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ANP assina acordo com agência reguladora do Mato Grosso do Sul

A ANP firmou hoje (16/6) acordo de cooperação com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS). O acordo foi assinado pela Diretora-Geral interina da ANP, Patricia Baran e pelo presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, no Escritório Central da ANP, no Rio de Janeiro. Para atingir seus objetivos, o acordo prevê a execução de estudos sobre a regulação das atividades da indústria do gás natural nos âmbitos estadual e federal, além do aprofundamento dos debates sobre o Programa do Novo Mercado de Gás, instituído pelo governo federal. Adicionalmente, as instituições também tratarão da regulação do aproveitamento do biogás de distintas origens. A AGEMS tem como atribuições a regulação e a fiscalização dos serviços de interesse público de natureza econômica, de competência do Estado do Mato Grosso do Sul, atuando para que os serviços prestados pelas operadoras delegadas, públicas ou privadas, sejam adequados para o atendimento de seus mercados, assegurando a qualidade desses serviços a preços justos e os direitos dos usuários. Exerce, também, a função de mediação de conflitos entre as operadoras delegadas (concessionárias, permissionárias ou autorizatárias) e os usuários, e entre as próprias empresas dos setores regulados. O acordo com a AGEMS se soma a outros já firmados pela ANP com outras agências reguladoras estaduais: Agenersa (RJ), Agrese (SE) e Arsepam (AM). Os acordos podem ser consultados na página Acordos de Cooperação Técnica.

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em nove unidades da Federação (9 a 12/6)

