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"Navio terá multa se não descarbonizar combustível", alerta Mercadante

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção, nessa quinta-feira (9/5), sobre mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação. As regras são definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vem adotando medidas com o objetivo de reduzir as emissões de carbono, num esforço para mitigar os efeitos do aquecimento global. De acordo com Mercadante, o país precisa estar preparado, e o BNDES vem se debruçando sobre a questão. eldquo;A ONU é mandatária sobre navegação e espaço aéreo. No espaço aéreo, já estão dados a data e o volume do combustível renovável que terá que ser adotado a partir de 2027. Nós estamos financiando a produção de SAF, que é o combustível sustentável da aviaçãoerdquo;, disse Mercadante, durante apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024. Em sua visão, a maior preocupação envolve, no entanto, a navegação marítima. eldquo;Cerca de 90% de todo o transporte de mercadorias do planeta são feitos por navios. Eles terão multas se não descarbonizarem o combustível. E temos um problema logístico para chegar, por exemplo, à China. Nosso navio demora muito mais tempo do que, por exemplo, o da Austrália. Com isso, podemos perder competitividade. E o BNDES está debruçado sobre issoerdquo;, explicou. Uma das ferramentas que o país possui para fomentar essa transição energética é o Fundo da Marinha Mercante (FMM), que existe desde 1958 e é voltado para promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. São vários gestores, mas o BNDES responde por 75%. Segundo Mercadante, por meio do fundo, estão em processo de contratação R$6,6 bilhões, envolvendo balsas, rebocadores, empurradores para transporte de grãos e minério, entre outras embarcações. Apesar dos desafios, ele vê uma oportunidade. eldquo;No curto prazo, para adaptar os navios, a melhor resposta é o etanol e o metanol, dos quais o Brasil é o segundo maior produtor. Nós temos a produção de etanol mais evoluída, que é o de segunda geração. É o mais eficiente, o que mais descarboniza. Podemos entrar nesse mercadoerdquo;. O presidente do BNDES afirmou que, para atender à demanda, será preciso dobrar a produção de etanol no Brasil. Subsídio à aviação O BNDES também está estudando uma forma de apoiar as empresas aéreas, tendo em vista que o setor ainda sente os prejuízos acumulados ao longo da pandemia de covid-19, quando as medidas de distanciamento social reduziram drasticamente a locomoção das pessoas, incluindo o transporte para negócios e turismo. A alternativa que vem sendo discutida envolve o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC). Ele conta com recursos de contribuições provenientes das atividades ligadas ao próprio setor. eldquo;Esse fundo poderia ser acionado como garantidor para que possamos operar e oferecer crédito. Temos uma discussão em andamentoerdquo;, diz Mercadante. Segundo ele, as empresas vivem um bom momento. eldquo;Elas estão bem. O faturamento é crescente, os resultados são excelentes. Mas elas têm um passivo da pandemia. Os aviões ficaram no chão praticamente um ano e elas pagando leasing, tendo que manter equipes de profissionais, pagando taxas aeroportuárias. Foram custos muito pesados e as empresas sem faturamento. O Brasil não adotou nenhuma medida naquele períodoerdquo;. Mercadante também afirmou que, em diversos países, o setor recebeu apoio para suportar os prejuízos do período. eldquo;Depois da pandemia de covid-19, houve subsídios à aviação no mundo inteiro. Houve nos Estados Unidos, em quase todos os países europeus, na Índia e em outros. A China sempre fez isso. E é muito importante para um país do tamanho do Brasil ter o setor estruturado. A gente não chega em muitos locais importantes do território nacional se não tiver empresas que tenham uma visão sistêmica do país e que deem prioridade ao Brasil. A disposição do BNDES é contribuir para que essas empresas resolvam a situaçãoerdquo;. (Agência Brasil)

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G20 discute potencial de US$ 7,7 tri em bioeconomia e o papel dos biocombustíveis

