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Petrobras deve indicar ligado a sindicatos para diretoria de Transição Energética

O conselho de administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira (23) para destituir o atual diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, que deixa o cargo para assumir vaga no conselho da Eletrobras. A diretoria será ocupada interinamente pelo atual diretor de Processos Industriais e Produtos da estatal, William França. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, porém, já escolheu o substituto definitivo: William Nozaki, que hoje ocupa gerência executiva abaixo de Tolmasquim. A informação foi publicada pela colunista Malu Gaspar no jornal O Globo e confirmada pela Folha. O nome é ligado a sindicatos de petroleiros e tem apoio do PT. Nozaki foi um dos membros do grupo de transição montado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo após a vitória nas urnas. Antes, era um dos diretores do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis), que foi fundado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) para produzir estudos e análises sobre o setor. No início do governo Lula, antes de assumir o cargo na Petrobras, foi assessor especial do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante. Sua indicação para a gerência executiva que ocupa na Petrobras foi questionada por críticos da gestão atual, que alegaram o descumprimento de requisitos exigidos a candidatos a vagas na estatal, como a experiência mínima de 36 meses em "posição de chefia superior". A Petrobras afirmou na época que "os indicados passaram por uma série de análises de cumprimento dos requisitos de integridade e de capacidade de gestão, como conhecimento na área de atuação pretendida, experiência em liderança e desempenho em funções anteriores". A indicação de Nozaki ainda não foi levada ao comitê interno que avalia os candidatos a cargos na alta administração da companhia. Esse processo incluirá nova análise do currículo e de sua experiência para o cargo. A nomeação depende de eleição pelo conselho de administração da companhia, que ocorrerá só após esse processo. Tolmasquim também era um nome ligado ao PT emdash;ajudou a escrever o programa energético do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi o primeiro presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), criada em 2004 para coordenar o planejamento da expansão do setor. Ele foi indicado por Lula para uma das três vagas que o governo ganhou na Eletrobras após acordo para encerrar processo no STF (Supremo Tribunal Federal). Em troca de ceder maior influência ao governo, a ex-estatal foi desobrigada de investir na conclusão da usina Angra 3.

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Royalties: valores referentes à produção de março foram distribuídos a estados e municípios

Foram concluídas hoje (22/05) todas as etapas da operacionalização da distribuição de royalties pela ANP, relativos à produção de março de 2025, para os contratos de concessão e de cessão onerosa. O valor repassado diretamente aos estados foi de R$ 860.202.044,54, enquanto os municípios receberam R$ 1.059.529.895,23. Em termos de número de beneficiários, os repasses foram feitos a 776 municípios e 11 estados. Além desses entes federativos, do total apurado pela Agência, há parcelas de royalties que foram destinadas à União e ao Fundo Especial, de acordo com a legislação vigente. Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Os dados relativos ao mês corrente estão sendo consolidados e serão publicados em breve na mesma página. Com relação aos royalties dos contratos de partilha, relativos à produção de março de 2025, os recursos estarão disponíveis aos beneficiários assim que todas as etapas operacionais necessárias estiverem concluídas. A atribuição da ANP na distribuição de royalties A ANP é responsável por calcular, apurar e distribuir os royalties aos entes beneficiários (União, Estados e Municípios). Os royalties são distribuídos aos beneficiários segundo diversos critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e Decreto nº 1/1991 (distribuição da parcela de 5% dos Royalties) e Lei nº 9.478/1997 e Decreto nº 2.705/1998 (distribuição da parcela acima de 5% dos Royalties). A Agência preza pela ampla transparência quanto aos recursos distribuídos aos entes beneficiários, bem como pela execução criteriosa das etapas operacionais intrínsecas à complexa atividade de distribuição de royalties, em âmbito nacional, à União, estados e municípios, conforme competências estabelecidas na legislação vigente. Não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes aos royalties, de acordo com a legislação aplicável. Apesar disso, a ANP está empenhada em fazer que as receitas decorrentes dos royalties cheguem aos beneficiários no menor tempo possível. Os valores dos depósitos, bem como respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione eldquo;ANP endash; ROYALTIES DA ANPerdquo;.

