Ano:
Mês:
article

Maior adição de etanol faz a gasolina baixar de preço

A entrada em vigor do E30 (30% de etanol anidro na gasolina) em 1º de agosto, fez o preço do derivado de petróleo cair em 0,94% no mês passado, segundo o IBGE, que divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de setembro, o Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA). Até julho, vigorava o E27 (27% do bicombustível adicionado na gasolina). eldquo;A redução [de preços] se deve, especificamente na gasolina, [à] mistura do etanol [que] subiu para 30%erdquo;, explica, em nota, Fernando Gonçalves, gerente do IPCA do Instituto. Redução do IPCA e o Papel da Gasolina Redução do preço da gasolina ajudou na redução do IPCA O IPCA registrou deflação de 0,11% em agosto, ficando 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,26% de julho. Este foi o primeiro resultado negativo desde agosto de 2024 (-0,02%) e o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. Além da queda de 0,94% no preço da gasolina, também caíram de valor, em agosto, o etanol (menos 0,82%) e o gás veicular (menos 1,27%). Por sua vez, o óleo diesel subuiu 0,16%.

article

Operação Carbono Oculto revelou nível de sofisticação da fraude nos combustíveis, diz diretor-geral

Operação Carbono Oculto ajudou a revelar o nível de sofistifcação das fraudes no mercado de combustíveis e ressaltou a importância dos monitoramentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ressaltou o novo diretor-geral da autarquia, Artur Watt, em entrevista ao estúdio eixos na Rio Pipeline eamp; Logistics na terça-feira (09/9). eldquo;Com esse programa de monitoramento, que é relevantíssimo, você consegue pautar a sua fiscalização para você ir justamente onde é mais necessárioerdquo;, ressaltou, em sua primeira entrevista exclusiva depois que assumiu o cargo, na sexta (05/9). Assista à entrevista na íntegra acima. A operação deflagrada no final de agosto é considerada a maior ofensiva do país até hoje contra a infiltração do crime organizado na economia formal. Watt lembrou que a agência colaborou com a operação por meio da fiscalização das fraudes e da verificação da adição indevida de metanol a combustíveis e venda de produtos fora das especificações. eldquo;A ANP acompanha e coloca os seus recursos em prol desse combate, esse tipo de ilegalidade que prejudica o consumidor, prejudica o país, prejudica a sociedade em diversas esferas. A ANP busca contribuir com todo o seu aparato e expertise para o combate a esse tipo de fraudeerdquo;, disse. Nesse contexto, Watt ressaltou ainda a importância da recomposição das verbas das agências reguladoras. Segundo ele, a ANP teve uma redução orçamentária nos últimos dez anos maior do que 80% em termos reais. eldquo;É realmente um patamar muito alto de redução, que você começa a cortar na carne, no osso, e acaba tendo necessariamente redução de programas fundamentais. Então, dentre outras coisas, investimentos em informática, inteligência, tratamento de dados, está tudo suspenso, simplesmente você vai apenas seguindo com o que você já tem e vai ficando defasadoerdquo;, afirmou. Watt abordou ainda a chegada de novas tecnologias ao setor, como o hidrogênio, e os desafios regulatórios com as novas atribuições à agência. Veja a seguir os principais temas abordados na entrevista: Cortes orçamentários nas agências reguladoras; Operação Carbono Oculto e combate a fraudes nos combustíveis; Manutenção regular de leilões de áreas de exploração e produção; Reposição de reservas; Uso dos recursos do petróleo para a transição energética; Papel do gás na transição energética; Espaço para o biometano e hidrogênio no mercado; Novas atribuições regulatórias atribuídas à ANP.

