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O que é mais econômico: gasolina ou álcool?

A disputa entre gasolina e etanol no tanque de veículos está longe de ser apenas uma questão de preferência. Com a instabilidade dos preços dos combustíveis e a variabilidade de desempenho dos carros, muitos motoristas enfrentam a dúvida: o que é mais econômico, abastecer com gasolina ou com álcool? Conforme afirma o Jornal do Carro, para muitos motoristas de carro flex, uma regra prática amplamente conhecida ajuda a calcular o que é mais vantajoso: se o preço do etanol for inferior a 70% do preço da gasolina, ele é a escolha mais econômica. Caso contrário, a gasolina passa a ser mais competitiva em termos de custo-benefício. Essa fórmula é derivada da proporção média de consumo entre os dois combustíveis. Se, por exemplo, a gasolina custa R$ 6,00 e o etanol R$ 4,00, basta dividir o valor do álcool pelo da gasolina. Nesse caso, R$ 4,00 dividido por R$ 6,00 resulta em 0,66, ou seja, 66%. Como está abaixo de 70%, o etanol seria a melhor escolha naquele cenário. Clayton Barcelos Zabeu, doutor e professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia, explicou ao portal: eldquo;Isso acontece porque o etanol tem 70% da energia disponível na gasolina para realizar a combustãoerdquo;. O especialista reforça que, em média, o etanol exige de 30% a 40% mais combustível para rodar a mesma distância que a gasolina. Além do preço e consumo, há outros fatores que influenciam essa escolha. Quem busca mais potência e um menor impacto ambiental, com menor emissão de poluentes, pode optar pelo etanol. Já quem valoriza maior autonomia e não quer reabastecer com tanta frequência, a gasolina é a melhor alternativa. Outro ponto importante é a composição da gasolina no Brasil, que contém 27% de etanol anidro, o que afeta o desempenho do combustível em comparação com tempos anteriores, quando essa porcentagem era menor, informa o portal Jornal do Carro. O desempenho do carro também pode variar conforme o combustível utilizado. Muitos veículos flex são projetados para otimizar o consumo de acordo com o combustível escolhido. Contudo, em regiões mais frias, o etanol pode apresentar dificuldades de ignição, o que leva alguns motoristas a preferirem a gasolina nessas condições. Já em áreas mais quentes, o etanol tende a ter uma performance mais estável. Para quem quer calcular com precisão qual combustível é mais vantajoso, a recomendação é simples: faça testes. Abasteça o carro com gasolina, zere o hodômetro e verifique o consumo médio. Depois, repita o processo utilizando etanol. Só assim será possível descobrir qual dos combustíveis rende mais, de acordo com o estilo de condução de cada motorista. Outro ponto que entra na balança para alguns motoristas é o impacto ambiental. O etanol, por ser um combustível renovável derivado da cana-de-açúcar, tem uma pegada de carbono menor que a gasolina, que é um combustível fóssil. Quem está preocupado com emissões de gases de efeito estufa pode considerar o etanol uma opção mais sustentável, mesmo que o custo não seja tão vantajoso. Lei do Combustível do Futuro Na última terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei do Combustível do Futuro, que promete revolucionar o setor energético brasileiro. A legislação, resultado de intensos debates e aprovada por unanimidade no Congresso, visa impulsionar a transição para uma matriz de transportes mais sustentável, com foco na redução de emissões de carbono e no fortalecimento da economia verde. Conforme afirma o portal do Governo, o anúncio foi marcado pela presença de líderes do setor empresarial, que firmaram compromissos de investimentos de R$ 21 bilhões em novos projetos voltados à produção de biocombustíveis. Segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia, o total de investimentos deverá atingir R$ 260 bilhões nos próximos anos, colocando o Brasil na vanguarda da transição energética global. A nova legislação estabelece uma série de programas e medidas para promover o uso de combustíveis renováveis. Entre as iniciativas, está o desenvolvimento de programas nacionais para a produção de diesel verde e combustível sustentável para aviação, além do incentivo ao uso de biometano. Também foi estabelecido um aumento gradual na mistura de etanol à gasolina, que poderá chegar a 35%, e de biodiesel ao diesel, com previsão de atingir 20% até 2030. O marco regulatório para captura e estocagem de carbono também foi incluído na lei, com a meta de evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2037, reforçando o compromisso do Brasil com o combate às mudanças climáticas. Entre os programas instituídos pela nova lei, o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV) se destaca, ao exigir, a partir de 2027, que operadores aéreos reduzam as emissões de gases do efeito estufa em voos domésticos, começando com uma redução de 1% e chegando a 10% em 2037. Outro programa importante é o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), que definirá metas anuais para a adição de diesel verde ao diesel fóssil. Além disso, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano visa estimular o uso do biometano na matriz energética, com metas que começam em 2026. Sendo assim, a escolha entre gasolina e etanol não é tão simples quanto parece. A economia depende de uma série de fatores, como o preço dos combustíveis, o rendimento do veículo, as condições climáticas e até mesmo a consciência ambiental do motorista. Portanto, antes de abastecer, é sempre bom fazer as contas e avaliar o que faz mais sentido para o seu bolso e suas necessidades.

