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Petrobras eleva em 3,8% preço do querosene de aviação em dezembro

A Petrobras elevou em 3,8% preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido a distribuidoras a partir desta segunda-feira (1º), informou a companhia em nota. O ajuste de dezembro corresponde a um aumento de R$ 0,13/litro em relação ao preço de novembro. Em março, a estatal reduziu o preço do QAV em 5,9%, queda de, aproximadamente, R$ 0,25 por litro. "No acumulado do ano, o aumento é de 1,3%, o que corresponde a um acréscimo de R$ 0,05/litro, comparando com o preço em dezembro de 2024", explicou a petroleira. Os ajustes do QAV da Petrobras ocorrem todo começo de mês, conforme previsto em contratos. A Petrobras destaca que sua atuação no mercado de QAV se dá exclusivamente na venda do produto para distribuidoras, sejam refinados em suas unidades ou importados. As distribuidoras, por sua vez, são responsáveis por transportar e comercializar o combustível para empresas aéreas e outros consumidores finais nos aeroportos, além de revendedores. A infraestrutura de abastecimento e instalações nos aeroportos é gerida pelas distribuidoras e revendedores. Na última semana, a estatal aprovou um orçamento de US$ 109 bilhões (R$ 580 bilhões) para os próximos cinco anos, 1,8% inferior ao vigente no plano anterior. Embora a queda no valor global seja pequena, houve um corte de 7% no valor da carteira de projetos firmes. O plano foi recebido com desconfiança pelo mercado financeiro, especialmente sobre os primeiros anos, em que a Petrobras terá menos flexibilidade para cortar investimentos, com risco de impacto do baixo preço do petróleo sobre os dividendos.

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Queda nas vendas de veículos no segundo semestre assusta montadoras

As vendas de veículos leves e pesados registraram queda em novembro, o que deve comprometer o resultado esperado para 2025. Foram emplacadas 253,5 mil unidades no último mês, uma queda de 10,7% na comparação com outubro, segundo dados baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Em relação a novembro de 2024, a queda é de 8,2%. Os resultados puxaram para baixo o crescimento no acumulado do ano, que agora está em 1,1% emdash;até outubro, a alta era de 2,2%. Mas esse não é o índice que mais preocupa. O problema maior está na desaceleração no segundo semestre. Entre julho e novembro, foram comercializados 1,21 milhão de veículos no Brasil, uma retração de 2,3% na comparação com o mesmo período de 2024. Representantes da indústria já demonstram preocupação com dezembro, que historicamente é o mês mais forte de vendas no ano. A queda é atribuída principalmente ao impacto da Selic (taxa básica de juros do país) sobre o custo do crédito e ao orçamento das famílias. Dados da Peic, pesquisa sobre endividamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), mostrou que o percentual de famílias que possuíam contas em atraso alcançou 30,5% em setembro, o maior valor da série histórica. Em agosto, a Anfavea (associação das montadoras) revisou as perspectivas para o ano. A entidade projetou um crescimento de 5% nas vendas, sendo que o número divulgado anteriormente previa uma alta de 6,5%. Agora, há o receio de o ano fechar no mesmo patamar de 2024 ou, no pior cenário, registrar queda. A retração no mercado de veículos novos ocorre em meio à alta geral nos parcelamentos. Segundo dados da B3, a Bolsa de Valores do Brasil e operadora do SNG (Sistema Nacional de Gravames), foram financiadas 697 mil unidades em outubro, o maior volume para o mês desde 2007. Entretanto, o dado reúne também as motocicletas e os carros usados, que são os principais responsáveis pelo resultado. Entre as montadoras associadas à Anfavea, a preocupação está na perda de participação de mercado em meio à chegada das concorrentes chinesas. A General Motors, por exemplo, registrou uma queda de 13,2% nas vendas entre janeiro e outubro em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados são da Fenabrave (associação que reúne os distribuidores de veículos). No caso da GM, o período sem grandes lançamentos é uma das justificativas para o resultado. Espera-se pela retomada em 2026, com a chegada do SUV compacto Chevrolet Sonic. Todas as montadoras aguardam por melhores condições de crédito. É esperado ainda que a implementação do IPI Verde, que entrou em prática em novembro, ajude a melhorar a rentabilidade e a diminuir um pouco os preços praticados no varejo.

