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Petróleo fecha em alta com otimismo sobre acordo comercial entre EUA e China

Os contratos futuros de petróleo fecharam a terça-feira (13) em alta, prolongando os ganhos obtidos na sessão anterior, na esteira do acordo entre Estados Unidos e China, que reduziu drasticamente as tarifas impostas por ambos os lados por pelo menos 90 dias. Os preços aceleraram pela manhã, depois que a Casa Branca anunciou um eldquo;compromisso histórico de investimentos de US$ 600 bilhõeserdquo; com a Arábia Saudita. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 2,78% (US$ 1,72), fechando a US$ 63,67 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,57% (US$ 1,67), para US$ 66,63 o barril. O acordo entre Washington e Pequim diminuiu temores de uma possível guerra comercial entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo, aliviando parte da pressão sobre os mercados de energia. No entanto, ainda não se sabe o que acontecerá após o término da trégua de 90 dias. Enquanto isso, as atenções se voltaram para a Arábia Saudita, por onde o presidente americano, Donald Trump, iniciou sua turnê pelo Oriente Médio. Segundo a Casa Branca, os primeiros acordos com a Arábia Saudita eldquo;reforçam nossa segurança energética, a indústria de defesa, a liderança tecnológica e o acesso à infraestrutura global e a minerais críticoserdquo;. A diminuição das tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, assim como entre a Índia e o Paquistão, teve pouco impacto nos preços do petróleo, o que pode ser explicado pela falta de confiança em progressos nessas áreas ou porque os traders estão se concentrando nas notícias positivas, afirma em nota Alex Kuptsikevich, da FxPro. eldquo;Somente ao superar os US$ 67 por barril para o Brent e US$ 64 para o WTI haverá uma tentativa de transformar a recuperação em crescimentoerdquo;, acrescenta. O petróleo ainda acumula uma queda de mais de 10% desde o início de abril, quando as tarifas de Trump aumentaram os temores sobre o enfraquecimento do crescimento global e a redução da demanda por combustível. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Quando preço do petróleo desce, é hora de apertar os cintos, diz presidente da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta terça-feira, 13, que o período que a empresa vê pela frente é eldquo;mais desafiador aindaerdquo; do que o que passou. eldquo;Quando o preço (do petróleo) desce, é hora de apertar os cintoserdquo;, afirmou. Ela disse que palavras como austeridade, simplificação e otimização de projetos estarão presentes no discurso da companhia daqui em diante. Ela afirma que a empresa vai continuar entregando resultado eldquo;com muito empenhoerdquo;. eldquo;Vamos simplificar projetos, já estamos endereçando, como grandes petroleiras. Não poderia ser diferente com um cenário de petróleo a US$ 65erdquo;, disse. Magda disse ainda que a companhia está endereçando a redução de custos em prol do melhor para investidores. Segundo ela, a companhia está voltada à disciplina de capital, buscando grande redução de custos possível. eldquo;Não estamos aqui para gastança, é tempo de controle de gastoserdquo;, afirmou. Para ela, o petróleo e câmbio são as variáveis que impactam a companhia e sobre os quais não se tem controle. Portanto, em sua visão, é preciso continuar fazendo o que a estatal faz bem: petróleo e derivados Magda afirma que, no primeiro trimestre de 2025, a empresa recuperou uma parte das perdas do trimestre anterior. eldquo;Sem o efeito, principalmente do câmbio, nosso resultado seria de U$ 4 bilhões.erdquo; Para ela, o resultado, sem essa alavanca, não seria ruim, mas foi melhor com a variação cambial. Revisão do plano estratégico A presidente da Petrobras disse que a companhia vai revisar o Plano Estratégico de 2026 a 2030 considerando o desafio austero do preço do petróleo, com o Brent cotado no patamar de US$ 65. eldquo;Estamos comprometidos com gastos a níveis adequados ao preço do petróleo atualerdquo;, afirmou a executiva. eldquo;Continuaremos ganhando dinheiro para investidores, seja governo ou privadoserdquo;, disse. Ela acrescentou que o resultado da companhia depende de um ótimo mercado brasileiro, hoje o sexto maior do mundo. Além disso, Magda lembrou que a empresa realizou, no início de fevereiro, a primeira venda de VLSFO (Very Low Sulfur Fuel Oil) com 24% de conteúdo renovável no mercado asiático de bunker. eldquo;Estamos desenvolvendo novos produtos de baixo carbonoerdquo;, acrescentou. Margem Equatorial A presidente da Petrobras disse ainda que a companhia acredita no potencial da Margem Equatorial e, portanto, seguirá eldquo;brigandoerdquo; para obter a licença para a exploração da região. eldquo;Uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração. Buscamos novas reservas enquanto trabalhamos nos campos já descobertoserdquo;, afirmou. eldquo;Temos sido bem sucedidos na agregação de reservas, principalmente no pré-salerdquo;, disse a executiva. Ela acrescentou que, em breve, a empresa deve pensar em produção antecipada no bloco de Aram, adquirido em março de 2020. Sobre a operação da Colômbia, ela afirmou que, no país, a empresa poderá produzir todo o consumo colombiano. Por fim, disse não esquecer da bacia de Pelotas, que em breve deve ver começar a perfuração. eldquo;Nossa produção aumentou 5,4% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anteriorerdquo;, afirmou.

