Ano:
Mês:
article

ANP autoriza Mercedes-Benz a testar B30

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a Mercedes-Benz a utilizar, em caráter experimental, diesel com adição de 30% de biodiesel (B30) em três veículos na unidade da empresa em Iracemápolis (SP). A agência determinou que o volume mensal não pode ultrapassar 30 mil litros. A autorização é válida até outubro de 2028 e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (1°/10). Segundo a companhia, o combustível será distribuído pela Raízen e o objetivo da utilização é verificar o envelhecimento acelerado dos componentes dos veículos. Atualmente, a parcela mínima de biodiesel exigida no diesel é de 15% (B15). A iniciativa da montadora segue um movimento de outras empresas que estão testando percentuais mais elevados do biocombustível cuja principal matéria prima é o óleo de soja. Recentemente, a Vale também obteve autorização para utilizar, em caráter experimental, B30 a B50 em veículos que operam nas minas de Mariana (MG). A mineradora pode usar até 240 mil litros por mês e tem autorização válida até fevereiro de 2027. Já a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a EcoRodovias iniciaram, no último mês, os testes para avaliar o rendimento e a confiabilidade do uso de biodiesel puro (B100) no abastecimento da frota. Os testes vão durar 12 meses e serão aplicados em 4 caminhões Volkswagen: um Meteor 29.530 (guincho), dois Delivery 11.180 (guincho) e um Constellation 17.190 (pipa). O objetivo é compreender a eficiência do combustível de origem vegetal aplicado à realidade de operação rodoviária, avaliando desempenho, consumo, impacto no ciclo de manutenção dos veículos (como desgaste do motor e substituição de peças) e confiabilidade em situações reais de trabalho.

article

Petrobras e Amazon assinam acordo para estudar combustíveis menos poluentes em logística no Brasil

A Petrobras assinou um acordo com a unidade da Amazon no Brasil com vistas a desenvolver e implementar soluções de combustíveis de baixa emissão de carbono em atividades de logística no país, informaram as companhias em um comunicado nesta quarta-feira (1º). Dentre os assuntos que serão estudados, as empresas poderão adotar programas-piloto, por meio dos quais combustíveis de baixa emissão de carbono podem ser integrados à rede de transporte da Amazon. A iniciativa vem em momento em que a petroleira tem buscado oportunidades de venda direta de combustíveis para grandes consumidores, de forma a acessar uma maior parcela do mercado e se reaproximar dos clientes finais, após ter vendido a BR Distribuidora, chamada atualmente de Vibra Energia, em anos passados. Em Memorando de Entendimento (MOU), as companhias estabeleceram diretrizes para identificar oportunidades que aproveitariam a experiência em energia da Petrobras junto à rede logística, tecnologia e compromisso com a descarbonização da Amazon Brasil, disseram as empresas. A Amazon ressaltou que tem como compromisso alcançar emissões líquidas zero de carbono em todas as suas operações até 2040 e, para isso, será fundamental descarbonizar sua rede de transporte. Já a Petrobras reiterou que atualmente produz e comercializa o Diesel R, com 5% de conteúdo renovável, a partir do coprocessamento nas refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e na Presidente Bernardes (RPBC), em São Paulo. (Reuters)

article

Gasolina e diesel recuam nos postos em setembro, enquanto etanol sobe, mostra ValeCard

O preço médio da gasolina e do diesel recuou em setembro nos postos do Brasil, enquanto o do etanol hidratado subiu, apontou nesta quarta-feira uma pesquisa da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos. O valor médio da gasolina entre 1º e 26 de setembro foi de R$6,37 por litro, com leve queda de 0,02% ante o mesmo período do mês anterior, mostrou a pesquisa, que teve como base pagamentos realizados nos postos da rede credenciada, de mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país. Já o diesel S-10, combustível mais comercializado no Brasil, caiu 0,14%, a R$6,298 por litro no período analisado, disse a ValeCard. "Setembro trouxe um quadro de alívio nos combustíveis, com gasolina e diesel em queda em 19 Estados", disse o diretor de Mobilidade e Operações da ValeCard, Marcelo Braga, em nota. "A combinação entre petróleo mais fraco lá fora e ajustes regionais de custos e impostos explica o movimento -- e também porque ainda vemos altas localizadas." Braga ressaltou que a tendência é de recuo, mas o repasse ocorre em ritmos diferentes entre os Estados. Em contrapartida, o valor médio do etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, subiu 0,75% entre 1º e 26 de setembro, ante o mesmo período de agosto, para R$4,442 por litro, informou a ValeCard. (Reuters)

