Ano:
Mês:
article

ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 unidades da Federação (16 a 26/6)

Entre os dias 16 e 26/6, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em 12 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacou-se a participação da ANP em força-tarefa em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, com órgãos estaduais, que se concentrou em estabelecimentos que funcionavam sem autorização da Agência. Veja abaixo mais informações sobre essas operações, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Rio de Janeiro A ANP participou de força-tarefa na cidade de Duque de Caxias, com a Superintendência de Proteção e Combate às Infrações (SUPCCA), Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Coordenadoria de Polícia Ambiental Militar (CPAM) e Instituto Estadual do Ambiente (INEA). A ação se concentrou em estabelecimentos não autorizados pela ANP: um produtor de lubrificantes e uma instalação de armazenamento de combustíveis. Ambas foram interditadas pela ANP. Já os autos de infração serão determinados após análises das provas coletadas pela ANP e demais órgãos. No município do Rio de Janeiro, a Agência participou de outra ação conjunta, com a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Um posto foi fiscalizado, recebendo auto de infração e interdição total por não possuir autorização da ANP para o exercício da atividade. Em ações individuais da ANP, foram fiscalizados oitos postos de combustíveis, cinco revendedores de óleos lubrificantes acabados (OLAC) e um distribuidor de OLAC, no Rio de Janeiro e em Duque de Caxias. Na capital fluminense, dois postos receberam autos de infração e de interdição. Um deles comercializava gasolina comum fora das especificações da ANP, tendo tanque e bicos abastecedores interditados. Foram apreendidos 3.350 litros do produto. O outro já havia sofrido autos de infração e interdição anteriormente por problemas de qualidade e, na fiscalização atual, foi identificado que rompeu os lacres sem autorização e deu destinação não autorizada ao produto do tanque interditado. Além disso, foi flagrado comercializando etanol como se fosse gasolina. O posto sofreu novas interdições e foi autuado novamente. Ainda no Rio de Janeiro, mais um posto que havia sofrido autuação e interdição anterior por problemas de qualidade recebeu novo auto de infração por romper os lacres e dar destinação não permitida ao produto. Não houve novas interdições porque os combustíveis comercializados estavam dentro das especificações. E um quarto posto da cidade sofreu auto de infração, sem interdição, por não identificar o fornecedor do combustível na bomba. No estado, foram coletadas 31 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Bahia As ações de fiscalização foram realizadas em 20 postos de combustíveis, nos municípios de Salvador, Capim Grosso, Senhor do Bonfim, Campo Formoso, Gavião e Nova Fátima. Foram lavrados autos de infração, sem interdições, em 12 postos, nos municípios de Senhor do Bonfim, Campo Formoso e Gavião, por: utilizar equipamento em desacordo com as normas da ANP; não atender às normas mínimas de segurança; efetuar o abastecimento de recipiente não autorizado pelo INMETRO; não prestar ao consumidor as informações exigidas por lei; não possuir termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); não possuir instrumentos para análise de combustíveis; apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação e comercializar gasolina comum por intermédio de um bico identificado como sendo de gasolina aditivada. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas oito amostras de combustíveis para análise em laboratório. Ceará As ações aconteceram em 13 postos de combustíveis e uma base do ramo de transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), em Fortaleza, Pacajus e Trairi. Em Fortaleza, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição de um bico de gasolina comum e por fornecer combustível em quantidade diferente da registrada na bomba. Foram lavrados autos de infração e de interdição em um posto de combustíveis de Trairi por operar bico de gasolina comum e óleo diesel com irregularidades. Outros seis postos de combustíveis sofreram autos de infração nos três municípios fiscalizados por: apresentar equipamentos em desacordo com as normas; comercializar combustível em volume inferior ao informado na bomba; apresentar equipamentos em condições inadequadas de uso; não atender às normas mínimas de segurança; não prestar ao consumidor as informações exigidas por lei; não possuir instrumentos para análise de combustíveis; comercializar gás natural veicular (GNV) com pressão de abastecimento superior à máxima permitida (que é de 220bar); e abastecer veículo com o motor ligado. Foi coletada uma amostra de combustível para análise em laboratório. Espírito Santo Em Guarapari, Cariacica e Vila Velha, foram fiscalizados dois postos de combustíveis e três revendas de GLP, não sendo encontradas irregularidades. Parte das ações em Vila Velha contou com a participação do Procon Estadual. Goiás A ANP realizou ações conjuntas com o Procon Estadual em Goiânia e Senador Canedo. Foram fiscalizadas três distribuidoras de combustíveis, sem registro de irregularidades. Foram coletadas três amostras de combustíveis para análise em laboratório. Mato Grosso Um posto de combustíveis foi fiscalizado em Várzea Grande, em conjunto com o Procon Municipal, não sendo encontradas irregularidades. Minas Gerais Foram fiscalizados 33 postos de combustíveis, quatro revendas de GLP, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) e um ponto de abastecimento. Os fiscais estiveram nas cidades de Carangola, Frei Inocêncio, São Francisco do Glória, Lagoa Santa, São José da Lapa, Vespasiano, Araguari, Monte Alegre de Minas Prata, Tupaciguara, Alto Rio Doce, Carandaí, Conselheiro Lafaiete, Desterro de Entre Rios, Mercês, Piranga, Rio Espera, Senador Firmino, Teixeiras e Uberaba. Nesta última, os agentes da ANP atuaram em força-tarefa com o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e a Secretaria Estadual de Fazenda (SEF). Em Conselheiro Lafaiete, um ponto de abastecimento foi interditado por operar sem autorização da ANP. Um revendedor de GLP sofreu interdição em Desterro de Entre Rios por não cumprir os requisitos mínimos de segurança. Foi lavrado auto de infração e