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Governo do RJ estimula gás natural em usinas termoelétricas e regulamenta uso do biometano no Estado

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), assinou dois decretos voltados ao setor de energia na noite desta quinta-feira, 26, no encerramento do Energy Summit 2025, evento em parceria com o Estadão. O foco é estimular o uso de gás natural e de biometano. eldquo;O Rio de Janeiro, mesmo sendo o Estado com a maior produção fóssil, quer liderar essa discussão sobre transição, transformação e até complementação energética, já que precisaremos de todas as fontes renováveis de energia para atender o mundoerdquo;, declarou no evento. O primeiro decreto regulamenta a Lei Estadual nº 10.456, de 16 de julho de 2024, que incentiva o uso de gás natural em usinas termoelétricas por meio de benefícios fiscais no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), vinculados a investimentos das empresas em eficiência e transição energética. O tratamento tributário especial é restrito a empreendimentos novos de empresas ou consórcios responsáveis pelas usinas e se aplica à importação de máquinas, equipamentos, peças, partes e acessórios destinados à instalação do empreendimento, desde que essas mercadorias sejam desembaraçadas em portos ou aeroportos fluminenses. Também estão previstas isenções na aquisição interna e interestadual dos mesmos produtos. Na avaliação de Castro, o decreto busca estimular o setor a reduzir o uso do gás natural para reinjeção nos campos de petróleo. eldquo;É algo que venho conversando com o setor há algum tempo. Está comprovado que a reinjeção está acima do necessário, o que representa jogar fora uma preciosidade natural, e a melhora do ambiente tributário mostra que o governo entende que tem de ser um facilitador da atividade econômica da energia.erdquo; O Ministério de Minas e Energia (MME) aponta que a reinjeção do gás, tanto para a gestão dos reservatórios quanto para elevar a produção de petróleo, tende a levar ao aumento de custos no futuro em razão da necessidade de investimentos crescentes para separação dos fluidos. Já o segundo decreto, que regulamenta a Lei Estadual nº 6.361, de 18 de dezembro de 2012, autoriza o uso de biometano integrado à atual malha de gás natural do Estado, o que deve estimular o crescimento de iniciativas voltadas à geração desse combustível renovável. A assinatura do decreto foi acompanhada por Sérgio Coelho, subsecretário de Energia (Seenemar/RJ), que destacou o biometano como ativo estratégico para o Rio de Janeiro.

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Petrobras fica com maioria de lotes em leilão

A Petrobras foi a maior vencedora do 5.º leilão de petróleo da União, realizado ontem pela Pré-Sal Petróleo (PPSA). A estatal ficou com três dos 7 lotes licitados, que totalizam 36,5 milhões de barris, dos 74,5 milhões ofertados. A empresa levou os lotes 1, 4 e 7. Ao todo, a disputa movimentou R$ 28 bilhões, montante R$ 3 bilhões acima do previsto pela PPSA. O valor ajudará a engordar os cofres públicos, mas entrará aos poucos, à medida que a carga de petróleo for entregue aos vencedores. A Petrochina, em parceria com a Refinaria de Mataripe, arrematou os lotes 5 e 6 endash; cerca de 10 milhões de barris de petróleo. A Galp, em parceria com a ExxonMobil, ficou com o lote 2 (14 milhões de barris), com lance de US$ 1,35 por barril. E a Equinor arrematou o lote 3, por US$ 1,11 por barril. ebull;

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Preço de alimentos cai pela primeira vez em 10 meses, e IPCA-15 fica em 0,26%

O IPCA-15, que representa a prévia da inflação, foi de 0,26% em junho, desacelerando pela quarta vez consecutiva, após registrar 0,36% em maio. O alívio nos alimentos, que já vinha sendo observado no mês anterior, se intensificou e chegou à primeira deflação após nove meses consecutivos de alta, com queda nos preços do tomate, ovo e do arroz. Esse movimento foi acompanhado por um recuo na gasolina, que também ajudou a puxar o índice para baixo. O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, veio abaixo do esperado pelos analistas de mercado, que projetavam 0,30%. Nos últimos 12 meses, o índice também teve desaceleração, registrando 5,27%, abaixo dos 5,40% observados em maio. O número segue acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) em 3%, com margem de tolerância para cima de até 4,5%. O Relatório de Política Monetária, publicado nesta quinta-feira, mostrou que as projeções oficiais de inflação do Banco Central ficam acima da meta até o fim de 2027. A expectativa é de que o índice feche 2025 em 4,9% e fique em 3,6% no fim de 2026. Economistas acreditam que, embora o IPCA-15 de junho indique um certo alívio, com sinais de que o período de pressões possa estar perto do fim, o cenário segue desafiador para a inflação, com uma economia que continua mais aquecida que o esperado. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,39%, enquanto o acumulado no ano ficou em 3,06%. O resultado do índice do mês só não veio menor por conta da energia elétrica residencial, que teve aumento de 3,29% no preço. A alta acompanhou a mudança na bandeira tarifária e foi responsável pelo maior impacto positivo. Na alimentação no domicílio, que teve recuo de 0,24%, as principais quedas foram registradas nos preços do tomate (-7,24%) e do ovo de galinha (-6,95%), violões da inflação durante os meses de março e abril, mas que já vinham apresentando queda em maio, e do arroz (-3,44%). No entanto, o café ainda segue com o preço subindo 2,86%, embora tenha apresentado desaceleração em relação ao mês anterior. A gasolina, que apresentou recuo de 0,52%, foi um dos principais impactos individuais negativos do índice. Todos os outros combustíveis também apresentaram recuo, mas ainda assim o grupo de transportes acabou tendo leve alta.

