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Indicador do etanol hidratado fecha semana estável

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do etanol hidratado encerraram a última semana praticamente estáveis. Entre 22 e 25 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ deste combustível fechou em R$ 2,7080/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,22% em relação ao período anterior. Segundo o Centro de Pesquisas, a proximidade do feriado do Dia do Trabalho pouco aqueceu os negócios envolvendo etanol hidratado no estado de São Paulo na semana passada. Pesquisadores do Cepea explicam que a postura retraída de compradores está atrelada às possibilidades de intensificação da entrada de produto da safra 2025/26 no curto prazo e de reajuste negativo no preço da gasolina. Além disso, a mudança do valor do PIS/Cofins a partir do dia 1º de maio reforça a cautela de distribuidoras. Do lado da oferta, a quantidade disponibilizada no spot paulista pouco se alterou na última semana, mesmo diante do crescimento gradativo por conta do início da moagem de cana. As chuvas em importantes regiões produtoras também limitaram a colheita e, consequentemente, evitaram um aumento na oferta, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

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Dados preliminares da Raízen (RAIZ4) mostram ano difícil

A Raízen (RAIZ4) divulgou, na última quinta-feira (24), seus dados operacionais preliminares para o quarto trimestre de 2025. De acordo com um relatório do BTG Pactual da sexta-feira passada (25), os números refletem um ano difícil com volumes menores em todas as áreas. Os analistas afirmam que o quarto trimestre costuma apresentar volumes menores e a moagem de cana caiu 7%, totalizando cerca de 78,3 milhões de toneladas no ano. Entre os fatores que prejudicaram o desempenho estão o clima seco e incêndios que reduziram a produtividade. Após o anúncio, as ações da Raízen (RAIZ4) fecharam a semana com queda de 2,70% na sexta-feira. Por outro lado, os papéis da companhia registram avanço de 0,55% a R$ 1,81 nesta segunda-feira (28.) Setor de açúcar e etanol abaixo do esperado A comercialização de açúcar e etanol ficou abaixo das previsões, impactada por estoques mais altos do que o esperado. O mix anual de produção também sofreu alterações: 46% do ATR foi destinado ao açúcar, enquanto 54% ficou com o etanol. Outro destaque foi a produção de etanol de segunda geração (E2G), que atingiu 9,1 milhões de litros no trimestre, acumulando 58,8 milhões no ano, abaixo das projeções. Perspectivas para 2025 e avaliação do BTG Pactual De acordo com o BTG Pactual, mesmo com a retração dos resultados, a recomendação para a ação da Raízen permanece em compra. O preço-alvo da ação passou para R$ 7 em doze meses, com um expectativa de valorização de 243%. A expectativa é de que o EBITDA anual de 2025 alcance R$ 12,4 bilhões. Conforme informado pelos analistas, essa é eldquo;uma rara queda anual desde a criação da empresa há quinze anoserdquo;. eldquo;Melhores produtividades agrícolas, monetização do E2G e margens mais altas no downstream são essenciais para estabilizar a situação, mas uma redução mais rápida da dívida pode exigir medidas além da geração de caixa orgânicaerdquo;, completaram.

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Vibra (VBBR3) conclui saída da ZEG Biogás após aprovação do CADE

A Vibra (VBBR3) comunicou ao mercado e a seus acionistas, nesta segunda-feira (28), a conclusão de sua saída definitiva da sociedade ZEG Biogás e Energia S.A.. A informação foi divulgada em continuidade ao Fato Relevante publicado em 10 de março de 2025. A operação contou com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como parte da transação, a Vibra realizou aportes e capitalizou créditos na ZEG no valor de R$ 40 milhões, além de efetuar o pagamento de R$ 20 milhões aos atuais acionistas da companhia. Em comunicado oficial, a Vibra Energia destacou que a conclusão da operação: A empresa reiterou seu compromisso de manter o mercado e os acionistas informados sobre eventuais desdobramentos relacionados ao tema.