interdição em um posto de combustíveis de Mercês por comercializar gasolina fora das especificações quanto ao percentual de etanol e não possuir em perfeito estado de funcionamento a medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor). Outros 12 postos de combustíveis sofreram autos de infração nos municípios de Carangola, Lagoa Santa, São José da Lapa, Vespasiano, Araguari, Prata, Tupaciguaba, Uberaba, Carandaí, Conselheiro Lafaiete, Piranga e Rio Espera, por motivos como: não possuir equipamentos obrigatórios para os testes de qualidade e volume dos combustíveis; armazenar combustível fora de tanques subterrâneos; possuir painel de preços em desacordo com a legislação; comercializar combustível em vasilhames não certificados pelo Inmetro; não funcionar no horário mínimo estabelecido pela ANP; não identificar na bomba a origem do combustível comercializado; não possuir em perfeito estado de funcionamento a medida-padrão de 20 litros; e não solicitar cancelamento de autorização em até 30 dias da desativação da instalação. Foi lavrado auto de infração em uma revenda de GLP em Araguari por não atender às normas de segurança. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Foram coletadas 20 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Pará No estado, foram realizadas ações com coordenação da Casa Civil da Presidência da República e apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para a desintrusão de terras indígenas Kayapó. Foram fiscalizados quatro postos de combustíveis, dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRR) e um posto de combustíveis de aviação, nas cidades de Cumaru do Norte, Redenção e Tucumã. Em Redenção, um TRR teve as instalações interditadas por não cumprir os requisitos de segurança exigidos por lei e oferecer risco ambiental. Em ações próprias, a ANP realizou ações em Belém, Benevides, Santo Antônio do Tauá e Tomé-Açu, quando fiscalizou um TRR, dois postos de combustíveis, uma revenda de GLP, um distribuidor de GLP e duas usinas de biodiesel. Em Benevides, um TRR sofreu auto de infração por usar frota de terceiros, exercer atividade de distribuidor de combustíveis sem autorização da ANP e por apresentar risco de vazamentos na bacia de contenção. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. Foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Paraná A ANP realizou ações de fiscalização em seis postos de combustíveis, uma distribuidora de combustíveis e três transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), nos municípios de Curitiba, Pinhais, Colombo, Araucária e São José dos Pinhais (em conjunto com o Procon municipal). Não foram encontradas irregularidades. No estado, foram coletadas oito amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou sete postos de combustíveis, três revendas de GLP, três produtores de biodiesel e duas distribuidoras de combustíveis no período, nas cidades de Porto Alegre, Vacaria, Muitos Capões, Araricá, Parobé, Viamão, Lajeado, Camargo, Coronel Barros, Ijuí, Cruz Alta e Candelária. Em Porto Alegre, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e teve um bico de gasolina interditado por fornecer gasolina aditivada em volume menor do que o apresentado na bomba medidora (eldquo;bomba baixaerdquo;). Em Viamão, uma revenda de GLP foi interditada por não atender às normas de segurança vigentes. Foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis de Vacaria por não exibir painel de preços e não realizar drenagem nos tanques de óleo diesel. No local, foram apreendidos 19 litros de óleo lubrificante sem registro na ANP. Três postos sofreram autos de infração em Araricá, Lajeado e Candelária por exibir painel de preços com irregularidades, não realizar drenagem nos tanques de óleo diesel, não possuir todos os equipamentos para análise da qualidade dos combustíveis, não possuir em perfeito estado de funcionamento a medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) e comercializar combustível em recipientes não especificados na legislação. Dois distribuidores de combustíveis, um em Coronel Barros e outro em Cruz Alta, e um produtor de biodiesel de Ijuí receberam autos de infração por comercializar biodiesel fora das especificações exigidas por lei. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas oito amostras de combustíveis para análises em laboratório. Roraima Com coordenação da Casa Civil da Presidência da República e apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), a ANP participou das operações para a desintrusão de terras Yanomami nas cidades de Boa Vista, Alto Alegre e Cantá. Foram fiscalizados seis postos revendedores de combustíveis, sendo que um deles, situado em Alto Alegre, teve bombas abastecedoras e tanque de gasolina aditivada interditados por apresentar teor de etanol anidro fora de especificação. São Paulo A ANP fiscalizou 52 postos de combustíveis na capital e em outras 10 cidades: Itaquaquecetuba, Suzano, Barueri, Mogi das Cruzes, Guararema, Carapicuíba, Cotia, Santo André, Mauá e Osasco. Em Santo André, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição total por não permitir aos agentes de fiscalização livre acesso às suas instalações. Foram lavrados autos de infração em outros 16 postos, nas cidades de São Paulo, Itaquaquecetuba, Barueri, Carapicuíba e Mauá, por motivos como: não cumprir notificação; não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; desatualização cadastral; possuir tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis não interligados às bombas; não identificar no painel de preços o fornecedor do combustível comercializado; não possuir todos os instrumentos necessários à realização das análises de qualidade dos combustíveis; não manter em perfeito estado a medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor); não manter no estabelecimento documentos obrigatórios; não funcionar no período mínimo exigido; exibir marca comercial estando cadastrado na ANP como bandeira branca; não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); e recusar o fornecimento de amostras para o Programa de Monitoramento de Combustíveis da ANP (PMQC). Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Foram coletadas nove amostras de combustíveis para análise em laboratório. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades." Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

