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Pré-sal pode trazer mais de R$ 1 tri para União em dez anos

A União pode arrecadar mais de R$ 1 trilhão nos próximos dez anos em royalties, participações governamentais, tributos e receitas adicionais que podem ser obtidos com o petróleo dos campos do pré-sal. A receita varia de R$ 1,05 trilhão a R$ 1,32 trilhão, a depender do cenário considerado, de acordo com projeções da Pré-Sal Petróleo (PPSA), gestora dos contratos de partilha de produção dos campos do pré-sal. Os números foram apresentados nesta terça-feira (9) pela estatal em fórum técnico, no Rio. A arrecadação considera, entre outros fatores, a comercialização do óleo e do gás que pertencem à União. Na quinta (4), o governo arrecadou R$ 8,8 bilhões em leilão da PPSA na B3, quando foram ofertados direitos da União sobre áreas não contratadas das jazidas compartilhadas de Mero, Tupi e Atapu, na bacia de Santos. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Renovação da carteira de motorista deixa de exigir exame médico

O governo editou na terça-feira (9) uma medida provisória que permite que condutores sem infrações e pontos na carteira renovem a habilitação de forma automática, sem a necessidade de realizar os exames médicos exigidos. Com a nova regra, os eldquo;bons condutoreserdquo; só vão precisar realizar exames médicos na renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) quando mudarem de faixa etária. Com a medida, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que os custos com exames médicos e psicológicos cobrados pelo poder público aos motoristas serão reduzidos. eldquo;O preço dos exames era aproximadamente R$ 297. Nós vamos baixar 40% do custoerdquo;, disse. Ele explicou, ainda, que antes da regra todos os condutores precisavam fazer a renovação a cada dez anos com os exames médicos. Com a mudança, o bom condutor vai fazer o processo padrão de renovação quando completar 50 anos, idade em que a faixa muda. As mudanças de faixa etária ocorrem aos 50 anos, aos 60 anos e, depois disso, anualmente a partir dos 70 anos. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Alta da conta de luz no ano supera IPCA e IGP-M

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que o efeito médio da alta tarifária em 2025 está projetado para encerrar o ano em 7%, superando as estimativas dos índices inflacionários do Índice Geral de Preços endash; Mercado (IGP-M), que está em 1,03%, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,68% em 12 meses. O aumento dos custos com encargos setoriais e financeiros justificam esse cenário. No grupo de encargos, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE-Uso) está com alta projetada em 1,2%. É a maior parcela e cobre gastos com subsídios rateados pelos consumidores de energia elétrica por meio da tarifa paga mensalmente. Já quota CDE-GD, com alta de 1,3%, é destinada a compensar o desconto pelo uso da rede de energia elétrica oferecido a consumidores com sistemas de micro e minigeração de energia (MMGD).

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São Paulo entra no foco do etanol de milho

