,44%. Com o resultado de maio, o IPCA-15 arrefeceu a um aumento acumulado de 5,40% em 12 meses, após uma sequência de três meses de aceleração. Entre as boas notícias, houve melhora na parte qualitativa da inflação, avaliou o economista João Fernandes, da gestora de investimentos Quantitas. eldquo;A inflação de serviços tem gradualmente desacelerado, há uma suavizaçãoerdquo;, afirmou Fernandes, que, no entanto, não vê muito espaço para que esse movimento ganhe mais tração à frente. eldquo;A tendência de desaceleração não deve ser tão duradoura. Os fundamentos que balizam a inflação de serviços, que são salário e emprego, continuam muito forteserdquo;, completou. Para o economista Leonardo Costa, da gestora ASA, houve surpresas importantes tanto na inflação de serviços como na de bens. Em termos de política monetária, a desaceleração do IPCA-15 pode ser interpretada como um movimento em direção à meta de inflação, além de uma eldquo;surpresa bem-vindaerdquo; em um período de final de ciclo de aumento de juros, disse Costa. eldquo;Podemos dizer que o IPCA-15 deste mês veio uma leitura qualitativa um pouco melhor. A gente acha que isso não deve ter grandes implicações para o Banco Central. Mas ajuda ele no curto prazo, obviamente, com uma inflação mais comportada e a ter mais conforto para o encerramento do cicloerdquo;, corroborou Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, em comentário. O recuo de 11,18% no custo das passagens aéreas em maio deu a principal contribuição para deter a prévia da inflação do País no mês de maio. O subitem impactou em -0,07 ponto porcentual na taxa de 0,36% registrada pelo IPCA-15. O ônibus urbano recuou 1,24%, enquanto os combustíveis subiram 0,11%. Houve altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), mas quedas no óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%). O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas subiu em maio pelo nono mês consecutivo, mas as quedas nos preços de itens importantes na cesta de consumo, como o tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%), ajudaram a deter a inflação no mês. A alimentação no domicílio ainda avançou 0,30% em maio, puxada pelos aumentos na batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%). Já a alimentação fora de casa subiu 0,63%: refeição fora de casa teve alta de 0,49%, e o lanche, 0,84%. A energia elétrica residencial subiu 1,68% em maio, item de maior pressão individual sobre o IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,06 ponto porcentual, como consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100 kw/h consumidos nas contas de luz. As despesas com saúde e cuidados pessoais tiveram uma elevação de 0,91% em maio, sob pressão dos aumentos nos produtos farmacêuticos, avanço de 1,93%, em decorrência da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. A alta no grupo foi influenciada também pelo aumento de 0,57% no plano de saúde.

article

Silveira e deputados se reunem para fortalecer ações contra fraudes nos biocombustíveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu nesta terça-feira (27/05) os deputados Arnaldo Jardim e Alceu Moreira, além de representantes do setor, para tratar das ações de combate às fraudes no setor de biocombustíveis. eldquo;Estamos em permanente vigilância para coibir qualquer tentativa de fraude no setor de biocombustíveis. Sob a liderança do presidente Lula, já implementamos medidas rigorosas, como a tipificação de crimes ambientais, multas milionárias e a suspensão de empresas infratoras. Nosso compromisso é aprimorar ainda mais esses mecanismos, garantindo um mercado justo, sustentável e seguro para todoserdquo;, disse Silveira. A reunião contou com a participação do secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, e de representantes da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene Biocombustíveis (UbraBio), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) e A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A iniciativa reforçou a articulação da gestão de Silveira para coibir práticas ilícitas no segmento, tal como já vem sendo feito com sucesso no setor de combustíveis fósseis. O ministro também destacou que o fortalecimento da fiscalização e da regulação são fundamentais para assegurar a integridade do mercado, proteger o consumidor e garantir a credibilidade de políticas públicas estratégicas, como o RenovaBio. O Governo Federal publicou o Decreto nº 12.437/2025, que regulamenta dispositivos da Lei nº 15.082/2024, ampliando os instrumentos de fiscalização e punição no setor. Entre as principais medidas, estão a possibilidade de suspensão das atividades de empresas inadimplentes, aplicação de multas de até R$ 500 milhões e o envio da lista de distribuidoras infratoras ao Ibama, à Advocacia Geral da União (AGU) e ao Ministério Público Federal (MPF). Além disso, o decreto estabelece sanções a produtores de biocombustíveis que não repassarem a participação devida aos produtores de biomassa e determina que parte da biomassa inadimplente seja desconsiderada nos cálculos de Créditos de Descarbonização (CBIOs), reforçando a integridade do sistema. Conheça as dez medidas para combater as fraudes nos biocombustíveis: Tipificação da inadimplência com o RenovaBio como crime ambiental (Lei nº 15.082/2024). Proibição da venda de fornecedores de combustíveis a distribuidores inadimplentes com o RenovaBio. Regulamentação da intimação eletrônica pela ANP, alterando a Lei nº 9.847/1999. Articulação para doação, pelo setor privado, de equipamentos de fiscalização de teor de biodiesel à ANP. Apoio institucional para tramitação e aprovação de projetos de lei que tipificam crimes de roubo, furto e receptação de combustíveis. Articulação para aprovação, pelo Confaz, de convênio com a ANP para compartilhamento de documentos fiscais. Defesa técnica em favor da monofasia tributária no setor de combustíveis. Apoio institucional e defesa técnica aos projetos de lei que tipificam o devedor contumaz. Ações integradas entre MME, Casa Civil e Polícia Federal contra a pirataria nas hidrovias do Norte. Tipificação da penalidade administrativa de perda da autorização da ANP para agentes inadimplentes com o RenovaBio (Lei nº 15.082/2024).

Como posso te ajudar?