article

Dólar cai para R$ 5,43 e atinge menor valor desde setembro

Influenciado pelo cenário internacional e pelo mercado de trabalho brasileiro, o mercado financeiro teve um dia de euforia nesta segunda-feira (30). O dólar teve forte queda e atingiu o menor valor desde setembro do ano passado. A bolsa de valores subiu quase 1,5% e valorizou-se mais de 15% no semestre. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 5,435, com recuo de R$ 0,05 (-0,88%). Em queda durante toda a sessão, a cotação chegou a R$ 5,42 na hora final de negociação, antes de acelerar um pouco perto do fim do fechamento, com investidores aproveitando o preço baixo para comprar dólares. No menor nível desde 19 de setembro do ano passado, a divisa caiu 4,99% apenas em junho. Esse foi o melhor desempenho mensal desde janeiro, quando a moeda norte-americana perdeu 5,56%. No primeiro semestre, a divisa recuou 13,51%. No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 138.855 pontos, com alta de 1,45%. O indicador subiu 1,33% em junho e acumula alta de 15,44% no primeiro semestre. Tanto fatores internos como externos influenciaram o mercado financeiro. A decisão do Canadá de retirar uma taxa a empresas tecnológicas estadunidenses trouxe alívio global. No fim da semana passada, o presidente Donald Trump tinha ameaçado encerrar as negociações comerciais com o país vizinho. As bolsas norte-americanas fecharam em níveis recordes e tiveram o melhor trimestre em mais de um ano. Ao mesmo tempo, as taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos recuaram, o que estimula a migração de recursos para países emergentes, como o Brasil. No Brasil, a divulgação de que o país criou 148,9 mil postos com carteira assinada em maio foi bem recebida. O número veio abaixo das previsões das instituições financeiras, o que aumentou as chances de que o Banco Central comece a reduzir os juros antes do previsto. Isso estimula investimentos na bolsa de valores.

