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Produção de petróleo e gás natural no pré-sal registra recorde em março

A ANP divulgou hoje (5/5) o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de março de 2025, que traz os dados consolidados da produção nacional. O mês registrou recorde na produção de petróleo e gás no pré-sal, com 3,716 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Trata-se de um aumento de 5,2% em relação ao mês anterior e de 10,9% se comparada a março de 2024. A produção do pré-sal, que ocorreu por meio de 157 poços, correspondeu, no mês, a 79,8% do total nacional. Separadamente, a produção de petróleo foi de 2,883 milhões de barris por dia (bbl/d) e a de gás natural, de 132,33 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Produção total nacional A produção total (petróleo + gás natural) no país, considerando pré-sal, pós-sal e terra, foi de 4,662 milhões de boe/d. Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,621 milhões de bbl/d, um aumento de 3,8% na comparação com o mês anterior e de 7,9% em relação ao mesmo mês de 2024. A produção de gás natural em março foi de 165,53 milhões de m³/d. Houve crescimento de 4,3% frente a fevereiro e de 15,0% na comparação com março de 2024. Aproveitamento do gás natural Em março, o aproveitamento de gás natural foi de 96,5%. Foram disponibilizados ao mercado 46,95 milhões de m³/d e a queima foi de 5,77 milhões de m³/d. Houve aumento de 17,5% na queima, em relação ao mês anterior, e de 2,6% na comparação com março de 2024. O motivo para aumento da queima de gás foi a continuidade do comissionamento da FPSO Almirante Tamandaré, que teve inicio em 15/2. Origem da produção No mês, os campos marítimos produziram 97,6% do petróleo e 87,9% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 90,19% do total produzido. A produção teve origem em 6.466 poços, sendo 528 marítimos e 5.938 terrestres. Campos e instalações No mês de março, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor, registrando 780,05 mil bbl/d de petróleo e 39,15 milhões de m³/d de gás natural. Já as instalações com maior produção foram a FPSO Sepetiba, no caso do petróleo, com 174.544 bbl/d, e a FPSO Guanabara, para o gás natural, com 11,52 milhões de m³/d. Ambas operam na jazida compartilhada de Mero. Sobre o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Além da publicação tradicional em .pdf, é possível consultar os dados do boletim de forma interativa utilizando a tecnologia de Business Intelligence (BI). A ferramenta permite que o usuário altere o mês de referência sobre o qual deseja a informação, além de diferentes seleções de períodos para consulta e filtros específicos para campos, estados e bacias. Variações na produção são esperadas e podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção em função de manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, dentre outros. Tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e buscam a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo. Acesse o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins-anp/boletins/boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural.

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Fenabrave: vendas de veículos recuam 5,5% em relação a abril de 2024

As vendas de veículos zero-quilômetro tiveram no mês passado queda de 5,5% na comparação com abril de 2024, quando o mercado teve a ajuda de um calendário com dois dias úteis a mais. No total, 208,7 mil unidades foram vendidas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Divulgado nesta segunda-feira, 5, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a entidade que representa as concessionárias de automóveis, o balanço está em linha com as previsões de desaceleração do setor, ainda que o volume mensal tenha sido o melhor do ano até aqui, com crescimento de 6,7% ante março. Nos quatro primeiros meses de 2025, as vendas tiveram crescimento de 3,4%, somando 760,3 mil veículos. Colocando na conta o efeito dos juros altos e a desaceleração da atividade econômica, a previsão da Fenabrave é de crescimento de 5% das compras de veículos novos no Brasil neste ano. Trata-se de uma diminuição de ritmo em relação à alta de 14% de 2024. A entidade ressalva que pode rever seus prognósticos após o fechamento do balanço de junho. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reúne as montadoras, prevê crescimento de 6,3% das vendas de veículos neste ano. Motos As vendas de motos tiveram, no mês passado, crescimento de 7,3% na comparação com abril de 2024. No total, 182,7 mil motocicletas foram comercializadas, conforme balanço divulgado hoje pela Fenabrave. Na margem emdash; ou seja, de março para abril emdash;, as vendas de motos subiram 10%, mostrando que o setor segue aquecido, na esteira da expansão dos serviços de entrega (delivery), além da busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos em combustível. Segundo Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, o produto também vem sendo a opção de segundo veículo das famílias. Nos quatro primeiros meses do ano, as vendas de motos tiveram alta de 9%, chegando a 656,6 mil unidades, um número que supera o total de carros de passeio vendidos no mesmo período: 552 mil.

