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Petróleo fecha em alta com tensão geopolítica entre Rússia, Ucrânia, EUA e Venezuela

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta sexta-feira, 5 de dezembro, em alta, em meio ao impasse nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Também permanecem no radar as tensões entre Estados Unidos e Venezuela. O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,69% (US$ 0,41), a US$ 60,08 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,77% (US$ 0,49), a US$ 63,75 o barril. Na semana, as altas acumuladas foram de 2,61% e 2,2%, respectivamente. Segundo a consultoria Ritterbusch, os investidores do setor energético estão atentos às notícias vindas do Mar Negro. A instituição observa que o presidente russo, Vladimir Putin, não demonstra disposição para abrir mão de reivindicações territoriais. eldquo;Consequentemente, é provável que os ataques com drones à infraestrutura petrolífera russa, como refinarias e instalações de armazenamento, sejam retomadoserdquo;, afirma, ressaltando que isso sustenta os preços do petróleo no curto prazo. No longo prazo, entretanto, a produção em outras regiões pode pressionar os preços para baixo, na faixa entre US$ 55 e US$ 59 por barril, prevê a Ritterbusch. Além disso, uma reportagem da Reuters revelou que os países do G7 e a União Europeia (UE) estão negociando a substituição do teto de preço sobre as exportações de petróleo russo por uma proibição total de serviços marítimos. A medida visa reduzir a receita da commodity, considerando que Moscou exporta mais de um terço da sua produção por meio de navios ocidentais. Mais cedo, Putin reafirmou que Moscou está pronta para manter embarques ininterruptos de petróleo para a Índia, apesar das sanções impostas pelo governo americano. As tensões entre os EUA e a Venezuela também persistem. Segundo veículos internacionais, um novo ataque contra embarcações no Pacífico deixou quatro mortos na quinta-feira. (Estadão Conteúdo)

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Líder admite fracasso da greve dos caminhoneiros: "Fomos sabotados"

O caminhoneiro Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que tentou promover uma greve dos caminhoneiros marcada para começar na quinta-feira (4/12), admitiu que o movimento fracassou. Segundo ele, a greve teria sido sabotada e, por isso, não teve adesão de caminhoneiros Brasil afora. Na última segunda-feira (1º/12), Burgardt, com o apoio do desembargador aposentado e influencer de direita Sebastião Coelho, gravou um vídeo enquanto protocolavam um documento no Palácio do Planalto avisando sobre a greve. Eles divulgaram o material nas redes sociais, causando reações favoráveis e contrárias. Entre os caminhoneiros, entretanto, o movimento não vingou, e não houve bloqueios. eldquo;Sem adesão, fomos sabotadoserdquo;, afirmou Chicão Caminhoneiro. Desde que foi anunciada, na última semana, a proposta de greve causou divergência dentro da categoria dos caminhoneiros. Na quinta e também nesta sexta (5/12), as rodovias de todo o Brasil amanheceram desbloqueadas e os caminhoneiros trabalham normalmente. O Metrópoles chegou a procurar o Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam), que afirmou que, caso os caminhoneiros decidissem pela greve, seriam apoiados. A reportagem também ouviu outros representantes contra e a favor da paralisação no transporte, como a Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) e a Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), responsáveis por bases locais. Entre os pleitos defendidos pela categoria estavam: a estabilidade contratual do caminhoneiro e a garantia do cumprimento de leis, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial de 25 anos de trabalho, comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido. Falta de apoio político e manifestação de Zé Trovão O movimento também não contava com apoio político de um dos principais representantes do setor, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC). O parlamentar chegou a se manifestar sobre o tema. eldquo;Vocês não estão querendo defender quem está preso, vocês não estão querendo defender o presidente Bolsonaro, vocês estão querendo defender interesses próprios, porque até a pauta que vocês trazem não resolve os problemas do transporte [ehellip;] Querem fazer? Façam. Se der certo, ótimo, mas eu não vou apoiarerdquo;, disse Zé Trovão.

