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StoneX projeta crescimento de 1,6% no consumo de combustíveis leves em 2025

A StoneX divulgou projeções atualizadas para o mercado de combustíveis leves no Brasil, já considerando a medida de aumento de mistura aprovada pelo CNPE na última quarta-feira (25). Entre janeiro e maio, as vendas do setor cresceram 2,2% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo a retomada da circulação de veículos leves. A companhia mantém a estimativa de alta de 1,6% na demanda do Ciclo Otto em 2025, totalizando 60,6 milhões de m³. A StoneX revisou, por sua vez, as projeções para a dinâmica entre etanol hidratado e gasolina em 2025, com o biocombustível devendo registrar um share menor do que se estimava anteriormente devido a dinâmica menos competitiva frente o fóssil. Essa tendência, por sua vez, deve ser reforçada com a mudança de mistura de etanol anidro sobre a gasolina para o E30, a qual impacta a oferta do biocombustível. eldquo;Dessa forma, sob o cenário de E30 a partir do segundo semestre, estima-se um crescimento da demanda por gasolina C em 4,9% em 2025, atingindo 46,5 milhões m³. O indicador, portanto, deve superar os valores de 2023, tornando-se o melhor ano da série histórica para o consumo de gasolina Cerdquo;, destaca a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia. Etanol perde competitividade "A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. eldquo;A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. E30 impacta o mercado Com a mudança para o E30 a partir de agosto, se espera um aumento de 760 mil m³ de demanda por anidro em 2025 - já contabilizando tanto o impacto direto em si do aumento de mistura quanto a possibilidade de um incremento no consumo de gasolina frente ao etanol hidratado. Contudo, existe a possiblidade de menor consumo do etanol hidratado devido ao encarecimento do álcool, entre 0,6-0,8 milhões de m³. eldquo;Isso porque, com a ampliação na demanda por anidro, o setor produtivo precisará se reorganizar para atender o novo contexto endash; ou seja, no caso da estrutura de produção brasileira, as usinas de cana precisarão desviar seu mix produtivo do açúcar ou do hidratado para atender o consumo de anidroerdquo;, salienta Bonifácio eldquo;Nesta etapa da safra, ao passo que muitas usinas estão com quase todo o volume de exportação de açúcar já fixado, há menor flexibilidade para alterações substanciais no mix açucareiro. Assim, se espera um incremento no mix de anidro na produção de etanol, diminuindo a oferta de hidratadoerdquo;, conclui Rafael Borges.

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Preço da gasolina com mais etanol vai cair menos do que governo prevê, diz Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou em nota nesta quinta-feira, 26, que o impacto do aumento do etanol anidro na mistura da gasolina deve resultar em redução de custo da gasolina de até R$ 0,02 por litro, divergindo da estimativa de queda de até R$ 0,11 por litro, divulgada pelo governo federal. Já em relação ao óleo diesel, devido ao aumento na mistura do biodiesel de 14% para 15%, o custo deve subir até R$ 0,02 por litro, informou a entidade. A Fecombustíveis se disse preocupada com a decisão de aumentar a mistura de biocombustíveis em um momento de suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a redução das ações de fiscalização, decorrentes da limitação orçamentária. eldquo;A Fecombustíveis reforça a importância da manutenção rigorosa dos padrões de qualidade dos combustíveis, especialmente diante da elevação dos teores de etanol anidro (E30) e de biodiesel (B15)erdquo;, disse a Fecombustíveis em nota nesta quinta-feira, 26. eldquo;Neste momento, é de fundamental importância que a ANP mantenha seu papel ativo e contínuo, tanto no monitoramento quanto na fiscalização dos combustíveis para assegurar a qualidade dos combustíveis aos consumidores finaiserdquo;, concluiu. Nesta semana, a ANP anunciou que vai suspender o monitoramento da qualidade de combustíveis em julho por falta de verga.