A segunda reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, que chegou ao fim nesta quinta-feira (09), discutiu o potencial de US$ 7,7 trilhões em negócios com a adoção da bioeconomia circular. A estimativa foi apresentada no recente relatório do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês). O documento intitulado eldquo;Uma oportunidade de negócio que contribui para um mundo sustentávelerdquo; aponta que a utilização de produtos de base biológica em setores que vão desde energias alternativas até indústrias farmacêuticas e de embalagens é capaz de movimentar trilhões até 2030. Na abertura do encontro, (7/5), a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, destacou a necessidade de superar falsas disputas entre bioenergia e segurança alimentar. Um dos objetivos da pasta, junto ao Ministério de Relações Exteriores, é mostrar ao mundo que, no caso brasileiro, o cultivo de grãos ou outras matérias primas para produção de biocombustíveis não coloca em risco o abastecimento de alimentos. Sendo assim, uma alternativa sustentável importante para redução das emissões de gases do efeito estufa. eldquo;Para fazer avançar a bioeconomia, além de recursos financeiros, precisamos avançar na definição global de padrões de sustentabilidade que sejam justos e levem em conta as circunstâncias nacionaiserdquo;, destacou Marina Silva. Há anos, o Brasil trava um debate, em especial com a União Europeia, sobre a relação entre biocombustíveis, desmatamento e a produção de alimentos. No final do mês passado, durante reunião ministerial do G7 sobre Clima, Energia e Meio Ambiente, a ministra já havia pontuado essa questão. eldquo;O Brasil tem plena capacidade instalada de produzir biocombustíveis sem ameaçar a floresta, garantindo alimentos para a população e a preservação de serviços ecossistêmicoserdquo;. Oportunidades para o Brasil A ministra também destacou a criação de um acordo de gestão para implementação do programa Bioeconomia para um Novo Ciclo de Prosperidade. O comitê gestor será responsável por acompanhar as ações necessárias para cumprimento das metas do Programa, que incluem número de negócios da bioeconomia apoiados, incubados e acelerados; tamanho da área de florestas públicas federais concedidas e em produção de produtos e serviços florestais, entre outras. O Brasil preside o G20 em 2024 e organizará a COP30, em 2025, na cidade de Belém (PA). A próxima reunião da Iniciativa de Bioeconomia está marcada para ocorrer em junho em Manaus/AM. Segundo Carina Pimenta, secretária nacional de Bioeconomia do MMA, eldquo;a relação da biodiversidade com as economias existe independente de um país ser rico ou não em biodiversidadeerdquo;. Pimenta destaca que a indústria da saúde, por exemplo, depende do conhecimento sobre biodiversidade para desenvolver novos medicamentos e terapias. A ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de trazer as comunidades para o centro da agenda, destacando o papel dos conhecimentos das populações tradicionais e comunidades indígenas para o avanço da bioeconomia. eldquo;A ação humana no meio ambiente foi e ainda continua sendo a tal ponto impactante que não nos bastará apenas adaptar e mitigar mas, sobretudo, transformarerdquo;, enfatizou. Já a ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Informação, afirma que o Brasil está comprometido com a transferência de tecnologia e desenvolvimento de produtos sustentáveis. eldquo;A bioeconomia é tema estratégico para o desenvolvimento sustentável da nossa estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovaçãoerdquo;, afirmou Luciana.