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EUA vão enviar proposta para asfixiar crime organizado, diz Haddad

O encarregado de negócios dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, vai levar às autoridades norte-americanas as sugestões do Ministério da Fazenda para ampliar a cooperação no combate ao crime organizado entre os dois países e devolver ao Brasil uma proposta estruturada de parceria. Em uma reunião nesta quinta-feira (4), o ministro Fernando Haddad apresentou toda a operação eldquo;Poço de Lobatoerdquo; a Escobar e detalhou o caminho para uma atuação conjunta na identificação de fluxos financeiros ligados a facções e ao envio irregular de cargas com peças de armas entre os dois países. eldquo;Apesar dos acordos internacionais, essa relação não está tão estreitada quanto deveria. E, se eles têm preocupação com as facções criminosas, nós também temos", disse. "O que vai resolver é a integração, a integração dentro do Brasil, que já está acontecendo. Nós estamos muito satisfeitos com o que está acontecendo, mas também precisamos de integração fora do Brasil, porque é transnacional; esses crimes são transnacionaiserdquo;. A proposta discutida prevê a criação de um canal direto de comunicação, permitindo que Brasil e EUA troquem informações rapidamente sobre movimentações financeiras, exportações suspeitas e remessas que possam estar vinculadas a organizações criminosas com atuação transnacional. Segundo Haddad, a expectativa é de que a proposta norte-americana vá além do compartilhamento formal de dados e estabeleça um modelo de cooperação operacional, com troca de informações em tempo real sobre movimentações financeiras, exportações suspeitas e remessas que possam estar ligadas a facções. O plano deve envolver protocolos conjuntos para rastreamento de ativos, identificação de exportadores e intermediários, bloqueio de recursos ilícitos e resposta imediata em casos de apreensões. Haddad disse ter percebido entusiasmo da delegação norte-americana e afirmou que os EUA deverão enviar uma devolutiva com esse desenho nas próximas semanas. Segundo o ministro, o objetivo é fortalecer a atuação conjunta para rastrear operações criminosas envolvendo, por exemplo, envios de contêineres com peças de fuzis vindas dos Estados Unidos. Com o canal, seria possível acionar imediatamente autoridades norte-americanas para verificar quem exportou, para quem, sob qual justificativa e se houve participação de agentes portuários no desvio da carga. Na avaliação dele, a troca direta de informações com os EUA pode acelerar investigações e ampliar o alcance das ações. A reunião ocorreu após o Brasil enviar uma carta ao governo norte-americano com detalhes de investigações que rastreiam recursos ligados a facções e empresas com atuação internacional, incluindo fundos estabelecidos nos Estados Unidos. O material foi encaminhado após uma ligação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Donald Trump, quando o Brasil se comprometeu a compartilhar evidências da operação. Segundo Haddad, Escobar já estava com o documento anotado e analisado durante a conversa.

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Greve dos caminhoneiros é até agora um grande fracasso em todo o país

As principais rodovias do Brasil não registraram nenhuma paralisação de caminhoneiros até o fim da manhã desta quinta-feira, 4, como estava previsto por alguns integrantes da categoria, que chegaram a registrar na Presidência da República a intenção de bloqueio para reivindicar melhorias para a classe. Em rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrou, até o momento, nenhum bloqueio de pistas. Rodovias estaduais importantes, como a dos Bandeirantes (SP-348), que liga São Paulo a Campinas, o tráfego é considerado normal nos 81 km que separam a capital de uma das mais importantes cidades do interior paulista. Trechos de estradas monitoradas pelo Departamento de Estrada e Rodagem (DER) de São Paulo também não registraram movimentação no sentido de paralisação das pistas. Em rodovias fluminenses também não há registro de paralisações. A intenção de paralisação partiu de um encontro entre Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que representa a União Brasileira dos Caminhoneiros, e Sebastião Coelho desembargador aposentado que ofereceu apoio jurídico ao movimento. A paralisação da categoria tinha como objetivo melhorias para a classe, como aposentadoria especial, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e estabilidade contratual da categoria. O movimento serviu para animar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viram uma oportunidade para tentar reivindicar também anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro, o ex-presidente e seus ex-auxiliares, recentemente presos para começo de cumprimento de penas impostas por condenação pela trama golpista. Chicão Caminhoneiro afirmou em uma gravação que conversou com outros líderes da categoria sobre a paralisação. Ele afirmou ainda que a categoria não pode impedir o direito de ir e vir das pessoas. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Paraná amplia rede de combustíveis sustentáveis com novo posto de GNV na BR-116

