Ano:
Mês:
article

Petróleo fecha em queda pressionado por aumento inesperado dos estoques nos EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam esta quarta-feira (14) em baixa, encerrando uma sequência de quatro sessões consecutivas de valorização da commodity, à medida que os traders provavelmente realizaram lucros em meio a um aumento inesperado dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho caiu 0,82% (US$ 0,52), fechando a US$ 63,15 barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,81% (US$ 0,54), para US$ 66,09 o barril. O sentimento do mercado piorou após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrar um aumento de 3,454 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda de 1,8 milhão de barris. Nesta quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua previsão para o crescimento da produção de países de fora da Opep+ em 2025, de 900 mil para 800 mil barris diários, citando expectativas mais fracas para produtores como os EUA. Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ diminuiu 106 mil bpd em abril ante março, para uma média de 40,92 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. Os mercados de petróleo tiveram um desempenho inferior ao dos mercados de ações endash; que aparentemente estão deixando de lado as preocupações comerciais -, em parte porque enfrentam uma preocupação adicional com os aumentos de oferta da Opep e aliados, afirma em nota Callum Macpherson, da Investec. eldquo;Qualquer deterioração nas perspectivas do mercado sobre as discussões comerciais pode desafiar o recente ralierdquo;, acrescenta. O Goldman Sachs ainda espera eldquo;um impacto significativoerdquo; das tarifas sobre o crescimento e a demanda global por petróleo, embora os recentes acordos dos EUA para reduzir tarifas acrescentem um risco de alta de US$ 3 a US$ 4 por barril em suas previsões para os preços do WTI e do Brent. *Com informações da Dow Jones Newswires

article

Etanol/Cepea: Negócios se aquecem em SP

O mercado de etanol se aqueceu na última semana no spot do estado de São Paulo. Pesquisadores do Cepea indicam que compradores estiveram mais ativos, adquirindo volumes do biocombustível em praticamente todos os estados do Centro-Sul. Esses demandantes, no entanto, tentaram fechar negócios a preços mais baixos, mas algumas usinas seguiram firmes nos valores de venda. Segundo pesquisadores do Cepea, a moagem de cana avançou um pouco mais com a melhora das condições climáticas, e a oferta de etanol nas usinas cresceu em parte das regiões. Assim, de 5 a 9 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,7236/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,19% no comparativo ao período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,1230/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,76% no mesmo comparativo.

article

Pressão no mercado de trabalho contribuiu para decisão do Copom, diz ata

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destacou, na ata divulgada nesta terça-feira (13), que a pressão no mercado de trabalho contribuiu para a alta da Selic a 14,75% na reunião de 7 de maio. O colegiado pontuou que o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas e pela resiliência na atividade econômica. eldquo;Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritivaerdquo;, diz a ata. Na avaliação do Copom, a conjuntura atual prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta. Para a próxima reunião, o colegiado destacou ser necessário cautela adicional na atuação da política monetária. O encontro está marcado para os dias 17 e 18 de junho deste ano. eldquo;Com relação à próxima reunião, o Comitê avaliou que o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflaçãoerdquo;, diz o documento. Em decisão unânime, Copom elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros a 14,75% ao ano. É o maior patamar da Selic para a economia brasileira em quase 20 anos. A última vez em que a Selic esteve neste patamar foi em julho de 2006. A reunião da semana passada foi a sexta de aperto monetário. eldquo;A política monetária significativamente contracionista já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimentoerdquo;, diz a ata.

article

Setor de biocombustíveis é segundo que mais adota medidas de economia circular no Brasil, aponta CNI