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Postos dizem que estimativa do governo para queda no preço da gasolina é irreal

Representantes da revenda de combustíveis questionaram nesta quinta-feira (26) as projeções de queda no preço da gasolina feitas pelo governo após anunciar o aumento do percentual de etanol na mistura vendida nos postos. "É completamente irreal", afirmou o Paranapetro, que representa os postos do Paraná. "Se levarmos em conta somente os custos publicados pela Petrobras e pelo Cepea [Centro de Pesquisa Econômica Aplicada da USP], terá um reflexo de no máximo um centavo e meio para as distribuidoras." Na cerimônia em que anunciou que a gasolina passará a ter 30% de etanol a partir de agosto, o MME (Ministério de Minas e Energia) estimou um impacto de R$ 0,11 por litro. A Fecombustíveis, que reúne sindicatos de postos pelo país, diz que ficará, no máximo, em R$ 0,02 por litro. O etanol anidro representa hoje apenas 12,7% do preço final da gasolina nos postos brasileiros, segundo contas da Petrobras. O restante é composto, além da própria gasolina, por impostos e margens de lucro de distribuidoras e postos. Na semana passada, a gasolina foi vendida no país, em média, a R$ 6,23 por litro. Desse total, R$ 2,08 representam a parcela da Petrobras e R$ 0,79 são referentes ao custo do etanol anidro. Impostos estaduais e federais respondem por R$ 1,47 e R$ 0,70, respectivamente. Margens são uma fatia de R$ 1,19. A Fecombustíveis ressalta que os preços dos combustíveis são livres no país. "Por conta da complexidade de precificação (importação, biocombustíveis, CBIOs, conflitos de guerra, entre outros), os postos dependem dos valores de combustíveis repassados pelas companhias distribuidoras", disse. "A chegada desta redução mínima aos postos vai depender do repasse das distribuidoras, conforme a modalidade de compra do etanol por parte de cada companhia de distribuição. O etanol tem um mercado altamente volátil, com variações diárias", reforçou o Paranapetro. Na cerimônia de quarta-feira, o MME alegou que, com mais etanol, o Brasil passará a ser exportador de gasolina, o que pode impactar no preço interno do produto emdash;que passaria a ser vendido pelo preço de paridade de exportação e não de importação, que inclui custos de transporte. A Petrobras, porém, há tempos deixou de seguir a paridade de importação. Vem acompanhando de longe a variação dos preços internacionais, mas mantendo uma pequena defasagem no longo prazo, seguindo promessa de Lula para abrasileirar os preços dos combustíveis. Foi ajudada nestes dois anos de nova política de preços pela queda nas cotações internacionais do petróleo, o que ajuda o governo a alardear que hoje vende combustível mais barato do que no fim do governo Jair Bolsonaro (PL). Na cerimônia desta quarta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está "vencendo a batalha do preço dos combustíveis". "Isso é fundamental para manter um círculo virtuoso da economia por meio do combate à inflação", afirmou.

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Posicionamento Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) destaca seu apoio à descarbonização e à transição energética do país, por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa, a partir da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). No entanto, a Fecombustíveis reforça a importância da manutenção rigorosa dos padrões de qualidade dos combustíveis, especialmente diante da elevação dos teores de etanol anidro (E30) e de biodiesel (B15). Nesse aspecto, a entidade vê com preocupação a suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a redução das ações de fiscalização, decorrentes da limitação orçamentária. Nesse momento, é de fundamental importância que a ANP mantenha seu papel ativo e contínuo, tanto no monitoramento quanto na fiscalização dos combustíveis para assegurar a qualidade dos combustíveis aos consumidores finais. A Fecombustíveis também observa que o impacto do aumento do etanol anidro na mistura deve resultar em redução de custo da gasolina de até R$ 0,02 por litro, divergindo da estimativa de queda de até R$ 0,11 por litro, divulgada pelo governo federal. Em relação ao óleo diesel, devido ao aumento na mistura do biodiesel de 14% para 15%, o custo deve subir em até R$ 0,02 por litro. Esta Federação ressalta que o mercado de combustíveis segue o regime de preços livres em todos os elos da cadeia. Por conta da complexidade de precificação (importação, biocombustíveis, CBIOs, conflitos internacionais, entre outros), os postos dependem dos valores de combustíveis repassados pelas companhias distribuidoras. Por fim, a Fecombustíveis destaca que não interfere no setor, não sugere preços, margens ou outras variáveis presentes na composição dos preços dos combustíveis.

