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Brasil mantém ritmo forte de importação de diesel em outubro, Índia se torna o maior fornecedor

As importações de diesel A (puro) pelo Brasil se mantiveram aquecidas em outubro, com destaque para compras vindas da Índia, que ganhou mercado dos Estados Unidos e da Rússia, tornando-se o principal fornecedor, apontou análise da StoneX nesta segunda-feira com base em dados oficiais do governo. No total, as compras externas de diesel do Brasil somaram 1,6 bilhão de litros em outubro, alta de 7,2% ante o mesmo mês de 2024. Foi o segundo maior volume mensal do ano, atrás apenas do registrado em setembro (1,77 bilhão de litros). "A manutenção de importações aquecidas pelo segundo mês consecutivo reflete o avanço do plantio de soja em diversos Estados do Brasil, acarretando aumento do transporte de insumos agrícolas aos campos", disse Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, em nota. O especialista destacou ainda que as expectativas são de um novo recorde da produção do grão na safra 2025/26, o que se reflete também nos resultados das internalizações e nas vendas do diesel A no Brasil -- mesmo em um contexto de mistura de biodiesel mais elevada, com a introdução do B15 ocorrendo em agosto deste ano. Em outubro, a Índia superou os Estados Unidos como o principal país fornecedor externo de diesel ao Brasil, respondendo por 33%, ou 530 milhões de litros do total importado. Os EUA, entretanto, mantiveram participação elevada, de 32% (520 milhões de litros), ao passo que a Rússia seguiu trabalhando com uma participação menor, de 17% (276 milhões de litros). Cordeiro explicou que o avanço da Índia como fornecedor do Brasil ocorre em um momento de menor demanda interna por diesel naquele país e enquanto há um aumento da produção do combustível fóssil por suas refinarias. "As refinarias indianas vem buscando maximizar a oferta de diesel, por conta das boas margens do combustível nesse momento, a nível global", disse Cordeiro. O especialista explicou ainda que o mercado indiano se recupera de uma demanda fragilizada de diesel por conta do período de monções que ocorre entre abril e setembro, e tende a gerar uma redução do transporte de produtos. Nesse contexto, o produto indiano acaba abocanhando uma participação que antes estava dominada pela Rússia. A Rússia vinha sendo a principal fornecedora externa de diesel ao Brasil, uma vez que seus produtos petrolíferos viraram alvos de embargos ocidentais e chegavam ao Brasil com amplos descontos. Mas recentemente a Rússia passou a exportar menos, já que suas refinarias apresentam dificuldade de atender a demanda doméstica em meio aos danos causados por ataques ucranianos. "Nesse sentido, as expectativas se mantêm de uma menor participação russa ao longo dos próximos meses, com a Índia podendo assumir um e#39;sharee#39; maior ao final do ano -- período em que os EUA acabam ampliando a demanda interna por diesel para calefação de ambientes em meio à chegada do inverno", disse o especialista. Além das dificuldades internas, a Rússia também enfrenta novas sanções dos EUA, que alcançaram recentemente os principais fornecedores das cargas enviadas a partir da região do Mar Báltico até o Brasil (Rosneft e Lukoil), destacou a consultoria Argus, em nota enviada à Reuters. "Empresas envolvidas na importação de diesel russo avaliam internamente as repercussões das novas sanções", disse a Argus. "Parte do mercado acredita que as medidas devem coibir as compras de diesel russo, consolidando a tendência atual de maior dependência do produto dos EUA." A Argus pontuou ainda que outra parcela do mercado acredita que as sanções podem jogar o preço do produto russo para baixo, até tornar as importações russas muito mais rentáveis do que as outras origens, caso o país consiga normalizar a sua produção. Segundo Marcos Mortari, especialista em combustíveis da Argus, o protagonismo da Índia não deverá se manter, uma vez que em novembro a maior parte das cargas previstas até o momento vem dos EUA. "Eles (indianos) estão vendo mais atratividade para as exportações para a porção leste do globo, Cingapura... a rota Brasil fica menos interessante e os preços deixam de ser também atrativos para o importador daqui", disse Mortari. No acumulado anual, as importações somaram 14,4 bilhões de litros, alta de 13% versus o mesmo período do ano passado. Caso esse ritmo se mantenha, a StoneX prevê que as internalizações do combustível superem o recorde anual registrado em 2022, de 15,9 bilhões de litros. GASOLINA As importações de gasolina A (pura), por sua vez, registraram um salto em outubro, atingindo 355 milhões de litros -- o maior resultado desde janeiro, marcando um aumento de 32,1% frente ao mesmo período no ano passado. Todavia, no acumulado do ano até outubro, as importações registraram uma queda de 10,8%, para 2,1 bilhões de litros. "Essa tendência no último mês já era apontada pelo e#39;lineupe#39;, conforme a manutenção de uma paridade favorável para importação da gasolina no último bimestre, com a diferença dos preços da Petrobras superando R$0,20 por litro, abrindo uma janela de oportunidade para os agentes", disse Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, em nota. Garcia pontuou ainda que a demanda por gasolina C (com etanol anidro) é sazonalmente mais elevada no quarto trimestre. Para os próximos meses, a especialista ressaltou ser provável que o volume importado siga mais elevado, conforme os preços internacionais permaneçam mais atrativos do que aqueles praticados pela Petrobras. A StoneX estima que, mesmo após o reajuste da estatal em outubro, o diferencial com o mercado externo se manteve, estando em R$0,07 por litro até a manhã do dia 7 de novembro, refletindo a recuperação do real frente ao dólar e um preço internacional da gasolina relativamente estável. Além disso, o pico de demanda entre dezembro e janeiro pode favorecer importações, destacou Garcia. (Reuters)

