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Lula diz confiar em acordo para fim dos combustíveis fósseis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (19) o mapa do caminho (roadmap) para o fim da dependência dos combustíveis fósseis e disse acreditar que os negociadores brasileiros chegarão a um bom-termo sobre a questão, respeitando a soberania de cada país. Esse vem sendo um dos principais temas negociados na agenda paralela da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém. eldquo;É por isso que nós colocamos a questão do mapa do caminho [para o fim dos combustíveis fósseis]. É preciso que a gente diminua a emissão de gás de efeito estufa. E se o combustível fóssil é uma coisa que emite muitos gases, nós precisamos começar a pensar como viver sem combustível fóssil", defendeu. Clique aqui para continuar a leitura.

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Mapa para redução de combustíveis fósseis divide até delegação brasileira

Com as negociações da COP30 no Brasil em reta final, altos funcionários do governo estão divididos sobre uma das principais prioridades do encontro. Enquanto alguns esperam aprovar um roteiro para que o mundo deixe de usar combustíveis fósseis, outros argumentam que os esforços devem se concentrar em melhorar o financiamento para a adaptação climática, de acordo com pessoas ouvidas pela Bloomberg. Cerca de 80 países apoiam o chamado mapa do caminho para redução de combustíveis fósseis. O assunto não está na agenda formal da COP, mas é uma prioridade do governo Lula e ganhou ainda mais atenção com a ida do presidente à Belém, sede da COP, nesta quarta-feira. A ambição original da presidência brasileira era sair da conferência com a criação de um grupo de trabalho para estabelecer um calendário de dois anos para inciar a redução da dependência de fontes fósseis, como petróleo e carvão. Mas há poucos sinais de que esse objetivo será atingido. Alguns integrantes do governo envolvidos nas negocaições temem que, se houver avanço no roadmap, isso possa comprometer o progresso que vinha sendo feito na área de financiamento para adaptação, disseram as fontes. Um acordo feito na COP2021 para dobrar esse financiamento para cerca de US$ 40 bilhões expira no final deste ano. E há discussões sobre como os países--membros da conferência do clima farão a partir do ano que vem. As visões divergentes não passaram despercebidas entre os observadores da COP. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, afirmou que a divisão se dá entre eldquo;aqueles que querem salvar o mundo e aqueles que querem salvar o sistemaerdquo;. Obsevadores cobram ações concretas tanto na questão dos combustíveis fósseis como na do desmatamento ilegal. eldquo;Queremos mapas do caminho que sejam efetivamente planos de ação, tanto para superar os fósseis quanto para zerar o desmatamento. Precisamos mobilizar recursos para isso, e queremos que a defesa feita por Lula para que as petroleiras, mineradoras e os superricos ajudem a pagar a conta da transição energética seja de fato incorporada. Ou seja, precisamos ver tudo isso no texto final acordado por todos os países. Aí sim teremos motivos para celebrar. Belém de fato está entregando uma linda COP, mas ela é feita também do texto final, e esse ainda não veioerdquo;, disse em nota a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali.

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Mesmo com queda do petróleo, gasolina e gás de cozinha não recuam em 2025, mostra levantamento

A trajetória de queda no preço internacional do petróleo ao longo de 2025 ainda não se traduziu em alívio para o consumidor final, especialmente gasolina e GLP (gás de cozinha). A constatação é do Boletim de Preços dos Combustíveis do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que analisou a evolução dos valores entre janeiro e outubro. Segundo o relatório, o barril de petróleo recuou 18,6% em dólar no período. A gasolina A comum, considerando a média de todas as refinarias, incluindo a Petrobras, registrou queda de 21,3%. Apesar disso, o preço final ao consumidor praticamente não se mexeu: passou de R$ 6,18, em janeiro, para R$ 6,20, em outubro, alta de 0,3%. O boletim aponta como principal motivo a disparada da margem de distribuição e revenda, que subiu 31,3%, de R$ 0,96 para R$ 1,26. Segundo o IPCA de outubro, os combustíveis tiveram alta de 0,32%. Somente o óleo diesel que caiu 0,46%, Os demais combustíveis tiveram variações positivas: etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%). O GLP também reagiu à queda do petróleo no mercado externo. O Preço de Paridade de Importação (PPI) do produto recuou 6,6% em outubro, após meses de estabilidade. Mesmo assim, não houve redução nas refinarias nem nos valores cobrados do consumidor. Ao contrário: o boletim salienta que o preço do gás de cozinha acumulou sucessivos aumentos ao longo do ano e, em outubro, ultrapassou pela primeira vez o maior patamar dos últimos cinco anos. O movimento foi puxado pelo avanço de 8,3% na margem de distribuição e revenda entre janeiro e outubro.

