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Preço de referência de petróleo vira potencial embate entre Chambriand e Haddad

O preço de referência do petróleo virou um tema de potencial embate entre a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriand, e a equipe econômica. O preço de referência é o valor estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para o valor do óleo sobre o qual incide a cobrança de royalties. Ele é determinado por meio de uma fórmula que considera parâmetros nacionais e internacionais de preços de cada tipo de óleo existente no mercado mundial. A ANP vem discutindo há meses internamente a revisão para cima desse preço de referência, que resultaria em um aumento em média de 8% desse preço. Há uma base técnica neste processo: os indicadores internacionais apontam que o óleo brasileiro tem qualidade superior devido ao baixo teor de enxofre, o que justificaria um aumento do seu preço de referência. O movimento ganhou apoio da Fazenda porque acaba implicando num aumento da arrecadação em um momento em que o governo enfrenta dificuldades para fechar o caixa. O próprio ministro Fernando Haddad já conversou com o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, sobre o assunto. O Rio de Janeiro também defende o aumento e o governador Cláudio Castro também participa da operação. As petrolíferas emdash;Petrobras inclusiveemdash; por outro lado, são contrárias, já que o aumento reduz os seus lucros. A nova presidente da Petrobras, Mgada Chambriand, quando foi diretora-gera da ANP era contrária a revisão do preço de referência e no debate atual também já se manifestou a fontes do setor com quem a CNN conversou contrariamente.

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Preço do diesel passa de R$ 6 e sobe 0,33% nos postos do país na 1ª quinzena de maio

O preço do diesel S-10 nos postos de combustíveis do país aumentou 0,33% na primeira quinzena de maio ante o fechamento de abril, alcançando R$ 6,11 o litro, em média, segundo análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) nesta quarta-feira. Já o diesel tipo comum foi encontrado nos postos com média de R$ 6,01 reais/litro, também com alta de 0,33% ante o final de abril, conforme o levantamento baseado em abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log no país. eldquo;As variações no preço do diesel seguem patamares estáveis. Sem reajuste, a tendência é que o comportamento de preço se mantenha nos próximos diaserdquo;, disse, por nota, Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Na abertura por regiões, o Nordeste registrou os aumentos mais expressivos nos preços dos dois tipos de diesel. O comum foi encontrado a 6,13 reais/litro, com alta de 0,99% em relação ao mês anterior, e o S-10 a 6,14 reais/litro, 0,82% mais caro. Já as médias de preços mais altas foram encontradas no Norte, a 6,64 reais/litro o comum e 6,46 reais/litro o S-10. Reduções dos preços do combustível foram verificadas no período no Sudeste, onde o diesel comum fechou a quinzena a 5,91 reais/litro (-0,17%), e no Norte, região onde o preço do S-10 baixou 0,15%. (Reuters)

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Redução dos estoques nos EUA faz petróleo fechar em queda, a US$ 82,75 o barril

Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira, 15, impulsionados pela redução no estoque dos Estados Unidos, segundo monitoramento do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), e também em meio à forte desvalorização do dólar contra divisas desenvolvidas, após leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano em abril em geral dentro das expectativas, mas com o avanço mensal um pouco abaixo do esperado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,78% (US$ 0,61), a US$ 78,63 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho teve ganho de 0,45% (US$ 0,37), a US$ 82,75 por barril. Pela manhã, os preços do petróleo recuavam, enquanto investidores reagiam à revisão para baixo das expectativas da Agência Internacional de Energia (AIE) para a demanda global do óleo em 2024. Agora, a organização espera alta da demanda em 1,1 milhão de barris de petróleo, e não 1,2 milhão, como na leitura anterior. Porém, os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram 2,5 milhões de barris nesta semana, contrariando a expectativa de alta de 1,1 milhão de barris. Após a divulgação do dado, os preços devolveram perdas e o apetite melhorou, até que o petróleo se sustentou no positivo. Os ganhos foram apoiados também pela leitura do CPI de abril nos EUA, que indicou avanço no processo desinflacionário no país, embora o dado esteja longe de representar a confiança que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) espera para cortar juros. eldquo;Em termos de petróleo bruto, são preferidos níveis de inflação mais baixos para melhores perspectivas de demandaerdquo;, escreve a analista Razan Hilal, do City Index. Ela destaca que os mercados do petróleo agora acompanham os desdobramentos de discussões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para renovar seus cortes voluntários na produção. Hilal destaca que países como Iraque e Emirados Árabes querem ampliar sua capacidade de produzir, e acredita que eles não vão concordar com uma redução voluntária para o próximo ano. (Estadão Conteúdo)