O Paraná ganhou nesta quarta-feira (4) uma nova operação de Gás Natural Veicular (GNV) dentro da meta de reduzir emissões de carbono no transporte rodoviário. Com a participação do secretário de Estado de Cidades Guto Silva, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) e a Rede Pelanda inauguraram o posto Pelanda Caraguatá, na BR-116 (Rodovia Regis Bittencourt), no Km 68 sentido Curitiba, em Campina Grande do Sul. Localizado em um ponto estratégico para caminhoneiros que transitam entre São Paulo, Santa Catarina, Paranaguá e o interior do Paraná, o posto se consolida como uma das principais bases de abastecimento da região. A expectativa é de que a maior parte do volume de gás comercializado seja destinada a veículos pesados, acompanhando o avanço das frotas movidas a gás e biometano no Brasil. O secretário de Estado das Cidades lembrou que o projeto Corredores Sustentáveis teve destaque quando ele esteve à frente da pasta de Planejamento, acelerando a articulação de políticas públicas e o fomento a iniciativas mais sustentáveis. eldquo;O Paraná já está pronto de ponta a ponta, de gás a gás: é gás natural, biometano, de Londrina e Maringá ao Porto de Paranaguá ou sentido São Paulo, corredores sustentáveis que colocam o Paraná na vanguarda do abastecimento de gás natural, que descarboniza a cadeia, que é mais sustentável e dá mais competitividade para o Estado continuar crescendo forte", disse Silva. O presidente da Compagas, Eudis Furtado Filho, afirmou que o Posto Pelanda Caraguatá é um marco dentro do projeto Corredores Sustentáveis da Compagas. "Essa nova unidade fortalece a infraestrutura do GNV no Paraná e conecta importantes rotas logísticas do País. Essa expansão é parte do nosso Plano de Negócios firmado com o Governo do Estado, contribui diretamente para a redução de emissões do setor de transportes e reforça o papel do gás natural, presente e atuante na complementariedade energéticaerdquo;, apontou. Governador entrega 150 ambulâncias com UTIs para todas as regiões do Paraná Com investimento de R$ 3,5 milhões da Compagas na implantação da infraestrutura de cerca de 4 quilômetros de rede de distribuição de gás natural canalizado e outros R$ 2 milhões aplicados pelo posto em obras civis, elétricas e aquisição de equipamentos, o empreendimento foi projetado para atender tanto veículos leves quanto pesados. A unidade conta com um dispenser de alta vazão (tecnologia com operação in loco para abastecer veículos pesados em menor tempo), exclusivo para caminhões e ônibus, garantindo rapidez, segurança e eficiência operacional, e outro voltado ao abastecimento de automóveis e utilitários. eldquo;A chegada do GNV ao Posto Pelanda Caraguatá reforça nosso compromisso em modernizar a infraestrutura rodoviária do Paraná e apoiar soluções de transporte mais limpas e eficientes. Essa parceria com a Compagas fortalece rotas importantes do Estado e oferece mais segurança e previsibilidade para quem depende da BR-116. A infraestrutura necessária para o abastecimento foi viabilizada por meio de investimentos diretos da Rede Pelanda. Assumimos a preparação completa da unidade para garantir que o Posto Pelanda Caraguatá atendesse a todos os requisitos operacionais e de segurança para a implantação do novo sistema de abastecimentoerdquo;, destacou o presidente da Rede Pelanda, Paulo Pelanda. Revitalização do molhe de Pontal do Paraná alcança 92% e será concluída em breve A nova estrutura entra em operação com funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana, reforçando a integração logística entre os estados do Sul e Sudeste. O posto reduziu em mais de 40 quilômetros a distância média entre pontos de abastecimento na BR-116 e oferece mais segurança e previsibilidade às transportadoras que operam frotas movidas a gás. A BR-116, principal rodovia do país, tem 4.650 km de extensão e atravessa 10 estados, formando o maior eixo de circulação de cargas entre as regiões Sul e Sudeste. Além de integrar os principais polos econômicos dessas regiões, ela conecta o Brasil aos países mais relevantes da América do Sul, consolidando-se como um corredor logístico essencial. De acordo com a concessionária que administra o trecho entre São Paulo e Curitiba, o tráfego médio diário supera 29 mil veículos, com forte predominância de ônibus e caminhões, que juntos representam cerca de 80% do fluxo total. Do chapéu às carnes, Paraná lidera exportações nacionais em diversos segmentos REDE NACIONAL endash; A Compagas explica que a entrada em operação do novo posto representa um passo importante na consolidação da rede nacional de abastecimento a gás. eldquo;O Paraná já está interligado às rotas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina e ainda possui alto potencial para incorporar o gás na sua matriz de transporte rodoviário. Nossa estratégia é inserir amplamente o gás natural e o biometano nas rotas que movimentam a produção agroindustrial do Estado e obter um avanço significativo na descarbonização do setor, oferecendo economia para transportadoras, reduções dos custos de frete e ganhos em eficiência logísticaerdquo;, concluiu. Com a inauguração do Posto Pelanda Caraguatá, a Compagas ampliou ainda mais sua rede de abastecimento, que agora conta com 34 postos, sendo 13 deles adaptados para atendimento de veículos pesados. Com isso, a companhia reafirma seu protagonismo na transição energética e transporte de baixo carbono. Novos postos estão previstos para 2026, nas cidades de Cambé, Maringá, Imbaú e São José dos Pinhais, reforçando o compromisso da Compagas com a sustentabilidade, a inovação, com o desenvolvimento regional e com a competitividade para transportadoras e usuários do gás natural. A nova operação integra o Projeto Corredores Sustentáveis lançado pela Compagas em 2020, que mapeia as principais vias do estado para a implantação de infraestrutura de abastecimento de gás natural e biometano. O programa está alinhado à Lei Federal nº 14.993/2024 (Combustível do Futuro) e ao Decreto nº 12.614/2025, que regulamentam o Programa Nacional de Descarbonização e a emissão do Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB), assegurando rastreabilidade e comprovação da origem renovável do combustível.