article

Produção de petróleo do Brasil sobe 16,6% em agosto, Búzios ultrapassa Tupi

A produção brasileira de petróleo somou 3,896 milhões de barris por dia (bpd) em agosto, aumento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2024, em mês no qual o campo de Búzios no pré-sal superou Tupi como o maior produtor do Brasil, informou nesta quarta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Búzios, na Bacia de Santos, produziu 821,88 mil bpd, ultrapassando, pela primeira vez, Tupi, ícone da produção do pré-sal, mas que já está em declínio. Havia a expectativa de que Búzios superasse Tupi neste ano, de acordo com informações da Petrobras, a operadora do campo, que tem como sócias as chinesas CNOOC e CNODC, na medida em que mais unidades produtoras foram instaladas. O campo, o mais produtivo do país com seis unidades produtoras instaladas, deve contar com uma sétima plataforma, a P-78, em breve --ela chegou ao campo na terça-feira. A nova instalação tem capacidade de produção de 180 mil barris/dia de óleo. Na comparação com o mês anterior, contudo, houve uma queda de 1,6% na produção de petróleo do Brasil. A produção de gás natural em agosto, por sua vez, foi de 188,9 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Houve queda de 1% frente a julho e aumento de 18,2% na comparação com agosto de 2024. Do total produzido de gás, apenas 68,69 milhões de metros cúbicos/dia ficaram disponíveis ao mercado, com quase 100 milhões sendo reinjetados nos campos produtores. A produção total do Brasil, somando petróleo e gás natural, foi de 5,084 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), mantendo o patamar acima dos 5 milhões de boe/d, alcançado pela primeira vez em julho, segundo a ANP. O pré-sal representou 79,4% de toda a produção brasileira, somando 4,033 milhões de boe/d, volume que representou uma redução de 1,1% em relação ao mês anterior e um crescimento de 16,5% na comparação com o mesmo mês de 2024. A produção de petróleo da Petrobras, como consorciada, atingiu 2,43 milhões de bpd em agosto, um salto anual de aproximadamente 18,6%. A Shell, segunda produtora no país, teve cerca de 397.147 bpd, ante 380.944 bpd no mesmo mês do ano passado. (Reuters)

article

Petróleo fecha em queda com estoques além do esperado nos EUA e shutdown do governo

Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira, 1º de outubro, novamente em queda, após os estoques de petróleo nos EUA subirem muito além do esperado na semana passada, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Investidores também ponderaram a incerteza gerada pela paralisação do governo dos EUA e a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumentar sua produção novamente em novembro. O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,95% (US$ 0,59), a US$ 61,78 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), perdeu 1,03% (US$ 0,68), a US$ 65,35 o barril. Os estoques de petróleo nos EUA subiram 1,792 milhões de barris, a 416,546 milhões de barris na semana passada, de acordo com o DoE. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal projetavam alta bem menor, de 300 mil barris. Contrastando com o dado desta quarta, a pesquisa do American Petroleum Institute (API) mostrou na terça-feira que o volume de petróleo bruto estocado no país sofreu queda de 3,67 milhões de barris na semana passada. Segundo a Ritterbusch and Associates, os mercados em geral estão impactados pela incerteza gerada pela paralisação do governo dos EUA. Preocupações de áreas como o Mar Negro e a situação entre Israel e Gaza também continuam a influenciar os cálculos dos traders, acrescenta. eldquo;A necessidade de injetar um prêmio geopolítico adicional no complexo de energia existirá em qualquer diaerdquo;, afirma a empresa, pontuando que a recente venda de futuros de petróleo bruto parece exagerada. Além disso, expectativa de que a Opep+ concorde em avançar a produção novamente em sua próxima reunião, prevista para domingo, aumentam as preocupações sobre o excesso de oferta, diz o MUFG endash; embora o cartel já tenha negado a informação. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

