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Petrobras cogita adotar preços diferenciados para gás de cozinha com aumento de uso industrial

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a companhia voltou a estudar a possibilidade de ter preços diferenciados para o gás de cozinha (GLP) por conta do aumento do uso para fins industriais. Por ora, a estatal está tentando combater essa ampliação com leilões, segundo ela. eldquo;As distribuidoras estão aumentando esse mercado, alegando o uso doméstico, mas expandiram o uso industrial. A parte do uso industrial nós não vamos deixar crescer. Vamos fazer leilãoerdquo;, disse a executiva, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, na Offshore Technology Conference (OTC), que acontece em Houston, no Texas. eldquo;Nada mais justo do que o preço do leilãoerdquo;, disse. No passado, a Petrobras chegou a ter dois preços, um industrial e um doméstico, e, agora, essa discussão voltou, segundo Magda. A executiva afirmou que, se a estatal não conseguir resolver a questão com leilões, pode arbitrar um preço industrial. eldquo;E aí, arbitrando, a gente já começa a ter outro tipo de problema que nós também já enfrentamos no ano passado. Então, por enquanto, estamos enfrentando esse aumento de uso de GLP industrial com leilãoerdquo;, disse. Ela se queixou ainda da diferença dos preços do gás de cozinha na refinaria e o valor que chega ao consumidor. Mas ponderou que, com a venda a Liquigás, perdeu-se o instrumento de controle. A venda da participação da Petrobras na distribuidora ocorreu em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, para o consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. eldquo;A gente está vendendo GLP na refinaria da ordem de R$ 35,00, R$ 36,00 o volume de 13 quilos. Tem locais do Brasil que [o valor] chega [na ponta] a R$ 170,00. Então, é uma margem gigantesca e que muitas vezes supera a margem do pré-salerdquo;, avaliou a presidente da Petrobras.

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SP será o primeiro Estado a substituir o diesel, começando pelo Agro, diz Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o Estado está na dianteira da transição energética e será o primeiro do Brasil a substituir o uso do diesel, começando pelo setor agropecuário. A declaração foi dada à imprensa após participar da cerimônia de abertura de evento promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Estadão e o Broadcast, em São Paulo. eldquo;São Paulo está na direção certa. Entendeu que a transição energética nasce aqui. A gente tem uma fortaleza que é a cana-de-açúcarerdquo;, afirmou Tarcísio, destacando que o Estado abriga o desenvolvimento do primeiro trator do mundo movido a etanol. Segundo ele, a biomassa da cana é uma das principais apostas para um modelo de energia limpa, com múltiplas aplicações. eldquo;São Paulo já socorreu o Brasil na década de 70 com o Proálcool, no momento das crises do petróleo, e vai socorrer de novo. Vai proporcionar, vai fazer com que o Brasil tenha um papel de liderança nessa questão da transição energéticaerdquo;, disse o governador. Além do etanol, ele destacou o biometano, o biogás, o combustível sustentável de aviação e o hidrogênio como vetores estratégicos. eldquo;É por isso que a descarbonização vai acontecer prioritariamente aqui. E eu digo, sem medo de errar, que São Paulo vai ser o primeiro Estado do Brasil a substituir o diesel, começando pelo agroerdquo;, garantiu. Segundo Tarcísio, as lavouras do Estado já demonstram essa transição, com caminhões e máquinas agrícolas movidos a etanol e biometano. eldquo;Em muito pouco tempo, as colhedoras de cana todas vão ser movidas a etanol. Então, o agro de São Paulo já está dando esse passoerdquo;, afirmou.

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Setor de serviços do Brasil volta a contrair em abril por demanda fraca, mostra PMI

A atividade de serviços no Brasil voltou a contrair em abril pela primeira vez desde o início do ano. A fraqueza da demanda provocou a queda na produção, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta terça-feira (6). O PMI compilado pela Seamp;P Global caiu a 48,9 em abril, de 52,5 em março, voltando a ficar abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. Tanto o nível de atividade quanto a entrada de novos negócios recuaram no mês, com os participantes da pesquisa citando que a competição, restrições financeiras e desaceleração da demanda contribuíram para as quedas. Em resposta à entrada menor de novos negócios, as empresas seguraram as contratações, e o aumento do nível de emprego no setor foi o mais fraco desde janeiro. Em relação aos preços, os participantes da pesquisa citaram como fontes de pressões o aumento nos custos de alimentos, combustíveis, materiais e aluguéis, bem como a depreciação cambial. Ainda assim, os custos de insumos subiram no ritmo mais fraco em quatro meses. Os fornecedores de serviços continuaram repassando os aumentos de custos aos clientes, o que resultou em uma alta sustentada dos preços cobrados, ainda que a mais fraca em cinco meses em meio à disposição de dar descontos. (Reuters)

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Redução de preços do diesel da Petrobras não está chegando aos postos, diz CEO

As reduções de preços do diesel feitas pela Petrobras em suas refinarias não estão chegando aos consumidores finais, nos postos, uma vez que distribuidoras e revendedoras estão aproveitando para elevar suas margens, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, nesta terça-feira. A companhia realizou, desde de 1º abril, três reduções no preço médio do diesel vendido em suas refinarias a distribuidoras na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, somando um corte total de 45 centavos por litro. "Quando a gente aumenta o preço de um combustível, esse aumento vai para a ponta imediatamente. Quando a gente reduz o preço do combustível, raramente ele chega na ponta e, quando chega, não chega a 100%", disse Chambriard, em coletiva de imprensa durante a OTC em Houston. Segundo ela, a queda recente de preços que houve nos postos "não é sequer a metade" da primeira redução feita pela Petrobras neste ano em 1º de abril. "O que a gente tem visto, no frigir dos ovos, é aumento de margem... não da nossa, (mas) das distribuidoras e da revenda." Chambriard destacou que a Petrobras vendeu a BR Distribuidora (hoje chamada Vibra Energia), em um passado recente, e, por isso, perdeu acesso ao mercado na ponta. "Quando se vendeu a BR, a gente também perdeu esse instrumento de controle", afirmou. (Reuters)

