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Etanol sobe em oito estados e é competitivo em quatro

Os preços médios do etanol hidratado caíram em nove estados, subiram em outro oito e ficaram estáveis em nove e no Distrito Federal (DF) na semana entre 12 a 18 de outubro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, a R$ 4,30 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço também caiu 0,24% na comparação semanal, de R$ 4,11 para R$ 4,10 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 8,64%, foi registrada no Rio Grande do Norte, de R$ 4,86 para R$ 5,28 o litro. A maior queda, de 4,35%, ocorreu no Acre, de R$ 5,52 para R$ 5,28 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,29 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,93, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Competitividade O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em quatro estados na semana entre os dias 12 a 18 de outubro. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 69,13% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Mato Grosso (68,35%); Mato Grosso do Sul (66,27%); Paraná (68,10%), e São Paulo (67,43%).

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Polícia vê conexões ao PCC de postos com bandeira Shell

A prisão de Jailson Couto Ribeiro na quinta-feira, 16, durante a Operação Primus, para desarticular organizações criminosas com atuação no setor de combustíveis, revelou que postos relacionados ao eldquo;PCCerdquo; atuavam com bandeira da Shell, empresa integrante da ONG Instituto Combustível Legal (ICL), Jailson Jau, como é conhecido o suspeito preso na operação policial, é um dos maiores revendedores de combustíveis da Shell na América Latina, com cerca de 200 postos da bandeira, que no Brasil opera sob o controle da Raízen, de Rubens Ometto. Segundo a Polícia Civil, a rede administrada por Jau faz parte do esquema criminoso que opera com adulteração e comercialização irregular de combustíveis e os postos seriam utilizados para ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro, com conexões ao PCC, considerada a maior facção criminosa do país. Natural de Iaçu (BA), Jailson Jau foi preso em um hotel de luxo na cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina. Em Feira de Santana, onde é radicado, chegou a receber o título de cidadão honorário. Jau também tem histórico político: disputou mandato de prefeito de Iaçu nos anos de 2020 e 2024. Em 2022, Jau também apoiou a candidatura do deputado federal Dal Barreto (União-BA), que foi alvo da sexta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no último dia 14. Nas redes sociais, o baiano Jau costumava ostentar viagens de luxo para destinos internacionais, como Itália, Luxemburgo, Emirados Árabes e Espanha, além de passeios pelo Brasil. A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando R$6,5 bilhões, revelando a dimensão financeira da operação. Além de Jailson, outros cinco mandados de prisão foram cumpridos, sendo três na Bahia, um em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Mais de 170 policiais civis participaram da ação. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e mapear o fluxo de recursos que sustentava as atividades ilícitas do grupo.

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 unidades da Federação (13 a 17/10)?̷