Entre os dias 9 e 12/6, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em nove unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacaram-se ações da ANP em parceria com outros órgãos no Rio Grande do Sul: uma com Inmetro e Polícia Civil, com foco em postos de combustíveis; e outra com a Polícia Civil, concentrada em revendas de GLP (gás de cozinha). Veja abaixo mais informações sobre essas operações, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou cinco postos de combustíveis, quatro revendas de GLP e um transportador-revendedor-retalhista (TRR) no período, nas cidades de Porto Alegre, Campo Bom, Novo Hamburgo, Canoas, Ivoti e Santo Antônio da Patrulha. Em força-tarefa com Inmetro e Polícia Civil, em Campo Bom e Novo Hamburgo, um posto da segunda cidade recebeu auto de infração por não manter em perfeito estado de funcionamento as bombas e tanques, comercializar gasolina aditivada e gasolina comum fora das especificações da ANP e comercializar GNV sob pressão máxima acima da permitida pela legislação, que é de 220 bar. Foram interditados três tanques e 12 bicos abastecedores de gasolina, com 27 mil litros do produto apreendidos, bem como interditado um bico de GNV. Em ações somente da ANP, dois postos de Santo Antônio da Patrulha sofreram autos de infração e interdição. O primeiro comercializava óleo diesel S500 fora das especificações, tendo um bico e um tanque interditados, e fornecia gasolina comum em quantidade menor do que a indicada na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;), tendo um bico desse produto interditado. No segundo, foi identificado óleo diesel S10 fora das especificações, gerando interdição de dois bicos e um tanque. Nos dois postos, foram apreendidos, no total, 13 mil litros de óleo diesel. Em Canoas, um TRR foi autuado por comercializar óleo diesel S500 comum fora das especificações da ANP. Em ação conjunta com a Polícia Civil em Porto Alegre, uma revenda de GLP foi autuada por utilizar veículo de transporte como ponto fixo de venda e não exibir painel de preços nem quadro de avisos. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas seis amostras de combustíveis para análises em laboratório. Bahia Foram fiscalizados 30 postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis, seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), uma revenda de GLP e um agente não regulado, nos municípios de Salvador, Formosa do Rio Preto, Luiz Eduardo Magalhães, Barreiras, Dias De#39;Ávila, Simões Filho, São Sebastião do Passé, Correntina, Angical, Buritirama Camaçari e Lauro de Freitas. Em Angical, a ANP atuou em conjunto com o Ministério Público estadual e a Polícia Militar. Foram lavrados autos de infração e interdição em um posto de combustíveis de Camaçari e outro de Dias De#39;Ávila, por não atenderem às normas mínimas de segurança exigidas por lei. Em Buritirama, uma revenda de GLP sofreu auto de infração e foi interditada por não possuir autorização para o exercício da atividade. Foram lavrados autos de infração, sem interdições, ainda, em outros oito postos, nos municípios de Salvador, Luiz Eduardo Magalhães, Dias De#39;Ávila, Camaçari e Lauro de Freitas, por: utilizar equipamento em desacordo com as normas da ANP; possuir equipamentos em más condições de uso e conservação; não realizar a drenagem do fundo dos tanques de armazenamento; não prestar ao consumidor as informações exigidas por lei; e apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas 14 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Maranhão No estado, a ANP atuou em parceria com o Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq-MA) nas cidades de São Luís, Itapecuru-Mirim, Matões, Peritoró, Colinas e Jatobá. Foram fiscalizados 21 postos de combustíveis, três revendas de GLP e um agente não regulado. Dois postos de combustíveis sofreram autos de infração e interdição, em Matões e Colinas, por exercerem a atividade sem autorização da ANP. Em um deles, foram apreendidos 9.797 litros de combustíveis. Também em Colinas, foram lavrados autos de infração e de interdição em uma revenda de GLP por exercer a atividade sem autorização da Agência e não atender às normas de segurança exigidas por lei. Foram apreendidos seis botijões de 13kg. Outros 11 postos receberam autos de infração nos municípios fiscalizados no período por motivos como: operar bombas sem a utilização de dispositivos de segurança mínimos e obrigatórios; não funcionar no horário mínimo determinado pela ANP; não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; comercializar combustíveis automotivos para outro revendedor varejista; e não realizar análise da qualidade do combustível exigida por lei. Foram coletadas seis amostras de combustíveis para análise em laboratório. Mato Grosso Um posto de combustíveis foi fiscalizado em Várzea Grande, em conjunto com o Procon Municipal, não sendo encontradas irregularidades. Minas Gerais Foram fiscalizados 31 postos de combustíveis e oito revendas de GLP. Os fiscais estiveram nas cidades de Belo Horizonte, Campos Altos, Conceição dos Ouros, Heliodora, São Gonçalo do Sapucaí, Carlos Chagas, Itambacuri, Malacacheta, Nanuque, Serra dos Aimorés, Teófilo Otoni, Acaiaca, Carangola, Divino, Fervedouro, Matipó, Ouro Preto, Ponte Nova, Rio Casca, São João do Manhuaçu, Teixeiras e Uberlândia. Na última, as ações foram realizadas pelo Procon Municipal, por meio de acordo de cooperação com a ANP. Dois postos de Nanuque sofreram autos de infração e de interdição, por comercializarem gasolina fora das especificações quanto ao percentual de etanol. Em Serra dos Aimorés foram apreendidos 53 litros de lubrificantes sem registro na ANP. Em Fervedouro, foram lavrados auto de infração e interdição em um posto de combustíveis por comercializar gasolina fora das especificações quanto ao percentual de etanol, fornecer menos combustível do que o registrado na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;) e armazenar combustível