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Etanol/Cepea: Volume negociado cresce no 1º mês da temporada 25/26

Abril, o primeiro mês oficial da safra 2025/26 na região Centro-Sul, foi marcado por movimentos mais fortes de negócios envolvendo o etanol hidratado. Levantamento do Cepea mostra que, de março para abril, o volume de hidratado comercializado por usinas do estado de São Paulo cresceu 23,6%. Já quanto aos preços, cálculos realizados pelo Cepea mostram que, nas semanas cheias de abril de 2025, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 2,7253/litro, recuo de 2,12% na comparação com o período anterior. No caso do etanol anidro, considerando-se somente do mercado spot, a média foi de R$ 3,1163/litro, queda de 2,33% no mesmo comparativo.

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Gasolina brasileira: excelente na origem, mas pode chegar adulterada

A gasolina brasileira é frequentemente alvo de críticas por parte dos motoristas, que enfrentam problemas como bicos injetores entupidos e motores com funcionamento irregular. No entanto, Boris Feldman, especialista automotivo, esclarece um ponto crucial: a gasolina nacional é considerada uma das melhores do mundo, mas apenas quando sai da refinaria. Feldman explica que a qualidade do combustível pode ser comprometida durante o longo trajeto até chegar ao tanque do veículo. eldquo;A gasolina brasileira é a melhor do mundo quando sai da refinaria. Mas aí ela percorre uma longa trajetória até chegar no seu tanqueerdquo;, afirma o especialista. O caminho da gasolina e os riscos de adulteração O percurso do combustível envolve três etapas principais: a distribuidora, o transporte por caminhão e o posto de combustível. Em cada uma dessas fases, há riscos de adulteração: Na distribuidora, pode ocorrer o aumento da quantidade de etanol na gasolina ou até mesmo a adição de metanol, um álcool tóxico e corrosivo proibido para esse fim. Durante o transporte, se o caminhão não for devidamente lacrado, existe a possibilidade de manipulação do combustível, como a retirada de gasolina e adição de etanol ou água. Nos postos de combustíveis, infelizmente, há casos de quadrilhas que dominam alguns estabelecimentos, podendo comprometer ainda mais a qualidade do produto. Feldman ressalta a importância de estar ciente desses riscos: eldquo;Não ponha a mão no fogo porque quando ela chega no tanque do seu automóvel ela pode estar em excelentes condições, mas pode estar adulterada porque teve alguma desonestidade no caminho entre a refinaria e o tanque do seu automóveleldquo;. Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores estejam atentos e procurem abastecer em postos de confiança, preferencialmente de bandeiras conhecidas, que costumam ter controles mais rigorosos sobre a qualidade do combustível comercializado.

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Volume de diesel importado cresceu mais de 30% em abril e pressionou Petrobras

O volume de diesel importado no mês de abril pode chegar a 1,6 milhão de metros cúbicos (m³), alta de 33% na comparação com igual mês de 2024 e de 23% ante março. Esse pico na importação começou a irrigar mercados dominados pela Petrobras, que baixou seu preço em 4,6% nesta segunda-feira (5) para fazer frente. Os dados de importação são preliminares, compilados pela consultoria de preços Argus a partir da base da Vortexa, que acompanha o tráfego de cargas marítimas. Os números oficiais serão divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) nos próximos dias. Segundo a Argus, a movimentação de diesel para o Brasil em abril chegou à casa dos 1,9 milhão de metros cúbicos, mas foi em parte redirecionada para outros portos quando se percebeu que a demanda nacional não acomodaria esse volume. O diesel trazido para o Brasil no último mês veio sobretudo da Rússia (70%), com forte desconto ante o produto americano, que responde por quase todo o restante importado e já estava mais barato que o diesel Petrobras. Mesmo com a redução no preço da Petrobras, diz o especialista da Argus, Amance Boutin, o diesel russo segue R$ 0,20 por litro mais barato que o nacional na média. Isso, na prática, deixa espaço técnico para novas reduções de preço por parte da estatal. Números da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) apontam um sobrepreço remanescente de R$ 0,17 por litro ou 5% para o diesel da Petrobras ante a referência internacional do Golfo do México (EUA). O diesel importado entra principalmente pelo porto de Paranaguá (PR), mas também por Itaqui (MA), Santos (SP) e Suape (PE). O Brasil importa entre 20% e 30% do diesel que consome. Gasolina Sem modificações no preço, também segundo a Abicom, a gasolina da Petrobras segue R$ 0,25 ou 8% por litro mais cara que aquela produzida nos EUA. Mas não teve aumento relevante no volume importado endash; o país importa até 5% do que consome. Entre os fatores que pesam para essa estabilidade na demanda, diz Boutin, está a concorrência do álcool hidratado nas bombas, que tem preços mais atrativos em função do volume de moagem da cana-de-açúcar, com a safra a pleno vapor, e da redução de impostos federais.