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Petrobras vai produzir menos, mas ainda precisa de reservas, diz diretor de E&P

A Petrobras vai se conformar com uma queda na produção em oito a dez anos, mas mesmo com um patamar menor vai precisar de mais reservas, afirmou o diretor de Eeamp;P da estatal, Joelson Mendes, em entrevista ao estúdio epbr durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas). A intenção da companhia é manter uma produção de pelo menos 2 milhões de barris/dia na próxima década, abaixo dos 2,2 milhões de barris/dia atuais. eldquo;Daqui a dez anos a Petrobras vai estar produzindo menos e a gente vai se conformar com uma produção menor. Mas, mesmo com essa produção menor, a gente vai precisar recorrer a muita reservaerdquo;, disse. eldquo;Para que nós não sejamos, antes do final da próxima década, importadores de petróleo de novo, a gente precisa reforçar isso.erdquo; Mendes reforçou que é necessário explorar novas fronteiras, especialmente a Margem Equatorial, para evitar que o Brasil se torne importador de petróleo. Segundo ele, dificilmente a companhia fará outras descobertas tão grandes quanto as de Libra, Búzios e Tupi, que ocorreram no pré-sal. Para o executivo, a companhia precisa partir em busca de novos projetos, mesmo menores, de modo a garantir relevância. eldquo;Existe uma falsa crença que a Petrobras não precisa de novas fronteiras porque tem o pré-salerdquo;, disse.

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Preço do diesel e do GLP ficam estáveis na semana; gasolina sobe 0,5%, aponta ANP

Os preços do diesel e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 kg (gás de cozinha) ficaram estáveis na semana de 5 a 11 de maio, comparado à semana anterior, segundo o levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já a gasolina apresentou leve alta, de 0,5%. O preço médio do litro da gasolina no País ficou em R$ 5,87 no período. O preço do diesel ficou em média em R$ 5,96, como na semana anterior, e o gás de cozinha teve oscilação de 0,06%, de R$ 101,77 para R$ 101,84 de uma semana para outra. (Estadão Conteúdo)

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'Petrobras discute nova etapa de recompra de ações'

A Petrobras estuda uma nova etapa do programa de recompra de ações, que começou no ano passado, disse ao Valor Sérgio Caetano Leite, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia. eldquo;Todas as grandes empresas de petróleo, as congêneres, fazem e tratam a recompra como remuneração do acionistaerdquo;, afirmou Leite. O primeiro passo foi dado em 2023 e envolveu um projeto piloto, de cerca de 157 milhões de ações preferenciais, o qual está 86% concluído, disse Leite. eldquo;Estabelecemos agosto como prazo para finalizar [o programa], e os resultados são excepcionais porque, em média, esses programas de recompras param em 70%, 75%erdquo;, comparou. O executivo conversou com este jornal entre compromissos na Offshore Technology Conference (OTC), principal evento da indústria de petróleo, em Houston, no Texas. Leite afirmou que a empresa tem caixa suficiente para financiar os investimentos previstos, sem necessidade de recorrer ao mercado financeiro. A empresa emitiu recentemente US$ 250 milhões em títulos globais para trocar dívida cara por mais barata. Segundo o executivo, a companhia monitora o mercado em busca de operações semelhantes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Enchente no RS coloca em xeque alta de 2% no PIB brasileiro

Os impactos negativos das enchentes no Rio Grande do Sul, Estado com o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, para a economia nacional podem variar, em estimativas preliminares, de 0,2 a 0,3 ponto percentual (p.p) e impedir que, apesar da atividade geral resiliente, o ano de 2024 feche com um PIB agregado muito acima de 2%. A XP Asset já revisou sua projeção para o PIB do Brasil neste ano de 2,4% para 2,1%. Se antes a expectativa era de crescimento de 0,7% no segundo trimestre, sobre o primeiro, agora a gestora espera queda de 0,2%. eldquo;E a impressão que eu tenho, hoje, é que o impacto pode ser ainda mais negativo do que nossas contas sugeremerdquo;, diz o economista-chefe, Fernando Genta. Isso porque sua estimativa leva em consideração mais o efeito direto das enchentes na economia gaúcha e menos seus eldquo;transbordamentoserdquo;, explica Genta. Por exemplo: tendo em vista que o ajuste anual do salário mínimo já foi dado, a alta nos preços de alimentos, por problemas com as safras no RS, pode levar a uma corrosão do poder de compra das famílias. Para ler esta notícia, clique aqui.

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