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Ações da Petrobras em NY despencam 8% na manhã seguinte à demissão de Prates

As ações da Petrobras começaram a quarta-feira em forte queda em Nova York. Nos negócios do pré-mercado, os recibos de ações da estatal brasileira endash; os ADRs, sigla para American Depositary Receipt endash; operavam às 8h20 no horário de Brasília em queda de 8,03%, negociados a US$ 15,35, após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia. A sangria das ações da Petrobras acontece após a queda de 2,05% observada no pregão tradicional de ontem em Nova York, quando as ações reagiram ao balanço da companhia divulgado na noite de segunda-feira. A demissão na Petrobras foi decidida e comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de terça (14). O comunicado da saída foi feito pelo próprio Prates a alguns aliados mais próximos e integrantes de sua equipe, apurou a CNN. Ontem à noite, a Petrobras também informou que a engenheira e ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard foi indicada pelo Ministério de Minas e Energia para a presidência da companhia.

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Conheça Magda Chambriard, a indicada à Petrobras que defende mais compra em estaleiros nacionais

A substituta de Jean Paul Prates no comando da Petrobras, Magda Chambriard, é engenheira e ex-funcionária da estatal. Comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) durante o governo Dilma Rousseff. É vista pelo mercado como um quadro de perfil mais desenvolvimentista do que Prates, que tentou equilibrar sua gestão atendendo a promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sem assustar investidores privados. Ela defende o papel do setor de petróleo como indutor do desenvolvimento industrial do país, em pensamento alinhado ao do governo Lula. Um leilão de áreas petrolíferas, afirmou em entrevista de 2021, vai além de ver qual empresa paga mais. "Existe um plano de desenvolvimento nacional por trás." "Se os projetos e obras forem para o exterior, estaremos abrindo mão do pré-sal", afirmou nessa entrevista, concedida ao portal Petronotícias. "Se o país não emprega a mão de obra nacional na indústria, no final das contas estará afetando a própria democracia brasileira", continuou. Em artigo publicado no fim de 2023 na revista Brasil Energia, ela questionou o primeiro plano de investimentos anunciado pela gestão petista da Petrobras por não tratar de exploração de bacias maduras e de medidas de fomento à indústria naval brasileira. "No Rio de Janeiro, mais de dez estaleiros encontram-se ociosos, enquanto o estado necessita seriamente alocar sua mão de obra produtiva", afirmou, defendendo que a Petrobras destine à indústria nacional "uma fatia de seus investimentos um pouco maior do que a que vem sendo destinada". Chambriard é também defensora da exploração de petróleo na margem equatorial, região alvo de embates entre as áreas ambiental e energética do governo. Em recente entrevista ao Blog do Desenvolvimento, afirmou que "é frustrante" que essa região não tenha sido explorada ainda. Procurada por telefone e mensagem, Chambriard não respondeu.

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Depois de ata do Copom, mercado já vê fim de novas reduções dos juros