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Ações da Petrobras desabam após Opep+ dizer que vai aumentar produção de petróleo

As ações da Petrobras desabaram nesta segunda-feira (5), após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados), incluindo Arábia Saudita e Rússia, anunciar um segundo aumento mensal consecutivo de produção de petróleo. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da estatal fecharam o dia em queda de 3,73%, sendo vendidos a R$ 29,66, mínima desde julho de 2023. Como o petróleo nas últimas semanas já está sendo vendido a preços bem abaixo dos valores históricos, um aumento da produção deve jogar o preço ainda mais para baixo, o que pode afetar lucros e dividendos das petrolíferas, inclusive da Petrobras. Nos últimos cinco anos, o preço médio do petróleo tipo brent foi de US$ 75 emdash;nesta segunda, ele era comercializado a US$ 60,30. As razões passam pela desaceleração das economias chinesa e americana e as incertezas econômicas geradas pelas tarifas de Donald Trump. "Com a queda do preço do barril do petróleo, a ação vai cair, mas precisamos lembrar que em 2024 a ação da Petrobras bateu recorde, então mesmo recuando ela ainda tem um valor relativamente alto em termos históricos", diz Eric Gil Dantas, economista do Ibeps (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais). "Justamente porque o preço do barril de petróleo se manteve elevado e a Petrobras vem aumentando sua produção, além de manter uma distribuição de dividendos benéfica para o acionista", acrescenta. Segundo Dantas, a queda do valor das ações não tira a atratividade dos papéis da petroleira, a maior pagadora de dividendos do Brasil. Por outro lado, com a queda do preço do barril, os royalties pagos às cidades petroleiras também devem diminuir. Raphael Portela, analista da Wood Mackenzie, concorda. "A Petrobras ainda tem uma carteira de projetos bem vantajosa, pelo menos até o final dessa década, inclusive com campos no pré-sal com uma economicidade bem forte", diz. O impacto do preço baixo na contas da Petrobras também é significativo, porque a estatal exporta parte considerável de sua produção. "Então, com o preço do petróleo caindo, a receita da Petrobras vai cair", afirma Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Nesta segunda, o BTG Pactual divulgou um relatório apontando que cada aumento incremental de 1 milhão de barris por dia na produção da Opec+ adiciona aproximadamente um risco de US$ 3 a US$ 5 por barril. "Essa configuração reforça nossa visão de que o petróleo pode ter dificuldades para sustentar níveis significativamente acima de US$ 70/barril no curto prazo", pontua o banco. Ainda assim, o BTG estima que o preço do petróleo tipo brent deve voltar a atingir US$ 70 em médio prazo. A queda das ações da Petrobras acontece no mesmo dia em que a empresa reduziu o preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em 4,7%, para R$ 3,27 por litro. É o menor patamar nominal (sem considerar a inflação) desde agosto de 2023. A redução de R$ 0,16 por litro é o terceiro corte do combustível fóssil desde o início de abril.

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Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,16 por litro para distribuidoras