article

Volvo lança recarga inteligente de carros eletrificados no País

A recarga dos veículos eletrificados está entrando na era da inteligência. A Volvo estreou, recentemente, a tecnologia Autocharge, que faz a leitura imediata da eldquo;identidadeerdquo; dos carros da marca no momento de sua conexão com os equipamentos DC (de carga rápida). O sistema é simples. O usuário ativa o Autocharge no aplicativo Volvo Car Eletropostos e, antes de iniciar a primeira recarga, faz um cadastro seguindo o passo a passo indicado no app. A partir da segunda conexão, a tecnologia funciona automaticamente, dispensando a necessidade de inserir as informações do automóvel, o que traz mais agilidade e economia de tempo na operação. eldquo;O Autocharge é uma espécie de biometria facial do automóvelerdquo;, afirma Guilherme Galhardo, head de eletrificação e digital da Volvo Brasil. eldquo;O equipamento reconhece de forma instantânea todos os dados armazenados e inicia a recarga. Nosso principal objetivo é facilitar a vida do consumidor.erdquo; Os estudos para implantar a tecnologia começaram no ano passado, juntamente com a WEG e a Enel, empresas responsáveis pelos equipamentos usados pela Volvo. eldquo;O que levou mais tempo foram os ajustes para o fornecimento de energia em vários Estados, que envolve 40 concessionárias com normativas diferentes. Em algumas localidades, às vezes nem chega energia suficienteerdquo;, destaca. INVESTIMENTO. Por enquanto, o Autocharge está disponível exclusivamente aos modelos da Volvo nos 145 conectores de carga rápida, instalados em 75 eletropostos da marca espalhados em todas as regiões do Brasil (32 na Sudeste, 20 na Nordeste, 11 na Centro-Oeste, nove na Sul e três na Norte). Eles já realizaram cerca de 196 mil recargas em um total de 3,9 milhões de kWh consumidos. Segundo a Volvo, tamanha estrutura endash; que exigiu R$ 70 milhões de investimentos endash; cobre 31 mil quilômetros de corredores e estradas do País. É possível, por exemplo, viajar de Pelotas (RS) a Jericoacoara (CE) se valendo da rede da Volvo em um percurso de mais de 5 mil quilômetros. eldquo;No segundo momento, o sistema será oferecido para carros elétricos de outras marcaserdquo;, antecipa. A novidade não provocou aumento nas tarifas de recarga para o consumidor. O preço continua R$ 4 por quilowatthora. eldquo;Os custos são altos para manter toda a infraestrutura. Ainda assim, não os repassamos para o clienteerdquo;, garante. O Autocharger se junta a outras funcionalidades presentes no aplicativo, como a localização de todos os pontos de recarga, a potência em kW dos carregadores e a possibilidade de reservar os conectores de carga rápida. BYD E TUPI. A plataforma também agrega praticidades como consultar os horários de maior movimento das estações e o nível de carga da bateria de outro veículo conectado. eldquo;Se antes de chegar ao eletroposto o motorista observar que o carro em processo de carregamento já está com 90% da bateria, então saberá que a operação termina Novidade não impactou o valor do serviço de recarga para o consumidor, que foi mantido em R$ 4 por kWh rá em poucos minutos e não precisará esperar sua vez por muito tempo. Se, por outro lado, estiver 20%, ele pode seguir viagem e procurar outro ponto de recargaerdquo;, explica Galhardo. Para o executivo, a infraestrutura de recarga ainda apresenta um campo vasto de desenvolvimento de novas soluções. A próxima cartada da Volvo deverá ser um sistema de armazenamento de energia, capaz de entregar elevadas potências de abastecimento dos veículos elétricos. Sem entrar em detalhes, Galhardo limitase a dizer: eldquo;Isso ajudará ainda mais o dono de carro elétricoerdquo;. A Volvo não foi pioneira na oferta da tecnologia da eldquo;biometriaerdquo; do automóvel. Em parceria com a BYD, a Tupi Mobilidade lançou o AutoCharger, em junho passado. O sistema é semelhante. Para usá-lo, é preciso conectar o veículo ao carregador e abrir o aplicativo BYD Recharge para fazer a validação da operação. Em seguida, o dispositivo endash; exclusivo aos modelos da fabricante chinesa endash; fará a leitura das informações do carro e enviará uma notificação ao cliente pelo app, liberando a utilização do AutoCharger. A recarga seguinte começará automaticamente apenas conectando o carro à estação, sem a obrigatoriedade de recorrer ao aplicativo. ebull;

article

Carbono Oculto cita armazenamento de metanol em terminal do porto de Santos

Relatório do Ministério Público na megaoperação Carbono Oculto aponta que o metanol trazido por importadoras para o Brasil foi armazenado em especial em dois terminais marítimos: Cattalini, no porto de Paranaguá, no Paraná; e a Ultracargo, no porto de Santos. "O produto, no entanto, não é entregue nas referidas empresas endash;ao menos não no volume indicadoemdash;, mas destinados a postos diversos, exatamente para adulteração de combustíveis veiculares", diz o PIC (Procedimento Investigatório Criminal) 1005046-26.2025.26.0050, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Quando foi deflagrada a operação, no último dia 28, procuradores disseram que a distribuição do metanol não envolvia apenas postos de bandeira branca (sem contratos com grandes marcas de combustíveis) ou pequenas distribuidoras e terminais. Empresas importantes haviam sido usadas no esquema, mesmo que involuntariamente, segundo a investigação. A Ultracargo faz parte do Grupo Ultra, com atuação nos mercados de óleo, gás, especialidades químicas e varejo, segundo seu site. A Ultracargo é citada na investigação por causa de contratos para aluguel de tanques para três distribuidoras de combustíveis: Arka, Petroworld e Monte Cabral. Em nota, a Ultracargo informa que "não possui contratos ativos com as distribuidoras Monte Cabral Distribuidora de Combustíveis Ltda., Petroworld Combustíveis S.A. e Arka Distribuidora de Combustíveis Ltda. A empresa assegura a integridade e a conformidade de suas operações por meio de rigorosos processos de diligência, e pauta suas relações comerciais pelo compromisso com a ética, transparência e estrita conformidade legal". Representantes das outras empresas não foram localizados para comentar a investigação.