article

Petróleo fecha em queda com possível aumento da produção pela Opep+ no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (30), enquanto o mercado segue mudando seu foco para outros fatores para além da escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio. A possibilidade de aumento da produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), uma possibilidade para a reunião de agosto do grupo, é um dos destaques do mercado. Além disso, sinalizações da demanda, especialmente com a atividade chinesa, são destaque. Ao final do semestre, as cotações acabaram apresentando um recuo na comparação com o fim de 2024. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,62% (US$ 0,41), a US$ 65,11 o barril. O WTI caiu 9,22% no semestre. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,09% (US$ 0,06), a US$ 66,74 o barril. O Brent teve queda de 10,70% no semestre. Os acordos para redução de tensões entre Israel e Irã deram eldquo;algum espaço para as expectativas de inflação e permitiu que os investidores se concentrassem nos fundamentos em vez dos riscos geopolíticos extremoserdquo;, disse o estrategista-chefe de investimentos da Saxo, Charu Chanana. Por sua vez, o Irã diz ter eldquo;sérias dúvidaserdquo; sobre o compromisso de Israel com o cessar-fogo, segundo afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país, Abdolrahim Mousavi. De acordo com ele, o país respondeu ao ataque que sofreu e, caso o cessar-fogo não seja cumprido, responderão novamente. Enquanto isso, a atividade manufatureira na China endash; o maior importador de petróleo bruto do mundo endash; encolheu pelo terceiro mês em junho. Os últimos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficiais da China sugerem que a segunda maior economia do mundo reconquistou algum ímpeto em junho, graças a uma recuperação na manufatura e no setor de construção, avalia a Capital Economics. A consultoria britânica, no entanto, segue cautelosa em relação à perspectiva do país, uma vez que o avanço mais fraco das exportações e o menor impulso fiscal provavelmente desacelerarão a atividade no segundo semestre deste ano.

article

Brasil pode voltar a ser importador de petróleo até 2035, diz Shell

Sem a exploração de novas reservas, o Brasil deve voltar à condição de importador líquido de petróleo até 2035, conforme projeções da Shell. "É um cenário que me preocupa", resume o presidente da multinacional britânica no país, Cristiano Pinto da Costa, alertando que as bacias de Santos e de Campos já são sinais de exaustão. O executivo afirma que, na década de 2000, o Brasil chegou a perfurar mais de 150 poços por ano. Em 2024, foram apenas seis novas perfurações. "Se não revertermos esse declínio, a tendência é de esgotamento", diz Costa. Para isso, segundo ele, há necessidade de abrir novas fronteiras exploratórias e de fazer "um ou dois" leilões por ano da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Costa afirma que, apesar do frisson sobre o fim do uso de combustíveis fósseis por causa das mudanças climáticas, a perspectiva mais provável é de aumento do consumo de petróleo. Isso ocorre, de acordo com o executivo, por três razões: Em 2050, haverá 2 bilhões a mais de pessoas habitando o planeta do que em 2020; O consumo per capita de energia do Hemisfério Sul ainda equivale a um terço do consumo do Hemisfério Norte, mas o padrão de vida melhora gradualmente -- uma vida melhor implica mais energia; 3) A demanda proveniente da inteligência artificial. Costa afirma que tem tido interlocução frequente com "big techs" -- como Meta, Opean AI e Alphabet -- que procuram a Shell em busca de fornecimento. "Antes, elas perguntavam se tínhamos energia renovável para fornecer. Depois, passaram a perguntar se tínhamos energia segura. Hoje, perguntam apenas se temos energia. Qualquer que seja." Para o CEO da Shell, isso não diminui os esforços para a transição energética e nem significa um mundo com menos emissões de gases-estufa. Ele enfatiza, porém, que o mercado de créditos de carbono deve ser valorizado e se mostra otimista com o desenvolvimento de projetos de captura/armazenamento de CO2.