fora de tanques subterrâneos. Um posto sofreu autos de infração e interdição em Uberlândia por fornecer menos combustível do que o registrado na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;), não identificar no equipamento medidor a origem do combustível comercializado e não apresentar documentos obrigatórios. Em Divino, uma revenda de GLP sofreu interdição por não possuir autorização da ANP para o exercício da atividade Outros sete postos de combustíveis receberam autos de infração em Malacacheta, Nanuque, Divino, Fervedouro, Matipó, São João do Manhuaçu e Teixeiras, por motivos como: funcionar sem autorização da ANP; comercializar gasolina fora das especificações quanto ao percentual de etanol; não possuir equipamentos obrigatórios para os testes de qualidade e volume dos combustíveis; não identificar na bomba a origem do combustível comercializado; estar com os dados cadastrais desatualizados na ANP; possuir painel de preços em desacordo com a legislação; comercializar combustível em vasilhames não certificados pelo Inmetro; exibir marca comercial de distribuidor estando cadastrado como bandeira branca; e apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com as normas. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Foram coletadas 19 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Pará A ANP realizou operação conjunta com a Secretaria da Fazenda (SEFA-PA), em Santarém. Foram fiscalizados seis transportadores-revendedores-retalhistas na navegação interior (TRRNIs) e uma distribuidora de combustíveis. Foi aplicado auto de infração em um TRRNI por estar operando como transportador-revendedor-retalhista (TRR). Outro TRRNI, que se encontrava com inscrição estadual suspensa, foi autuado e teve 7 mil litros de óleo diesel marítimo e 3 mil litros de gasolina apreendidos. Uma distribuidora de combustíveis recebeu auto de infração por estar com biodiesel fora de especificação, no quesito teor de água. O tanque foi interditado e foram apreendidos 417.015 litros do produto. Rio de Janeiro Foram fiscalizados nove postos de combustíveis nas cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Piraí. Na capital, um posto sofreu auto de infração e interdição parcial de uma bomba de GNV com pressão de abastecimento acima da máxima permitida. Também foi lavrado auto de infração em outro posto por romper ou ocultar lacre e/ou faixa de interdição da ANP. Em Piraí, em ação conjunta com a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), um posto recebeu auto de infração e sofreu interdição parcial de duas bombas e um tanque de gasolina por comercializar e armazenar esse combustível fora das especificações exigidas por lei. Foram apreendidos 10.150 litros de gasolina Não foram encontradas irregularidades em Nova Iguaçu. No estado, foram coletadas nove amostras de combustíveis para análise em laboratório. Santa Catarina No período, a ANP atuou em força-tarefa com Polícia Civil, Instituto de Metrologia de Santa Catarina (IMETRO/SC), Secretaria de Estado da Fazenda e Procon Estadual, nas cidades de Florianópolis, Penha, Porto Belo, Laguna, Içara e Forquilhinha. Três postos sofreram autos de infração em Penha, Içara e Forquilhinha, por: não comunicar à ANP alterações em seu cadastro dentro do prazo legal; não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); não realizar drenagem nos tanques de óleo diesel S10; e não possuir equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Em Forquilhinha, foi coletada uma amostra de combustível para análise em laboratório. Em ação individual, a ANP fiscalizou ainda um transportador-revendedor-retalhista (TRR) em Itajaí, que sofreu auto de infração por comercializar óleo diesel S500 fora das especificações da Agência. São Paulo A ANP fiscalizou 39 postos de combustíveis, uma distribuidora de asfalto, uma distribuidora de combustíveis, seis revendedores de óleo lubrificante acabado e dois terminais. Os fiscais estiveram na capital e em outras 19 cidades: Campinas, Américo Brasiliense, Jundiaí, Araraquara, Barueri, Artur Nogueira, São Bernardo do Campo, Cedral, Indaiatuba, Guarulhos, Paulínia, Matão, São José do Rio Preto, Itápolis, Osasco, Votuporanga, Valentim Gentil, Ribeirão Preto e Mirassol. Parte das ações foi realizada em conjunto com o Procon Estadual (em Cedral, São José do Rio Preto, Votuporanga, Valentim Gentil e Mirassol), com a Polícia Civil de Campinas e com o Instituto de Pesos e Medidas de Ribeirão Preto. Na capital, foram apreendidos 228 litros de óleo lubrificante acabado em um revendedor de lubrificantes e 16 litros em outro por falta de registro do produto na ANP. Em Indaiatuba, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e teve uma bomba de etanol e outra de gasolina comum interditados por comercialização em quantidade menor do que a registrada ("bomba baixa"), além de não efetuar regularmente a drenagem do tanque de diesel e o registro dos resultados encontrados na verificação semanal. Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros dez postos, nos municípios de Campinas, Jundiaí, Araraquara, Barueri, São Bernardo do Campo, Matão, Osasco e Ribeirão Preto, por motivos como: não cumprir notificação; não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; desatualização cadastral; possuir tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis não interligados às bombas; não identificar na bomba o fornecedor do combustível comercializado; exibir painel de preços com irregularidades; não manter no estabelecimento documentos obrigatórios; exibir marca comercial estando cadastrado na ANP como bandeira branca; e não exibir, na identificação do combustível, o nome fantasia dos fornecedores. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Foram coletadas 30 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades." Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Brasil oferece 172 blocos para exploração de petróleo em leilão nesta terça (17); veja onde estão

