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Malásia quer ampliar produção de petróleo no Brasil

O presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) encontraram-se com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, neste domingo (17) antes do início oficial do G20, que começa no Rio de Janeiro nesta segunda (18). A Malásia, segundo maior produtor de petróleo do sudeste asiático, quer ampliar sua participação na exploração em águas brasileiras e, para isso, quer aprovação da ANP (Agência Nacional de Petróleo) para mais duas FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento) no país. A empresa especializada em produção offshore Yinson é a responsável pelas unidades. A empresa já tem uma FPSO operante no país que presta serviço para a Petrobras. A segunda, que ainda espera aprovação da ANP, será destinada para a Brava Energia, empresa que resultou da fusão recente da 3R Petroleum com a Enauta. A Yinson e a estatal malásia Petronas têm feito movimentos nos últimos anos para aumentar a participação no Brasil por meio da aquisição de projetos. Em dezembro de 2022, por exemplo, a subsidiária da Petronas no Brasil, em parceria com outras empresas, adquiriu o bloco de exploração Águia Marinha na Bacia de Campos, durante a primeira rodada de ofertas de áreas sob o regime de partilha de produção no Brasil. Nesse consórcio, a Petronas detém 20% de participação, enquanto a Petrobras é a operadora, com 30% da fatia. A TotalEnergies possui outros 30% e a QatarEnergy, 20%. Já a Yinson anunciou em março de 2022 a aquisição de dois projetos de geração de energia eólica no Ceará, com 486 MW de capacidade instalada. A compra marcou a entrada da companhia no mercado brasileiro de geração de energia renovável. No setor de petróleo e gás, a Yinson está envolvida na construção e operação dos FPSOs . Em novembro de 2023, a Yinson celebrou a nomeação do FPSO Atlanta, com previsão de início de produção de petróleo no segundo trimestre de 2024. A companhia implantará três navios-plataforma no Brasil.

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Petróleo fecha em queda com preocupações de demanda global e dólar forte

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda acentuada hoje, permanecendo pressionados pelas persistentes preocupações sobre o cenário de demanda global, a alta dos estoques do combustível fóssil nos Estados Unidos e a valorização do dólar na semana. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,44% (US$ 1,68), a US$ 67,02 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,09% (US$ 1,52), a US$ 71,04 o barril. Ambos os contratos de referência caíram essa semana. O WTI recuou 4,7%, enquanto o Brent teve queda de 3,8% depois que o dólar subiu em relação a uma cesta de outras moedas importantes após a vitória de Donald Trump para a presidência dos EUA, tornando o petróleo denominado em dólar mais caro para compra por outros países. Enquanto isso, a desaceleração do crescimento da demanda na China, principal importador da commodity, e as perspectivas de um excedente de oferta global no próximo ano continuam a direcionar um sentimento de baixa no mercado. Os traders também têm avaliado o possível impacto de uma segunda presidência do presidente eleito nos EUA, Donald Trump: no curto prazo, o principal risco seria uma aplicação mais rigorosa das sanções contra o Irã, o que restringiria as exportações e provavelmente impediria que os preços caíssem ainda mais endash; um elemento que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) terá de levar em consideração em sua próxima reunião de dezembro. No longo prazo, o mercado está avaliando a possibilidade de o novo governo reverter algumas regulamentações climáticas e abrir mais áreas e águas para a perfuração de petróleo e gás. eldquo;Entretanto, levará algum tempo até que isso seja implementadoerdquo;, disseram os analistas do Commerzbank. eldquo;É provável que os efeitos não sejam vistos até 2026erdquo;. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Volta dos postos Texaco visa introduzir modelo de negócios diferente no país

O retorno do uso da marca Texaco pelo grupo Ultrapar visa introduzir um novo modelo de negócios no Brasil, segundo o CEO da Ultrapar, Marcos Lutz. A empresa será responsável pela comercialização e venda de combustíveis Texaco com tecnologia Techron, pela operação das lojas de conveniência Star Mart e pelo gerenciamento do serviço de troca de óleo Star Lube. A marca havia deixado o mercado brasileiro em 2005, quando a razão social mudou para Chevron Brasil. Entretanto, o retorno tem a ver com a lembrança do consumidor brasileiro tem da marca, já que estudos do grupo Ultra indicaram a Texaco como a quarta marca mais lembrada no país, após Ipiranga, Shell e BR. Clique aqui para continuar a leitura.