Entre os dias 13 e 17/10, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em 12 unidades da Federação.e#8239;e#8239; e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes.e#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; e#8239; O destaque foi a participação da ANP nas Operações Alquimia, deflagrada simultaneamente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, para mapear fluxos irregulares de metanol, e Primus, na Bahia, com o objetivo de combater fraudes no setor de combustíveis. Confira a tabela completa de todos os agentes econômicos fiscalizados no período: https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/imprensa/planilha-postos-fiscalizados/agentes-fiscalizados-2025-10-13-a-17.xlsx Agentes econômicos fiscalizados em operações que ainda estão em andamento não foram incluídos na planilha, de forma a preservar o sigilo das ações. Nesses casos, a planilha será atualizada com a inclusão dos dados após o término da respectiva operação.e#8239; e#8239; Veja abaixo mais informações sobre as principais ações realizadas nas unidades federativas do país:e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Bahia Foram fiscalizados 34 postos de combustíveis e dois agentes não regulados nos municípios de Coronel João Sá, Banzaê, Adustina, Antas, Novo Triunfo, Sítio do Quinto, Serrinha, Lamarão, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos, Simões Filho, Sapeaçu, Santa Bárbara e Feira de Santana. Nesta última, uma das operações na cidade foi realizada no âmbito da Operação Primus, em conjunto com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil e a Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz). Foram lavrados 12 autos de infração e um de interdição, e coletadas 14 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Goiáse#8239; As ações de fiscalização da ANP foram realizadas nas cidades de Caldas Novas, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás, Morrinhos, São Simão, Cristianópolis, Goiatuba, Caçu e Acreúna. Foram inspecionados 27 postos de combustíveis, um ponto de abastecimento e uma planta de distribuição de biodiesel. No total, as equipes coletaram 34 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Durante as operações, foram lavrados seis autos de infraçãoe#8239;e um auto de interdição. Foram apreendidos 17 litros de óleo lubrificante sem registro. e#8239; Mato Grosso Em Várzea Grande, os fiscais participaram da Operação Alquimia, ação conjunta com a Polícia Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Receita Federal, em um agente não regulado. Não houve registro de irregularidades. Uma amostra de combustível foi coletada para análise em laboratório. Mato Grosso do Sul Foram realizadas ações no âmbito da Operação Alquimia, em conjunto com a Polícia Federal, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Receita Federal, em Campo Grande, Caarapó e Dourados. Os fiscais estiveram em dois agentes não regulados e uma planta de produção de biodiesel, sem registro de irregularidades. Foram coletadas sete amostras de combustíveis para análise em laboratório. Minas Geraise#8239; e#8239;e#8239; As equipes da ANP fiscalizaram 24 postos de combustíveis, um produtor de etanol e uma refinaria. As operações resultaram na coleta de 20 amostras de combustíveis para análise em laboratório, na lavratura de oito autos de infração e um de interdição. e#8239; e#8239;e#8239; As ações aconteceram em Guaxupé, Pompéu, Bom Despacho, Japaraíba, Lagoa da Prata, Luz, Moema, Conceição do Mato Dentro, Serra Azul de Minas, Buenópolis, Curvelo, Felixlândia, Paraopeba, Santana de Pirapama, Sete Lagoas e Betim.e#8239; e#8239; Pará e#8239; e#8239;e#8239; A ANP participou de força-tarefa com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Força Nacional de Segurança em Itaituba, no âmbito da operação de desintrusão na terra indígena Munduruku. Três postos de combustíveis, um ponto de abastecimento, dois postos de combustíveis de aviação e três transportadores-revendedores-retalhistas na navegação interior (TRRNI) foram fiscalizados.e#8239; No total, foram lavrados quatro autos de infração (um deles em um TRRNI por fornecer combustíveis para garimpos ilegais na terra indígena Munduruku) e um de interdição, que resultaram na apreensão de 20 litros de óleo lubrificante.e#8239;Foram coletadas três amostras de combustíveis para análise em laboratório. Paraíba No estado, as ações aconteceram na capital, João Pessoa, e nos municípios de Juripiranga, Mamanguape, Capim, Alhandra e Santa Rita. Foram vistoriados 13 postos de combustíveis e duas revendas de GLP, que resultaram na lavratura de sete autos de infração e um de interdição. Treze amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório. Paranáe#8239;e#8239; e#8239; A ANP participou da Operação Alquimia, ação conjunta com a Polícia Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Receita Federal, nas cidades de Araucária, Colombo e Paranaguá. Foram fiscalizados um terminal, um agente de comércio exterior e uma base do ramo de solventes, sem registro de irregularidades, e coletadas 12 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio de Janeiroe#8239; e#8239; Foram realizadas ações em parceria com a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), na capital e em Duque de Caxias; com a Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ) e a Força Especial de Controle de Divisas (Operação Foco), em Itaboraí e São Gonçalo; apenas com Força Especial de Controle de Divisas - Operação Foco em Belford Roxo; e com a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e a Naturgy em Nova Iguaçu. Em ações apenas da ANP, os fiscais estiveram nos municípios de São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Nova Friburgo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Cordeiro, Trajano de Moraes e Rio de Janeiro. Foram fiscalizados 30 postos de combustíveis com a lavratura de 11 autos de infração e 11 de interdições, com a apreensão de 85.733 litros de combustíveis (gasolina, etanol e óleo diesel). Nas fiscalizações, foram coletadas 37 amostras de combustíveis para análises laboratoriais. Rio Grande do Sule#8239; As equipes da ANP fiscalizaram 12 postos de combustíveis e cinco agentes não regulados, em ações realizadas nos municípios de Porto Alegre, Feliz, Serafina Correa, Sapucaia do Sul, Passo Fundo, Venâncio Aires, Vera Cruz, David Canabarro e Mato Castelhano.e#8239; No total, foram coletadas três amostras de combustíveis para análise em laboratório. As operações resultaram em 12 autos de infração e quatro de interdição. Santa Catarinae#8239; Foram fiscalizados um posto de combustíveis, dois agentes não regulados e dois consumidores industriais de solventes nos municípios de Pomerode, Blumenau, Joinville e Cocal do Sul (no âmbito da Operação Alquimia, ação conjunta com a Polícia Federal). As operações resultaram em três autos de infração e um de interdição. Duas amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório.e#8239; São Pauloe#8239; No estado de São Paulo, as ações ocorreram, na capital paulista e nas cidadese#8239;de Campinas, Juquiá, Registro, Suzano, Paulínia, Itariri, Miracatu, Itaquaquecetuba, Guararema, Diadema, Brodowski, São Bernardo do Campo, São Caetano e Santo André endash; em parceria com o Procon nas três últimas localidades. Além desses municípios, os fiscais da ANP participaram da Operação Alquimia, ação conjunta com a Polícia Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Receita Federal, em Sumaré, Guarulhos, Laranjal Paulista, Cotia, Arujá, Suzano, Jandira, Limeira e Araçariguama. Foram fiscalizados 50 postos de combustíveis, três distribuidoras de combustíveis, um terminal, seis agentes não regulados, uma planta de produção de biodiesel, três agentes de comércio exterior e duas bases do ramo de solventes. Foram coletadas 46 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Durante as operações, foram lavrados 17 autos de infração e quatro de interdição.e#8239; Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasile#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades.e#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento.e#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei.e#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades.e#8239;e#8239;e#8239;e#8239; e#8239; Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita) ou doe#8239;FalaBR, plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da Controladoria-Geral da União (CGU).e#8239;e#8239;