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Frentes do agro apresentam projeto em resposta à mudança na fiscalização de combustíveis

Parlamentares ligados ao setor de biocombustíveis e ao agronegócio apresentaram projeto de lei complementar para autorizar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a acessar documentos fiscais de órgãos fazendários. O PLP 109/2025 foi apresentado nesta terça-feira (6/5). É uma resposta a um entendimento da Receita Federal, que levou à alteração do decreto da regulamentação da lei 15.082/2024, da fiscalização do mercado de combustíveis. A mudança atendeu a um pedido do Ministério da Fazenda, que entendeu que a lei não incluía o compartilhamento de dados fiscais com a ANP. Na versão entregue pelo Ministério de Minas e Energia (MME) à Casa Civil, estava previsto o mecanismo de acesso diário às notas fiscais das transações dos produtores e importadores de biodiesel e diesel A com os distribuidores de combustíveis. Subscrevem o projeto protocolado nesta terça-feira os presidentes das frentes parlamentares do Biodiesel, Alceu Moreira (MDB/RS), e do Agronegócio, Pedro Lupion (PP/PR), e do Etanol, Zé Vitor (PL/MG). O relator da lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), também é coautor do PLP. O projeto prevê o acesso a documentos fiscais emitidos pelos entes regulados relativos à produção, comercialização, movimentação, estoques e preços dos derivados de petróleo e gás natural, combustíveis fósseis, biocombustíveis e combustíveis sintéticos. Fiscalização e combate à sonegação Os autores do projeto justificam a necessidade da medida visando o fortalecimento das ações de fiscalização e cruzamento de dados de produção, comercialização e tributação de combustíveis. O acesso a essas informações permitiria identificar inconsistências que sinalizam adulteração de combustíveis, sonegação fiscal e outras práticas ilícitas. O PLP também visa nivelar a concorrência no setor e eliminar vantagens competitivas obtidas por agentes que operam irregularmente. Dentre as principais práticas estão a contumácia no não pagamento de dívidas tributárias e a adulteração no teor de biodiesel. Os parlamentares defendem que o acesso às notas fiscais eletrônicas permitirá que a ANP identifique com precisão e celeridade os agentes que operam em conformidade com a legislação, reduzindo os custos de fiscalização que atualmente recaem sobre aqueles que agem corretamente. Segundo os autores do projeto, a situação vigente impõe pesados ônus burocráticos aos agentes regulares, enquanto beneficia aqueles que atuam à margem da regulação. O que diz o decreto O texto do Decreto nº 12.437/25 foi editado pelo Ministério de Minas e Energia. A lei foi sancionada ano passado, em uma articulação no Congresso Nacional que reuniu usineiros e distribuidoras. Tensiona o mercado de combustíveis, com setores contrários às medidas e cobrando uma reforma do RenovaBio. Durante a tramitação na Casa Civil, o governo cortou o trecho que dizia que ANP deveria recorrer a um acesso diário às notas fiscais eletrônicas das transações dos produtores e importadores de biodiesel e diesel A, como parte da fiscalização do setor. A proposta enfrentou resistência da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda. Com o decreto, o MME tentou estipular que o envio das notas fiscais emdash; um pleito antigo da própria ANP emdash; deveria constar em um regulamento da agência, com a periodicidade diária. Isso porque a nova lei dá competência à ANP para bloquear a autorização de funcionamento em caso de descumprimento do mandato do biodiesel.

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Maioria dos combustíveis tem recuo em abril, mas preço se mantém alto no ano, diz pesquisa

Cinco dos seis combustíveis analisados pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentaram queda de preços em abril, com destaque para o diesel. Mas no ano, ressalta a pesquisa, os preços médios permanecem em alta. O diesel comum caiu 2% no mês passado em relação a março, e o diesel S-10 caiu 1,9%. Também registraram queda o etanol (-0,8%), a gasolina aditivada (-0,3%) e a gasolina comum (-0,4%). O Gás Natural Veicular (GNV) foi o único a apresentar alta no período, com acréscimo de 0,5% frente a março. No balanço parcial do ano, porém, todos os combustíveis monitorados apresentaram aumentos nos preços médios. O etanol lidera com alta de 5,4%, seguido por gasolina comum (+2,9%), gasolina aditivada (+2,8%), diesel comum e diesel S-10 (ambos com +2,7%), e o GNV (+1,4%). Em 12 meses, as variações são ainda mais expressivas: etanol hidratado (+14,3%), gasolina comum (+8,9%), gasolina aditivada (+8,8%), diesel S-10 (+6,0%), diesel comum (+5,9%) e GNV (+1,9%). Em abril, o preço médio nacional do litro da gasolina comum foi de R$ 6,397; enquanto o preço médio do diesel comum foi de R$ 6,333/litro; e o S-10, R$ 6,383. O etanol registrou preço médio de R$ 4,389 e o GNV, de R$ 4,822. De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em abril de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72,2% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,8% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os porcentuais superam o patamar de 70% emdash; considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex emdash;, a gasolina comum tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento. eldquo;Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercadoserdquo;, informou o Veloe. (Estadão Conteúdo)

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