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Governo pede abertura de crédito de R$ 3,3 milhões para mudança de sede da PBIO

O governo enviou à Câmara dos Deputados um projeto de lei (PLN 11/2025) que destina R$ 3,3 milhões para a Petrobras Biocombustível (PBIO) custear a mudança de sede, o que inclui não só a troca de edifício, mas a aquisição de bens, equipamentos e veículos. Esse investimento será custeado pelo cancelamento parcial dos custos de manutenção e adequação da infraestrutura operacional das usinas de biodiesel. A empresa afirma que não trará impactos significativos em suas atividades, dada a revisão de projeções de gastos com as plantas industriais. O governo justifica que o pleito da PBIO não traz implicações à meta fiscal pois a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano (LDO 2025) estabelece que a Petrobras e subsidiárias não serão consideradas na meta de déficit primário. eldquo;As empresas estatais, seguindo a dinâmica empresarial, possuem a necessidade de adoção de um planejamento flexível, o que as levam a retificar, quando necessário, suas projeções orçamentárias, a fim de se adequarem a seus planos de negócioserdquo;, diz a justificativa da proposta enviada à Câmara. O projeto será analisado pela Comissão Mista de Orçamento e, em seguida, pelo Plenário do Congresso Nacional.

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Lula assina decreto que regulamenta Lei de Reciprocidade após sobretaxa de Trump

O presidente Lula (PT) assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, instrumento que permitirá ao Brasil adotar medidas em resposta à sobretaxa de 50% anunciada pelo governo Donald Trump para produtos brasileiros. O decreto estabelece os procedimentos que devem ser adotados para a aplicação da lei aprovada pelo Congresso em abril, que impõe a reciprocidade de regras ambientais e comerciais nas relações do Brasil com outros países. A proposta teve tramitação acelerada na Câmara e no Senado, com apoio de ruralistas e governistas. O conteúdo do decreto deve ser publicado na edição de terça-feira (15) do Diário Oficial da União. Segundo integrantes do governo que participaram da elaboração do decreto, o texto prevê dois ritos distintos para aplicação da reciprocidade. No rito ordinário, para situações que não são urgentes, os casos serão remetidos à Camex (Câmara de Comércio Exterior), vinculada à Presidência e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Esses processos serão mais longos e incluirão a realização de consultas públicas. Haverá também um rito expresso, que poderá ser acionado em casos excepcionais para a aplicação de medidas consideradas mais urgentes. Os processos serão avaliados por um comitê interministerial presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, com a participação de Fazenda, Itamaraty e Casa Civil. O decreto, de acordo com auxiliares de Lula, deve prever que o alvo da reciprocidade seja comunicado pelos canais diplomáticos em cada fase do processo, o que garante que a negociação seja mantida constantemente entre os países emdash;e serve até mesmo como uma forma de pressão para evitar qualquer tipo de retaliação. O ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou a jornalistas na tarde desta segunda que o decreto, assim como a norma aprovada pelos parlamentares, autoriza o Executivo a adotar medidas de "proteção do país quando medidas extemporâneas e extraordinárias forem adotadas de forma unilateral por outros países". "Por isso a denominação reciprocidade. Para que o Brasil possa responder num formato também rápido se outro país fizer medida semelhante a essa anunciada pelos EUA", disse o ministro da Casa Civil. A Lei da Reciprocidade define como alvo qualquer país ou bloco econômico que decida adotar medidas unilaterais e ações que prejudiquem a competitividade internacional de bens e produtos brasileiros. O modelo permite ao Brasil adotar contramedidas comerciais e diplomáticas proporcionais quando países ou blocos econômicos impuserem barreiras ambientais injustificadas aos produtos brasileiros. A Camex passa a ter papel central na aplicação de medidas, garantindo uma abordagem mais técnica e menos suscetível a distorções políticas. Em vez de barreiras automáticas, o texto prevê consultas diplomáticas coordenadas pelo Ministério de Relações Exteriores, possibilitando a resolução de conflitos de forma negociada antes da aplicação de contramedidas. Trump anunciou a sobretraxa no último dia 9, em publicação numa rede social. Produtos importados pelos EUA do Brasil são sobretaxados atualmente em 10%, tarifa anunciada por Trump em 2 de abril. Ou seja, além das tarifas de importação já cobradas, há uma cobrança adicional de 10%. Um exemplo é o caso do etanol, de acordo com interlocutores. Os americanos impunham uma tarifa de 2,5% ao produto, elevada a 12,5% após a sobretaxa de 10%. Com o novo anúncio, a porcentagem sobe a 52,5% em agosto. A sobretaxa não é adicionada a produtos que já sofrem tarifas setoriais, como aço e alumínio, sobre os quais há tarifas de 50%.