Divulgada ontem, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) endash; que terminou com a redução da Selic em 0,25 ponto porcentual, de 10,75% para 10,5% ao ano endash; reforçou a preocupação do Banco Central com a trajetória da inflação e, na avaliação de analistas, deixou a porta aberta para um cenário que não estava no radar de ninguém até agora: o fim imediato do ciclo de cortes da taxa básica de juros endash; que fecharia o ano ainda em dois dígitos. A ata trouxe duas mensagens. A primeira, de que o racha entre os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o BC endash; e que defenderam um corte maior para a Selic, de 0,5% endash; e os outros cinco integrantes do Copom tinha a ver com a forma de comunicação do BC, e não com uma possível leniência com a inflação endash; principal temor do mercado desde a semana passada (mais informações na pág. B2). A outra mensagem diz respeito aos próximos passos da política monetária. Apesar da divisão na hora de arbitrar um índice de corte para a Selic, todos os nove diretores entenderam que, em função das projeções para a inflação, é preciso uma política eldquo;mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações sobre os próximos passoserdquo;. Segundo a ata, essa é a posição eldquo;mais apropriada diante do cenário global incerto e do cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradaserdquo;. Além disso, diz que é preciso eldquo;ancorarerdquo; as expectativas, ou seja, levar as projeções de mercado para a meta de 3% nos próximos anos. eldquo;Todos corroboraram o entendimento de que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.erdquo; elsquo;PAUSA PROLONGADAersquo;. O cenário de aperto monetário já apareceu no resultado de pesquisa feita ontem pelo Projeções Broadcast, que consultou 38 instituições financeiras, entre bancos e administradores de recursos. A mediana para a Selic subiu de 9,75% para 10% em 2024. Já a previsão de data para encerramento do atual ciclo de corte, que antes era em setembro, agora foi puxada para junho. eldquo;A ata do Copom veio bastante dura e, a nosso ver, abriu a porta para o fim do ciclo de flexibilizaçãoerdquo;, disse o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, em relatório. Por ora, o banco ainda vê o Copom reduzindo o juro básico em 0,25 ponto na reunião de junho, com a Selic parando em 10,25% endash; eldquo;seguido por uma pausa prolongadaerdquo;. A projeção anterior do banco era de 9,75%. O Banco Inter também trabalha, neste momento, com mais uma queda de 0,25 ponto na reunião de junho. Mas a economista-chefe da instituição, Rafaela Vitória, não descarta que, a depender da conjuntura, o BC opte por parar de cortar o juro já no próximo encontro. Na sua avaliação, a ata deixou claro que os próximos passos do comitê estão em aberto e que ainda não há consenso entre os membros do colegiado sobre qual será o nível da Selic ao fim do atual ciclo de cortes. eldquo;O tamanho da restrição monetária suficiente para a reancoragem de expectativas ainda é a principal dúvida.erdquo; Alguns analistas, porém, já trabalham com uma taxa final da Selic em 10,5% ao ano endash; que é o patamar atual. É o caso do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Ele avalia que a perspectiva de um novo corte de juros vai contra o rigor da ata divulgada ontem. O cenário-base da corretora incorporou a reunião deste mês como sendo a da última redução da Selic, que fecharia o ano, então, em 10,5%. A equipe de macroeconomia da XP Investimentos também passou a prever no seu cenário a possibilidade de fim do ciclo de redução da Selic. eldquo;Usando um modelo similar ao do Copom, nossos cálculos sugerem que a taxa Selic em ou acima da nossa projeção de 10% seria necessária para trazer a projeção de inflação de 2025 para a metaerdquo;, dizem os economistas, em relatório. eldquo;Especialmente porque vemos a expectativa de mercado de 2025 subindo ainda mais nas próximas semanas.erdquo; elsquo;AMBIENTE MAIS DIFÍCILersquo;. Para Alvaro Frasson, economista do BTG Pactual, a ata foi muito clara ao apontar como o cenário se deteriorou desde o encontro anterior do colegiado endash; em março. Ele destaca que, desta vez, houve por parte do comitê muito mais preocupação com o cenário doméstico do que com o cenário internacional. Com isso, o economista avalia que o cenário-base do BTG hoje, de Selic em 10% ao fim do atual ciclo de afrouxamento, com mais duas reduções de 0,25 ponto, é eldquo;otimistaerdquo; e que eldquo;o ambiente está mais difícil para corte de juroerdquo;. A forma de comunicação do Banco Central com o mercado teria sido a principal causa para o racha na reunião do Copom do início deste mês, quando a Selic caiu de 10,75% para 10,5%. Os quatro diretores indicados pelo atual governo votaram por um corte de meio ponto porcentual, enquanto os cinco diretores herdados do governo Bolsonaro optaram por um ritmo menor de corte endash; de 0,25 ponto, o que acabou prevalecendo. A divisão aumentou no mercado o receio de interferência política no BC, considerando o fim do atual mandato do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, em dezembro. O favorito para assumir o posto é Gabriel Galípolo, ex-número 2 do Ministério da Fazenda e que hoje ocupa a diretoria de Política Monetária do BC. Para alguns analistas, a troca de guarda poderia indicar leniência da nova administração com a inflação. A explicação para o racha está no 18.º parágrafo da ata da reunião, divulgada ontem. Para os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Ailton de Aquino Santos, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, além de Galípolo), haveria um eldquo;custo reputacionalerdquo; para o BC ao abandonar o chamado eldquo;forward guidanceerdquo;, ou eldquo;orientação futuraerdquo;, o que levaria a uma perda para as comunicações formais do banco. eldquo;Como em debates ocorridos em outras reuniões, tais membros discutiram se o cenário prospectivo divergiu significativamente do que era esperado a ponto de valer o custo reputacional de não seguir o elsquo;guidanceersquo;, o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do comitêerdquo;, diz a ata. Com isso, eles indicaram discordar da postura de Campos Neto de abandonar o eldquo;guidanceerdquo; em um evento do mercado financeiro em Nova York. Campos Neto teria uma reunião fechada com investidores, mas pediu que o encontro fosse aberto. Ao fazer um discurso mais duro, o mercado entendeu que o corte de 0,5 ponto havia sido abandonado, e passou a apostar em 0,25 endash; o que, de fato, aconteceu.

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