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Brasil tem potencial para liderar combustíveis verdes em aviação

A aviação e a navegação estão entre os setores que mais desafiam a luta contra a crise climática. Juntos, respondem por 5% das emissões globais de COe#8322;. O impacto é impulsionado, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis, segundo dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU). eldquo;Há uma pressão internacional pela descarbonização das frotas de aeronaves e navios. Onde alguns países e empresas veem desafio, o BNDES enxerga uma oportunidade para desenvolver uma cadeia de fornecedores brasileiros, com a geração de emprego e renda dentro do território nacional.erdquo; - Aloizio Mercadante, presidente do BNDES Considerados de difícil descarbonização, ambos os modais enfrentam metas internacionais rigorosas para atingir emissões líquidas zero até 2050. Para reduzir o impacto ambiental, os avanços em combustíveis sustentáveis derivados de biomassa, resíduos e outras matérias-primas renováveis surgem como alternativa promissora, com a possibilidade de diminuir as emissões em até 90%. eldquo;O Brasil, com histórico em biocombustíveis para transporte terrestre, tem capacidade tecnológica e empresarial para liderar também os setores aéreo e marítimo.erdquo; - José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES No caso do SAF (combustível sustentável de aviação), o Brasil está bem posicionado para ampliar a produção industrial pelas rotas Hefa (óleo vegetal) e ATJ (etanol). Para a navegação, a diversidade de combustíveis é ainda maior, incluindo biodiesel, etanol e e-metanol emdash; eletrocombustível produzido a partir de hidrogênio e COe#8322;. A combinação de eletricidade renovável e COe#8322; biogênico em grande escala coloca o país entre os locais mais competitivos do mundo para produção desses combustíveis. Iniciativa do BNDES e da Finep Para transformar esse potencial em projetos concretos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram, em 2024, uma chamada pública voltada ao desenvolvimento e à implantação de biorrefinarias capazes de produzir combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e alternativas limpas para navegação. A iniciativa fez parte da Política Nova Indústria Brasil, na eldquo;Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição energéticaerdquo;. Foram recebidas 76 propostas, totalizando R$ 167 bilhões em investimentos potenciais. Destas, 43 voltadas a SAF (R$ 120 bilhões) e 33 para combustíveis marítimos, como e-metanol, amônia verde e Bio-GNL (R$ 47 bilhões). Após análise, 42 projetos foram aprovados, prevendo investimento de R$ 133 bilhões. Segundo o diretor José Luis Gordon, o BNDES busca viabilizar o maior número possível de projetos, incentivando a cooperação empresarial para fortalecer estruturas financeiras e reduzir riscos. Impactos econômicos e sociais Além dos benefícios ambientais, os biocombustíveis têm grande impacto econômico. A agroindústria de bioenergia gera quase seis vezes mais empregos que a indústria do petróleo, considerando pessoal empregado por volume de energia produzido. A expansão do etanol de milho, por exemplo, aumentou em mais de 30% o volume processado no país, estimulando toda a cadeia industrial e agregando valor aos produtos agrícolas. Os biocombustíveis de segunda geração, como etanol 2G e biometano, também permitem maior produtividade por hectare sem ampliar a área agrícola. Investindo neles, o Brasil se posiciona como potencial produtor e exportador de tecnologias e combustíveis sustentáveis. Protagonismo global O país atua internacionalmente para reduzir barreiras comerciais aos biocombustíveis, participando de fóruns como a Plataforma para o Biofuturo e a Aliança Global para os Biocombustíveis. Segundo Gordon, há grande potencial para que o Brasil se torne um dos principais exportadores de bioquerosene e biocombustíveis marítimos, combinando crescimento econômico, geração de empregos e metas globais de descarbonização até 2050. Um desafio detectado é a instabilidade geopolítica atual e questões regulatórias internacionais pendentes, que podem levar as empresas a reavaliar o momento da realização dos investimentos em função dos altos custos envolvidos.