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Petrobras cogita adotar preços diferenciados para gás de cozinha com aumento de uso industrial

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a companhia voltou a estudar a possibilidade de ter preços diferenciados para o gás de cozinha (GLP) por conta do aumento do uso para fins industriais. Por ora, a estatal está tentando combater essa ampliação com leilões, segundo ela. eldquo;As distribuidoras estão aumentando esse mercado, alegando o uso doméstico, mas expandiram o uso industrial. A parte do uso industrial nós não vamos deixar crescer. Vamos fazer leilãoerdquo;, disse a executiva, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, na Offshore Technology Conference (OTC), que acontece em Houston, no Texas. eldquo;Nada mais justo do que o preço do leilãoerdquo;, disse. No passado, a Petrobras chegou a ter dois preços, um industrial e um doméstico, e, agora, essa discussão voltou, segundo Magda. A executiva afirmou que, se a estatal não conseguir resolver a questão com leilões, pode arbitrar um preço industrial. eldquo;E aí, arbitrando, a gente já começa a ter outro tipo de problema que nós também já enfrentamos no ano passado. Então, por enquanto, estamos enfrentando esse aumento de uso de GLP industrial com leilãoerdquo;, disse. Ela se queixou ainda da diferença dos preços do gás de cozinha na refinaria e o valor que chega ao consumidor. Mas ponderou que, com a venda a Liquigás, perdeu-se o instrumento de controle. A venda da participação da Petrobras na distribuidora ocorreu em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, para o consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. eldquo;A gente está vendendo GLP na refinaria da ordem de R$ 35,00, R$ 36,00 o volume de 13 quilos. Tem locais do Brasil que [o valor] chega [na ponta] a R$ 170,00. Então, é uma margem gigantesca e que muitas vezes supera a margem do pré-salerdquo;, avaliou a presidente da Petrobras.

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SP será o primeiro Estado a substituir o diesel, começando pelo Agro, diz Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o Estado está na dianteira da transição energética e será o primeiro do Brasil a substituir o uso do diesel, começando pelo setor agropecuário. A declaração foi dada à imprensa após participar da cerimônia de abertura de evento promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Estadão e o Broadcast, em São Paulo. eldquo;São Paulo está na direção certa. Entendeu que a transição energética nasce aqui. A gente tem uma fortaleza que é a cana-de-açúcarerdquo;, afirmou Tarcísio, destacando que o Estado abriga o desenvolvimento do primeiro trator do mundo movido a etanol. Segundo ele, a biomassa da cana é uma das principais apostas para um modelo de energia limpa, com múltiplas aplicações. eldquo;São Paulo já socorreu o Brasil na década de 70 com o Proálcool, no momento das crises do petróleo, e vai socorrer de novo. Vai proporcionar, vai fazer com que o Brasil tenha um papel de liderança nessa questão da transição energéticaerdquo;, disse o governador. Além do etanol, ele destacou o biometano, o biogás, o combustível sustentável de aviação e o hidrogênio como vetores estratégicos. eldquo;É por isso que a descarbonização vai acontecer prioritariamente aqui. E eu digo, sem medo de errar, que São Paulo vai ser o primeiro Estado do Brasil a substituir o diesel, começando pelo agroerdquo;, garantiu. Segundo Tarcísio, as lavouras do Estado já demonstram essa transição, com caminhões e máquinas agrícolas movidos a etanol e biometano. eldquo;Em muito pouco tempo, as colhedoras de cana todas vão ser movidas a etanol. Então, o agro de São Paulo já está dando esse passoerdquo;, afirmou.

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Setor de serviços do Brasil volta a contrair em abril por demanda fraca, mostra PMI

A atividade de serviços no Brasil voltou a contrair em abril pela primeira vez desde o início do ano. A fraqueza da demanda provocou a queda na produção, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta terça-feira (6). O PMI compilado pela Seamp;P Global caiu a 48,9 em abril, de 52,5 em março, voltando a ficar abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. Tanto o nível de atividade quanto a entrada de novos negócios recuaram no mês, com os participantes da pesquisa citando que a competição, restrições financeiras e desaceleração da demanda contribuíram para as quedas. Em resposta à entrada menor de novos negócios, as empresas seguraram as contratações, e o aumento do nível de emprego no setor foi o mais fraco desde janeiro. Em relação aos preços, os participantes da pesquisa citaram como fontes de pressões o aumento nos custos de alimentos, combustíveis, materiais e aluguéis, bem como a depreciação cambial. Ainda assim, os custos de insumos subiram no ritmo mais fraco em quatro meses. Os fornecedores de serviços continuaram repassando os aumentos de custos aos clientes, o que resultou em uma alta sustentada dos preços cobrados, ainda que a mais fraca em cinco meses em meio à disposição de dar descontos. (Reuters)

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