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EUA saem do Acordo de Paris e acabam com política de incentivo a veículos elétricos

Os Estados Unidos vão sair novamente do Acordo de Paris, anunciou Donald Trump no discurso de posse como presidente nesta segunda (20/1). O país também vai declarar eldquo;emergência energética nacionalerdquo; para buscar ampliar as atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Sob o primeiro governo de Trump, de 2017 a 2021, os EUA já haviam deixado o acordo, que prevê esforços para reduzir o aquecimento global. É um movimento significativo para as metas globais, dado que se trata do principal produtor de petróleo do planeta e segundo maior emissor de gases de efeito estufa. Em um aceno aos trabalhadores da indústria automobilística, Trump também anunciou que vai acabar com o mandato que limitava a poluição do escapamento de carros e que, na prática, incentiva a adoção de veículos elétricos. Prometeu também acabar com o eldquo;Green New Dealerdquo;, política que nunca chegou a ser implementada, mas que foi parcialmente acatada com o eldquo;Inflation Reduction Acterdquo; no governo de Joe Biden. eldquo;A América será uma nação manufatureira novamente e nós temos algo que nenhum outro país jamais terá: a maior reserva de petróleo e gás do mundo. Vamos usá-laerdquo;, disse. Trump atribuiu o crescimento da inflação ao aumento dos preços da energia. Prometeu, assim, ampliar as perfurações de poços de petróleo e gás para reduzir os preços, completar as reservas estratégicas do país e exportar. eldquo;Seremos uma nação rica novamente e esse elsquo;ouro líquidoersquo; abaixo dos nossos pés vai nos ajudar com issoerdquo;, afirmou. Preço do barril. Os contratos futuros de petróleo registraram queda na segunda-feira (20/1), em um dia marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos. O petróleo WTI para março era negociado com recuo de 1,24%, cotado a US$ 76,43 o barril. Já o Brent para o mesmo mês caiu 0,79%, sendo negociado a US$ 80,15 o barril. ExxonMobil e Chevron. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos proibiu a ExxonMobil de nomear o ex-CEO da Pioneer, Scott Sheffield, para seu conselho de diretores ou equipe de gestão; e a Chevron de nomear o CEO da Hess, John Hess, para atuar no conselho da companhia. As ordens resolvem preocupações antitruste sobre as negociações da compra da Pioneer Natural Resources pela ExxonMobil por US$ 60 bilhões e a aquisição da Hess pela Chevron por US$ 53 bilhões. Hidrogênio branco. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) publicou o primeiro mapa com prováveis áreas para exploração de hidrogênio natural, também chamado de geológico ou branco, no país. A representação cartográfica aponta que grande parte do território norteamericano reúne condições ideais para prospeção do gás. Opinião: O ano de 2024 consolidou bases para o hidrogênio de baixa emissão e projetou o Brasil como líder global na transição energética, escreve a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado. Transmissão. A EPE e o Ibama firmaram um acordo de cooperação técnica para promover a integração técnica no planejamento e no licenciamento de linhas de transmissão. Combustíveis no Brasil. O etanol foi mais competitivo do que a gasolina em sete estados e no Distrito Federal na semana passada (12 a 18 de janeiro). Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,8% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Reidi. O MME aprovou o enquadramento no regime da planta de biometano do aterro sanitário de Igarassú, em Pernambuco. O aterro da ValorGás Energia Igarassu I tem capacidade para produzir 45,76 mil m³/dia do gás. A estimativa dos valores de bens e serviços isentos pelo Reidi é de R$ 91,94 milhões.

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Aval a petróleo na margem equatorial vence em 2025, e ala ambiental quer barrar renovação