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Rodovias: em setembro, Dutra tem a gasolina mais barata, aponta IPTL

De acordo com o mais recente Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o cenário de economia para os motoristas que transitaram pelas principais rodovias do Brasil emdash; Régis Bittencourt, Presidente Dutra, BR-101 e Fernão Dias emdash; apresentou novas configurações em setembro. A Fernão Dias fechou o mês como a mais vantajosa para veículos a diesel, registrando os menores preços do País para ambos os tipos: R$ 5,91 para o comum, após alta de 0,17% em relação a agosto, e R$ 6,03 para o S-10, depois de recuo de 0,17%. Para os veículos leves, a Presidente Dutra foi a melhor opção, comercializando o etanol mais barato, a R$ 4,44 (+1,60%), e a gasolina com a média mais baixa, a R$ 6,13 (+0,49%). Já a BR-101 seguiu, em setembro, apresentando os maiores preços médios para todos os combustíveis. Na rodovia, o diesel comum foi encontrado em média por R$ 6,12 (-0,16%) e o S-10 por R$ 6,25 (+0,32%). A gasolina manteve a estabilidade de preço, sendo comercializada a R$ 6,38, e o etanol foi vendido a R$ 4,89, com uma leve alta de 0,20%. eldquo;Setembro reforça a BR-101 como a rota de maior custo para o abastecimento, uma tendência já observada em nossos levantamentos. A novidade é a consolidação da Presidente Dutra como o trecho mais econômico para veículos leves, oferecendo tanto o etanol quanto a gasolina mais baratos do período. Enquanto isso, a Fernão Dias se mantém como um porto seguro para os caminhoneiros, com os preços de diesel mais competitivos. Essa especialização das rotas, onde uma é mais vantajosa para diesel e outra para combustíveis leves, evidencia como as dinâmicas de preço regionais exigem do motorista uma estratégia cada vez mais apurada para otimizar seus custoserdquo;, analisa Renato Mascarenhas, diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log.

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Etanol sobe 3% em setembro em SP, enquanto gasolina fica estável

O etanol comum subiu 3,0%, passando de R$ 3,94 para R$ 4,05 por litro, liderando a alta no mês. Já o etanol aditivado registrou aumento de 1,4%, de R$ 4,52 para R$ 4,58. O movimento acontece em meio à retomada da inflação, após o IPCA-15 avançar 0,48% em setembro, revertendo a deflação de 0,14% em agosto. Gasolina mostra estabilidade A gasolina teve comportamento mais estável. A comum subiu 0,6%, variando de R$ 5,93 para R$ 5,96, enquanto a gasolina aditivada manteve o preço médio em R$ 6,47. A pouca variação sugere um momento de equilíbrio no mercado, em contraste com as oscilações do etanol e do diesel. Diesel aditivado registra queda O diesel apresentou trajetórias distintas. O comum permaneceu em R$ 6,18 por litro, mas o aditivado caiu 2,5%, de R$ 6,21 para R$ 6,06. O recuo pode indicar ajustes na demanda ou promoções em determinadas regiões, em um momento em que o transporte rodoviário segue pressionando custos logísticos. Diferenças regionais chegam a quase R$ 1 O levantamento revelou diferenças significativas entre zonas da capital paulista, com variações de até R$ 0,95 por litro. O diesel aditivado, por exemplo, foi encontrado a R$ 5,99 na Zona Sul e R$ 6,25 na Zona Oeste. Já a gasolina aditivada variou de R$ 5,75 na Zona Norte a R$ 6,70 na Zona Sul. No caso do etanol comum, os preços oscilaram entre R$ 3,81 na Zona Norte e R$ 4,15 na Zona Leste. Volume expressivo abastece análise Os dados do Sem Parar consideram mais de 20 milhões de litros abastecidos na capital entre agosto e setembro de 2025, reforçando a relevância estatística do levantamento. Para o consumidor, acompanhar essas diferenças pode significar economia no bolso, especialmente em um momento de retomada da inflação. (Guia do Carro)

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Isenção de IR até R$ 5 mil e taxação dos mais ricos: veja o que muda