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Tecnologia brasileira promete converter motores a diesel para 100% etanol

No setor canavieiro, o diesel continua sendo um dos maiores vilões de custo. Em muitas usinas do Centro-Sul, ele representa entre 28% e 34% do CTT emdash; Corte, Transbordo e Transporte emdash; e é responsável por grande parte da pressão sobre margens já apertadas. Diante desse cenário, a possibilidade de abastecer colhedoras, caminhões e tratores com etanol hidratado produzido pela própria usina ganha peso estratégico. E uma startup brasileira afirma ter chegado ao ponto de tornar isso possível. A E-OXY desenvolveu uma tecnologia capaz de converter motores originalmente a diesel para operar 100% com etanol hidratado, em Ciclo Otto, sem aditivos e sem mistura. Em entrevista ao RPAnews, o sócio-diretor Pedro W. Stefanini explica que a ideia nasceu do desejo de dar ao setor eldquo;autonomia energética realerdquo;. eldquo;A concepção da tecnologia tem como alicerce o uso inteligente do etanol, buscando eficiência, competitividade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Adaptamos motores diesel para operar 100% com etanol, substituindo o ciclo Diesel tradicional por ignição por centelha controlada eletronicamente.erdquo; Economia, desempenho e redução expressiva de manutenção Segundo ele, os testes já demonstram efeitos claros sobre o custo operacional. eldquo;O diesel representa até um terço do custo logístico. Qualquer redução de 10% no gasto com combustível já diminui entre 2,8% e 3,4% o CTT total. Mas os testes indicam reduções muito maiores: entre 40% e 60% no gasto total de combustível, além de até 60% de economia em manutençãoerdquo;, afirma. O motivo é simples: o motor passa a trabalhar de forma mais limpa, sem fuligem, e com desgaste muito inferior. Mesmo com maior consumo volumétrico emdash; aproximadamente 1 litro de diesel para 1,37 litro de etanol emdash; o custo final ainda é menor para quem produz seu próprio etanol. Stefanini resume: eldquo;O custo por hora e por tonelada é substancialmente menor. E eliminamos totalmente o ARLA.erdquo; A mudança no motor envolve uma reengenharia profunda: o sistema de injeção é redesenhado, a ignição passa a atuar em alta demanda térmica, o gerenciamento eletrônico é dedicado ao etanol, e componentes internos recebem ajustes específicos para suportar carga pesada em Ciclo Otto. Segundo Stefanini, os ensaios em dinamômetro mostram robustez equivalente ao diesel, com ganhos de potência e torque. O etanol também elimina agentes corrosivos como enxofre e hidrocarbonetos, reduzindo oxidação e prolongando a vida útil de pistões, anéis e sedes. O sistema ainda se ajusta automaticamente às variações de pureza e teor alcoólico ao longo da safra, garantindo estabilidade operacional. No campo ambiental, os benefícios são significativos. eldquo;A substituição integral do diesel por etanol reduz em mais de 98% as emissões de COe#8322; equivalente elsquo;well-to-wheelersquo;. Dependendo do perfil de uso, isso representa centenas de toneladas evitadas.erdquo; A operação com etanol hidratado certificado também gera créditos