O fim da validade de autorização ambiental pode levar o governo a retirar do cardápio quase metade das novas áreas disponíveis para exploração e produção de petróleo no país, incluindo todas aquelas localizadas na chamada margem equatorial, principal aposta das petroleiras em busca de novas reservas. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) corre para tentar licitar os blocos antes de junho, quando expiram manifestações conjuntas do MME (Ministério de Minas e Energia) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) que permitem a oferta das áreas. O imbróglio afeta não só a margem equatorial, mas também as bacias de Pelotas, Espírito Santo, Paraná, Parecis e Tucano. Se as manifestações perderem a validade, a oferta das áreas dependerá de nova autorização, cada vez mais difícil diante de resistência da área ambiental para licenciar blocos em áreas consideradas sensíveis. Um grupo de trabalho formado por MMA, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) concluiu neste mês, por exemplo, que 31 blocos da bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, precisam sair da oferta permanente, independente das autorizações antigas. O motivo é a preocupação com o ecossistema da região, considerado de extrema sensibilidade ambiental e com sobreposição a áreas de conservação com espécies ameaçadas de extinção e com áreas relevantes para a pesca, incluindo o arquipélago de Fernando de Noronha. A bacia Potiguar está incluída na chamada margem equatorial, alvo de embate entre as áreas energética e ambiental do governo, intensificado após sucessivas negativas a pedido de licenciamento ambiental para um poço da Petrobras na costa do Amapá. Essa região é vista com grande interesse pelas petroleiras após descobertas gigantes de petróleo na Guiana e no Suriname, que teriam características geológicas semelhantes. Mas o Ibama ainda não se convenceu dos planos da Petrobras para mitigar danos de eventual vazamento. A oferta permanente de áreas para exploração de petróleo no país é uma espécie de prateleira com os blocos disponíveis, que são levados a leilão pela ANP após manifestações de interesse das petroleiras. O quinto ciclo da oferta permanente de áreas de concessão (fora do pré-sal) tem 332 blocos disponíveis, 69 deles na margem equatorial: 47 na bacia da Foz do Amazonas, considerada a mais promissora; 17 na bacia Potiguar; 4 na bacia Pernambuco-Paraíba; e 1 na bacia do Ceará. Nesta segunda-feira (14), a ANP divulgou nota dizendo que manifestações de interesse para 156 deles devem ser feitas até o dia 6 de fevereiro, para garantir tempo hábil para a licitação antes do fim da validade das manifestações conjuntas que autorizam a oferta. Caso contrário, diz, esses blocos "serão retirados do edital". "Neste caso, para serem incluídos novamente, precisariam retornar ao processo de obtenção de diretrizes ambientais", disse a agência reguladora. O setor de petróleo vê esse risco com grande preocupação, já que o prazo necessário para a obtenção das novas diretrizes poderia impactar a atividade de exploração de petróleo no país por anos. "De fato, caso não sejam emitidas novas manifestações ou prorrogada a atual, a margem equatorial ficará sem blocos disponíveis para oferta", disse, em nota, o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que representa as grandes petroleiras com operações no Brasil. O instituto ressalta, porém, que a dificuldade para obter licenças para perfuração na margem vem impactando o apetite das empresas pela região. "É preciso haver confiança que, uma vez arrematados os blocos, as empresas poderão pôr em prática seus programas exploratórios, perfurando poços." E pode ter efeitos sobre o esforço da ANP para agilizar licitações. "O fato de as licenças ambientais para perfuração de poços na Margem Equatorial ainda não terem sido concedidas constitui um fator que abala a confiança do setor e pode desestimular as empresas a manifestarem interesse pelos blocos em oferta." Procurado, o MME não havia respondido a pedido de entrevista até a publicação deste texto. O MMA disse que a proposta de retirada dos 31 blocos da bacia Potiguar responde a resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que determina análise ambiental antes de inclusão de blocos na oferta permanente. "Tal processo de análise técnica é realizado em estreita colaboração entre o MMA e o MME, sendo parte comum das atividades previstas para garantir que as decisões sejam baseadas em critérios técnicos sólidos", afirmou.

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Trump vai favorecer combustíveis fósseis, mas é improvável reviravolta em energia limpa