O Brasil realiza nesta terça-feira (17) mais um leilão de concessão de áreas para exploração de petróleo, com foco em fomentar expansão da atividade para novas fronteiras onde ainda não há produção nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul. O leilão é alvo de protestos de organizações ambientalistas internacionais que pedem pela redução da queima de combustíveis fósseis e alertam para riscos à biodiversidade. Na semana passada, o Ministério Público Federal pediu a exclusão das áreas oferecidas na bacia da Foz do Amazonas. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) vai oferecer ao mercado 172 áreas, a grande maioria em bacias onde ainda não há produção, como Pelotas, no Rio Grande do Sul, Parecis, no Mato Grosso, e Foz do Amazonas, no Amapá. Há também blocos na bacia potiguar, no Rio Grande do Norte, cuja porção em águas profundas também é vista vista como nova fronteira e pode atrair interesse depois que a Petrobras confirmou duas descobertas de petróleo na região, ainda em avaliação. Dentre as bacias brasileiras hoje produtoras, apenas Santos terá blocos oferecidos no leilão, mas em áreas fora do chamado polígono do pré-sal, onde estão as maiores reservas brasileiras de petróleo. As áreas foram escolhidas a partir de manifestação de interesse de empresas do setor, segundo o modelo vigente nos leilões de petróleo brasileiros hoje, conhecido como oferta permanente. Pelotas e Parecis atraíram grande interesse no último leilão brasileiro, em 2023. A primeira guarda semelhanças geológicas com regiões na costa da África que tiveram grandes descobertas de petróleo recentemente. A segunda tem potencial para descobertas de gás em uma região distante dos principais gasodutos brasileiros e com grande crescimento nos últimos anos. Já a Foz do Amazonas é considerada pelo setor a principal aposta para a renovação das reservas brasileiras de petróleo após o esgotamento do pré-sal, o que deve começar a ocorrer no início da próxima década. Por outro lado, é alvo de protestos de ambientalistas, que alertam para os riscos da atividade em uma região de elevada sensibilidade ambiental. A Petrobras vem há anos esbarrando em resistência da área ambiental do governo para perfurar o primeiro poço em águas profundas na região. Na sexta-feira (13), a ANP informou que 12 empresas declararam interesse em áreas e apresentaram garantias para fazer ofertas nos leilões. Outras 31 empresas foram habilitadas para participar como sócias em consórcios. Entre elas estão empresas de grande porte emdash;como a Petrobras, a americana ExxonMobil, a francesa TotalEnergies, a inglesa Shell, a norueguesa Equinor e as estatais chinesas CNOOC e CNODCemdash; além de petroleiras independentes. O presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, avalia que o conflito entre Israel e Irã pode aumentar o interesse de empresas de petróleo pela busca por reservas em regiões menos instáveis do ponto de vista geopolítico, o que favoreceria o Brasil. "O que está acontecendo hoje no Oriente Médio tem um fator de aumento de preço [do petróleo], que sempre estimula empresas a buscar novas reservas", afirmou. "Preço é elemento fundamental na decisão das empresas de buscar outras áreas exploratórias." Em meio aos protestos contra o leilão às vésperas da COP30, Ardenghy defende que o aumento do risco geopolítico reforça a importância do leilão, já que novas novas reservas garantiriam a segurança energética do país por um prazo mais longo. "O Brasil tem relação entre reserva e produção de 13 a 14 anos. Isto é, se deixar de encontrar petróleo, teríamos reservas para apenas 14 anos", argumenta, dizendo que nos Estados Unidos, por exemplo, são 50 anos. "Não é uma situação muito confortável [no Brasil]. Em torno de 20 a 25 anos seria bem mais confortável."