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Campos Neto diz que fim do trabalho 6x1 elevaria custo do trabalho e informalidade

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, criticou nesta quinta-feira (14) o projeto legislativo que busca acabar com a jornada de 6 dias de trabalho por 1 de descanso, afirmando que a proposta reduziria a produtividade e elevaria o custo da mão de obra. "O projeto dos 6 por 1 é bastante prejudicial para o trabalhador, porque vai aumentar o custo do trabalho e elevar a informalidade", avaliou Campos Neto, acrescentando que isso teria impactos na produtividade. De autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) propõe o fim da jornada em que uma pessoa trabalha seis dias por semana e folga um. O texto também reduz de 44h para 36h por semana o limite máximo de horas semanais trabalhadas. Durante participação por videoconferência no 12° Fórum Liberdade e Democracia de Vitória, promovido pelo Instituto Líderes do Amanhã, em São Paulo, Campos Neto também voltou a defender que o governo promova um ajuste fiscal, para que o país possa ter juros mais baixos de forma sustentável. "É difícil ter juros estruturais mais baixos se o fiscal não estiver organizado", afirmou. "Se a gente não entender que precisamos fazer o ajuste do lado dos gastos, acabamos fazendo... com que os prêmios de risco fiquem mais altos", acrescentou. Os comentários de Campos Neto sobre o fiscal surgem em um momento de expectativa do mercado pela divulgação, pelo governo Lula, de pacote para contenção de despesas, prometido originalmente para depois das eleições municipais. Campos Neto afirmou ainda que a desancoragem das expectativas de inflação "é a parte que gera mais preocupação hoje" e que a inflação, mais recentemente, tem demonstrado resiliência, com alguns números piores na ponta. O presidente do BC também reiterou a preocupação, no BC, de que seja feito um ciclo para reancorar as expectativas. Redução pode custar R$ 115,9 bilhões ao ano para a indústria, estima Firjan Segunda a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a redução da jornada de trabalho semanal para 36 horas, em quatro dias por semana (hoje, são 44 horas semanais em seis), pode custar R$ 115,9 bilhões ao ano para a indústria nacional. O número significaria um aumento de 15% no custo total com gastos. Em setores como extração de petróleo e gás natural, o crescimento pode ser de 19%. "Para discutirmos a redução da carga horária de trabalho, precisamos antes de melhorias no ambiente de negócios para o aumento da produtividade na economia brasileira. No cenário atual, a redução da jornada é um risco ao crescimento do nosso país", afirma Antonio Carlos Vilela, vice-presidente da Firjan, em nota.

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Copape: irmã de dono ganha aval da ANP para atuar no setor