A resistência de Donald Trump às políticas climáticas de Joe Biden são bastante conhecidas, mas ninguém sabe ao certo se o novo presidente dos Estados Unidos terá, de fato, poder legal e político para caçar os incentivos fiscais da administração passada aos produtores de energia limpa. Por outro lado, é praticamente certo que o republicano impulsionará a produção de combustíveis fósseis no país. Trump disse nesta segunda-feira (20), durante seu discurso de posse, que vai declarar emergência nacional na área de energia devido aos custos crescentes no setor, que pressionam a inflação no país. O republicano afirmou também que aumentará as perfurações de poços de petróleo. Ele disse que os EUA "têm mais petróleo e gás do que qualquer nação no mundo, e nós vamos usar isso," "Vamos reduzir os preços, reabastecer nossas reservas estratégicas até o topo e exportar energia americana para todo o mundo." No fim do dia, o republicano revogou uma ordem de Biden que estabelecia que carros elétricos deveriam representar metade das vendas de veículos novos nos Estados Unidos até 2030. Quem monitora os avanços da transição energética no mundo se preocupa com potenciais alterações que Trump poderá fazer no IRA, a Lei de Redução da Inflação sancionada por Biden em 2022 e responsável por injetar US$ 400 bilhões em projetos de energia limpa nos EUA até o final da década. A lei prevê vários incentivos para a produção de combustíveis alternativos a petróleo, gás e carvão. Na lista, por exemplo, estão incentivos fiscais para cada três quilos de hidrogênio verde produzido nos EUA e créditos de US$ 15 para cada MWh (megawatt-hora) de energia nuclear e de até US$ 7.500 para a compra de veículos elétricos. Os aportes têm sido fundamentais para atrair empresas da indústria verde aos Estados Unidos, hoje bem atrás da China nesse segmento. De acordo com o grupo americano E2, fundado por empresários de vários setores, até agosto do ano passado, ao menos 334 grandes projetos já haviam sido aprovados a partir de benefícios da lei, movimentando US$ 126 bilhões e gerando quase 110 mil empregos. Esses números, aliás, são os fatores que fazem alguns analistas duvidarem de que Trump terá capital político suficiente para rever os incentivos da lei. Até porque, 60% dos projetos anunciados até então foram hospedados em estados comandados pelos republicanos endash;que também receberam 85% dos recursos investidos. Nas prioridades elencadas por Trump para o novo governo, conforme documento publicado no site da Casa Branca nesta segunda, um dos itens diz que o presidente irá libertar a produção de energia ao encerrar as políticas de "extremismo climático" de Biden. Assim, caso Trump opte por enviar ao Congresso americano proposições que impactem esses recursos, é provável que ele enfrente resistência dos próprios aliados na Câmara e no Senado endash;as duas casas são comandadas agora pelo Partido Republicano. "Acho muito difícil que o Trump consiga zerar os efeitos do IRA, até porque os projetos estão em operação. Ele pode dar uma roupagem nova, mas os investimentos vão continuar acontecendo", diz Patricia Ellen, especialista em descarbonização e cofundadora da AYA Earth Partners. Ela ressalta que desestímulos à legislação afetariam a cadeia global da indústria verde, gerando consequências para outros países. "O que nos confunde nesse novo momento é que tudo pode ser dito e isso deixa os investidores muito perdidos. Se sai um anúncio dizendo que isso foi congelado, há um efeito imediato nocivo no setor porque, mesmo que a regra não tenha saído, todo mundo para de se movimentar", acrescenta. Em uma análise divulgada no fim do ano passado, a consultoria Wood Mackenzie, especializada em transição energética, apontou ser inevitável que os EUA retrocedam em suas ambições climáticas, mas apontou eventuais dificuldades que Trump terá caso opte por suspender o IRA. Ainda assim, mesmo que o Congresso não acabe com os incentivos, Trump poderia modificar cronogramas de créditos fiscais, mecanismos de financiamento e bônus adicionais da lei endash;ou seja, a legislação não está totalmente imune às resistências do novo presidente. A Wood Mackenzie estima que esses possíveis ajustes e o aumento de taxas de importação prometidas por Trump têm potencial de reduzir em um terço as implantações de energias renováveis no país nos próximos anos. O maior impacto deve ser na indústria eólica, que Trump já criticou várias vezes; o presidente eleito comparou turbinas eólicas a lixos e disse, sem comprovação científica, que elas matam baleias. É provável que o novo governo desestimule os investimentos em energia eólica offshore, quando as turbinas eólicas são instaladas em alto mar. Segundo a Wood Mackenzie, no entanto, esses impactos não mudarão o cenário de longo prazo, já que quase 25 GW (gigawatts) de projetos em desenvolvimento já estão licenciados ou em estágios finais de licenciamento. Já a energia solar deve continuar a todo vapor, à medida que é improvável que a demanda por painéis solares diminua endash;ao menos no curto prazo. "Com investimentos em manufatura concentrados em estados republicanos, acreditamos que os créditos para manufatura avançada permanecerão intactos e cerca de 7 GW de manufatura solar provavelmente avançarão", diz David Brown, diretor do serviço de transição energética da Wood Mackenzie em uma análise divulgada no final do ano passado. Na indústria automotiva, espera-se que o governo Trump revise as metas estipuladas por Biden no ano passado para os fabricantes de veículos reduzirem suas emissões. A legislação de Biden tem o objetivo de diminuir pela metade as emissões de dióxido de carbono de veículos leves em 2032, em comparação com 2026, empurrando as empresas em direção aos veículos elétricos. A lei começaria a valer a partir de 2027, mas é provável que Trump a suspenda. Apoiador da indústria de combustíveis fósseis, o republicano deve incentivar a produção de petróleo, gás natural e carvão endash;justamente os três maiores emissores de poluentes, responsáveis pelo aquecimento global. Trump deve, por exemplo, suspender a legislação de Biden que estipulava metas de emissões para as usinas termelétricas. Ele também prometeu encerrar a pausa da administração de Biden na concessão de novas licenças para exportar GNL para países sem um acordo de livre comércio com os EUA. Trump ainda deve facilitar os requerimentos de exploração de petróleo e dar mais segurança aos investidores dessa indústria. "No discurso, a gente vai ver um crescimento muito grande de retomada da energia fóssil, inclusive porque manter uso de combustível fóssil cria uma saída fácil para as empresas de inteligência artificial, que estavam num desafio muito grande de lidar com a necessidade desproporcional e crescente que eles têm hoje de energia e água", diz Ellen. Já no cenário global, a entrada de Trump na Casa Branca deve diminuir os recursos transferidos do governo americano para bancos multilaterais dedicados à pauta ambiental. Quando Trump estava no poder, os Estados Unidos gastavam cerca de US$ 600 milhões em alocações financeiras internacionais para projetos climáticos, bem menos do que os US$ 11 bilhões anuais do governo Biden. O republicano, inclusive, já prometeu sair do Acordo de Paris, que obriga os países a reportar suas emissões anualmente. Isso sem falar na influência da pauta do republicano no direcionamento dos investimentos privados. Nas últimas semanas, por exemplo, os maiores bancos americanos anunciaram a saída de alianças globais ambientais endash;o que não necessariamente afeta as alocações em projetos climáticos, mas dificulta a criação de padrões internacionais de financiamento. Ainda assim, apesar de toda a retórica de Trump, é difícil cravar qual será o novo contexto da transição energética sob o governo do republicano. Principalmente porque os democratas, com Biden, conseguiram fazer da pauta algo benéfico para a economia americana. "O Acordo de Paris é uma crença na questão climática, mas a transição energética é algo posto. E se o Trump excluir essa temática, ele corre o risco de tirar ainda mais a competitividade americana na transição energética. E quem está indo muito bem nisso é a China; não existe painel solar tão barato quanto o da China, não existe bateria tão barata quanto a da China e não existe carro elétrico tão barato quanto o da China", diz Luciana Antonini Ribeiro, fundadora da eB Capital. "O Trump é louco, pero no mucho", brinca ela. QUAIS INCENTIVOS E RESTRIÇÕES ESTÃO NA MIRA DE TRUMP Eletricidade limpa Trump deve desestimular a energia eólica offshore ao restringir recursos e limitar novos arrendamentos. Além disso, ele pode rever créditos fiscais e mecanismos do IRA que incentivam fontes limpas. Veículo elétrico É provável que o republicano revise as metas de redução de emissões dos veículos criadas por Biden. Petróleo e gás Trump vai suspender os limites de emissões impostos por Biden para termelétricas e voltará a permitir a exportação de GNL para países sem acordo de livre comércio com os EUA. Também deverá simplificar a concessão de poços de petróleo em terras federais. Bancos multilaterais Se seguir o último mandato, é provável que Trump diminua os recursos destinados para bancos multilaterais compromissados com a pauta climática. Acordo de Paris Trump deverá retirar, mais uma vez, os EUA do Acordo de Paris.