article

Petrobras (PETR4) eleva preço do querosene de aviação a partir de hoje

A Petrobras (PETR3; PETR4) aumentou o preço do querosene de aviação (QAV) em suas refinarias em 2,8%, em média, dependendo do mercado, após ter reduzido o combustível em 7,9% no mês passado. O aumento reflete a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, que chegou a bater os US$ 77 o barril do tipo Brent em meados de junho. Os reajustes do QAV são feitos sempre no primeiro dia do mês, por contrato, ao contrário do diesel e da gasolina, que são reajustados de acordo com a estratégia comercial da estatal. A gasolina não é reajustada pela Petrobras (PETR3; PETR4) há 28 dias e está 4% mais cara do que no mercado internacional e o diesel registra defasagem de 10% na mesma comparação, sendo o último movimento feito há 56 dias, uma queda de R$ 0,17 por litro.

article

BYD festeja avançar por Brasil e Europa, mas diz que 'não é fácil' contra gigantes globais

Em evento semelhante a um programa de auditório, em Xian, na China, a BYD festejou nesta segunda-feira (30) a produção de um milhão de unidades do Dolphin Mini, com a presença de seus principais executivos --e tendo como atração a entrada em vídeo de sua vice-presidente, Stella Li, do Brasil. A fábrica da montadora chinesa em Camaçari, na Bahia, será aberta nesta terça (1º). Como é comum na primeira fase de um processo produtivo, os automóveis irão para o Brasil praticamente prontos, no regime conhecido por SKD, sigla em inglês para semidesmontado. Li enfatizou que o Dolphin Mini "já abriu suas asas ao redor do mundo", antes mesmo da produção no Brasil e na Europa, esta na fábrica húngara prevista por ela para inauguração até dezembro. Vendeu 103 mil unidades fora da China e virou "best-seller no Brasil, Tailândia, Singapura e outros". Destacou ainda a entrada recente em 15 países europeus. "A jornada para levar os carros chineses para o palco global não tem sido fácil", disse, citando a "dura competição com gigantes globais estabelecidos", sem nomear quais. Sobre alcançar um milhão de unidades, completadas nesta segunda, na fábrica de Xian, a maior da BYD, Li sublinhou que o resultado veio "em apenas 17 meses", estabelecendo "um recorde na história automotiva global". Segundo ela, "é parte da missão [da montadora] ajudar a resfriar o planeta em 1ºC", o que cada comprador do modelo estaria ajudando a alcançar. Agradeceu em especial a "nossos 120 mil engenheiros, que tornaram a jornada global possível". Em entrevista coletiva concedida antes de viajar ao Brasil, em Shenzhen, sede da BYD, Li havia afirmado que o objetivo para a Europa é que o primeiro carro, chamado no mercado de Dolphin Surf, saia da linha de produção até o final ano. "E então, ao longo de vários meses, vamos aumentar", disse. Quanto às pressões da União Europeia, comentou que "o princípio da BYD é sempre produzir localmente, sempre produzir naquele mercado". Descreveu a montadora como tendo "paciência de longo prazo, não toma decisões baseadas em curto prazo, como razões geopolíticas ou tarifas". Acrescentou: "Se for sustentável, então nós esperamos" o mercado amadurecer, ressaltando ser uma empresa privada. A cerimônia em Xian, que precisou ser transferida para um salão interno devido à chuva, contou com intervenções semelhantes de diretores da BYD, além de testemunhos de usuários, influenciadores e até duas nadadoras vencedoras na última Olímpiada. Elas ficaram com o milionésio Dolphin Mini ou Seagull, como é chamado na China. O evento teve dois animadores e distribuição de presentes para a plateia, inclusive bonecos Labubu, uma febre chinesa, da fábrica de brinquedos Pop Mart. Também uma banda de rock em mandarim e jovens em demonstrações de "street dance". Sob aplausos, foi anunciada mais uma redução de preço para o Seagull no mercado chinês, assim como uma quilometragem maior entre recargas da bateria. Na entrada, influenciadores e jornalistas gravaram vídeos ao lado de versões coloridas do veículo e testaram sua ferramenta de estacionamento automático --que pode ser adquirida na China, apesar do desenvolvimento ainda parcial, mas não está disponível para outros mercados. Também foi possível acompanhar veículos demonstrando a direção autônoma desenvolvida para rodovias. No carro em que estava o jornalista brasileiro, uma mudança de pista em velocidade precisou ser abortada pelo motorista da BYD, para evitar bater em outro que também mudava de pista, em meio à chuva forte.

Como posso te ajudar?