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ANP adota nova forma de divulgação de dados de incidentes

ANP adotou nova forma de apresentação de informações de dados de incidentes ocorridos nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural (Eeamp;P) no site da Agência. A principal mudança é a divulgação da operadora e da instalação onde ocorreu o incidente, imediatamente após o recebimento da notificação do incidente pela ANP. Anteriormente, essas informações eram divulgadas somente após a conclusão da investigação do incidente, nos relatórios de investigação. A alteração atende à Decisão da Diretoria da ANP no. 319, de 29/05/2025, e visa assegurar o acesso à maior quantidade de dados relativos a incidentes na área da segurança operacional, proporcionando mais transparência a todas as partes interessadas, como agentes regulados, trabalhadores e a sociedade em geral. Os dados podem ser consultados em: Dados Abertos de Incidentes de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural Painel Dinâmico de Incidentes em Exploração e Produção

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Petrobras: Ampliação vai quase triplicar postos de trabalho em refinaria em Pernambuco, diz Magda

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou nesta segunda-feira, 1º, que, com a conclusão do trem 2 da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a unidade vai ser capaz de processar 260 mil barris de petróleo por dia quando as obras estiverem concluídas. O lançamento da obra será na terça-feira, 2, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. eldquo;Ampliar essa refinaria é gerar empregos. Hoje temos 5,7 mil trabalhadores contratados, e a expectativa é de que chegue a 15 mil postos de trabalho, além de outras 10 mil que serão contratadas em paradas de manutenção ao longo do quinquênio do nosso Plano de Negócioserdquo;, disse a executiva, ressaltando que a Petrobras vai qualificar trabalhadores pelo programa eldquo;Autonomia e Rendaerdquo;. eldquo;Temos 7,5 mil vagas desse programa para Pernambucoerdquo;, informou em evento online antes de embarcar para Pernambuco. Magda informou que, do volume total processado, 70% será diesel S-10, menos poluente, e os 30% restantes serão divididos entre gasolina, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e nafta. O gerente executivo de Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia da Petrobras, Flávio Casa Nova, informou que, as obras em andamento na refinaria somam R$ 8 bilhões. O ano de conclusão da obra, segundo o gerente-geral da refinaria, Marcio Maia, é 2029. Além do segundo trem de processamento de petróleo, a Abreu e Lima vai ganhar uma usina solar fotovoltaica de 12 megawatts (MW) para o abastecimento próprio. Impacto no Porto de Suape A ampliação da refinaria vai aumentar também a parceria da Petrobras com o Porto de Suape, disse a CEO. Atualmente, a estatal já é responsável por 81% da movimentação do porto, informou a executiva. eldquo;Nesse porto (Suape) a gente pode dizer que a Petrobras opera 81% da movimentação. Quando a gente fala em expansão da refinaria, estamos falando da expansão das atividades da Petrobraserdquo;, disse Magda.

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Parte da demanda energética da expansão da Rnest será atendida por energia solar, diz Petrobras

A Petrobras vai instalar uma usina solar fotovoltaica para atender à demanda energética da expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Com potência de 12 megawatts (MW), a usina terá capacidade de suprir cerca de 10% do aumento do consumo de energia da refinaria. A cerimônia de aumento da capacidade de processamento da Rnest está marcada para terça-feira (2/12), com presença do presidente Lula e da presidente da estatal, Magda Chambriard. Apesar da redução do investimento em projetos de energia eólica e solar com relação ao plano anterior, o Plano Estratégico 2026-2030 da estatal prevê investimento de 1,7 GW até 2030. Em coletiva na sexta-feira (28/11), Chambriard destacou que a instalação de geração solar será prioritariamente nas refinarias, para consumo próprio, visando a liberação de gás para o mercado. A Petrobras está finalizando a instalação de uma usina solar fotovoltaica na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A partir de 2027, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e a Refinaria de Capuava (Recap) também devem realizar quase toda a operação com energia solar. Expansão da Rnest Atualmente, a Rnest produz 130 mil barris/dia de petróleo. Com a expansão, que deve ser finalizada em julho de 2029, a refinaria chegará na capacidade máxima projetada: 260 mil barris/dia. Após a expansão, a projeção é que 70% da capacidade da refinaria seja utilizada para gerar diesel S10, o que atenderá 17% da demanda nacional pelo combustível. Os outros 30% serão distribuídos em gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP) e nafta. Ao todo, serão investidos R$ 8,3 bilhões na expansão. O valor está distribuído em nove contratos com empresas como a Consag, Tenenge, CPL, Possebon, Tecnosonda e Schneider Eletric. A refinaria é considerada a mais moderna da estatal, com um nível de automação muito grande, segundo a companhia.

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Silveira diz esperar que Senado mude PL antifacção aprovado na Câmara