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CEO da Petrobras diz se preocupar com postos Vibra que ainda marca BR vendendo combustível mais caro

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira, 13, que fica preocupada ao ver que postos que estampam a marca da petroleira, mas que não pertencem mais à companhia, estão vendendo combustíveis por preços acima do que deveriam, incorporando margens. A Petrobras vendeu em governos anteriores 100% de sua distribuidora de combustíveis BR Distribuidora, atualmente chamada Vibra Energia. Entretanto, um acordo permitiu que a marca permanecesse sendo usada em postos da companhia privatizada. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, Chambriard reafirmou que as reduções de preços do diesel feitas pela Petrobras em suas refinarias não estão chegando aos consumidores finais, nos postos, uma vez que distribuidoras e revendedoras estão aproveitando para elevar suas margens. eldquo;A gente recomenda que quem compra essa gasolina, que quem compra o diesel, que quem compra o QAV (querosene de aviação), pergunte por que é que esse valor não está chegando à ponta. Porque a ponta não é mais conoscoerdquo;, afirmou a executiva. eldquo;Nos preocupa, sim, ter nossa marca, divulgada e espalhada pelo Brasil, vendendo uma gasolina acima do preço, incorporando margemerdquo;, afirmou, pontuando que eldquo;infelizmenteerdquo; o uso da marca está previsto em contrato e a petroleira precisa aceitar. Procurada, a Vibra Energia afirmou que não iria comentar. A companhia realizou, desde 1º abril, três reduções no preço médio do diesel vendido em suas refinarias a distribuidoras na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, somando um corte total de 45 centavos por litro. (Reuters)

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Projeto exige autorização para o exercício da atividade de formulação de combustíveis

O Projeto de Lei 4257/24 proíbe novas autorizações para empresas atuarem na formulação de gasolina e óleo diesel no Brasil. Apenas as empresas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) até a data em que a proposta eventualmente virar lei poderiam continuar operando, mas com capacidade de produção congelada e restrições na prestação de serviços para outros atores do setor. A proposta foi apresentada pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ). "Os formuladores, como se sabe, limitam-se a promover a mistura de correntes de derivados de petróleo adquiridas, no mais das vezes, do exterior, sem em nada contribuir para o aumento da capacidade de refino de petróleo do País", disse ele. O objetivo da proposta é combater a adulteração de combustíveis, aprimorar a regulamentação da atividade de formulação para proteger consumidores e garantir concorrência e a arrecadação fiscal. Além de limitar nova autorizações, o projeto estabelece que as autorizações já existentes só serão mantidas se as formuladoras apresentarem certidões negativas de débitos e antecedentes criminais periodicamente. As empresas que tiverem sua licença cassada pela ANP não poderão obter nova autorização para a formulação de combustíveis. Próximos passos A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada por deputados e senadores.

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Shell anuncia nova campanha de Shell V-Power etanol em parceria com marca Senna