A indústria de biocombustíveis é o segunda que mais adota medidas circulares no Brasil, com 82% das empresas implementando ações, segundo sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O setor fica apenas atrás de calçados, onde 86% das empresas integram ações de economia circular. O levantamento da entidade entrevistou 1.708 empresas das indústrias extrativista, de transformação e da construção civil no Brasil, entre os dias 3 e 13 de fevereiro de 2025. De acordo com a sondagem, seis em cada dez organizações adotam práticas de economia circular, abordagem sistêmica para redução do uso de recursos, minimização de resíduos e regeneração de sistemas naturais. eldquo;A indústria, por seu perfil tão diverso, apresenta diferentes níveis de adoção da circularidade entre os setores. Os dados nos ajudam a identificar quais setores têm mais desafios e quais já incorporaram as práticas para que possamos discutir políticas adequadas para a maior disseminação da economia circular, considerando as diferenças de complexidade nas cadeias produtivas dos setoreserdquo;, diz o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, em nota. eldquo;Entendemos que o tema é peça-chave para o alcance das metas climáticas e para o desenvolvimento sustentávelerdquo;, completa. Segundo a McKinsey, práticas circulares podem reduzir custos de produção em até 20% e elevar a receita em até 15%. Ao todo, 35% das empresas afirmaram que a principal vantagem associada à economia circular é a redução de custos operacionais. São também relevantes a melhoria da imagem corporativa (32%) e o estímulo à inovação (30%). O setor de biocombustíveis é o que mais acredita que as ações da economia circular desenvolvidas na sua empresa contribuem para a redução de gases do efeito estufa (GEE). Além disso, é o que tem maior percepção de que há incentivo por parte da regulamentação educacional, com 47% das indústrias concordando. Entretanto, 41% dessas empresas sentem que as regulamentações sanitárias são um obstáculo e 59% que a atual regulamentação tributária dificulta a implementação da economia circular. Desafios para a adoção de medidas circulares A principal barreira econômica apontada pelos entrevistados de todos os setores é a taxa de juros de financiamento elevada (22%). Depois, estão a oferta e a demanda de produtos e serviços circulares (20%). Para 19%, não há demanda para esse tipo de produto e serviço. Por isso, 41% da indústria vê necessidade de incentivos econômicos para projetos de inovação em circularidade. Outro fator que dificulta a implementação de ações são as regulamentações tributárias, segundo 45% das empresas. Para 53%, a principal medida a ser adotada pelo governo é a simplificação das regulamentações, de modo a facilitar a tornar as regras mais claras e acessíveis. Políticas de incentivo à economia circular no Brasil Na última quinta-feira (8/5), o governo federal aprovou o Plano Nacional de Economia Circular (Planec). O documento tem como objetivo promover uma transição do modelo de produção linear emdash; aquele que vai da extração, passa pela produção e termina no descarte emdash; para uma economia circular. Ele faz parte da implementação da Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec) e deve ser publicado ainda no primeiro semestre deste ano. A estratégia é baseada nos princípios da não geração de resíduos e poluição; regeneração da natureza; e circulação de materiais em seus mais altos valores pelo maior tempo possível. Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei 12.305/2010), sancionada em 2010, trouxe o conceito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, e incentiva a redução, reutilização e reciclagem de materiais, além da implantação de sistemas de logística reversa para determinados produtos e embalagens. Neste ano, foi sancionada uma lei que proíbe a importação de resíduos sólidos e de rejeitos, inclusive papel e derivados, plástico, vidro e metal (15.088/2025). Ela foi regulamentada por um decreto que proíbe a importação de resíduos para outras finalidades que não sejam a transformação de materiais e minerais estratégicos em processos industriais.

