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Petróleo fecha em alta com otimismo sobre fim do shutdown e expectativa de relatórios

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 10, apoiados pelo otimismo em torno do avanço das negociações para encerrar o shutdown do governo dos Estados Unidos e pela expectativa de novos relatórios sobre oferta e demanda global. O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,64% (US$ 0,38), a US$ 60,13 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,68% (US$ 0,43), a US$ 64,06 o barril. Analistas avaliam que a possível reabertura do governo americano pode melhorar o sentimento nos mercados e sustentar a demanda no maior consumidor mundial de petróleo. eldquo;As notícias de progresso nas negociações estão trazendo uma leve retomada do apetite por risco em ações e energiaerdquo;, aponta a BOK Financial. Ainda assim, parte do mercado vê limites para o rali. A Ritterbusch and Associates nota que é difícil associar a reabertura do governo e possível melhora significativa da demanda, destacando que o aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) imprime eldquo;um tom cada vez mais baixistaerdquo; ao balanço global de oferta. Segundo o Swissquote, o WTI é sustentado por dados de inflação eldquo;encorajadoreserdquo; da China, mas segue pressionado em uma tendência negativa de longo prazo desde o verão do Hemisfério Norte, influenciada pela estratégia da Opep de ampliar a oferta. O cartel, que divulgará relatório mensal sobre o petróleo na quarta-feira, anunciou uma pausa nos aumentos de produção entre janeiro e março. Investidores também aguardam relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e acompanham os fluxos de petróleo russo após novas sanções dos EUA, em meio a relatos de que o presidente Donald Trump concedeu à Hungria uma isenção de um ano para compras de energia russa. Hoje, a Lukoil emitiu declaração de força maior no campo de West Qurna-2, no Iraque, após sanções ocidentais dificultarem suas operações. (Estadão Conteúdo)

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Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará

A Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma, anuncia a retomada na fabricação de biodiesel com a inauguração de uma nova planta industrial no Pará. O marco representa o retorno da companhia ao mercado de biocombustíveis após um hiato de 15 anos. A nova planta é a primeira de reação 100% enzimática no estado paraense e uma das primeiras a utilizar essa inovação no Brasil. A tecnologia é a mais moderna do setor e substitui o ácido sulfúrico e o metilato de sódio, em um processo considerado menos agressivo tanto ao maquinário como ao meio ambiente. Ela permite que a indústria utilize qualquer tipo de matéria-prima oleosa, incluindo óleos com alta acidez e resíduos graxos. Ação estratégica A usina foi estrategicamente instalada em Belém (PA) a cerca de 20 quilômetros das principais bases distribuidoras de combustível da região. Com capacidade e autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir 36.000 m³/ano, a Agropalma projeta uma produção anual inicial de até 19.000 m³ de biodiesel, que visa atender de forma prioritária o mercado paraense, a fim de suprir uma demanda de 7% desse combustível no estado endash; com possibilidade de ampliação para 14%. O atual panorama de consumo do biocombustível no Pará foi um dos principais incentivos à volta da Agropalma ao segmento, onde atuou com pioneirismo entre 2005 e 2010. Em 2024 o estado precisou importar 268 milhões de litros de biodiesel para atender à sua demanda. Desse total, ao menos 79% do produto importado tiveram como origem o óleo de soja, vindo principalmente das regiões Centro-Oeste e Sul. Quanto à parcela do combustível que tem como base os resíduos da cadeia de palma, principal produção agrícola paraense, um fenômeno chamou a atenção: os subprodutos eram vendidos externamente para voltar como produto final. Diante desse contexto, a companhia entendeu que existia uma lacuna que poderia ser preenchida com a fabricação e circulação local do insumo, fortalecendo também a economia regional. Mudanças no mercado O investimento tornou-se ainda mais viável graças à clareza regulatória sobre o percentual obrigatório de biodiesel no diesel. Neste ano, a porcentagem que em 2022 era de 10% atingiu os 15%, já com expectativa de alcançar 20% em 2030. Essa determinação impulsiona a demanda pelo produto no longo prazo, indicando um mercado garantido e com potencial de crescimento. A expectativa é de que, somente no Pará, o consumo do biocombustível aumente 50% em um período de cinco anos, passando de 448 milhões para 674 milhões de litros ao ano. eldquo;Estamos muito contentes por retornar ao ramo do biodiesel em um momento que existe um direcionamento e crescimento desse setor. É um movimento em consonância com a busca por ações de inovação ecológica e uma transição justaerdquo;, afirma André Gasparini, diretor Comercial, de Marketing e Peamp;D da Agropalma. Gasparini aponta que as transformações do cenário tecnológico e normativo foram essenciais para esse movimento da empresa. eldquo;No passado, nossa planta só rodava com uma única matéria-prima. No mercado, inicialmente, não havia obrigatoriedade da mistura de biodiesel no diesel. O volume recomendado era pequeno e, mesmo quando se tornou obrigatório, ainda gerava baixa demanda. O processo de venda era todo feito por leilão. Hoje, a situação é completamente diferenteerdquo;, compara. O diretor da Agropalma explica que a produção do biocombustível cumprirá uma função estratégica de dar uma destinação mais nobre aos subprodutos dos processos produtivos da companhia: eldquo;esse é um investimento operacional, ambiental e financeiramente mais vantajosoerdquo;. Compromisso com a economia circular A construção da nova usina reforça o posicionamento vanguardista da Agropalma com a sustentabilidade e a formação de uma economia circular. Com o biodiesel - o subproduto, que antes era comercializado como resíduo, transforma-se em um produto de maior valor agregado. Oleoginosos, como o óleo de lagoa e o ácido graxo, provenientes do processo de extração e refino, e outros produtos que não atingiram a especificação para ser refinados e comercializados, passarão a fechar a cadeia de óleo de palma, que já é reconhecidamente robusta. eldquo;A cadeia da palma construída pela Agropalma é verticalizada, mas tem circularidadeerdquo;, ressalta Fabrício Menezes de Souza, coordenador da Planta de Biodiesel da Agropalma. eldquo;A geração do biodiesel, que parece ser o último estágio desse conjunto, na verdade, moverá toda a cadeia produtiva mais uma vez. Todo o CO2 produzido nas operações, será absorvido pela plantação, que, com a luz solar e a fotossíntese, produzirá naturalmente mais frutos que resultarão em mais óleo - e assim sucessivamente.erdquo; A companhia estima que a produção de biocombustível acarretará benefícios ambientais mensuráveis, que poderão ser calculados via o programa RenovaBio. A nota de eficiência final será mensurada por uma agência externa baseada em observação de pelo menos seis meses de produção da indústria, mas estimativas iniciais apontam que: O biodiesel fabricado e utilizado evitará a emissão de 39 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera; Essa redução de CO2 é equivalente a tirar 19,7 mil carros das ruas de circulação por ano; eldquo;Ao nos permitir transformar a maneira como os subprodutos da cadeia da palma e outros resíduos oleosos são tratados, possibilitando a reciclagem em escala industrial e gerando um combustível limpo, estamos contribuindo para o desenvolvimento e a sustentabilidade da nossa regiãoerdquo;, atesta Souza. Impacto social A obra e o funcionamento da nova planta da Agropalma motivaram um impacto social positivo, consolidando a economia e o progresso local do estado nortista: ao todo, entre diretos e indiretos, mais de 340 empregos foram gerados. Para Edison Henrique Delboni, Diretor Industrial da Agropalma, o projeto representa um marco na história da empresa. "A construção da usina foi desafiadora e envolveu mais de 300 pessoas em campo. No entanto, foi uma experiência de mudança de vida para muitoserdquo;, declara. Ao investir em uma tecnologia industrial pioneira no Pará e estimular a economia circular e a diminuição de carbono, a Agropalma posiciona a palma como protagonista na transição energética. A usina já está operando, realizando homologações para comercialização. O projeto já é um exemplo prático e local do potencial do agronegócio paraense para soluções climáticas, alinhando-se diretamente aos temas de sustentabilidade e desenvolvimento responsável que serão debatidos na COP30, em Belém. eldquo;Estamos moldando hoje o futuro que desejamos, assumindo o papel de que somos a mudança que queremos ver no mundoerdquo;, conclui Delboni. Sobre a Agropalma A Agropalma é uma empresa brasileira reconhecida em todo o mundo como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia (PA), e sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva endash; da fabricação de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado. Atualmente, a companhia conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, duas refinarias e um terminal de exportação alfandegado, e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma também foi pioneira em implementar, há mais de 20 anos, um programa de Agricultura Familiar com palma, que beneficia hoje mais de 300 agricultores parceiros. Guiada pelo compromisso com o planeta e as pessoas, a empresa segue avançando em suas práticas para tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, acesse: www.agropalma.com.br. (Agropalma)

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Decreto que levou ao carro a álcool completa 50 anos