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Salário mínimo teve reajuste de 7,5% em 2025; confira valor atual

O salário mínimo tem o valor de R$ 1.518 em 2025. O montante representa um acréscimo de R$ 106 sobre os R$ 1.412 vigentes em 2024, totalizando um aumento de 7,5%. O reajuste de 7,5% é resultado da combinação da inflação acumulada até novembro de 2024 (4,84% pelo INPC) com o crescimento real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A política que define essa forma de cálculo foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023 e está em vigor desde 2024. Um contingente de aproximadamente 59 milhões de brasileiros tem seus rendimentos diretamente ligados ao valor do salário mínimo. A categoria abrange desde empregados com carteira assinada e trabalhadores domésticos até empregadores, profissionais por conta própria e os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Impacto O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal. Veja algumas abaixo: Pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões de pessoas; Aqueles com direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; Trabalhadores com carteira dispensados do serviço e que acionaram o seguro-desemprego; Trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS/Pasep).

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Diesel segue em queda nas bombas, mas repasse de corte da Petrobras é lento

O preço do diesel nos postos brasileiros caiu R$ 0,03 por litro nos postos brasileiros na semana, ainda com repasses dos cortes promovidos pela Petrobras em suas refinarias. Foi a quarta semana consecutiva de queda. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do diesel S-10 foi vendido na semana passada, em média, a R$ 6,26. Desde o primeiro corte na Petrobras, no início de abril, a queda acumulada é de R$ 0,16 por litro. O valor ainda é mais baixo do que os R$ 0,25 por litro projetados pela Petrobras ao anunciar os ajustes de preços nas refinarias. O segundo corte foi anunciado no último dia 17, ainda em resposta à queda das cotações internacionais provocada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar das reduções, o preço médio do diesel vendido pela Petrobras ainda está acima das cotações internacionais. Na abertura do mercado desta segunda-feira (28), estava R$ 0,02 por litro acima da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na gasolina, a diferença era de R$ 0,06 por litro. A estatal não mexe no preço desse combustível desde julho de 2024. Segundo a ANP, a gasolina nos postos custava, em média, R$ 6,31 por litro na semana passada, R$ 0,02 a menos do que na semana anterior. O produto tem o maior peso no IPCA, o indicador oficial de inflação do país e vem ajudando a segurar o índice nos últimos meses. Em abril, por exemplo, o grupo combustíveis teve queda de 0,38% no cálculo do IPCA-15, que serve como prévia do IPCA, que foi pressionado por altas de alimentos e remédios. Já o preço do etanol, diz a ANP, ficou estável em relação à semana anterior, em R$ 4,32 por litro.

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Vibra pode ganhar mercado de concorrentes no etanol com mudança trazida pela reforma tributária