article

Vendas de etanol caem 3,46% em abril, para 2,77 bilhões de litros, diz Unica

As vendas totais de etanol em abril alcançaram 2,77 bilhões de litros, queda de 3,46% ante igual mês do ano passado, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O volume de etanol anidro comercializado cresceu 2,83%, atingindo 946,76 milhões de litros. Já o etanol hidratado registrou retração de 6,43%, com 1,83 bilhão de litros vendidos. No mercado doméstico, a comercialização de etanol hidratado foi de 1,81 bilhão de litros, recuo de 4,09% ante igual período do ciclo anterior. O etanol anidro, por sua vez, teve alta de 1,04%, com 904,91 milhões de litros vendidos no País. Com isso, o volume total de etanol comercializado internamente em abril foi de 2,71 bilhões de litros, queda de 2,44% na comparação anual. Apesar da retração, a Unica destacou a manutenção da competitividade do etanol hidratado ante a gasolina. eldquo;O patamar mais elevado de etanol hidratado vendido no mercado interno se manteve no mês de abril e reflete a elevada competitividade do biocombustível nas bombaserdquo;, afirmou o diretor de inteligência setorial da Unica, Luciano Rodrigues, em relatório. Ele acrescentou que o diferencial de preços entre etanol e gasolina está em 68,3% na média nacional, favorecendo o consumo do biocombustível. De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre os dias 4 e 10 de maio em 372 municípios, o preço do etanol foi inferior à paridade técnica com a gasolina em 184 cidades. eldquo;Os dados da ANP indicam que todos os municípios amostrados nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná registraram preço do etanol economicamente vantajoso em relação à gasolina, reforçando a expectativa de manutenção do consumo do biocombustívelerdquo;, ressaltou Rodrigues. As exportações de etanol pelas unidades do Centro-Sul também recuaram em abril, totalizando 59,05 milhões de litros, queda de 34,83% em relação ao mesmo mês do ano-safra anterior. O volume exportado de etanol hidratado caiu 73,75%, para 17,19 milhões de litros, enquanto o etanol anidro apresentou alta de 66,70%, para 41,86 milhões de litros. Mercado de CBios Os produtores de biocombustíveis emitiram, até a segunda-feira, 15,55 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios), conforme dados da B3. Ao todo, há 25,82 milhões de CBios disponíveis para negociação entre partes obrigadas, não obrigadas e emissores. eldquo;Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2025, já temos quase 65% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo programa para o fim deste anoerdquo;, disse Rodrigues. (Estadão Conteúdo)

article

Petrobras sinaliza que não reduzirá preço da gasolina, apesar de cortes no diesel

Apesar dos três cortes consecutivos no preço do diesel em 2025, a Petrobras sinalizou nesta terça -feira (13) que o cenário atual dificulta a redução do preço da gasolina nas refinarias. A proximidade do verão no Hemisfério Norte, diz a estatal, vem pressionando as cotações internacionais do produto. "Ao contrário do diesel, que tem tendência de queda no mercado internacional, gasolina tem momento ascendente", afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, em teleconferência com analistas. Ele explicou que há nesse período do ano um movimento de composição de estoques nos Estados Unidos, que experimentam grande crescimento do consumo durante a chamada "driving season", a temporada das viagens de carro, nas férias de verão. A estatal passou semanas vendendo gasolina com elevados prêmios sobre as cotações internacionais, mas o executivo afirmou que esta não é a única métrica usada em sua política de preços: a volatilidade dos mercados segue elevada e a margem de lucro do refino, pressionada. Na abertura do mercado desta terça-feira, a Petrobras vendia gasolina com preço R$ 0,05 acima da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). O prêmio chegou a bater R$ 0,26 por litro no dia 5 de maio. A declaração de Schlosser indica que a estatal não reduzirá o preço da gasolina neste momento, apesar do forte impacto que o movimento teria sobre a inflação e, consequentemente, sobre a política monetária emdash;o produto tem o maior peso no IPCA, o índice oficial de inflação do país. Mas não garante: em abril, antes de anunciar a segunda redução do preço do diesel, a presidente da estatal, Magda Chambriard, havia sinalizado em entrevista que a empresa não pensava em repassar volatilidades do mercado internacional ao consumidor interno. A empresa não mexe no preço da gasolina desde julho de 2024. Já o diesel teve quatro movimentos em 2025: um aumento em fevereiro e três quedas a partir de abril, quando a cotação do petróleo foi derrubada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China. "Temos um olhar particular para cada um dos produtos", disse Schlosser. Na abertura do mercado desta terça, o diesel vendido pelas refinarias da estatal estava R$ 0,05 por litro abaixo da paridade calculada pela Abicom.

Como posso te ajudar?