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Governo mostrará projeto sobre venda de petróleo com possível arrecadação de R$ 15 bi

O governo enviará ao Congresso Nacional nos próximos dias um projeto de lei que autoriza a venda de petróleo pela União de áreas adjacentes às leiloadas no pré-sal, disse nesta quinta-feira o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Em entrevista coletiva para comentar dados fiscais, o secretário afirmou que uma expectativa de receita de R$15 bilhões com a iniciativa eldquo;é razoávelerdquo;. Ele ponderou que essa previsão de ganho ainda não foi incorporada nas projeções de receitas do governo neste ano. A Reuters informou em abril que o governo estava preparando um leilão extraordinário de áreas não contratadas do pré-sal para reforçar a arrecadação, podendo envolver áreas nos campos de Tupi, Mero e Atapu. (Reuters)

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Petróleo fecha em queda pelo 3º dia após relatos sobre novo aumento da produção

Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em queda nesta quinta-feira, 22, estendendo as perdas das últimas duas sessões, após rumores de que membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) consideram outro grande aumento de produção. Embora ainda não haja um acordo final, um acréscimo de 411 mil barris por dia em julho estaria entre as opções em discussão. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho caiu 0,60% (US$ 0,37), fechando a US$ 61,20 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,72% (US$ 0,47), para US$ 64,44 o barril. A possibilidade de um novo aumento da produção pela Opep+ surge em um momento em que o mercado já demonstra desconforto com excesso de oferta de petróleo, especialmente após um crescimento inesperado dos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, divulgado na quarta-feira pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Somando-se ao sentimento negativo, houve uma liquidação mais ampla nos mercados financeiros, impulsionada por preocupações com o crescente déficit dos EUA. Nesta quinta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou o projeto tributário e de gastos apoiado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que tende a aumentar o déficit fiscal do país. Enquanto isso, os investidores aguardam a quinta rodada de negociações nucleares entre os EUA e o Irã, que será realizada na sexta-feira, em Roma. As conversas poderão concluir um novo acordo para impedir o desenvolvimento do programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções econômicas ao país, com impactos para a oferta de petróleo no Oriente Médio. Na quarta-feira, os futuros de petróleo chegaram a avançar mais de 1% após uma reportagem sugerir que Israel estaria se preparando para atacar as instalações nucleares do Irã. eldquo;Rumores de que Israel poderia atacar as instalações nucleares do Irã indicam que o conflito na região pode se intensificar. No entanto, há motivos para acreditar que os impactos sobre o mercado de petróleo endash; e, consequentemente, sobre as economias do Golfo endash; seriam limitadoserdquo;, afirma Jason Tuvey, analista de mercados emergentes da Capital Economics. (Estadão Conteúdo)

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Exploração de petróleo na Foz do Amazonas não pode ser uma opção no Brasil, diz conselheira da ONU

Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém (PA) em novembro, a ativista climática Amanda Costa, fundadora do Instituto Perifa Sustentável e jovem conselheira do Pacto Global da ONU, faz um alerta: eldquo;Exploração de petróleo na Foz do Amazonas não é uma opçãoerdquo;. Para ela, o Brasil tem a oportunidade de recuperar seu protagonismo ambiental, mas isso exige coerência entre discurso e prática. eldquo;Parece que muitos governantes querem tirar a última gota de petróleo para só depois começar a investir em energias renováveis. Não é a realidade que podemos vivererdquo;, afirma Costa em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato. Ela também chama atenção para o risco de os acordos multilaterais perderem ainda mais força diante do atual cenário geopolítico e cobra pressão da sociedade civil para evitar retrocessos. A conselheira acompanha as conferências do clima da ONU desde a COP 23 e se diz preocupada com a perda de relevância desses acordos. Ainda assim, vê na COP 30 uma chance única para o Brasil se reposicionar. eldquo;Temos a chance de mostrar para o mundo, não apenas com palavras e narrativas vazias, mas com ações, que o Brasil pretende voltar a ser protagonista dentro do discurso ambientalerdquo;, diz. Para ela, isso só pode ser feito caso o país, além de abandonar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, investa em eldquo;adaptação climática para as nossas cidadeserdquo;. eldquo;Não apenas no Brasil, mas no mundo, não dá mais para que o Acordo de Paris, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs), fiquem apenas o discurso, porque vidas estão sendo perdidas. Pessoas estão morrendo por conta das enchentes, secas, calor extremo. O mundo está em colapsoerdquo;, defende. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, nesta segunda-feira (19), o plano de proteção à fauna apresentado pela Petrobras como parte dos procedimentos para o licenciamento ambiental da perfuração exploratória de petróleo na Foz do Amazonas. A empresa quer explorar petróleo em mais de 2 mil quilômetros da costa equatorial brasileira. Racismo ambiental e crise nas periferias Amanda Costa lembra que os impactos da crise climática não atingem todos da mesma forma. eldquo;São as pessoas negras, as pessoas indígenas, as pessoas quilombolas, os ribeirinhos, as mulheres que estão sofrendo os piores impactos da crise climáticaerdquo;, afirma. Para ela, o racismo ambiental, conceito cunhado nos anos 1980 pelo ativista Dr. Benjamin Chavis, se expressa na ausência de políticas públicas eficazes nos territórios periféricos e racializados. eldquo;Eu sou da Brasilândia, da elsquo;quebradaersquo; de São Paulo. Muitas vezes falam: elsquo;Mas é que a Brasilândia é uma terra de morrosersquo;. Água Fria, Perdizes [bairros da capital paulista] também são regiões de morros, mas não alagam, não inundam, porque nesses lugares tem políticas públicas adequadaserdquo;, compara. A tragédia climática recente no Rio Grande do Sul, segundo a ativista, ilustra esse descompasso. eldquo;A cidade não teve a eficiência de implementar um plano de adaptação climática. Só que isso não é um fato isolado. Isso vai continuar sendo a realidadeerdquo;, destaca. PL da devastação e perdas econômicas A ativista também se posiciona contra a flexibilização dos licenciamentos ambientais prevista no chamado eldquo;PL da devastaçãoerdquo;, criticando a narrativa de que isso impulsionaria a economia. eldquo;Nosso ambiente é integral. Isso vai impactar fortemente todos os biomaserdquo;, indica. Segundo ela, além da perda de biodiversidade, há risco de prejuízo econômico concreto. eldquo;Quando impacta o ecossistema de uma forma generalizada, afeta investimentos internacionais e compradores de comércios agrícolas. Ao invés do Brasil ampliar o seu mercado de bens externos, ele vai sofrer essas consequências, principalmente com as futuras perdas de safras potencializadas pela crise climáticaerdquo;, prevê. Luta por justiça climática é coletiva Para enfrentar esses desafios, Costa defende um caminho coletivo e estrutural. eldquo;A primeira solução, na minha concepção, é cada vez mais votarmos em tomadores de decisão que realmente vão legislar pelo nosso territórioerdquo;, afirma. Mas, reconhecendo o cenário político adverso, ela propõe mobilização popular. eldquo;É essencial fazer um trabalho de base, comunitário, popular, antirracistaerdquo;, defende. Ela também sugere ações locais, como eldquo;projetos de educação ambiental, hortas comunitárias, de alimentação popular, para combater esse nutricídio que muitas vezes afeta corpos como o meu: corpos pretos, periféricos, que estão na base da pirâmide socialerdquo;.