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Trump assume sob expectativa de alta global dos preços do petróleo

O republicano Donald Trump inicia seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20/1), em meio a uma tendência de alta nos preços do barril de petróleo no curto prazo. Nos últimos dias, a commodity chegou a ter um alívio, após o anúncio do cessar-fogo entre Israel e Hamas. No entanto, as restrições dos EUA ao suprimento na Rússia e a expectativa de novas sanções ao Irã tendem a afetar a oferta global e a impactar os preços. Trump prometeu reduzir os custos de energia no país e estimular a indústria de exploração de produção de petróleo e gás. Também tem criticado fontes de energia renováveis, como a geração eólica. O antecessor, Joe Biden, anunciou nas suas últimas semanas como presidente um veto a atividades de Eeamp;P em milhares de hectares no país. Para o Brasil, os receios recaem sobre os impactos nos preços dos combustíveis. É importante lembrar que a cotação do diesel e da gasolina dependem não apenas do preço do barril no mercado internacional, mas também da variação do dólar endash; que, no fim das contas, sofre impactos das políticas do novo presidente dos EUA, sobretudo na área comercial. Desde 2023, a Petrobras passou a adotar uma política em que leva em consideração também fatores como o custo de oportunidade e as alternativas concorrentes disponíveis para definir a precificação dos combustíveis. Ainda assim, depois dos movimentos do mercado nas últimas semanas, os preços da companhia indicam forte defasagem endash; similar aos patamares que levaram a reajustes nos últimos anos.