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Petróleo fecha em alta com otimismo sobre fim do shutdown e expectativa de relatórios

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 10, apoiados pelo otimismo em torno do avanço das negociações para encerrar o shutdown do governo dos Estados Unidos e pela expectativa de novos relatórios sobre oferta e demanda global. O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,64% (US$ 0,38), a US$ 60,13 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,68% (US$ 0,43), a US$ 64,06 o barril. Analistas avaliam que a possível reabertura do governo americano pode melhorar o sentimento nos mercados e sustentar a demanda no maior consumidor mundial de petróleo. eldquo;As notícias de progresso nas negociações estão trazendo uma leve retomada do apetite por risco em ações e energiaerdquo;, aponta a BOK Financial. Ainda assim, parte do mercado vê limites para o rali. A Ritterbusch and Associates nota que é difícil associar a reabertura do governo e possível melhora significativa da demanda, destacando que o aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) imprime eldquo;um tom cada vez mais baixistaerdquo; ao balanço global de oferta. Segundo o Swissquote, o WTI é sustentado por dados de inflação eldquo;encorajadoreserdquo; da China, mas segue pressionado em uma tendência negativa de longo prazo desde o verão do Hemisfério Norte, influenciada pela estratégia da Opep de ampliar a oferta. O cartel, que divulgará relatório mensal sobre o petróleo na quarta-feira, anunciou uma pausa nos aumentos de produção entre janeiro e março. Investidores também aguardam relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e acompanham os fluxos de petróleo russo após novas sanções dos EUA, em meio a relatos de que o presidente Donald Trump concedeu à Hungria uma isenção de um ano para compras de energia russa. Hoje, a Lukoil emitiu declaração de força maior no campo de West Qurna-2, no Iraque, após sanções ocidentais dificultarem suas operações. (Estadão Conteúdo)

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Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará

A Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma, anuncia a retomada na fabricação de biodiesel com a inauguração de uma nova planta industrial no Pará. O marco representa o retorno da companhia ao mercado de biocombustíveis após um hiato de 15 anos. A nova planta é a primeira de reação 100% enzimática no estado paraense e uma das primeiras a utilizar essa inovação no Brasil. A tecnologia é a mais moderna do setor e substitui o ácido sulfúrico e o metilato de sódio, em um processo considerado menos agressivo tanto ao maquinário como ao meio ambiente. Ela permite que a indústria utilize qualquer tipo de matéria-prima oleosa, incluindo óleos com alta acidez e resíduos graxos. Ação estratégica A usina foi estrategicamente instalada em Belém (PA) a cerca de 20 quilômetros das principais bases distribuidoras de combustível da região. Com capacidade e autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir 36.000 m³/ano, a Agropalma projeta uma produção anual inicial de até 19.000 m³ de biodiesel, que visa atender de forma prioritária o mercado paraense, a fim de suprir uma demanda de 7% desse combustível no estado endash; com possibilidade de ampliação para 14%. O atual panorama de consumo do biocombustível no Pará foi um dos principais incentivos à volta da Agropalma ao segmento, onde atuou com pioneirismo entre 2005 e 2010. Em 2024 o estado precisou importar 268 milhões de litros de biodiesel para atender à sua demanda. Desse total, ao menos 79% do produto importado tiveram como origem o óleo de soja, vindo principalmente das regiões Centro-Oeste e Sul. Quanto à parcela do combustível que tem como base os resíduos da cadeia de palma, principal produção agrícola paraense, um fenômeno chamou a atenção: os subprodutos eram vendidos externamente para voltar como produto final. Diante desse contexto, a companhia entendeu que existia uma lacuna que poderia ser preenchida com a fabricação e circulação local do insumo, fortalecendo também a economia regional. Mudanças no mercado O investimento tornou-se ainda mais viável graças à clareza regulatória sobre o percentual obrigatório de biodiesel no diesel. Neste ano, a porcentagem que em 2022 era de 10% atingiu os 15%, já com expectativa de alcançar 20% em 2030. Essa determinação impulsiona a demanda pelo produto no longo prazo, indicando um mercado garantido e com potencial de crescimento. A expectativa é de que, somente no Pará, o consumo do biocombustível aumente 50% em um período de cinco anos, passando de 448 milhões para 674 milhões de litros ao ano. eldquo;Estamos muito contentes por retornar ao ramo do biodiesel em um momento que existe um direcionamento e crescimento desse setor. É um movimento em consonância com a busca por ações de inovação ecológica e uma transição justaerdquo;, afirma André Gasparini, diretor Comercial, de Marketing e Peamp;D da Agropalma. Gasparini aponta que as transformações do cenário tecnológico e normativo foram essenciais para esse movimento da empresa. eldquo;No passado, nossa planta só rodava com uma única matéria-prima. No mercado, inicialmente, não havia obrigatoriedade da mistura de biodiesel no diesel. O volume recomendado era pequeno e, mesmo quando se tornou obrigatório, ainda gerava baixa demanda. O processo de venda era todo feito por leilão. Hoje, a situação é completamente diferenteerdquo;, compara. O diretor da Agropalma explica que a produção do biocombustível cumprirá uma função estratégica de dar uma destinação mais nobre aos subprodutos dos processos produtivos da companhia: eldquo;esse é um investimento operacional, ambiental e financeiramente mais vantajosoerdquo;. Compromisso com a economia circular A construção da nova usina reforça o posicionamento vanguardista da Agropalma com a sustentabilidade e a formação de uma economia circular. Com o biodiesel - o subproduto, que antes era comercializado como resíduo, transforma-se em um produto de maior valor agregado. Oleoginosos, como o óleo de lagoa e o ácido graxo, provenientes do processo de extração e refino, e outros produtos que não atingiram a especificação para ser refinados e comercializados, passarão a fechar a cadeia de óleo de palma, que já é reconhecidamente robusta. eldquo;A cadeia da palma construída pela Agropalma é verticalizada, mas tem circularidadeerdquo;, ressalta Fabrício Menezes de Souza, coordenador da Planta de Biodiesel da Agropalma. eldquo;A geração do biodiesel, que parece ser o último estágio desse conjunto, na verdade, moverá toda a cadeia produtiva mais uma vez. Todo o CO2 produzido nas operações, será absorvido pela plantação, que, com a luz solar e a fotossíntese, produzirá naturalmente mais frutos que resultarão em mais óleo - e assim sucessivamente.erdquo; A companhia estima que a produção de biocombustível acarretará benefícios ambientais mensuráveis, que poderão ser calculados via o programa RenovaBio. A nota de eficiência final será mensurada por uma agência externa baseada em observação de pelo menos seis meses de produção da indústria, mas estimativas iniciais apontam que: O biodiesel fabricado e utilizado evitará a emissão de 39 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera; Essa redução de CO2 é equivalente a tirar 19,7 mil carros das ruas de circulação por ano; eldquo;Ao nos permitir transformar a maneira como os subprodutos da cadeia da palma e outros resíduos oleosos são tratados, possibilitando a reciclagem em escala industrial e gerando um combustível limpo, estamos contribuindo para o desenvolvimento e a sustentabilidade da nossa regiãoerdquo;, atesta Souza. Impacto social A obra e o funcionamento da nova planta da Agropalma motivaram um impacto social positivo, consolidando a economia e o progresso local do estado nortista: ao todo, entre diretos e indiretos, mais de 340 empregos foram gerados. Para Edison Henrique Delboni, Diretor Industrial da Agropalma, o projeto representa um marco na história da empresa. "A construção da usina foi desafiadora e envolveu mais de 300 pessoas em campo. No entanto, foi uma experiência de mudança de vida para muitoserdquo;, declara. Ao investir em uma tecnologia industrial pioneira no Pará e estimular a economia circular e a diminuição de carbono, a Agropalma posiciona a palma como protagonista na transição energética. A usina já está operando, realizando homologações para comercialização. O projeto já é um exemplo prático e local do potencial do agronegócio paraense para soluções climáticas, alinhando-se diretamente aos temas de sustentabilidade e desenvolvimento responsável que serão debatidos na COP30, em Belém. eldquo;Estamos moldando hoje o futuro que desejamos, assumindo o papel de que somos a mudança que queremos ver no mundoerdquo;, conclui Delboni. Sobre a Agropalma A Agropalma é uma empresa brasileira reconhecida em todo o mundo como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia (PA), e sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva endash; da fabricação de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado. Atualmente, a companhia conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, duas refinarias e um terminal de exportação alfandegado, e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma também foi pioneira em implementar, há mais de 20 anos, um programa de Agricultura Familiar com palma, que beneficia hoje mais de 300 agricultores parceiros. Guiada pelo compromisso com o planeta e as pessoas, a empresa segue avançando em suas práticas para tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, acesse: www.agropalma.com.br. (Agropalma)