A medida que possibilitou a chegada do carro a etanol completa 50 anos na próxima semana. No dia 14 de novembro de 1975, foi publicado o decreto que criou o Proálcool (Programa nacional do Álcool). Era a resposta nacional à crise mundial do petróleo de 1973. O desenvolvimento dos automóveis ocorria em paralelo às discussões governamentais. O primeiro protótipo foi apresentado em novembro de 1976 no Salão do Automóvel de São Paulo. Era um exemplar do Fiat 147, novidade do evento. A versão a etanol, contudo, só chegaria às ruas em julho de 1979. A década de 1980 registrou o apogeu do carro a álcool. Em 1988, 94,4% dos automóveis produzidos no Brasil eram abastecidos com o combustível renovável. O ocaso, contudo, se aproximava. A crise veio em 1989, com usineiros pressionando por aumentos entre 45% e 50% sobre o valor do etanol distribuído aos postos. Ao mesmo tempo, o mercado internacional do açúcar, caracterizado pela volatilidade na época, passava por um ciclo de alta. O problema se estendeu por 1990, ano em que encontrar bombas com etanol disponível se tornou uma caça ao tesouro. O resultado não podia ser outro: queda nas vendas. A pioneira Fiat chegou ao fim da década de 1980 dedicando 95% da produção em Betim (MG) aos veículos a álcool. Em 1995, essa fatia havia caído para 5% do total. A gasolina era novamente protagonista. A década de 1980 registrou o apogeu do carro a álcool. Em 1988, 94,4% dos automóveis produzidos no Brasil eram abastecidos com o combustível renovável. O ocaso, contudo, se aproximava. A crise veio em 1989, com usineiros pressionando por aumentos entre 45% e 50% sobre o valor do etanol distribuído aos postos. Ao mesmo tempo, o mercado internacional do açúcar, caracterizado pela volatilidade na época, passava por um ciclo de alta. O problema se estendeu por 1990, ano em que encontrar bombas com etanol disponível se tornou uma caça ao tesouro. O resultado não podia ser outro: queda nas vendas.A pioneira Fiat chegou ao fim da década de 1980 dedicando 95% da produção em Betim (MG) aos veículos a álcool. Em 1995, essa fatia havia caído para 5% do total. A gasolina era novamente protagonista.

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Queda de preços da gasolina não é repassada por postos

Este setor de combustível é, com todo respeito, complicado. Em outubro, o Monitor de Preço de Combustível apontou alta de 0,4% na gasolina vendida nos postos, mesmo com a redução de 4,9% no preço vendido às distribuidoras pela Petrobras. Isso de postos demorarem a repassar as quedas de preços da gasolina e do diesel na refinaria tem sido comum, sem que o CADE, que deveria combater abusos do poder econômico, faça alguma coisa. Há ainda o problema da Operação Carbono, da Receita e Polícia Federal, que investiga lavagem de dinheiro do PCC e que, esta semana, interditou mais 49 postos no Norte e Nordeste. Em agosto, quando a ação foi lançada, a conta era que a lavanderia poderia alcançar, acredite, cerca de 1.100 postos. Isso afeta a imagem do setor, mesmo que a maioria aja dentro da lei.

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COP: Combustíveis renováveis unem Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte

Tão diferentes, Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte compartilham pelo menos um objetivo na agenda climática. Durante a reunião de cúpula da COP30, 19 países assinaram compromisso para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis. Apelidado de eldquo;Belém 4Xerdquo;, o compromisso visa quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. Além dos quatro países, Armênia, Chile, Guatemala, Guiné, Índia, Itália, Japão, Maldivas, México, Moçambique, Myanmar, Países Baixos, Panamá, Sudão e Zâmbia completam o heterogêneo grupo. A iniciativa foi liderada pelo Brasil, Itália e Japão. Para o governo brasileiro, a variedade e a ampla distribuição geográfica do grupo eldquo;demonstra a relevância dos combustíveis sustentáveis para a transição energética e o combate à mudança do clima nas mais diversas partes do planetaerdquo;. "A variedade, sobretudo, é o testemunho de que estamos no rumo certo e de que a causa reverbera no mundo inteiro. O grupo reúne países ricos, em desenvolvimento, pequenos, grandes, de todo o planeta. É, felizmente, um grupo diverso de paíseserdquo;, disse o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty. O Brasil tem adotado um tom, às vezes, ambíguo sobre o tema. Na abertura da cúpula de líderes da COP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Dias antes, porém, o Palácio do Planalto comemorou o avanço do licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, no Amapá.

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Governo atualiza tabela de preços médios dos combustíveis

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) divulgou nesta 2ª feira (10.nov.2025) os novos valores do PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final) de combustíveis para Estados e para o Distrito Federal. Os preços entrarão em vigor a partir de 16 de novembro e servem como base para o cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Leia a íntegra (PDF endash; 193 kB) publicada no DOU (Diário Oficial da União). A tabela apresenta preços para os seguintes combustíveis: QAV (querosene de aviação); AEHC (álcool etílico hidratado combustível ou etanol hidratado); GNV (gás natural veicular); GNI (gás natural industrial); óleo combustível. Tocantins apresenta o maior preço para o QAV, com valor de R$ 6,83 por litro. Já o Rio de Janeiro registra o menor valor para esse combustível, fixado em R$ 2,44. Para o AEHC, o Amazonas tem o preço mais elevado, chegando a R$ 5,44 por litro, enquanto São Paulo oferece o menor valor (R$ O Distrito Federal registra o GNV mais caro do país, com preço de R$ 6,78 por m³. O Amazonas tem o menor valor para esse combustível, a R$ 2,94 por m³. Só 2 Estados apresentam valores para o GNI na tabela: Amazonas (R$ 1,78/m³) e Mato Grosso (R$ 3,67/m³). Confira a tabela completa, clique aqui.

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