article

Produção de carros cai, mas exportações têm alta

A produção de veículos teve queda de 4,8% no mês passado frente ao mesmo período de 2024, chegando a 247 mil unidades. Na comparação com julho deste ano, porém, houve alta de 3% na fabricação de veículos, entre carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus. Divulgado ontem pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, o balanço mostra que no acumulado do ano até agosto houve 1,743 milhão de veículos montados, 6% acima do volume registrado no mesmo período de 2024. Já as vendas do mês passado, de 225,4 mil veículos, caíram 5,1% no comparativo com agosto de 2024. Na margem, ou seja, de julho para agosto, as vendas contraíram 7,3%. A despeito das quedas em agosto, o crescimento no acumulado do ano é de 2,8% em relação a 2024. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, afirmou que o crescimento das vendas de veículos no País em 2025 deriva muito mais das vendas diretas (para locadoras e motoristas portadores de deficiência, por exemplo) por parte das montadoras do que da comercialização no varejo. Segundo Calvet, houve um crescimento de 12,9% nas vendas diretas, enquanto as vendas no varejo caíram 4,3%. EXPORTAÇÕES. As exportações, por sua vez, somaram 57,1 mil veículos no mês passado, uma alta de 49,3% em relação a agosto de 2024, e crescimento de 19,3% na comparação com o mês de julho. Desde o início do ano, 378,2 mil veículos foram exportados, um crescimento de 55,9% ante os oito primeiros meses de 2024. A Argentina é o principal destino das vendas de veículos ao exterior e vem puxando os resultados. O balanço da Anfavea mostra ainda que 700 vagas de emprego foram criadas nas montadoras em agosto. O setor agora emprega um total de 110,1 mil trabalhadores. ebull;

article

Carbono Oculto: secretaria da Fazenda de SP cassa inscrição de três distribuidoras de combustíveis

A Secretaria Estadual da Fazenda do Estado de São Paulo cassou a inscrição estadual de três distribuidoras de combustíveis investigadas pela Operação Carbono Oculto, que mirou fraudes e lavagem de dinheiro envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC). Duas delas são ligadas à Refit: a Estrela Distribuidora de Combustíveis e a VMR Distribuidora de Combustíveis e Lubrificantes, ambas sediadas em Jardinópolis. A cidade no interior paulista é um dos polos do comércio ilegal exposto na operação deflagrada no dia 28 de agosto. A terceira empresa com inscrição estadual cassada foi a Petroworld Combustíveis. A decisão vem na esteira da portaria publicada na última sexta-feira pela secretaria de Fazenda que estabelece critérios mais rigorosos para a concessão e alteração da inscrição estadual de empresas que atuam no setor de combustíveis. A empresa a Estrela Distribuidora teve um faturamento total de 3 bilhões entre janeiro de 2024 e maio de 2025 e movimentou 230 milhões de litros no primeiro semestre de 2025. Já a VMR teve baixa movimentação de vendas pois seria usada como eldquo;empresa reservaerdquo;, caso o outro CNPJ do grupo Refit fosse cassado. Segundo o processo administrativo, a Petroworld vendeu 175 milhões de litros em igual período em mercados como São Paulo e Goiás. Os responsáveis pela Petroworld não foram localizados. Posicionamento da Refit: A Refit esclarece que não possui qualquer vínculo societário e nunca manteve relações comerciais com a Estrela Distribuidora de Combustíveis e a VMR Distribuidora de Combustíveis e Lubrificantes. A companhia adota rigorosos mecanismos de controle em sua cadeia de distribuição a fim de impedir que seus produtos abasteçam estabelecimentos associados ao crime organizado. A Refit informa ainda que não tem operações em Jardinópolis (SP).

Como posso te ajudar?