A Petrobras reduzirá seu preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em 4,7%, para R$ 3,27 por litro, a partir de terça-feira (6), informou a companhia em nota nesta segunda-feira (5). É o menor patamar nominal (sem considerar a inflação) desde agosto de 2023. A redução de R$ 0,16 por litro emdash;o terceiro corte do combustível fóssil desde o início de abril e também neste anoemdash; ocorreu na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, com uma escalada da guerra tarifária entre Estados Unidos e China e notícias sobre o aumento da oferta global. Os preços do petróleo Brent eram negociados abaixo de US$ 60 (R$ 338) por barril no início da tarde desta segunda-feira, cerca de US$ 15 (R$ 84) abaixo do valor registrado no fim de março. No fim de semana, o grupo conhecido por Opep+, que reúne a Organização dos Exportadores de Petróleo e aliados como Rússia, decidiu acelerar ainda mais aumentos da produção, estimulando preocupações sobre a entrada de mais oferta em um mercado obscurecido por uma perspectiva de demanda incerta. Nos movimentos anteriores deste ano, a Petrobras havia reduzido o preço médio do diesel em suas refinarias em 4,6% em 1º de abril emdash;no que foi na ocasião o primeiro corte de valores deste combustível desde dezembro de 2023emdash; e em 3,4% em 18 de abril. Foi a maior sequência de cortes desde meados de 2023, quando a empresa vinha de cinco reduções consecutivas apenas naquele ano. O valor que vai vigorar a partir de terça-feira só fica abaixo do preço nominal (sem considerar a inflação) registrado em meados de agosto, quando a cotação foi de cerca de R$ 3 o litro. À Reuters, o sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo, afirmou acreditar que a Petrobras repetiu a estratégia do último reajuste e voltou a fazer um movimento conservador, diante de toda a incerteza gerada no mercado por conta da guerra tarifária. Melo ressaltou que, desde o último reajuste, o dólar foi abaixo de R$ 5,65 e houve uma desvalorização adicional do barril do petróleo. No último corte, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse à Reuters que a Petrobras tem analisado o preço a cada 15 dias. "Ao que parece, a Petrobras está utilizando esse espaçamento dos 15 dias para analisar as oportunidades, especialmente de redução. Então, ela não precisa fazer tudo de uma vez só, ela faz isso de maneira faseada e é o tempo também de talvez consolidar um pouco mais o cenário, ter uma leitura melhor do cenário econômico mundial", acrescentou Melo. O repasse da redução do preço do diesel da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões como margem de distribuição e revenda, impostos e mistura de biodiesel. (Reuters)

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Shell avalia aquisição da BP em possível megafusão no setor de petróleo