A Raízen, que licencia a marca Shell no Brasil, acaba de lançar a segunda fase da campanha publicitária do Shell V-Power Etanol, como é chamado o biocombustível aditivado recomendado pela marca Senna. O lançamento ocorreu na Convenção Shell 2025 para os revendedores Sob o conceito eldquo;Limpo por fora e por dentroerdquo;, a comunicação destaca os atributos funcionais do produto, como a limpeza do motor, economia e combustão mais limpa, reforçando sua proposta de valor, com foco em performance e sustentabilidade. Criada pela iDTBWA, agência de publicidade que mais fomenta o crescimento dos seus clientes, com base em dados, criatividade e inovação, a campanha tem como objetivo consolidar a imagem do Shell V-Power Etanol junto ao consumidor, agora evidenciando os benefícios práticos do combustível para os motoristas. A ação também fortalece o posicionamento da marca como referência em inovação. Na visão de Ricardo Berni, Diretor de Marketing eamp; Digital da Raízen, a campanha é estratégica para reforçar a proposta de valor do Shell V-Power Etanol, com foco em ampliar a disponibilidade do combustível nos postos pelo país. eldquo;Acreditamos que comunicar de forma clara os benefícios do produto é fundamental para apoiar a expansão do etanol, uma solução pronta para o hoje e para o amanhã. Não se trata apenas de um biocombustível com menor impacto, o nosso etanol aditivado é uma alternativa de alta performance, com tecnologia e eficiência comprovadaserdquo;, afirma. Lançada neste início de maio durante a Convenção Shell 2025, o filme foi exibido em primeira mão para os revendedores, parceiros estratégicos responsáveis por garantir a experiência do consumidor nos postos. O plano de mídia contempla TV aberta, OOH digital, monitores indoors, rádio com inserções em boletins de trânsito, redes sociais, display e vídeo. A estratégia inclui ainda um time de influenciadores digitais, que ajudará na amplificação da mensagem e na educação sobre os benefícios do etanol. Para Camila M. Costa, sócia e CEO da iDTBWA, o lançamento desse novo filme de Etanol V-Power vai além de comunicar os atributos e benefícios do produto e de reforçar a proposta de valor da marca com foco em performance, sustentabilidade e inovação. eldquo;Conectar a marca Shell Etanol V-Power, Senna e momentos especiais em família é uma oportunidade criativa muito especial de construir narrativas genuínas brasileiras, que equilibram emoção e performance em cada ponto de contato com o consumidor. O filme é o começo. Vem muito mais por aí, em diversos canaiserdquo;, destaca. A campanha integra uma jornada maior da Raízen e da Shell, que tem como objetivo apresentar aos consumidores uma família de produtos inovadores e de alta qualidade, desenvolvidos para atender às diversas necessidades de mobilidade dos brasileiros. eldquo;Diferenciar nossos combustíveis não é apenas uma questão de tecnologia, mas um reflexo de tradição, compromisso com a excelência e proximidade com o consumidor. A linha Shell V-Power simboliza esse cuidado e é mais do que uma oferta de produtos, é uma marca que representa confiança, inovação e qualidade em cada abastecimentoerdquo;, completa Berni. Mudanças na nova fase do projeto A primeira fase da campanha, lançada em outubro de 2024, apostou na força emocional do clássico eldquo;Tema da Vitóriaerdquo;, eternizado por Ayrton Senna, para criar uma conexão afetiva com os consumidores. Para esta nova etapa, a campanha mantém a música-tema como recurso de continuidade narrativa, porém direciona o foco para os atributos funcionais do Shell V-Power Etanol, como a limpeza do motor, economia e combustão mais limpa. Nesse sentido, o time criativo aposta na mensagem que o cuidado com os automóveis deve ir além da parte estética eldquo;O insight nasce da relação de cuidado que os motoristas têm com a aparência externa do veículo. Usamos essa metáfora para mostrar que este mesmo zelo pode, e deve, acontecer também por dentro, com a escolha do combustível certo para garantir o desempenho e eficiência do motorerdquo;, explica Luciana Rosa, business leader da iDTBWA. Assista aqui ao vídeo oficial de lançamento da campanha.

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Etanol de milho cresce 18 vezes em sete anos no Brasil

Antes completamente refém da cana-de-açúcar para a fabricação de etanol, o Brasil diversificou a sua matriz energética com o milho. Agora, o cereal não é mais apenas insumo para ração animal ou produto de exportação. O biocombustível proveniente do grão teve crescimento de 1.700% no país nos últimos sete anos, ou seja, aumentou em 18 vezes. Atualmente, mais de 17 milhões de toneladas de milho viram a matéria-prima que abastece motores. E não para por aí: a projeção é que esse volume tenha incremento de quase 30%, ultrapassando as 22 milhões de toneladas até 2026. De acordo com o gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro, Felipe Jordy, o modelo industrial do etanol de milho permite operação contínua durante a entressafra da cana, gera co-produtos de alto valor nutricional (como DDG e óleo de milho), e apresenta margens operacionais de até 30%, mesmo em cenários de oscilação do preço do cereal. Assim, o retorno sobre o investimento (TIR) de projetos maduros gira em torno de 15% ao ano. eldquo;A indústria do etanol de milho oferece um equilíbrio raro entre sustentabilidade e retorno financeiroerdquo;, arremata. Diversificação da matriz nacional O gerente acredita que o uso do milho como fonte energética contribui diretamente para a segurança energética nacional. eldquo;Ao atender a demanda crescente por combustíveis renováveis, o etanol de milho reduz a dependência de fontes fósseis.erdquo; Para Jordy, o milho passou a ser protagonista da nova matriz energética brasileira. eldquo;Essa versatilidade aumenta a resiliência das usinas e fortalece o suprimento doméstico, reduzindo impactos ambientais e permitindo ao agro participar ativamente da transição energética que o mundo exigeerdquo;, reforça. Embora o estado de Mato Grosso ainda concentre a maior parte da produção emdash; com mais de 16 milhões de toneladas de capacidade previstas para 2026 emdash;, o setor avança para novas regiões. Estados como Paraná, Bahia e Santa Catarina estão entrando no radar, promovendo a interiorização e diversificação da produção de etanol de milho no país. eldquo;Estamos diante de uma grande transformação, que posiciona o Brasil como protagonista da bioenergia no mundo. O etanol de milho não é apenas uma tendência endash; é um caminho sólido para integrar competitividade, sustentabilidade e independência energética no agronegócio brasileiroerdquo;, conclui.

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