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Etanol cai em 13 estados e é competitivo em seis

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 13 estados, subiram em 5 e ficaram estáveis em 8 estados e no Distrito Federal na semana de 8 a 14 de junho. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela AE-Taxas. Nos postos pesquisados e#8203;e#8203;pela ANP em todo o país, na comparação com a semana anterior, o preço médio do etanol cedeu 0,71%, para R$ 4,21 o litro. Em São Paulo, principal produtor, consumidor e com mais postos avaliados nos estados, a cotação média caiu 1,24%, de R$ 4,04 para R$ 3,99 o litro. A maior queda percentual na semana, de 1,31%, foi registrada em Goiás, onde o litro passou de R$ 4,57 para R$ 4,51. A maior alta no período, em Rondônia, foi de 5,23%, para R$ 5,23 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,36 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi distribuído em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,83, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em 6 estados O etanol foi avaliado mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 8 a 14 de junho. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 67,68% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP elaborado pela AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (69,75%); Mato Grosso (62,68%); Mato Grosso do Sul (65,67%); Minas Gerais (68,86%); Paraná (68,15%) e São Paulo (65,63%). (Estadão Conteúdo)

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Caminho está aberto para adoção do B15 na próxima reunião do CNPE, diz deputado Arnaldo Jardim

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP) afirmou que a adoção do B15 (mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil) deve ser aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deve ocorrer na última semana do mês. Segundo ele, isso pode resultar graças a avanços que incluem a fiscalização e o não combate à adulteração de combustíveis. eldquo;Agora vamos conseguir andar para o B15erdquo;, disse o parlamentar à imprensa nos bastidores do seminário Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCBrasil), nesta segunda-feira (16/6). Segundo ele, o impasse anterior emdash; que impede o avanço do B14 para o B15 emdash; foi justificado por estudos ainda pendentes e pela preocupação com fraudes na migração do combustível. eldquo;Eles alegaram que não ia de B14 para o B15 por razões de estudos e porque estavam preocupados com um grau grande de adulteraçãoerdquo;, afirmou. De lá para cá, três medidas foram tomadas, segundo seu relato: o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), convocou uma reunião com a Polícia Federal (PF) para abordar as fraudes, o setor se comprometeu a doar equipamentos à ANP para intensificar a fiscalização e o Congresso Nacional aprovou mudanças legislativas para apoiar as punições. Com o caminho destravado para o B15, Jardim defende que o país avance também no cronograma até o B20 e já comece os estudos para misturas superiores. eldquo;Hoje, o padrão tecnológico e os estudos já realizados dão o sinal verde para esse avanço até o B20erdquo;, afirmou. eldquo;De B20 para frente, aí sim, é necessário um estudo mais profundo.erdquo; Além do biodiesel, Arnaldo comentou que a Comissão de Transição Energética, que ele preside, trabalha na construção de uma legislação para combustíveis marítimos, em linha com as normas já em discussão na Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês). eldquo;Assim como fizemos com os combustíveis do futuro e os da aviação, vamos trabalhar uma legislação específica para o combustível marítimo.erdquo;

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Guerra Israel x Irã afeta a Petrobras? Veja o que dizem analistas