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) afirmou nesta segunda-feira (1º/12) que espera uma revisão no PL antifacção por parte do Senado em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados. A declaração foi dada após cerimônia de comemoração ao dia do delegado, no Senado. Silveira, que foi delegado e diretor-geral da Polícia Civil de Minas Gerais, disse que a versão aprovada pelos deputados enfraquece em alguns pontos a atividade da Polícia Federal. eldquo;Há uma grande preocupação por parte do governo federal e da PF com o texto que foi redigido pela Câmara e enviado, agora, sob relatoria do senador Alessandro Vieira (MDB/RS)erdquo;, frisou o ministro. As principais críticas incidem sobre a possível redução de recursos para a PF e sobreposição de leis. O governo reclama de ter que dividir fundos que seriam destinados à PF com polícias estaduais, assim como não concorda com o conceito de eldquo;organização criminosa ultraviolentaerdquo;, pois considera abrir margem para conflito de interpretações. Entre idas e vindas, a versão que passou pela Câmara teve seis versões de relatório, apresentadas pelo deputado Guilherme Derrite (PP/SP). Antes de assumir a relatoria, ele era secretário de Segurança Pública do governo de Tarcísio de Freitas (PP/SP), em São Paulo. Derrite havia se afastado do governo de SP justamente para relatar o projeto antifacção, fortalecido por uma agenda de segurança pública após a mega operação Carbono Oculto, que teve como alvos empresas do setor de combustíveis e do mercado financeiro. Em entrevista à Globo News nesta segunda (1º), o deputado disse que pretende relatar novamente o projeto após a passagem do projeto pelo Senado. "O projeto enfraquece um trabalho tão fundamental ao combate ao topo da pirâmide ao crime organizado, que é a lavagem de dinheiro para poder a gente repreender e asfixiar o crime organizado no Brasilerdquo;, criticou Silveira. Todas as versões de relatório apresentadas por Derrite foram duramente criticadas pelo governo. eldquo;Foi o Lula quem mandou o projeto com conceito fundamental da caracterização do tipo penal de facção criminosaerdquo;, disse o líder do governo, deputado José Guimarães (PT/CE), ao criticar a retirada do trecho que, segundo ele, era a espinha dorsal do texto. O que diz o projeto O substitutivo tipifica várias condutas comuns de organizações criminosas ou milícias privadas e atribui a elas pena de reclusão de 20 a 40 anos em um crime categorizado como domínio social estruturado, praticados por eldquo;grupos ultraviolentoserdquo;. O texto considera facção criminosa toda organização criminosa ou mesmo três ou mais pessoas que empregam violência, grave ameaça ou coação para controlar territórios, intimidar populações ou autoridades. O enquadramento vale ainda quando atacarem serviços, infraestrutura ou equipamentos essenciais e também se praticarem ocasionalmente eldquo;quaisquer atoserdquo; destinados à execução dos crimes tipificados no projeto. De acordo com o texto, será crime de domínio social estruturado a prática, independentemente de suas razões ou motivações, das seguintes condutas por integrante de organização criminosa, paramilitar ou milícia privada: utilizar violência ou grave ameaça para intimidar ou constranger a população ou agentes públicos para controlar território; impedir, obstruir ou criar embaraços à atuação das forças de segurança pública, à perseguição policial ou às operações de manutenção da ordem utilizando-se de barricadas, bloqueios, incêndios ou destruição de vias; impor, com violência ou grave ameaça, qualquer tipo de controle social para o exercício de atividade econômica, comercial, de serviços públicos ou comunitários; usar explosivos, armas de fogo ou equipamentos para assaltar instituições financeiras, bases de transportadoras de valores ou carros-fortes ou mesmo para dificultar a atuação da polícia; promover ataques, com violência ou grave ameaça, contra instituições prisionais; danificar, depredar, incendiar, destruir, saquear, explodir ou inutilizar, total ou parcialmente, meios de transporte; tomar ou sabotar aeronaves com exposição de vidas a perigo ou comprometendo a segurança da aviação civil; sabotar ou tomar, total ou parcialmente, portos, aeroportos, estações e linhas férreas ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos e outras instalações de serviços públicos essenciais, como energia elétrica ou refinarias; interromper ou acessar informações sigilosas para obter vantagem de qualquer natureza em sistemas de bancos de dados públicos ou serviços de comunicações governamentais ou de interesse coletivo; empregar ou ameaçar usar armas de fogo, explosivos, gases tóxicos, venenos, agentes biológicos, químicos ou nucleares, expondo a perigo a paz e a incolumidade pública; e restringir, limitar ou dificultar a livre circulação de pessoas, bens e serviços, públicos ou privados, sem motivação legítima reconhecida por leis. O substitutivo prevê, ainda, a apreensão prévia de bens do investigado, com possibilidade de perda do bem antes do trânsito em julgado. Também impõe restrições, como a proibição de ser beneficiado por anistia, graça ou indulto, fiança ou liberdade condicional. As pessoas condenadas por esses crimes ou mantidas sob custódia até o julgamento deverão ficar obrigatoriamente em presídio federal de segurança máxima se houver indícios concretos de que exercem liderança, chefia ou fazem parte de núcleo de comando de organização criminosa, paramilitar ou milícia privada. Foram rejeitados destaques apresentados pela base governista que mantinham o direcionamento de recursos de bens apreendidos com o crime organizado para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), assim como a reinclusão de trecho do texto original com dispositivo sobre aumento de pena, perda de bens e acesso a dados dos investigados mantidos em bancos de dados públicos ou privados. *Com informações da Câmara dos Deputados

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