A chamada monofasia do Pis e do Cofins sobre o etanol, que passa a vigorar a partir da quinta-feira, 1º de maio, conforme a regulamentação da reforma tributária, é aguardada pelo setor de combustíveis por diminuir o espaço para sonegação ao concentrar o imposto na etapa de produção (com menos agentes do que a distribuição). No caso do álcool hidratado, vendido nos postos à frota flex, reduz os tributos em quase R$ 0,05 por litro. Operadores do setor afirmam que uma distribuidora em especial, a Vibra, poderá ter um ganho adicional na comparação com as principais concorrentes, Raízen e Ipiranga. O Estadão/Broadcast apurou que executivos da Vibra enxergam potencial para ganhar fatia de mercado no etanol e até tomar a dianteira, hoje da Raízen. A empresa já lidera o mercado de combustíveis fósseis. Atualmente, o Pis/Cofins incidente sobre o etanol hidratado é de R$ 0,13 por litro a ser recolhido pelo produtor e de R$ 0,11 por litro pelo distribuidor. Com a mudança, esses impostos serão concentrados no produtor, a R$ 0,19 por litro, e as empresas distribuidoras se verão livres do recolhimento. Segundo estudo da FGV Energia, isso pode levar a uma redução de 1,3% no preço final do produto ao consumidor. Já no etanol anidro, que compõe 27% da gasolina, a nova regra impõe um aumento de R$ 0,06 (também para R$ 0,19) no imposto que já era cobrado somente ao produtor, o que deve ter impacto pequeno no preço final da gasolina ao consumidor (+0,3%). As mudanças se devem à vigência do artigo 537 da lei complementar 214, que regulamenta a reforma tributária. Por que a Vibra pode ter vantagem agora Acontece que, nos últimos anos, a Vibra adotou caminho diferente das outras duas grandes empresas do setor, recolhendo integralmente a parcela do imposto que cabia à etapa de distribuição (R$ 0,11 por litro), enquanto Raízen e Ipiranga se valeram de créditos tributários sob a tese de que o imposto devido já estaria embutido em valores pagos aos produtores. Especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast dizem que essa opção adotada por Raízen e Ipiranga é comum, mas embute um risco de cobranças futuras. De fato, informações e previsões sobre glosa de créditos de Pis/Cofins aparecem discriminadas em balanços financeiros das duas distribuidoras. Na prática, com a nova regra, a Vibra vai parar de recolher Pis e Cofins e receberá um álcool mais caro do produtor, que vai repassar o novo valor do imposto. Ainda assim, o novo total dos tributos federais, R$ 0,19 por litro, será menor do que o atual, de R$ 0,24, na soma das duas etapas (produção e distribuição). Já Raízen e Ipiranga seguirão sem recolher, mas vão parar de aproveitar créditos tributários e lidar com o repasse do imposto maior no preço praticado pelo produtor. Só a Vibra, portanto, poderá se valer da redução do imposto, o que pode ter efeito em seu preço final, potencialmente mais competitivo e capaz de ganhar mercado. Raízen tem hoje algo em torno de 20% do mercado brasileiro de etanol, seguida da Vibra com 18% e da Ipiranga, que flutua mais próximo dos 17%. Pessoas com conhecimento do assunto minimizam o efeito da mudança da regra tributária sobre os preços dessas empresas e apontam efeito tímido ao consumidor final, em linha com a FGV Energia. Mas, em um mercado de margens apertadas, por vezes inferiores a R$ 0,10 por litro, poucos centavos podem fazer a diferença na corrida por mercado. Reeditando o passado O cenário futuro, de maior isonomia na tributação do etanol pode reproduzir, ainda que em patamar final de preços superior, o verificado entre 23 junho de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, quando Pis e Cofins estiveram zerados por decisão do governo Jair Bolsonaro, que buscava reduzir o preço final dos combustíveis para segurar a inflação. Dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) mostram que, nesse período, a participação de mercado da Vibra cresceu, chegando a tocar os 20,4% em outubro de 2022, e depois se estabilizando na casa dos 19,5% na maior parte daqueles meses, à frente da Raízen. Essa liderança, mostram os números do IBP, durou até abril de 2023, quando Pis e Cofins foram parcialmente reabilitados e a diferença de conduta tributária entre as empresas voltou a pesar. Após junho de 2023, com os impostos integralizados, Vibra estacionou em 18% e Raízen voltou a superá-la, crescendo paulatinamente, até a casa dos 20% em fatia de mercado. O que dizem as empresas? Procurada, a Vibra não comentou a disputa por mercado com as concorrentes diretas. Limitou-se a dizer, em nota, que a adoção da tributação federal monofásica sobre o etanol eldquo;representa grande vitória para a Vibra, que sempre cumpriu rigorosamente suas obrigações fiscaiserdquo;. Mas o presidente da Vibra, Ernesto Pousada, já falou publicamente a este respeito, citando expectativa de aumento da rentabilidade após a entrada em vigor da nova regra tributária. Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre de 2024, no fim de fevereiro, Pousada disse esperar ganhar margens e participação de mercado no produto. De sua parte, a Raízen informou que não comenta o assunto. Já a Ipiranga respondeu que cumpre suas obrigações tributárias seguindo à risca pareceres jurídicos elaborados por especialistas de primeira linha, inclusive no caso em questão. eldquo;Acreditamos que a sociedade se beneficia quando todos os participantes do mercado estão sujeitos às mesmas regras e competem em igualdade de condiçõeserdquo;, disse a Ipiranga em nota.

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