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Encontro dos Revendedores de Combustíveis do Nordeste está imperdível e começa hoje

O XVII Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste, o maior e mais aguardado evento do setor na região, começa hoje (22) e segue até 25 de maio de 2025, no Vila Galé Resort, na paradisíaca Barra de Santo Antônio (AL). A última edição no estado aconteceu em 2012, em Maceió. O evento reunirá empresários, especialistas e grandes nomes do mercado para debater tendências, desafios e inovações do segmento. Durante quatro dias de imersão, os participantes terão acesso a uma programação intensa, com palestras, painéis temáticos, networking qualificado e uma feira de negócios. Destaques da programação A abertura oficial acontece no dia 22 de maio, com a presença de autoridades e a palestra eldquo;Mercado Irregularerdquo;, ministrada por Carlo Faccio, diretor executivo do Instituto Combustível Legal (ICL). Em seguida, o jornalista Adalberto Piotto fará a palestra magna, abordando a economia, política e realidade brasileira. No dia 23 de maio, painéis e palestras irão discutir temas como jornada do cliente e credibilidade para postos de combustíveis (Ricardo Pires endash; Club Petro), cenário econômico (Felipe Tavares endash; economista-chefe da CNC) e um debate sobre os prós e contras dos carros elétricos, com Cesar Urnhani e Flávio Carneiro Filho. Destaque também para o painel jurídico sobre sucessão familiar e a palestra de Dado Schneider sobre Geração Z e o futuro do trabalho. Já no sábado, 24 de maio, um dos momentos mais esperados do evento será a palestra do comentarista e analista político Caio Coppolla, que abordará a situação e as perspectivas políticas para o Brasil. Com sua análise crítica e visão aprofundada sobre o cenário nacional, Coppolla promete trazer reflexões importantes para o setor e para o ambiente de negócios no país. O encerramento do evento contará com uma apresentação cultural e musical, fechando a programação com chave de ouro. Além do conteúdo técnico, o evento proporciona momentos de lazer e confraternização em um resort all-inclusive à beira-mar, garantindo uma experiência única para os participantes. Um convite especial para o setor O presidente da Fecombustíveis e do Sindicombustíveis Alagoas, James Thorp Neto, destaca a relevância do evento para o mercado. eldquo;O Encontro de Revendedores de Combustíveis do Nordeste é uma oportunidade única para debater os desafios e as inovações do nosso setor. Reunimos grandes especialistas e um conteúdo de altíssimo nível para fortalecer o mercado e proporcionar novas oportunidades de negócios. Convidamos todos os revendedores, fornecedores e profissionais do segmento a estarem conosco nesse evento que, sem dúvida, será um marco para o setor.erdquo; Confira a programação, clique aqui.

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