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) autorizou a Sudeste Terminais e Armazéns Gerais a transportar produtos como gasolina, etanol e diesel entre seus terminais em Osasco (SP). A companhia é de Amine Hussein Ali Mourad, irmã de Mohamad Hussein Mourad, dono da Copape. A Copape é uma formuladora de combustível que perdeu a licença para operar há cerca de três meses. Uma investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) mostra fraudes fiscais e contábeis cometidas pelos sócios da companhia, como contabilidade criativa para diminuição da base de tributos, escrituração de créditos indevidos e sonegação de impostos. No setor, há rumores de ligação do grupo com o PCC. A empresa nega as acusações e diz que não está sob investigação do Ministério Público de São Paulo por associação com organizações criminosas. Segundo o MP, a empresa foi comprada em 2020 por intermédio de estruturas empresariais dispostas em camadas, que contou com o apoio financeiro de Mohamad Hussein Mourad, que tem antecedentes criminais por fraude na venda de combustíveis, adulteração de combustível, estelionato, posse ilegal de arma de fogo e falsidade ideológica. Segundo a autorização da ANP, a Sudeste possui 36 tanques com uma capacidade total de 3.523 metros cúbicos e pode operar as instalações do seu terminal, exceto para a movimentação de combustíveis de aviação. Concorrentes avaliam que esse movimento da Sudeste reflete a estratégia da Copape para recuperar o volume perdido com o encerramento de suas operações, algo que já tinham notado com o pedido de autorização à ANP feito pela GT Formuladora, de Himad Abdallah Mourad, outro irmão de Mourad. Localizada em Osasco (SP), a GT é apontada no mercado como sucessora da Copape. Ficam a apenas 1 km de distância uma da outra. A GT, contudo, ainda aguarda a licença de formuladora e não pode abastecer a rede de postos da região. Procurada, a ANP disse que a autorização dada para a Sudeste seguiu o rito estabelecido por resolução da agência e foi publicada somente após o cumprimento pela empresa de todos os requisitos.

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Mercado de petróleo terá sobra de 1 milhão de barris/dia em 2025

O mercado global de petróleo enfrentará um excedente de mais de 1 milhão de barris por dia no próximo ano, à medida que a demanda chinesa continua a enfraquecer, amortecendo os preços contra as turbulências no Oriente Médio e em outras regiões, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA). O consumo de petróleo na China - o motor dos mercados mundiais nas últimas duas décadas - caiu por seis meses consecutivos até setembro e crescerá este ano a apenas 10% do ritmo observado em 2023, disse a IEA em um relatório mensal nesta quinta-feira (14). O excesso global será ainda maior se a Opep+ decidir avançar com os planos de retomar a produção interrompida, quando se reunir no próximo mês, segundo a agência. Em meio à fraqueza prolongada da demanda chinesa, os preços do petróleo bruto recuaram 11% desde o início de outubro, apesar das hostilidades entre Israel e Irã, com os operadores com foco no aumento da produção nas Américas, informou a IEA, sediada em Paris. A queda antecipa um "mercado bem abastecido em 2025", acrescentou a agência. "Com os riscos de oferta sempre presentes, um equilíbrio mais frouxo proporcionaria alguma estabilidade muito necessária a um mercado abalado pela pandemia de Covid, pela invasão da Ucrânia pela Rússia e, mais recentemente, pela crescente agitação no Oriente Médio," disse a agência. Os futuros do Brent eram negociados próximos a US$ 72 o barril nesta quinta-feira. O consumo global de petróleo aumentará em 920 mil barris por dia este ano - menos da metade do ritmo observado em 2023 - para uma média de 102,8 milhões por dia, segundo o relatório. No próximo ano, a demanda crescerá em 990 mil barris por dia. "O crescimento abaixo de 1 milhão de barris por dia em ambos os anos reflete condições econômicas globais abaixo da média, com a liberação de demanda reprimida pós-pandemia já concluída," segundo o relatório. A rápida implantação de tecnologias de energia limpa também cada vez mais substitui o petróleo no transporte e na geração de energia, segundo a IEA. A agência, que aconselha as principais economias, previu no início deste ano que a demanda mundial deixará de crescer nesta década, em meio a uma mudança do uso dos combustíveis fósseis para fontes de energia renovável e veículos elétricos. Enquanto o crescimento da demanda esfria, a oferta de produtores como EUA, Brasil, Canadá e Guiana deve crescer neste e no próximo ano em 1,5 milhão de barris por dia, prevê a agência. Como resultado, a oferta mundial vai superar a demanda no próximo ano em mais de 1 milhão de barris por dia, mesmo que o cartel Opep+, formado por 23 nações, abandone os planos de retomar a produção. (Bloomberg)

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