article

Governo autoriza leilão de campos do pré-sal que deve arrecadar R$ 14,8 bilhões

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovou nesta quarta-feira a realização de um leilão que deve arrecadar R$ 14,8 bilhões neste ano com a venda de direitos e obrigações sobre os campos de Mero, Atapu e Tupi, no pré-sal. O valor já está incorporado ao Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do governo. O certame, conduzido pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), permitirá que investidores privados assumam os direitos e obrigações da União, seguindo regras técnicas e econômicas definidas pelo CNPE. A operação é inédita e busca aumentar a arrecadação, garantir maior eficiência na gestão dos ativos estratégicos e manter padrões de segurança e sustentabilidade na exploração. "É a primeira vez que a União transfere direitos e obrigações de Acordos de Individualização da Produção. E faz isso de forma transparente, com regras claras e com parâmetros técnicos e econômicos definidos pelo CNPE. Com a aprovação dessa medida, fortalecemos a governança sobre os recursos do Pré-Sal, ampliamos a transparência no processo de licitação e asseguramos maior eficiência na gestão dos ativos estratégicos da União", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em nota. Segundo o MME, o vencedor do leilão assumirá os direitos e obrigações referentes aos AIPs, seguindo os contratos vigentes e garantindo a continuidade operacional. Ele também será responsável pelo descomissionamento emdash; ou seja, pelo encerramento seguro das operações e desmontagem das estruturas quando necessário emdash; e pela recuperação ambiental das áreas exploradas. O que exatamente está sendo vendido? Os campos de Mero, Tupi e Atapu já estão em produção e são operados pela Petrobras em parceria com multinacionais como Shell, TotalEnergies, CNODC, CNOOC e Galp. O que será leiloado, no entanto, não são os campos inteiros, mas pequenas fatias da União que ainda não estavam contratadas nos acordos originais. Essas fatias, chamadas de Áreas Não Contratadas, equivalem atualmente a 3,5% em Mero, 0,55% em Tupi e 0,95% em Atapu. Apesar de parecerem percentuais reduzidos, têm alto valor porque se referem a jazidas altamente produtivas. Só Tupi, por exemplo, responde por cerca de 20% da produção total de petróleo do Brasil. Por que esse leilão é diferente? Até hoje, a União participava diretamente da produção nessas áreas, ficando responsável pela sua parcela de petróleo e gás. Agora, pela primeira vez, o governo está autorizado emdash; por meio da Lei nº 15.164/2025 emdash; a transferir esses direitos para empresas privadas. Na prática, isso significa que o setor privado passará a explorar a fatia da União em troca de um pagamento ao Tesouro, o que garante receita imediata para o governo e mantém a continuidade da produção. Como será o processo? O leilão acontecerá em 4 de dezembro de 2025, na B3, em São Paulo. Podem participar empresas nacionais e estrangeiras, individualmente ou em consórcio, além de Fundos de Investimento em Participações (FIPs). As empresas interessadas terão acesso a um pacote de dados técnicos sobre as áreas, podendo analisar a viabilidade do investimento. No dia do certame, cada participante apresentará sua proposta financeira e, se houver disputa, os lances poderão ser dados em viva-voz. O vencedor assinará contratos que o obrigam não apenas a explorar a produção, mas também a cumprir exigências ambientais, de segurança e de descomissionamento. Potencial de valorização Um ponto importante é que esses percentuais podem aumentar ao longo do tempo. Isso porque os contratos preveem eventos chamados de redeterminações, que ajustam a participação de cada sócio da jazida conforme novas medições de reservas. Assim, a parcela da União emdash; e, consequentemente, do futuro comprador emdash; pode crescer nos próximos anos. O que o governo ganha com isso? O Tesouro terá uma entrada de R$ 14,8 bilhões em 2025, valor já incluído nas previsões orçamentárias. Além disso, a operação traz previsibilidade para a arrecadação, já que os contratos incluem regras claras de pagamento de royalties (15% da produção) e de obrigações ambientais. O que muda para o Brasil? Com esse leilão, o governo consegue monetizar rapidamente ativos do pré-sal sem comprometer a produção futura, que continuará sob responsabilidade das operadoras privadas.

Como posso te ajudar?