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Gasolina volta a subir no Brasil e diesel mantém desconto

A virada do preço do petróleo nesta semana, após o recuo no conflito entre Israel e Irã, abriu novamente a janela da importação de gasolina no País, segundo a Associação Brasileiro dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O combustível está 5% mais caro no Brasil do que no mercado internacional, enquanto o diesel mantém defasagem de dois dígitos nas refinarias da Petrobras, ou preço 10% menor, e 9% abaixo do preço externo na média das refinarias brasileiras, que inclui a Refinaria de Mataripe, da Acelen, na Bahia. Mataripe reduziu o preço da gasolina em 0,4% hoje, mas manteve o preço do diesel inalterado. Já a Petrobras não mexeu no preço dos dois combustíveis em meio à disparada do petróleo nas últimas semanas, evitando trazer a volatilidade do mercado internacional para o País. O último reajuste da gasolina pela estatal foi uma queda de R$ 0,17 no dia 3 de junho, enquanto o diesel teve redução de R$ 0,16 em 6 de maio.

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StoneX projeta crescimento de 1,6% no consumo de combustíveis leves em 2025

A StoneX divulgou projeções atualizadas para o mercado de combustíveis leves no Brasil, já considerando a medida de aumento de mistura aprovada pelo CNPE na última quarta-feira (25). Entre janeiro e maio, as vendas do setor cresceram 2,2% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo a retomada da circulação de veículos leves. A companhia mantém a estimativa de alta de 1,6% na demanda do Ciclo Otto em 2025, totalizando 60,6 milhões de m³. A StoneX revisou, por sua vez, as projeções para a dinâmica entre etanol hidratado e gasolina em 2025, com o biocombustível devendo registrar um share menor do que se estimava anteriormente devido a dinâmica menos competitiva frente o fóssil. Essa tendência, por sua vez, deve ser reforçada com a mudança de mistura de etanol anidro sobre a gasolina para o E30, a qual impacta a oferta do biocombustível. eldquo;Dessa forma, sob o cenário de E30 a partir do segundo semestre, estima-se um crescimento da demanda por gasolina C em 4,9% em 2025, atingindo 46,5 milhões m³. O indicador, portanto, deve superar os valores de 2023, tornando-se o melhor ano da série histórica para o consumo de gasolina Cerdquo;, destaca a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia. Etanol perde competitividade "A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. eldquo;A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. E30 impacta o mercado Com a mudança para o E30 a partir de agosto, se espera um aumento de 760 mil m³ de demanda por anidro em 2025 - já contabilizando tanto o impacto direto em si do aumento de mistura quanto a possibilidade de um incremento no consumo de gasolina frente ao etanol hidratado. Contudo, existe a possiblidade de menor consumo do etanol hidratado devido ao encarecimento do álcool, entre 0,6-0,8 milhões de m³. eldquo;Isso porque, com a ampliação na demanda por anidro, o setor produtivo precisará se reorganizar para atender o novo contexto endash; ou seja, no caso da estrutura de produção brasileira, as usinas de cana precisarão desviar seu mix produtivo do açúcar ou do hidratado para atender o consumo de anidroerdquo;, salienta Bonifácio eldquo;Nesta etapa da safra, ao passo que muitas usinas estão com quase todo o volume de exportação de açúcar já fixado, há menor flexibilidade para alterações substanciais no mix açucareiro. Assim, se espera um incremento no mix de anidro na produção de etanol, diminuindo a oferta de hidratadoerdquo;, conclui Rafael Borges.

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Preço da gasolina com mais etanol vai cair menos do que governo prevê, diz Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou em nota nesta quinta-feira, 26, que o impacto do aumento do etanol anidro na mistura da gasolina deve resultar em redução de custo da gasolina de até R$ 0,02 por litro, divergindo da estimativa de queda de até R$ 0,11 por litro, divulgada pelo governo federal. Já em relação ao óleo diesel, devido ao aumento na mistura do biodiesel de 14% para 15%, o custo deve subir até R$ 0,02 por litro, informou a entidade. A Fecombustíveis se disse preocupada com a decisão de aumentar a mistura de biocombustíveis em um momento de suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a redução das ações de fiscalização, decorrentes da limitação orçamentária. eldquo;A Fecombustíveis reforça a importância da manutenção rigorosa dos padrões de qualidade dos combustíveis, especialmente diante da elevação dos teores de etanol anidro (E30) e de biodiesel (B15)erdquo;, disse a Fecombustíveis em nota nesta quinta-feira, 26. eldquo;Neste momento, é de fundamental importância que a ANP mantenha seu papel ativo e contínuo, tanto no monitoramento quanto na fiscalização dos combustíveis para assegurar a qualidade dos combustíveis aos consumidores finaiserdquo;, concluiu. Nesta semana, a ANP anunciou que vai suspender o monitoramento da qualidade de combustíveis em julho por falta de verga.

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