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Fiscalização do abastecimento: ANP firma acordo com o Ipem-SP

Foi publicado ontem (20/10), no Diário Oficial da União, o acordo de cooperação técnica e operacional celebrado entre a ANP e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de SP. O acordo está voltado para a fiscalização de agentes econômicos que atuam no transporte, revenda e comercialização de derivados do petróleo e biocombustíveis. Prevê a atuação conjunta entre os órgãos para a repressão de condutas irregulares no setor. Inclui também ações visando à educação e à orientação do respeito às normas da ANP e à legislação em vigor no exercício dessas atividades. A parceria compreende ainda o georreferenciamento (registro da localização geográfica de agentes econômicos), com objetivos de contextualização espacial e atualização do cadastro de empresas junto à ANP. Isso aumenta a confiabilidade sobre os dados das empresas do setor de combustíveis, contribuindo para a segurança do abastecimento, bem como para o planejamento das ações de fiscalização. A partir da celebração do acordo, será operacionalizado o respectivo plano de trabalho com a sistemática de cooperação técnica e operacional entre os dois órgãos, visando à fiscalização do mercado de combustíveis, na região de competência do Ipem-SP, que envolve todo o estado de São Paulo. A parceria estabelece que o Ipem-SP poderá fiscalizar essas atividades, em nome da ANP, através de seu quadro de pessoal capacitado pela Agência e mediante ordens de serviço por ela emitidas. O acordo não prevê a transferência de recursos financeiros e terá duração de 60 meses, podendo ser prorrogado. A ANP mantém acordos de cooperação técnica com órgãos públicos de todo o país para atuação conjunta no mercado brasileiro de combustíveis.