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Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de queda em junho, aponta levantamento Veloe

Cinco dos seis combustíveis monitorados pelo Monitor de Preços de Combustíveis apresentaram queda nos preços médios nacionais em relação a maio. O recuo mais expressivo foi do etanol, com baixa de 1,6%, seguido pelo diesel comum (-1,5%), diesel S-10 (-1,4%), gasolina comum (-0,8%) e gasolina aditivada (-0,6%). Dentre os combustíveis, apenas o Gás Natural Veicular (GNV) registrou discreta alta no período, de 0,1%. Os números fazem parte da nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já na análise do primeiro semestre do ano, quatro dos seis combustíveis encerraram os primeiros seis meses com preços mais elevados para o consumidor: o etanol subiu 3,4%, a gasolina comum teve alta de 1,6%, a aditivada avançou 1,5% e o GNV, 1,3%. Em contrapartida, outros dois tipos de diesel registraram queda no período: diesel comum, com queda de 1,5%, e o diesel S-10, com recuo de 1,3%. Considerando o recorte de 12 meses, todos os seis combustíveis acompanhados pelo levantamento estão mais caros nos postos, com destaque para o etanol, com alta de 11%, seguido pela gasolina comum e aditivada (ambas com +6,6%), diesel S-10 (+2,0%), diesel comum (+1,8%) e GNV (+1,1%). Essas variações, vale dizer, dizem respeitos aos preços médios nacionais, podendo ser distintas de acordo com região, UF e localidade analisada. Preços nacionais em junho de 2025 A gasolina comum teve preço médio de R$ 6,313 por litro, com redução de 0,8% no mês. Ainda assim, acumula alta de 1,6% no ano e de 6,6% em 12 meses. Os maiores valores foram observados nas regiões Norte (R$ 6,740) e Centro-Oeste (R$ 6,399), enquanto Sudeste (R$ 6,166) e Sul (R$ 6,313) registraram os menores preços. A queda nos preços foi generalizada, com destaque para o Sul (-1,3%) e Centro-Oeste (-1,0%). Já o etanol hidratado foi comercializado, em média, a R$ 4,305 por litro endash; recuo de 1,6% frente a maio. No acumulado do ano, o valor subiu 3,4% e, em 12 meses, 11,0%. Os preços mais altos foram registrados no Norte (R$ 5,266) e Nordeste (R$ 4,910); os menores, no Sudeste (R$ 4,161) e Centro-Oeste (R$ 4,362). Todas as regiões brasileira apresentaram retração nos preços no último mês, com destaque para Sudeste e Centro-Oeste ambas com (-1,8%). Comparativamente, o diesel S-10 fechou o mês com média de R$ 6,133 por litro, queda de 1,4%. No ano, acumula retração de 1,3%, mas segue 2,0% mais caro do que há 12 meses. Norte (R$ 6,454) e Centro-Oeste (R$ 6,226) concentraram os preços mais elevados; Sul (R$ 6,001) e Nordeste (R$ 6,007), os menores. A redução foi observada em todas as regiões, com destaque para Norte e Centro-Oeste (ambas com -1,6%). Com respeito aos demais combustíveis monitorados: o diesel comum também apresentou recuo significativo em junho, de 1,5%, com preço médio nacional de R$ 6,076 por litro. Apesar da queda acumulada no ano (-1,5%), ainda registra uma alta de 1,8% em 12 meses. Comparativamente, o preço médio nacional da gasolina aditivada caiu 0,6% no mês, para R$ 6,467 por litro. A despeito da queda, o valor médio nacional do combustível acumula aumentos de 1,5% no ano e de 6,6% em 12 meses. Por fim, o valor cobrado pelo abastecimento com GNV teve avanço marginal de 0,1% em junho, com preço médio de R$ 4,817. O combustível acumula altas de 1,3% em 2025 e de 1,1% nos últimos 12 meses. Trajetória semanal dos preços A análise semanal das trajetórias dos preços nacionais dos principais combustíveis endash; diesel S-10, etanol e gasolina comum endash; evidência, por um lado, o súbito forte aumento dos preços em janeiro (em razão de reajustes da Petrobras e no ICMS), seguido por uma relativa estabilidade entre fevereiro e março, e uma tendência de queda entre o começo de abril e o final de junho. No intervalo dos últimos três meses, a Petrobras já anunciou reduções nos preços do diesel e da gasolina para as distribuidoras, contribuindo para baratear os combustíveis nos postos nacionais. Além de mudanças feitas pela Petrobras, outros fatores econômicos endash; como a queda da taxa de câmbio e a redução dos preços internacionais das commodities também podem ter contribuído para o cenário registrado pelo Monitor de Combustíveis. Como resultado do declínio observado, o preço do diesel comum atingiu em meados de junho seu menor patamar no ano, enquanto os valores cobrados pelo litro do etanol e da gasolina apresentaram os menores níveis desde o final de janeiro. Gasolina x Etanol De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em junho de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,6% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os percentuais superam o patamar de 70% emdash; considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex emdash;, a gasolina tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento na média nacional e das capitais. Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercados. Acesse aqui na íntegra a última edição do Monitor de Preço de Combustíveis do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade (junho/2025). (Veloe)