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Refinaria do RN aumenta preços da gasolina e do diesel

A Brava Energia, antiga 3R Petroleum, aumentou o preço de combustíveis na refinaria potiguar Clara Camarão, em Guamaré, nesta quinta-feira (10). A gasolina tipo A saltou de R$ 2,901 para R$ 3,044, o que representa 14 centavos. O aumento no produto veio após uma redução de três centavos na semana anterior. Já o preço do Óleo Diesel A S500 comercializado com as distribuidoras saiu de R$ 3,396 para R$ 3,446, um aumento de cinco centavos. Preços da Petrobras Em comparação com os valores praticados pela Petrobras, a refinaria potiguar comercializa ambos os combustíveis mais caro. A gasolina no terminal da estatal em Cabedelo, na Paraíba, sai a R$ 2,909 o litro. Ou seja, 14 centavos mais barata do que no Rio Grande do Norte. Já o diesel custa R$ 3,306 no terminal paraibano. O valor também representa uma diferença de menos 14 centavos na comparação com a refinaria potiguar.

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Transição energética exige recursos e cronograma para substituir combustíveis fósseis

Há consenso sobre a necessidade de acelerar o processo de substituição de fontes de energia poluentes por outras que causem menos impacto ao planeta. A forma como se dará essa mudança em relação a financiamento e velocidade é um debate que se impõe. É também inegável que uma transição energética justa, eficiente e com emissão zero de carbono precisa ir aos poucos prescindindo dos combustíveis fósseis, mas com a indústria petrolífera integrada à expansão das fontes renováveis, que devem se complementar. Um esforço conjunto que deve reunir os diversos setores produtivos. A avaliação é de especialistas que participaram de um debate sobre a crise global do clima promovido pelo projeto G20 no Brasil, que reúne O GLOBO, Valor e rádio CBN, no dia 2 de outubro. Considerando a necessidade de uma compreensão ampla dos setores, o gerente de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Carlos Victal, destacou que, para que haja descarbonização na matriz energética, é fundamental que novas tecnologias sejam desenvolvidas. Ele lembrou que algumas iniciativas já dão resultados, como a captura e a estocagem de gás carbônico nos reservatórios de petróleo, processo que, segundo ele, o Brasil domina. Victal também defendeu que o setor que representa é estratégico na transição energética não apenas na redução da pegada de carbono em seus processos, mas para atrair investimentos. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Etanol de milho deve garantir oferta do biocombustível

Apesar dos desafios na safra de cana-de-açúcar para o ciclo 2024/25 no Centro-Sul, como a seca nos estados e incêndios em São Paulo, o mercado de etanol no Brasil deve continuar positivo, especialmente devido ao aumento da produção de biocombustível feito a partir do milho. Essa análise foi feita por Breno Cordeiro, da consultoria StoneX, na quinta-feira, dia 10. Queda projetada de 3,2% A consultoria prevê que, na safra atual, que termina em março do próximo ano, a moagem total de cana será de 593 milhões de toneladas, uma queda de 3,2% em relação à temporada 2023/24. eldquo;Ainda há possibilidade de redução na produtividadeerdquo;, destacou Cordeiro em seu relatório. Mais 30% Nesse contexto, ele estima que a produção de etanol a partir do milho crescerá 30% em comparação com a temporada anterior, ajudando a compensar a queda na safra de cana. A oferta total de etanol deve aumentar 1,2%. A projeção foi feita durante o 7º Encontro Desafios e Oportunidades dos Mercados de Commodities. Demanda em alta No cenário global, a demanda por etanol, especialmente o hidratado, continuará em alta. Para o quarto trimestre de 2024, as projeções indicam uma demanda de 20,9 bilhões de litros de etanol hidratado, um aumento de 30,3% em relação ao mesmo período de 2023. Isso mesmo com a expectativa de que a safra 2024/25 seja mais curta que a de 2023/24, segundo o relatório da StoneX. Por outro lado, os incêndios no Brasil deixaram consequências a longo prazo, como a queda de produtividade de cana-de-açúcar para a safra 2025/26. Mesmo sem números precisos, a StoneX já considera a possibilidade de o Brasil voltar a ter uma relação de preços entre o etanol e a gasolina que pode fazer o consumidor optar pelo combustível fóssil ao abastecer o veículo. Mix da 25/26 Para o próximo ciclo (2025/26), a expectativa é que a oferta total de etanol seja menor. Somado a isso há uma redução da safra de cana e uma valorização de mix mais açucareiro, fazendo com que a produção de etanol possa recuar 2,8%, mesmo com a produção de outras origens em alta, como milho e trigo. As previsões para as exportações de açúcar para o ciclo de 2025/26 deverão eldquo;desacelerarerdquo;, provocando uma redução e um favorecimento aos embarques do etanol brasileiro. A StoneX estima que as exportações de etanol aumentem 5% em 2025/26. O negócio do biocombustível trará capital para as usinas como um efeito compensatório, algo que não vinha acontecendo, pois o produto estava voltado principalmente ao mercado doméstico. Cordeiro, entretanto, explica que essa movimentação não é extraordinária, nem nova ou sequer ruim. Ele indica uma eldquo;normalizaçãoerdquo; do ritmo de exportações de etanol acumulados no histórico do Brasil desde a safra 2021/22. Com a mudança no foco, a queda esperada de destinação do etanol para o mercado interno é de 3,7% na temporada 2025/26, destacou o analista. Já o mercado de açúcar deve ainda sofrer os efeitos do encerramento da colheita em 2024/25 e das preocupações com as consequências das queimadas e períodos secos nas regiões produtoras do Brasil. Com a entressafra, a oferta da commodity tende a diminuir. De outro lado, o diferencial de preço em relação ao etanol hidratado está em mais de 700 pontos e continua em processo de eldquo;maximizaçãoerdquo;. A situação favorece o direcionamento de matéria-prima para a commodity, que deve chegar a 51% no mix de produção das usinas.