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Após onda de eletrificação, montadoras voltam a apostar na gasolina

Apesar de investir bilhões de dólares em veículos elétricos, uma grande parte da indústria automobilística está se adaptando rapidamente emdash;e com satisfaçãoemdash; a uma nova realidade para o tradicional ICE (sigla em inglês para motor de combustão interna). O CEO da Ford, Jim Farley, chamou a mudança de "uma oportunidade de bilhões de dólares", enquanto a rival General Motors está apostando US$ 900 milhões em um V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhões e SUVs. No entanto, analistas alertam que essa mudança traz grandes riscos, considerando a rápida ascensão da China em veículos elétricos. O foco em veículos a gasolina e híbridos segue uma desaceleração na demanda por veículos elétricos nos EUA após o presidente Donald Trump cancelar créditos fiscais para compras no setor e propor a revogação de regras sobre emissões de gases de efeito estufa. Ford e GM não estão sozinhas. A Stellantis também ressuscitou o motor V8 Hemi nas picapes RAM e no Dodge Charger. A japonesa Honda adiou um investimento de US$ 11 bilhões em uma fábrica de veículos elétricos no Canadá por dois anos, enquanto a sul-coreana Hyundai anunciou planos para uma nova picape de tamanho médio nos EUA. Mesmo na Europa e no Reino Unido, onde as vendas de veículos elétricos representaram 20% dos novos registros em agosto, uma reviravolta pode acontecer. Executivos pedem que a proibição de motores a gasolina em 2035 seja flexibilizada para permitir outras tecnologias, como os veículos híbridos. Apenas a China avançou em sua transição verde com veículos elétricos, que devem superar as vendas de carros a gasolina em base anual pela primeira vez este ano. "A cauda do ICE agora é mais gorda e longa do que qualquer um pensou que seria", disse o diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, em uma conferência recente, mesmo enquanto a empresa continua a investir em novos carros elétricos. A significativa perda de participação de mercado na China por marcas estrangeiras também deixa a indústria com pouca escolha a não ser buscar mais vendas nos EUA. "Em dez anos, as empresas poderiam acordar e ser muito regionais, relevantes apenas nos EUA, e isso seria bastante limitante para seu potencial de longo prazo", disse Mark Wakefield, líder global de mercado automotivo da AlixPartners. Apesar do recente declínio nos preços das baterias, os carros elétricos são menos lucrativos do que seus equivalentes a gasolina. No ano passado, a Ford registrou um prejuízo operacional de US$ 5 bilhões em seu negócio eletrificado, mas obteve US$ 5,3 bilhões de sua divisão a combustão. A AlixPartners reduziu quase pela metade sua previsão de veículos eletrificados para os EUA e agora espera que os elétricos representem 7% das vendas de carros em 2026, com os automóveis a gasolina chegando a 68% e os híbridos, a 22%. Mesmo em 2030, espera-se agora que os veículos eletrificados representem apenas 18% nos EUA, significativamente menor que os 40% na Europa e 51% na China. Entre os poucos perdedores da reversão no ambiente regulatório dos EUA estão marcas focadas em elétricos como a Tesla, que na semana passada alertou que mudanças nas regras de emissões "privariam os consumidores de escolha e extensos benefícios econômicos" e "teriam efeitos negativos na saúde humana". Outra perdedora é a alemã Porsche, que recentemente alertou sobre um impacto de 1,8 bilhão de euros no lucro operacional anual como resultado do custo de expandir sua linha de gasolina e híbridos. "A morte do motor de combustão interna não vai acontecer em nossa vida", disse Joseph McCabe, presidente da AutoForecast Solutions. O CEO da BMW, Oliver Zipse, disse recentemente que a montadora sempre seguiu uma estratégia flexível, e que ignorar a demanda contínua por carros a gasolina foi um erro. As fortes vendas de híbridos nos EUA ajudaram a impulsionar os resultados globais da japonesa Toyota para um recorde nos primeiros oito meses do ano, com 7,4 milhões de unidades vendidas. Os híbridos representaram cerca de 40%, e o estoque desses veículos nos EUA era de apenas cinco dias em maio. A visão da China, agora o maior mercado automotivo do mundo, é drasticamente diferente, e analistas alertam sobre os perigos de as montadoras tradicionais, particularmente os grupos americanos, desacelerarem a eletrificação para investir novamente em motores a combustão. A China produziu 18,6 milhões de carros a gasolina no ano passado emdash;dos quais mais de 4 milhões foram exportadosemdash; em comparação com um pico de 28,1 milhões em 2017, de acordo com dados da Automobility. O mercado chinês responde por dois terços das vendas globais de carros elétricos, em comparação com apenas 9% nos EUA. A China também tem cerca de 70% da participação no mercado mundial de baterias, além do domínio no processamento de níquel, cobalto e grafite e na produção de cátodos e ânodos. Enquanto tarifas de 100% significam que a BYD e outras montadoras chinesas estão excluídas do mercado americano, elas estão fazendo incursões agressivas na Europa. "O mercado de carros elétricos não está apenas crescendo rapidamente, sua própria natureza está mudando", disse Tanya Sinclair, CEO da Electric Vehicles UK. "É por isso que é decepcionante ver atrasos [em modelos eletrificados]."