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Petróleo fecha em baixa com ameaças tarifárias de Trump contra a Rússia

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda (14) com destaque para a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com relação à Rússia. As ameaças de impor tarifas aos compradores de energia do país foram destaque, com potenciais efeitos para o mercado, enquanto o conflito com a Ucrânia prossegue, sem sinalizações de intensificações no campo diplomático. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 0,77% (US$ 0,53), a US$ 66,98 o barril. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,63% (US$ 1,15), a US$ 69,21 o barril. Trump anunciou que "tarifas secundárias sobre Rússia podem chegar a 100%" caso não haja um acordo sobre um cessar-fogo na guerra da Ucrânia nos próximos 50 dias. Em encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, Trump reafirmou a disposição de aplicar "tarifas severas sobre Rússia" e reforçou o compromisso dos EUA com o apoio militar à Ucrânia e à aliança atlântica. Trump afirmou estar "muito infeliz com a Rússia" e lembrou que "já gastamos US$ 315 bilhões com essa guerra na Ucrânia, que é de Joe Biden, não minha". O presidente também expressou desapontamento com o presidente russo, Vladimir Putin. "Estou desapontado com Putin, pois pensei que teríamos um acordo sobre Ucrânia há 2 meses", acrescentou, e pontuou que assuntos de comércio são "ótimos para resolver guerras". Segundo o The Hill, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, tentou esclarecer a ameaça de Trump de impor "tarifas secundárias" contra a Rússia caso não haja um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, após o uso do termo gerar certa confusão. "Então, é uma sanção econômica, não uma sanção no sentido técnico", disse Lutnick a repórteres, após Trump ameaçar impor tarifas "severas" à Rússia. "Você pode usar tarifas ou pode usar sanções. São duas ferramentas à disposição dele", acrescentou Lutnick. Para a Capital Economics, se Trump cumprir sua ameaça, levando a uma queda acentuada nos fluxos de energia russos, isso invariavelmente resultará em preços globais de energia mais altos. O impacto provavelmente seria maior nos preços do gás natural do que no petróleo, dependendo de até que ponto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) interviesse para suprir o déficit no fornecimento de petróleo. "Isso poderia causar graves tensões fiscais para a Rússia, mas as ações de Putin até o momento sugerem que os gastos militares podem ser priorizados em relação a outros gastos", conclui. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras tem nova diretora de Transição Energética e Sustentabilidade

A engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano é a nova diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras. Eleita pelo Conselho de Administração da estatal, a diretoria da companhia passa a ter cinco mulheres, com uma delas, Magda Chambriard, ocupando a presidência, de um total de nove integrantes. É a primeira vez na história que a alta administração da companhia tem mais mulheres do que homens. De acordo com a Petrobras, a nova composição da diretoria executiva, eldquo;representa o compromisso da companhia com a diversidade e a equidade de gênero e reforça sua posição de vanguarda no mercado brasileiroerdquo;. O estudo Mulheres em ações, divulgado pela B3, bolsa de valores do Brasil, em setembro de 2024, aponta que apenas 6% das 359 companhias listadas na bolsa brasileira têm três mulheres ou mais em sua diretoria estatutária. Em 59% dessas empresas não há nenhuma representação feminina na diretoria. eldquo;Estamos comprometidas em ampliar a participação feminina em todos os setores da Petrobras porque acreditamos que o ambiente de trabalho é mais saudável e produtivo quando há diversidade na equipe. Espero que possamos inspirar outras mulheres a almejarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, ainda majoritariamente masculinoerdquo;, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Transição energética A diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras foi criada em abril de 2023, com o objetivo de concentrar e potencializar as ações da companhia relacionadas à transição energética. A área reúne os processos de gás e energia, mudanças climáticas, descarbonização e energias renováveis, além de atuar em sinergia com outras áreas da companhia na pesquisa e desenvolvimento de projetos ligados à transição. eldquo;Seguiremos investindo fortemente em projetos de descarbonização, na produção de combustíveis mais sustentáveis e na diversificação de fontes de energia renovável. Como líderes na transição energética, reiteramos o compromisso de zerar nossas emissões operacionais, o net zero, até 2050erdquo;, disse, em nota, a nova diretora Angélica Laureano. Angélica já atuou na Petrobras nas áreas de Materiais, Abastecimento, Gás e Energia, e exerceu a presidência da Gaspetro, subsidiária da Petrobras em parceria com a Mitsui Gás S.A., responsável pela gestão de participação em 19 distribuidoras de gás natural em diversos estados. Após a aposentadoria na Petrobras, atuou como consultora em diversos projetos na área de gás natural. Atualmente, exercia a presidência da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil SA.