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Shell está em negociações para comprar rival BP, diz jornal

A Shell está em conversas iniciais para comprar a rival BP, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira (25), citando pessoas familiarizadas com o assunto. As conversas entre representantes das empresas estão ativas e a BP está considerando a abordagem cuidadosamente, acrescentou o relatório. As ações americanas da BP subiram 6,5%, enquanto as da Shell caíram 3,3%, com a notícia. A BP foi avaliada em quase US$ 80 bilhões (R$ 444 bilhões) nesta quarta, enquanto a Shell tinha uma capitalização de mercado de mais de US$ 208 bilhões (R$ 1,2 trilhão). Horas depois da reportagem do Wall Street Journal ser publicada, a Shell desmentiu que haja negociações em andamento entre as empresas. "Isso é mais especulação de mercado", disse um porta-voz da Shell. "Como dissemos muitas vezes antes, estamos fortemente focados em capturar o valor na Shell através da continuidade do foco em desempenho, disciplina e simplificação", disse um porta-voz da Shell. Os possíveis termos de qualquer acordo não são conhecidos e uma fusão está longe de ser acertada, disse a reportagem. O CEO da Shell, Wael Sawan, repetidamente disse nas últimas semanas que a Shell tinha um padrão muito alto para grandes aquisições e que recomprar ações da Shell era uma melhor alocação de dinheiro quando questionado sobre a possibilidade de um acordo com a BP.

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Petróleo sobe, recuperando parte da perda após tombo em 2 dias, com tensões no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 25, recuperando uma pequena parte das perdas que sofreram nos dois últimos dias, quando tombaram fortemente seguindo a diminuição dos prêmios de risco pelas tensões no Oriente Médio. Na ausência de novos desdobramentos que potencialmente afetem os fluxos da região, outros temas tendem a voltar a dominar as atenções, com destaque para as cotas de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para agosto fechou em alta de 0,85% (US$ 0,55), a US$ 64,92 o barril. O Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,39% (US$ 0,26), a US$ 66,43 o barril. Os contratos futuros sofreram uma rápida queda após um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Irã, acumulando recuo de mais de 10% na semana. Trump afirmou não acreditar que um acordo nuclear com o Irã seja necessário após os ataques norte-americanos às instalações nucleares de Teerã, mas que haverá negociações na próxima semana. Ele também sinalizou que não impediria a China de comprar petróleo iraniano. O Irã confirmou que as três centrais nucleares atacadas pelos EUA no fim de semana sofreram graves danos. eldquo;Nossas instalações nucleares forma gravemente danificadas, com certezaerdquo;, disse o porta voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, em entrevista à Al Jazeera, sem dar mais detalhes. Segundo a Bloomberg, a Rússia está aberta a outro avanço de produção na próxima reunião da Opep+, se o cartel considerar esse aumento necessário, de acordo com uma pessoa familiarizada com a posição do país. A parceria de Moscou com a Opep+ é muito importante e a Rússia buscará uma solução que seja aceitável para todo o grupo na reunião de 6 de julho. Os oito membros da aliança envolvidos nas negociações podem considerar outro aumento para agosto. Enquanto isso, os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 5,836 milhões de barris, a 415,106 milhões de barris na semana passada, informou nesta quarta-feira o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor, de 1,3 milhão de barris. (Estadão Conteúdo)

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