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Petróleo fecha em baixa com desaceleração da economia chinesa

Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, ainda afetados pelo aumento da produção em vários países exportadores, inclusive o Brasil, e pela desaceleração da economia chinesa, maior importadora de petróleo do mundo. Há temor de excesso da oferta global entre investidores. O preço do barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em dezembro, caiu 0,46%, ficando em US$ 61,01 emdash; não muito distante dos níveis mais baixos desde o início de maio. Esse tipo de petróleo é a referência para a Petrobras, que comemorou hoje a obtenção da licença para perfurar um poço de pesquisa na Margem Equatorial. O equivalente americano, o barril de West Texas Intermediate (WTI), para entrega em novembro, recuou 0,03%, para US$ 57,52. emdash; O petróleo continua sob pressão porque a oferta segue aumentando, especialmente diante do aumento das cotas dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) emdash; resumiu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, à AFP. Desde abril, o cartel aumentou consideravelmente sua produção, o que provocou um excesso de oferta em relação à demanda no mercado. emdash; A isso se soma o aumento da produção nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Guiana, o que exerce pressão sobre o mercado emdash; acrescentou Lipow. Em seu último relatório mensal sobre o mercado petroleiro, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê um excedente de oferta de cerca de 2,2 milhões de barris por dia (mb/d) em 2025 e alerta que esse número pode chegar a quase 4 mb/d em 2026. emdash; Os últimos dados econômicos da China não são muito animadores emdash; observou Phil Flynn, do Price Futures Group. Segunda maior economia do mundo e grande importadora de petróleo, a China anunciou nesta segunda-feira uma desaceleração de seu crescimento no terceiro trimestre, no ritmo mais baixo em um ano (+4,8% em termos anuais), devido à queda no consumo interno e às tensões comerciais. Como Pequim é o maior importador mundial de petróleo, os operadores acompanham de perto a saúde econômica do país. O mercado ainda está atento aos últimos desdobramentos no campo comercial, depois de Pequim e Washington terem concordado no sábado em preparar novas negociações em torno das tarifas comerciais. Nas últimas semanas, o cessar-fogo na Faixa de Gaza também foi apontado como um fator de baixa do petróleo, eliminando incertezas sobre a produção no Oriente Médio. (Por AFP)

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