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Tarifaço impõe custo de mais de US$ 100 milhões às usinas de açúcar e etanol

A tarifa de 50% sobre importações de produtos do Brasil, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve impor um custo adicional de mais de US$ 100 milhões (mais de R$ 550 milhões) às usinas de açúcar e etanol. O cálculo é da consultoria Datagro, que aplicou a taxa sobre volumes e preços de referência de exportação dos dois produtos para o mercado americano. eldquo;Esta tarifa adicional incidirá sobre todas as exportações de açúcar e etanol do Brasil para os Estados Unidoserdquo;, resume a consultoria, em relatório. A empresa destaca que, no ano passado, o Brasil vendeu aos Estados Unidos 309,72 milhões de litros de etanol, a um valor médio de US$ 0,587 o litro. Com a taxa de 50%, o custo adicional para as empresas seria de US$ 90,9 milhões. No açúcar, o custo adicional seria de US$ 27,9 milhões, consideração a cota isenta de tarifa, de 146,6 mil toneladas e um valor médio de US$ 371 por tonelada. As exportações de açúcar do Brasil para os Estados Unidos partem de usinas da região Norte e Nordeste, beneficiadas por uma lei de incentivo a economias regionais. Para volumes acima da cota de exportação, as tarifas chegam a 80%, sem contar o que o presidente americano anunciou nesta semana. "A tarifa de 50% impõe uma restrição que incidirá diretamente sobre os produtores/exportadores de açúcar da região Norte-Nordeste", pontua a Datagro. A consultoria pondera, no entanto, que a cota da commodity para os Estados Unidos é pouco representativa para as exportações da região, que chegaram a 2,6 milhões de toneladas no ano passado. Ainda assim, representantes da indústria local afirmam que a situação preocupa, porque atinge uma parcela de mercado que pode render até R$ 600 milhões de reais em receita com vendas externas. Para o Itaú BBA, as exportações da commodity podem compensar, mesmo com a tarifa. eldquo;A diferença entre o valor do mercado americano e das exportações convencionais é grande o suficiente para compensar o envio para os EUA, mesmo descontando os 50% de tarifa.erdquo; Tarifas dos dois lados No comércio bilateral de etanol, o Itaú BBA destaca que os Estados Unidos diminuíram as compras do Brasil nos últimos dez anos. Ressalta, no entanto, que o etanol à base de cana-de-açúcar praticamente não tem substituto no mercado internacional, um ponto de atenção para os americanos. eldquo;Mais de 70% das importações americanas vêm do Brasil. Dessa maneira, mesmo com as tarifas, deverá ser difícil os EUA substituírem os pouco mais de 300 milhões de litros por ano que o Brasil está exportando por alguma outra origemerdquo;, afirmam os analistas, em relatório. O Brasil, por sua vez, impõe tarifa sobre a importação do etanol de fora do Mercosul, o que atinge os Estados Unidos. Atualmente, a taxa está em 18%, mas chegou a ser de 20% e até a ser zerada em anos anteriores. A Datagro lembra que o governo americano questiona a cobrança, com o argumento de que gera desequilíbrio no comércio bilateral. A consultoria informa que, de fevereiro de 2023 a junho de 2025, o Brasil importou 204,14 milhões de litros do biocombustível americano, por um valor total de US$ 97,82 milhões. eldquo;O governo brasileiro tem respondido reiteradamente às iniciativas do governo americano pleiteando a isenção de tarifa, que estaria disposto a discutir uma redução ou isenção, se houver uma redução recíproca da tarifa de importação sobre o açúcar nos EUAerdquo;, pontua a consultoria. Ainda assim, a Datagro avalia que o impacto do tarifaço americano sobre as exportações de açúcar e etanol do Brasil é eldquo;relativamente pequenoerdquo; em comparação com outros setores do agronegócio, como carnes e café. O setor de açúcar e etanol é o quinto na pauta comercial do agro com os americanos. eldquo;Resta aguardar por um ambiente de diálogo e negociação para abrandar a tensão comercialerdquo;, afirmam os analistas da consultoria.

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