A Shell está trabalhando com consultores para avaliar uma potencial aquisição da BP, embora esteja aguardando quedas adicionais nas ações e nos preços do petróleo antes de decidir se avança com uma oferta, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A gigante do petróleo tem discutido mais seriamente a viabilidade e os méritos de uma aquisição da BP com seus consultores nas últimas semanas, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a informação é privada. Qualquer decisão final provavelmente dependerá de se as ações da BP continuarão a cair, disseram as pessoas. As ações da BP já perderam quase um terço de seu valor nos últimos 12 meses, à medida que um plano de recuperação não agradou aos investidores e os preços do petróleo despencaram. A Shell também pode esperar que a BP faça contato ou que outro pretendente dê o primeiro passo, e seu trabalho atual poderia ajudá-la a se preparar para tal cenário, disseram algumas das pessoas. As deliberações estão em estágio inicial e a Shell pode optar por se concentrar em recompras de ações e aquisições complementares em vez de uma megafusão, disseram eles. Outras grandes empresas de energia também têm analisado se gostariam de fazer uma oferta pela BP, disseram as pessoas. As ações da Shell caíram cerca de 13% na bolsa de Londres nos últimos 12 meses, dando à empresa um valor de mercado de 149 bilhões de euros (US$ 197 bilhões ou R$ 1,1 trilhão). Isso é mais do que o dobro da capitalização de mercado da BP, de 56 bilhões de euros (R$ 360 bilhões). A BP tem enfrentado um desempenho fraco prolongado, decorrente em grande parte de uma estratégia de emissões líquidas zero adotada por seu ex-CEO Bernard Looney. Seu sucessor, Murray Auchincloss, anunciou uma reformulação em fevereiro que incluiu um retorno ao petróleo, cortes nas recompras trimestrais de ações e promessas de vender ativos. A guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump e uma aceleração surpresa no fornecimento pela Opep+ desde então empurraram o petróleo Brent bem abaixo de US$ 70 por barril (R$ 398) emdash;a premissa de preço para as metas financeiras da BP. O grupo concordou no sábado (3) com outro aumento de produção em junho, uma medida que parece destinada a aprofundar o colapso nos futuros do petróleo. Os investidores estão ficando impacientes. A firma ativista Elliott Investment Management tornou pública uma participação de 5% na BP e está pedindo à empresa que considere medidas mais transformadoras. A Elliott vê o plano da BP como carente de ambição e urgência, e acredita que isso poderia potencialmente expor a empresa a uma aquisição, informou a Bloomberg em abril. Sob o comando do CEO Wael Sawan, a Shell também tem cortado custos, eliminado unidades de energias renováveis com baixo desempenho e redirecionado o foco para combustíveis fósseis. Embora as ações da Shell tenham superado as da Chevron e Exxon Mobil nos últimos anos, a avaliação da empresa ainda não alcançou a de suas grandes rivais petrolíferas nos EUA. Sawan disse aos analistas na sexta-feira (2) que a Shell "é claro" continuará analisando oportunidades inorgânicas, mas será prudente e "o padrão é alto". Qualquer acordo precisaria adicionar fluxo de caixa livre por ação em um período relativamente curto, afirmou. "Eu disse no passado que queremos ser caçadores de valor. Hoje, caçar valor emdash;na minha opiniãoemdash; é recomprar mais ações da Shell", disse Sawan na teleconferência. Ele acrescentou que "precisamos ter nossa própria casa em ordem" antes de considerar aquisições de grande porte, e que a empresa tem "mais trabalho a fazer" para atingir seu pleno potencial, apesar do progresso feito nos últimos dois anos. A Shell está fazendo negócios onde tem capacidade de criar valor, como com sua compra da comerciante de gás natural liquefeito Pavilion Energy, disse Sawan. Uma aquisição bem-sucedida da BP poderia impulsionar o crescimento da produção da Shell, permitindo que a empresa recupere exposição aos EUA, depois de vender seus ativos de xisto da Bacia do Permiano para a ConocoPhillips em 2021. Qualquer transação provavelmente eclipsaria a aquisição do Grupo BG pela Shell em 2016, um acordo avaliado em cerca de US$ 50 bilhões (R$ 284 bilhões). "Como dissemos muitas vezes antes, estamos fortemente focados em capturar o valor na Shell através da contínua concentração em desempenho, disciplina e simplificação", disse um porta-voz da Shell em comunicado por e-mail. Um representante da BP recusou-se a comentar. Ações de BP sobem após possível megafusão Os recibos de depósito americanos da BP subiram 1,9%, nesta segunda-feira (5), para US$ 28,64 (R$ 163) às 9h33 em Nova York. Outras grandes produtoras de petróleo listadas nos EUA caíram, acompanhando a queda nos preços do petróleo. Uma combinação bem-sucedida da Shell e BP seria uma das maiores aquisições da história da indústria petrolífera, reunindo as icônicas gigantes britânicas em um acordo que tem sido discutido intermitentemente por décadas. As empresas já foram rivais próximas emdash;com tamanho, alcance e influência global semelhantesemdash; mas seus caminhos divergiram nos últimos anos. (Bloomberg)

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Gasolina e diesel ficam 9% acima do preço do mercado internacional, com petróleo e câmbio em queda

O preço do petróleo continua derretendo, após a confirmação do aumento de oferta em junho pela Organização dos Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Girando em torno dos US$ 60 o barril, a commodity impacta o preço dos derivados, que no Brasil chegam a ser vendidos 12% acima do mercado internacional, no caso do diesel no Estado do Amazonas, e 9% se considerada a média nacional. Para atingir a paridade com o mercado internacional, as refinarias brasileiras poderiam reduzir o preço no Brasil em R$ 0,31 por litro no preço do diesel e em R$ 0,26 da gasolina. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), as janelas estão abertas para importação da gasolina (25 dias) e do diesel (12 dias). eldquo;Com a estabilidade no câmbio e a redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolinaerdquo;, informa a entidade. O último reajuste da gasolina no Brasil ocorreu há 300 dias, um aumento de R$ 0,20 por litro. Já o diesel teve dois reajustes para baixo em abril, sendo o último há 18 dias. Um eventual reajuste da Petrobras para os dois combustíveis teria ainda a ajuda do câmbio, que também vem caindo nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, 5, o dólar era cotado a R$ 5,6, por volta das 11h. No mesmo horário, o petróleo do tipo Brent era negociado a US$ 60,05 o barril, uma queda de 1,36% em relação ao fechamento anterior.

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