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 1º, de forma unânime, o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também estabelece como compensação a criação de um imposto mínimo de até 10% sobre a alta renda. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal. Veja os principais pontos da proposta: Isenção até R$ 5 mil mensais Pelo texto, passa a ser isento de IR quem ganha até R$ 5 mil por mês. Pelas projeções do governo, a nova medida isentará mais 10 milhões de pessoas. Com isso, cerca de 65% dos declarantes de Imposto de Renda deixarão de pagar o tributo. Desconto até R$ R$ 7.350 Já quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terá uma redução parcial no IR, de forma escalonada. Ao todo, serão beneficiadas cerca de 16 milhões de pessoas. A proposta enviada pelo governo previa desconto para renda até R$ 7 mil, mas a faixa foi ampliada pelo relator do projeto na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Já contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 permanecem com as regras atuais - com isenção sobre a renda até dois salários mínimos (atualmente, R$ 3.036) e tributação crescente com alíquota de até 27,5%. Taxação dos mais ricos Para compensar a ampliação da isenção do IR, a proposta cria o chamado eldquo;imposto mínimoerdquo; de IR para contribuintes de alta renda, que têm boa parte de seus rendimentos isentos (como lucros e dividendos). Segundo a Receita Federal, serão taxados cerca de 141 mil contribuintes. Eles recolhem, em média, 2,5% de IR, segundo o Ministério da Fazenda. Como comparação, a alíquota de IR efetiva média sobre os rendimentos de um policial é de 9,8%; a de um professor do Ensino Médio, 9,6%. Ficará sujeito ao chamado eldquo;imposto mínimoerdquo; quem ganha acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano). A alíquota é gradual e chega a 10% para quem fatura R$ 100 mil ou mais por mês (R$ 1,2 milhão por ano). Caso o contribuinte já pague uma alíquota acima desse porcentual, não terá de pagar nada além. Caso esteja pagando uma alíquota efetiva mais baixa, terá de acertar as contas com o Fisco e fazer a complementação. O IR mínimo a ser pago levará em conta a alíquota efetiva emdash; ou seja, uma média de quanto o contribuinte realmente paga de imposto sobre todos os seus rendimentos, tributáveis e não tributáveis. Por levar em conta a alíquota efetiva, na prática, serão mais atingidas as pessoas não assalariadas que têm uma parte muito significativa de sua renda de fontes não tributáveis, como lucros e dividendos. Para saber se será enquadrado como alta renda, o contribuinte terá de somar todas as suas fontes de renda (veja exceções mais abaixo) para então descobrir qual será a alíquota mínima de imposto exigida. Caso o contribuinte já pague uma alíquota acima desse porcentual, não terá de pagar nada além. Caso esteja pagando uma alíquota efetiva mais baixa, terá de acertar as contas com o Fisco e fazer a complementação. O IR mínimo a ser pago levará em conta a alíquota efetiva emdash; ou seja, uma média de quanto o contribuinte realmente paga de imposto sobre todos os seus rendimentos, tributáveis e não tributáveis. Por levar em conta a alíquota efetiva, na prática, serão mais atingidas as pessoas não assalariadas que têm uma parte muito significativa de sua renda de fontes não tributáveis, como lucros e dividendos. Levantamento feito pelos auditores do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) a pedido do Estadão mostrou que essa tributação vai alcançar contribuintes que estão em sua maioria em São Paulo: quatro em cada dez deles estão no Estado. A Região Sudeste e o Sul do País abrigam 80% dos contribuintes alvo da taxação.