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Petrobras aprova projeto piloto de produção de hidrogênio verde

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) seu primeiro projeto de produção de hidrogênio renovável, conhecido como hidrogênio verde, combustível visto como principal alternativa para a redução de emissões em setores industriais de difícil descarbonização. Com investimento de R$ 90 milhões, o projeto-piloto será construído em Alto Rodrigues, no Rio Grande do Norte, em terreno onde a estatal tem uma térmica a gás natural. Será alimentado por energia solar já instalada no local e que será ampliada. A previsão da empresa é que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2026, tendo como foco testes para o uso do combustível na geração de energia e para mistura no gás natural usado em térmicas. "É o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no segmento de hidrogênio sustentável", afirmou, em nota, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. "A produção de hidrogênio renovável a partir da eletrólise da água utilizando energia solar não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também promove o uso de recursos naturais abundantes e sustentáveis no país", completou. A usina solar instalada na área da térmica Vale do Açu será ampliada doa atuais 1,1 MW (megawatt) para 2,5 MW de capacidade total, o suficiente para abastecer a unidade de eletrólise prevista para o local. A mistura de hidrogênio verde com gás será testada em microturbinas que estão sendo desenvolvidas pela Petrobras. Em abril, Tolmasquim havia anunciado planos da estatal para dois projetos-piloto de hidrogênio verde, um no Nordeste e outro no Sudeste. A Petrobras é a maior consumidora de hidrogênio do país, mas ainda restrito ao combustível gerado a partir do gás natural. O hidrogênio verde é visto como alternativa para a produção de fertilizantes, produtos químicos e uso em indústrias de grandes emissões, como a siderúrgica. Pode também ser transformado em combustíveis líquidos para veículos. É visto como grande oportunidade para o Brasil industrializar o grande potencial de geração de energia renovável, já que é um produto de difícil exportação. O anúncio da unidade no Rio Grande do Norte representa um dos poucos avanços da Petrobras em seus planos de retomar investimentos em energias renováveis, anunciados em 2023 após anos vendendo ativos nesse segmento. A companhia tem investido também na produção de diesel com mistura de matérias primas fósseis e renováveis, mas ainda não anunciou grandes projetos de geração de energia solar ou eólica, um dos pilares desse plano.

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Petróleo sobe 4% com tempestade nos EUA e temores sobre Israel e Irã

Os preços do petróleo subiram cerca de 4% nesta quinta-feira (10) devido ao aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos EUA e na China. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,82, ou 3,7%, para fechar a US$ 79,40 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,61, ou 3,6%, a US$ 75,85. Nos EUA, o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo, o furacão Milton atingiu a Flórida, onde cerca de um quarto dos postos de combustível ficaram sem gasolina e a tempestade deixou mais de 3,4 milhões de residências e empresas sem energia. "Fechamentos de vários terminais de produtos, atrasos nas entregas de caminhões-tanque e interrupção no movimento de oleodutos provavelmente afetarão o fornecimento até a próxima semana, devido às amplas quedas de energia", disseram analistas da empresa de consultoria energética Ritterbusch and Associates em nota. "Essa vasta incerteza na infraestrutura de petróleo da Flórida geralmente tem apoiado os valores da gasolina", disse Ritterbusch. Os futuros de gasolina dos EUA estavam liderando o complexo energético, fechando com alta de cerca de 4,1% nesta quinta. Os contratos de referência do petróleo dispararam no início deste mês depois que o Irã lançou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, aumentando a perspectiva de retaliação contra as instalações de petróleo iranianas. Com Israel ainda sem responder, os contratos do petróleo diminuíram mais uma vez e permaneceram relativamente estáveis durante a semana. Mas os investidores permaneceram cautelosos, já que o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu que qualquer ataque contra o Irã seria "letal, preciso e surpreendente". Em uma medida que pode impulsionar a demanda por petróleo no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China publicou um projeto de lei com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor privado, a mais recente medida do país para aumentar a confiança dos investidores em meio à desaceleração econômica. Nos EUA, os mercados ficaram mais confiantes de que o Federal Reserve cortaria as taxas de juros em novembro, depois que dados mostraram um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e um aumento anual na inflação. (Reuters)

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