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Decreto que levou ao carro a álcool completa 50 anos

A medida que possibilitou a chegada do carro a etanol completa 50 anos na próxima semana. No dia 14 de novembro de 1975, foi publicado o decreto que criou o Proálcool (Programa nacional do Álcool). Era a resposta nacional à crise mundial do petróleo de 1973. O desenvolvimento dos automóveis ocorria em paralelo às discussões governamentais. O primeiro protótipo foi apresentado em novembro de 1976 no Salão do Automóvel de São Paulo. Era um exemplar do Fiat 147, novidade do evento. A versão a etanol, contudo, só chegaria às ruas em julho de 1979. A década de 1980 registrou o apogeu do carro a álcool. Em 1988, 94,4% dos automóveis produzidos no Brasil eram abastecidos com o combustível renovável. O ocaso, contudo, se aproximava. A crise veio em 1989, com usineiros pressionando por aumentos entre 45% e 50% sobre o valor do etanol distribuído aos postos. Ao mesmo tempo, o mercado internacional do açúcar, caracterizado pela volatilidade na época, passava por um ciclo de alta. O problema se estendeu por 1990, ano em que encontrar bombas com etanol disponível se tornou uma caça ao tesouro. O resultado não podia ser outro: queda nas vendas. A pioneira Fiat chegou ao fim da década de 1980 dedicando 95% da produção em Betim (MG) aos veículos a álcool. Em 1995, essa fatia havia caído para 5% do total. A gasolina era novamente protagonista. A década de 1980 registrou o apogeu do carro a álcool. Em 1988, 94,4% dos automóveis produzidos no Brasil eram abastecidos com o combustível renovável. O ocaso, contudo, se aproximava. A crise veio em 1989, com usineiros pressionando por aumentos entre 45% e 50% sobre o valor do etanol distribuído aos postos. Ao mesmo tempo, o mercado internacional do açúcar, caracterizado pela volatilidade na época, passava por um ciclo de alta. O problema se estendeu por 1990, ano em que encontrar bombas com etanol disponível se tornou uma caça ao tesouro. O resultado não podia ser outro: queda nas vendas.A pioneira Fiat chegou ao fim da década de 1980 dedicando 95% da produção em Betim (MG) aos veículos a álcool. Em 1995, essa fatia havia caído para 5% do total. A gasolina era novamente protagonista.

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Queda de preços da gasolina não é repassada por postos

Este setor de combustível é, com todo respeito, complicado. Em outubro, o Monitor de Preço de Combustível apontou alta de 0,4% na gasolina vendida nos postos, mesmo com a redução de 4,9% no preço vendido às distribuidoras pela Petrobras. Isso de postos demorarem a repassar as quedas de preços da gasolina e do diesel na refinaria tem sido comum, sem que o CADE, que deveria combater abusos do poder econômico, faça alguma coisa. Há ainda o problema da Operação Carbono, da Receita e Polícia Federal, que investiga lavagem de dinheiro do PCC e que, esta semana, interditou mais 49 postos no Norte e Nordeste. Em agosto, quando a ação foi lançada, a conta era que a lavanderia poderia alcançar, acredite, cerca de 1.100 postos. Isso afeta a imagem do setor, mesmo que a maioria aja dentro da lei.

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COP: Combustíveis renováveis unem Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte

Tão diferentes, Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte compartilham pelo menos um objetivo na agenda climática. Durante a reunião de cúpula da COP30, 19 países assinaram compromisso para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis. Apelidado de eldquo;Belém 4Xerdquo;, o compromisso visa quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. Além dos quatro países, Armênia, Chile, Guatemala, Guiné, Índia, Itália, Japão, Maldivas, México, Moçambique, Myanmar, Países Baixos, Panamá, Sudão e Zâmbia completam o heterogêneo grupo. A iniciativa foi liderada pelo Brasil, Itália e Japão. Para o governo brasileiro, a variedade e a ampla distribuição geográfica do grupo eldquo;demonstra a relevância dos combustíveis sustentáveis para a transição energética e o combate à mudança do clima nas mais diversas partes do planetaerdquo;. "A variedade, sobretudo, é o testemunho de que estamos no rumo certo e de que a causa reverbera no mundo inteiro. O grupo reúne países ricos, em desenvolvimento, pequenos, grandes, de todo o planeta. É, felizmente, um grupo diverso de paíseserdquo;, disse o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty. O Brasil tem adotado um tom, às vezes, ambíguo sobre o tema. Na abertura da cúpula de líderes da COP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Dias antes, porém, o Palácio do Planalto comemorou o avanço do licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, no Amapá.

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