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Petróleo recua com foco em medidas de Trump e tensão no Oriente Médio

Os contratos futuros de petróleo registraram queda nesta segunda-feira (20/1), em um dia marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora os mercados em Nova York não tenham operado devido ao feriado, investidores acompanharam de perto os primeiros sinais e decisões da nova administração para o setor energético. Trump declarou uma emergência nacional com o objetivo de ampliar a produção de energia e reverter medidas de combate às mudanças climáticas implementadas pelo ex-presidente Joe Biden. A Casa Branca também anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris. No cenário internacional, as atenções estiveram voltadas para a redução das tensões no Oriente Médio após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 15h15 (horário de Brasília), o petróleo WTI para março era negociado com recuo de 1,24% (US$ 0,96), cotado a US$ 76,43 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,79% (US$ 0,64), sendo negociado a US$ 80,15 o barril. Durante a cerimônia de posse no Capitólio, Trump prometeu reforçar a reserva estratégica de petróleo do país. eldquo;Vamos perfurar, baby, perfurarerdquo;, afirmou, em referência a sua política de liberar novas perfurações. O presidente também responsabilizou a gestão anterior pela eldquo;inflação recordeerdquo; e declarou que sua administração adotará medidas enérgicas para controlar os preços. A Casa Branca sinalizou a revisão de regulamentos considerados onerosos para a produção e o uso de energia. Segundo Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, a recuperação de 20% nos preços do petróleo desde dezembro enfrenta resistência acima dos US$ 80 por barril. Ela observa que o cessar-fogo de seis semanas entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza contribuiu para aliviar os preços nesta segunda-feira (20/1), embora os riscos geopolíticos permaneçam, com Trump buscando pressionar grandes produtores como Rússia, Irã e Venezuela. A Associação Internacional de Energia (IEA, em inglês) projeta que a oferta global não deve exceder a demanda este ano, o que deve sustentar os preços. No domingo (19), o cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor após atrasos devido à divulgação tardia pelo Hamas dos nomes de reféns que seriam libertados. Israel havia condicionado a suspensão dos ataques à entrega da lista, conforme o acordo firmado. Expectativa de alta global O republicano inicia seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20/1), em meio a uma tendência de alta nos preços do barril no curto prazo. No entanto, as restrições dos EUA ao suprimento na Rússia e a expectativa de novas sanções ao Irã tendem a afetar a oferta global e a impactar os preços. Trump prometeu reduzir os custos de energia no país e estimular a indústria de exploração de produção de petróleo e gás. Também tem criticado fontes de energia renováveis, como a geração eólica. O antecessor, Joe Biden, anunciou nas suas últimas semanas como presidente um veto a atividades de Eeamp;P em milhares de hectares no território americano. No Brasil No mercado brasileiro, os receios recaem sobre os impactos nos preços dos combustíveis. É importante lembrar que a cotação do diesel e da gasolina dependem não apenas do preço do barril no mercado internacional, mas também da variação do dólar endash; que, no fim das contas, sofre impactos das políticas do novo presidente dos EUA, sobretudo na área comercial. Desde 2023, a Petrobras passou a adotar uma política em que leva em consideração também fatores como o custo de oportunidade e as alternativas concorrentes disponíveis para definir a precificação dos combustíveis. Ainda assim, depois dos movimentos do mercado nas últimas semanas, os preços da companhia indicam forte defasagem endash; similar aos patamares que levaram a reajustes nos últimos anos. (Com informações do Estadão Conteúdo)

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Como as montadoras de veículos tentam atrair mais consumidores

O mercado automotivo brasileiro, que responde por 20% do PIB industrial, deu um salto no ano passado, com aumento de 9,7% na produção. Para animar o consumidor a gastar, o investimento em marketing já havia subido no ano anterior, na faixa de 25%. Neste ano, a projeção do setor é produzir 6,3% mais, enquanto as estratégias de marketing seguem em constante revisão. Isso porque as montadoras tradicionais têm novas rivais, em especial as marcas chinesas, e boa parte do público jovem não tem o carro como sonho de consumo. A televisão ainda é um canal relevante para o setor, mas assim como outras empresas de consumo, a comunicação das montadoras passou a ser feita em diversos canais como digital, eventos, mobiliário urbano etc. No ano passado, cinco montadoras investiram mais de R$ 330 milhões em publicidade televisiva em São Paulo, segundo a Tunad, empresa que captura sinais de TV aberta e paga. O executivo de estratégia e operações da Tunad, Ricardo Monteiro, diz que eldquo;as duas montadoras chinesas BYD e GWM [focadas em veículos elétricos] vieram com força. E TV paga mostra forte atividadeerdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui.

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