Apesar da recente volatilidade dos preços do petróleo gerada pelos ataques entre Israel e Irã, que favorece as empresas produtoras de petróleo, analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast não esperam impacto material para a Petrobras. O cenário, até aqui, também não deve trazer mudanças para os preços praticados pela estatal. eldquo;Apesar de informações sobre novos ataques entre Israel e Irã, já vemos uma normalização nos preços no mercado internacional, a níveis praticados há um mês. O real também se mantém em níveis saudáveis, reforçando o que foi sinalizado para os investidores há dois meseserdquo;, observa João Daronco, analista CNPI da Suno. Para André Nogueira, analista de petróleo na Mantaro Capital, a queda nos preços da commodity (matéria-prima em dólar), que nesta segunda-feira, 16, fechou cotada a US$ 73,23 o barril tipo Brent, redução de 1,35% em relação à véspera, após cair quase 4% pela manhã, parece refletir uma probabilidade menor de uma disrupção de navegabilidade no Oriente Médio. eldquo;Mas ainda é cedo para dizer. O mercado está reagindo dia a diaerdquo;, complementa. De modo geral, os eventos recentes mais uma vez colocaram em evidência o Estreito de Ormuz, única rota marítima de saída do Golfo Pérsico para a maioria dos exportadores de petróleo do Golfo. Olhando para trás, no entanto, o Irã nunca fechou o Estreito, lembra a Mirabaud, gestora suíça que atua no Brasil como multifamily office (gestora de patrimônio). O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), Roberto Ardenghy, porém, lembra que o Estreito de Ormuz é muito sensível e passam por lá, diariamente, 20 milhões de barris de petróleo. eldquo;O agravamento da tensão ali, pode fazer com que haja uma medida mais radical (por parte do Irã), como fechar Ormuzerdquo;, ressalta. Qual é o impacto para os dividendos? Na avaliação do Santander, a Petrobras poderia ter rendimentos mais altos se os preços do petróleo pudessem ser sustentados em níveis elevados por mais tempo. Ainda assim, eventuais rendimentos não seriam capazes de ter o mesmo efeito para os dividendos, a exemplo do que se viu no início do conflito entre Rússia e Ucrânia, observa Daronco, da Suno. eldquo;No início do conflito no leste europeu, a Petrobras fez sua maior distribuição de dividendos, mas a empresa estava em processo de desinvestimento e com o endividamento controlado. O cenário atual é diferente, com o caixa sendo consumido por níveis mais altos de endividamento e dando pouco espaço para dividendos extraordinários robustoserdquo;, afirma. Se por um lado a tensão entre os dois países tende a ser positiva para as vendas da estatal brasileira, ela ainda não é suficiente para fazer a empresa rever os preços dos combustíveis. Conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço de paridade de importação (PPI) acumula aumento de R$ 0,02 por litro desde o mais recente reajuste nos preços da gasolina e de R$0,56 por litro no diesel vendidos pela Petrobras, defasagens médias de 5% e 12%, respectivamente. Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, é necessário que a commodity ultrapasse US$ 90 e mantenha o patamar para que haja algum nível de pressão para reajustes. eldquo;A Petrobras segue com sua política de aguardar e compreender se os movimentos, de fato, indicam uma mudança de patamar para adotar algum reajuste e o mercado espera por issoerdquo;. Para Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, eldquo;é difícil imaginar o Irã sustentando por muito tempo um ambiente de tensão elevada com Israel mantendo soberania completa sobre os céus de Teerã.erdquo; Segundo ele, Washington pode, a qualquer momento, optar por ampliar o apoio militar a Israel caso o Irã resista a avançar com o diálogo no que tange ao que restou do seu programa nuclear. eldquo;Cabe destacar que o governo norte-americano já manifestou interesse em preços mais baixos do petróleo, o que reforça a leitura de que a administração Trump tem incentivo adicional para conter a escalada regional e preservar a estabilidade do mercado energéticoerdquo;, explicou. Arbetman destacou ainda, que o fluxo de navios pelo Estreito de Ormuz emdash; responsável por cerca de 20% do comércio global de petróleo emdash; apresentou apenas uma leve redução até o momento, eldquo;o que reforça a leitura de que, até o momento, não há interrupções materiais no escoamento da commodityerdquo;, afirmou.

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