O potencial do milho como matéria-prima para a produção de etanol no estado de São Paulo é o foco do Centro de Ciência para o Desenvolvimento do Etanol (CCD Etanol), projeto recém-aprovado pelo programa Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O CDD-Etanol terá como instituição-sede o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), da Unicamp. O pesquisador responsável do projeto é Luis Augusto Barbosa Cortez, professor aposentado da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) e pesquisador colaborador do Nipe. eldquo;Sempre trabalhei com o tema etanol. No começo dos anos 2000, fizemos um grande road map do etanol, com a realização de 25 workshops. Hoje, nos 50 anos do Proálcool, temos um modelo vencedor de produção sustentável de etanol, açúcar e bioeletricidade, mas, nos últimos anos, o setor vem diversificando suas ações usando outras matérias-primas, como o milhoerdquo;, explica Cortez. Produção de Etanol a Partir do Milho eldquo;No momento, os Estados Unidos são o país mais avançado em etanol, com 60 bilhões de litros produzidos a partir do milho. No Brasil, são 38 milhões, 75% provenientes da cana-de-açúcar e 25% do milho. Mas, em São Paulo, ainda não temos etanol de milhoerdquo;, destaca o pesquisador, que acrescenta: eldquo;Não se trata de colocar um contra o outro, na verdade, a melhor fórmula é unir os dois.erdquo; Segundo Cortez, o etanol de cana-de-açúcar tem vantagens, já que a produção por hectare é maior. eldquo;A cana rende 7 mil litros por hectare, e o milho rende 4,5 mil litros. Mas o milho apresenta uma característica diferente, já que há a produção de um farelo proteico que pode alimentar o gado.erdquo; O pesquisador ressalta que uma das intenções do programa é eldquo;enxugar o pastoerdquo;. eldquo;O gado ocupa 160 milhões de hectares, um quinto da área do Brasil. Com o farelo, poderíamos reduzir a área de pastagem e incentivar a produção de milhoerdquo;, completa. A cultura da cana tem, ainda, o problema da sazonalidade, mas conta com a cogeração. eldquo;A desvantagem do milho é que não tem o bagaço, mas a usina poderia operar o ano inteiro, e boa parte dos equipamentos são os mesmos. O milho não requer tanto investimento quanto a canaerdquo;, destaca. Cortez lembra que o Brasil tem cerca de 400 usinas em operação, 170 delas no estado de São Paulo. Para levar seu projeto adiante, o pesquisador pretende criar uma série de ações de convencimento, baseadas em resultados de pesquisas e em workshops para o poder público municipal. eldquo;As prefeituras serão nossas aliadas.erdquo; Parcerias e o Futuro do CCD Etanol O CCD Etanol deverá reunir uma equipe de dez pesquisadores, que serão selecionados até o final do ano. São instituições parceiras a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (Saasp), a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Participam ainda como instituições de pesquisas associadas o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Embrapa Territorial, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto de Zootecnia (IZ) e o Instituto de Energia e Ambiente (IEE-USP).

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Etanol: Indicador do hidratado sobe pela 8ª semana consecutiva

O preço do etanol hidratado está em movimento de alta no mercado spot do estado de São Paulo desde meados de outubro. Na semana passada, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu pela oitava semana consecutiva. Segundo pesquisadores do CEPEA, a tendência de alta dos preços na negociação do biocombustível tem suporte da menor oferta e também da demanda aquecida. O número de usinas que já encerrou a safra 2025/26 na região Centro-Sul vem aumentando segundo levantamento da UNICA. Na atual temporada, 120 unidades já finalizaram as atividades de moagem, contra apenas 70 no mesmo período do ano passado. Entre 1º e 5 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou aos R$ 2,8853/litro (líquido de ICMS e PIS/COFINS), alta de 0,70% em relação ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou aos R$ 3,3128/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/COFINS), alta de 0,38% no mesmo comparativo.

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Boulos vai à Câmara para comandar ofensiva do governo pelo fim da escala 6x1

O ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos, vai a uma comissão especial da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira para assumir a linha de frente do governo Lula no debate sobre o fim da escala 6x1. A ida do ministro marca a entrada formal do Planalto na negociação após o impasse provocado pelo relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que frustrou a expectativa de extinguir o 6x1. Na sessão, Boulos deve endossar projetos de lei já existentes para estabelecer uma jornada máxima de 40 horas semanais, sem redução salarial, e instituir repouso de dois dias consecutivos emdash; o que, na prática, substitui o modelo 6x1 por uma jornada 5x2. A proposta prevê uma transição gradual, com limite de 42 horas em 2027 e 40 horas em 2028, atingindo todos os trabalhadores que hoje superam esse teto. O ministro deve apoiar especialmente o projeto relatado por Leo Prates (PDT-BA). O texto prevê: A duração normal do trabalho, para todos os trabalhadores, não poderá exceder 40 horas semanais; Todos os trabalhadores sujeitos hoje a jornadas superiores a 40 horas passarão a se submeter a esse limite; A redução da jornada ocorrerá sem qualquer redução nominal ou proporcional dos salários; O repouso semanal remunerado será de dois dias consecutivos, com ao menos um deles coincidindo com o domingo uma vez a cada três semanas; A redução será gradual: 42 horas a partir de 1º de janeiro de 2027 e 40 horas a partir de 2028. A ofensiva do governo responde diretamente às críticas ao relatório de Gastão. Embora preveja a redução escalonada até 40 horas, o texto não extingue o 6x1 e foi visto na base como um recuo em relação ao compromisso assumido na subcomissão, abrindo espaço para que o Planalto buscasse recuperar protagonismo no debate.

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