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Criação do operador para setor de combustíveis avança na Câmara

A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados deu andamento, nesta quarta-feira (e#8203;e#8203;1º/10), ao PL 1923/24, que cria um Operador Nacional do Sistema de Combustíveis (ONSC). A matéria teve pedido de vistas após a leitura do relatório, mas com promessa de que o texto volte para a pauta na próxima semana e depois siga para o plenário. A iniciativa ganhou fôlego após a operação Carbono Oculto e Cadeia de Carbono, ações da Polícia e Receita Federal, bem como fiscalizações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O debate sobre a proposta é antiga, mas a matéria ganhou propulsão e foi elencada como prioridade pelas Frentes Parlamentares do Biodiesel (FPBio), da Agropecuária (FPA), do Empreendedorismo (FPE) e do Etanol. A criação do ONSC é um tema polêmico. Um novo órgão, que seria criado com inspiração no Operador Nacional do Sistema (ONS), não é unanimidade no governo. O ministro de Minas e Energia já elogiou a proposta e chegou a dizer que o governo trabalhava em um desenho próprio para ser enviado ao Congresso. Mas a equipe econômica e a ANP não seguem o mesmo entendimento. No caso da agência reguladora, há um receio de que o operador possa esvaziar sua a área de fiscalização. Entidades setoriais, como a Confederação Nacional dos Transportes, pontuam que toda a operação podem significar custos que seria, eventualmente, repassados aos consumidores. O parecer de Junior Ferrari (PSD-PA) sobre o ONSC estabelece um sistema digital para detecção em tempo real de combustíveis com elementos ou misturas inadequadas nas bombas dos postos de gasolina. As movimentações seriam analisadas pela Auditoria de Movimentação de Combustíveis (AMC). Para trabalhar em fraudes fiscais, o texto prevê autorização para o compartilhamento entre dados fiscais, incluindo notas eletrônicas, entre as Fazendas estaduais, dos municípios, do Distrito Federal e a ANP. Com a mudança, as bombas se tornariam automáticas, fiscalizando também operações volumétricos. Todos os gastos previstos com pessoal, capacitação e novos sistemas seriam custeados com recursos dos membros associados, da arrecadação das infrações e uma taxa de fiscalização do setor de combustíveis emdash; com teto de valores que representem metade do custeio total do Operador emdash;, segundo o último relatório apresentado. O pedido de vista coletiva foi encabeçado pelos deputados Beto Ferreira (PSDB-MS), Danilo Forte (União-CE), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Max Lemos PDT-RJ) e Paulo Magalhães (PSD-BA). É possível que haja alterações no texto até a próxima semana, já que o relator deve conversar com outros parlamentares. A ideia do deputado é levar o projeto direto para a votação do plenário da Câmara, mas o acordo para aprovação da urgência ainda precisa passar pelo colégio de líderes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Posicionamento IBP - Aprovação da monofasia da nafta no Senado

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), importante representante do setor de combustíveis, vem a público manifestar seu apoio à decisão do Senado Federal, que aprovou, nesta terça-feira (30/09/2025), o relatório do 2º projeto de lei complementar da Reforma tributária que regulamenta o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A medida representa um avanço crucial na regulamentação da Reforma Tributária, especialmente ao incluir a nafta na sistemática de tributação monofásica do ICMS. A tributação em etapa única é uma medida inadiável e estratégica para a integridade do mercado de combustíveis. A simplificação tributária proposta pela monofasia é a oportunidade de eliminar brechas que, atualmente, permitem a sonegação fiscal, a adulteração de produtos e a concorrência desleal. A concentração da arrecadação em um único ponto da cadeia, seja na refinaria ou na importação, não apenas facilita a fiscalização, mas também garante a tributação e coíbe a evasão. O IBP reforça a necessidade do Congresso Nacional avançar com a pauta da Reforma Tributária, pois a aprovação de projetos como este é essencial para criar um ambiente de negócios mais justo, competitivo e transparente para todos. Acreditamos que a segurança jurídica e a clareza nas regras são fundamentais para o fortalecimento do setor, a atração de novos investimentos e o combate a práticas criminosas que lesam a arrecadação de tributos e o consumidor final. O projeto de regulamentação, por ter sido modificado, retornará para nova apreciação na Câmara dos Deputados. O IBP reitera seu compromisso e se coloca à inteira disposição do poder público e dos parlamentares para dialogar e contribuir tecnicamente no debate. Nosso objetivo é colaborar para a construção de um texto final que consolide os avanços necessários para um mercado de combustíveis mais ético, eficiente e competitivo, em benefício de toda a sociedade brasileira.

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