no RenovaBio: eldquo;Estimamos R$ 20 mil em CBios para cada 100 mil litros de diesel substituídos, ou R$ 55 por hectare de cana.erdquo; Limitações atuais, certificações e o passo rumo à autossuficiência energética Por ora, a tecnologia está validada principalmente para motores entre 150 e 500 cv, faixa típica de caminhões e máquinas agrícolas. Motores menores ainda requerem ajustes específicos. Para aplicações marítimas, a barreira é regulatória: a conversão para etanol não é permitida em embarcações devido às normas internacionais. Em máquinas agrícolas e caminhões, porém, não há exigência formal de certificação por parte da ANP ou do Inmetro, embora a E-OXY esteja estruturando documentação técnica e protocolos de segurança para futuras homologações. Stefanini destaca ainda que a conversão é reversível, permitindo retorno ao diesel caso necessário. A conversão traz às usinas um benefício raro: autossuficiência energética plena. eldquo;Substituímos um diesel caro, importado e volátil por um biocombustível produzido dentro da própria unidade. Isso elimina vulnerabilidades de abastecimento e reduz exposição cambialerdquo;, afirma. Hoje, um processo de conversão leva entre quatro e seis semanas, mas deve cair para três a cinco dias com escala industrial. Os caminhões convertidos podem superar 1.000 km de autonomia, aproveitando inclusive o tanque que antes era destinado ao ARLA. A startup negocia pilotos com usinas do Centro-Sul para validação operacional já na safra 2026/27, além de parcerias com frotas urbanas e rodoviárias. Para Stefanini, o etanol pode conquistar um espaço energético maior do que ocupa hoje. De acordo com o executivo, os resultados de emissão dos motores etanol E-OXY Green Fuel, são absolutamente alinhados as políticas governamentais de descarbonização e podem ser efetuados com um combustível brasileiro que já foi testado e aperfeiçoado por décadas. eldquo;Isso mais que reduzir emissões e consequentemente os problemas de saúde da população em grandes centros, fomenta o setor sucroenergético, gerando empregos e fortalecendo as indústrias do setor. É claro pra nós, que a utilização de biocombustíveis como o etanol é uma demanda crescente do setor sucroenergético e que existem algumas iniciativas correlatas. Contudo, não identificamos até o momento nenhuma solução com amplitude técnica e operacional equivalente à E-OXY. Nosso sistema integra desempenho, estabilidade térmica e rentabilidade econômica em um modelo universalmente adaptável, consolidando-se como a primeira conversão para etanol de alta performance verdadeiramente escalável para motores dieselerdquo;, enfatiza. Ainda de acordo com Stefanini, a conversão reforça o etanol como vetor energético nacional. Permite renovar frotas rapidamente, a menor custo, usando um combustível brasileiro, renovável e carbono-neutro. eldquo;Somos uma startup que une ciência aplicada, sustentabilidade e resultado econômico. A E-OXY será um instrumento prático de competitividade, eficiência e renovação de frota, demonstrando na prática o potencial da bioenergia nacionalerdquo;, finaliza.

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