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Varejo terá fim de ano de 'crescimento pífio', próximo a 0%, segundo Ibevar

A projeção de vendas para novembro, dezembro e janeiro aponta que o fim de ano será de um eldquo;crescimento pífioerdquo;, próximo a 0% no varejo restrito e perto de 0,3%, na média, no varejo ampliado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e a FIA Business School. O varejo restrito, que engloba os segmentos de supermercados, vestuário, móveis, artigos farmacêuticos, entre outros, tem projeção de vendas de -0,01% em novembro, comparado ao mês anterior; de -0,04% em dezembro e de 0% em janeiro. Já varejo ampliado deverá avançar 0,42% em novembro, comparado ao mês anterior. Dezembro deve ter recuo de -0,02%, e janeiro um novo avanço de 0,61%. Essa categoria ampliada engloba todos os segmentos de varejo, mais veículos e motos, partes e peças e material de construção. eldquo;Os próximos três meses vão ser de crescimento pífio, uma expansão lateral. O varejo caminha de lado. Há uma resiliência bastante moderada, muito ligada à questão do emprego e do consumo das famílias, além da taxa de juros elevada e o endividamentoerdquo;, afirma Claudio Felisoni, presidente do Ibevar. Projeção de vendas Varejo restrito Varejo ampliado novembro/25 -0,01% 0,42% dezembro/25 -0,04% -0,02% janeiro/26 0,00% 0,61% Fonte: Ibevar De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias com dívidas chegou a 79,5% em outubro, e as inadimplentes estão em 30,5%. Os dados apontam um recorde no patamar de pessoas dizendo que não terão condições de pagar as dívidas endash; chegando a 13,2% endash; o que significa que continuarão inadimplentes. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias com dívidas chegou a 79,5% em outubro, e as inadimplentes estão em 30,5%. Os dados apontam um recorde no patamar de pessoas dizendo que não terão condições de pagar as dívidas endash; chegando a 13,2% endash; o que significa que continuarão inadimplentes. Varejo ampliado tem desempenho negativo A projeção de desempenho do varejo restrito e ampliado sobre outros períodos de tempo nos dá um diagnóstico de como anda o consumo das famílias. Segundo Felisoni, os dados mostram um desempenho positivo no varejo restrito, que geralmente engloba o consumo de necessidades básicas, mas apontam desempenho negativo em todas as variáveis de tempo no varejo ampliado. eldquo;As pessoas têm procurado manter seu padrão de vida, e há coisas que não podem ser cortadas imediatamente, como plano de saúde, transporte e muitos serviços pessoais (salão de beleza, academia), que continuam crescendoerdquo;, analisa Projeção do varejo Mesmo mês do ano anterior Acumulado do ano Acumulado em 12 meses Restrito novembro/25 0,58% 1,66% 1,80% dezembro/25 0,74% 1,58% 1,58% janeiro/26 0,51% 0,51% 1,41% Ampliado novembro/25 -2,39% -0,18% -0,08% dezembro/25 -2,45% -0,03% -0,03% janeiro/26 -1,96% -0,70% -0,27% Fonte: Ibevar O varejo restrito apresentou crescimento de 0,58% na comparação anual e aumento acumulado de 1,80% nos últimos 12 meses. Segundo o Ibevar, esses resultados indicam estabilidade no consumo das famílias, após um período de desaceleração observado ao longo do ano. Já o varejo que inclui os setores de veículos, motos e material de construção, teve recuo de -2,39% frente ao mesmo mês de 2024 e queda de -0,08% no acumulado de 12 meses. O desempenho reflete o ritmo lento de recuperação do setor, segundo o Ibevar.

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Petróleo fecha em queda com retorno da aversão ao risco em Wall Street

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 20, acompanhando o movimento mais amplo de aversão ao risco em Wall Street após o fim da euforia com o balanço da Nvidia. O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,42% (US$ 0,25), a US$ 59 00 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 0,20% (US$ 0 13), a US$ 63,38 o barril. O relatório de emprego de setembro dos EUA, visto como misto endash; com criação de vagas acima do esperado, mas alta na taxa de desemprego endash; reforçou a cautela dos investidores, que revisaram suas apostas e agora veem menor chance de o Federal Reserve (Fed) manter os juros estáveis na última reunião de política monetária do ano, em dezembro. O dólar firme também pesou sobre as commodities: o índice DXY seguiu forte, próximo de sua máxima em seis meses, limitando os ganhos do petróleo. Um dólar mais forte encarece o barril para compradores estrangeiros e tende a reduzir a demanda global. Mais cedo, o petróleo chegou a operar em alta parcial, apoiado por sinais de objeção a um plano de paz para a guerra na Ucrânia e em uma redução maior que a prevista nos estoques de petróleo bruto dos EUA. Ainda assim, os estoques de gasolina e destilados subiram pela primeira vez em mais de um mês, sugerindo desaceleração do consumo. eldquo;Daqui para frente, os mercados se concentrarão em como as sanções à Rússia remodelam os fluxos comerciais, se o crescimento da oferta continua superando a demanda e até que ponto os riscos geopolíticos injetam nova volatilidade nos preçoserdquo;, afirma Soojin Kim, analista do MUFG. (Estadão Conteúdo)

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Raízen faz acordo para encerrar processo que a acusa de impor preço a postos da Shell

A Raízen assinou um Termo de Compromisso de Cessação de Prática junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) em que se compromete a não fixar preço de combustível aos postos da rede Shell, que é controlada no Brasil pela Raízen. O acordo encerra um processo no Cade que se arrastava desde 2017, aberto após denúncia por parte de representantes de revendedores de que a Raízen impõe preço aos postos de combustíveis da Shell, com prejuízo aos concorrentes. Um inquérito administrativo da Superintendência-Geral do órgão que fiscaliza práticas anticoncorrenciais reuniu depoimentos de revendedoras da marca. Conforme o Painel S.A. noticiou, 144 postos disseram ao Cade que a distribuidora lhes sugere ou fixa os preços para o consumidor final. Entre eles, 40 relataram retaliações contra os que não seguem as orientações, pagando mais caro pelos produtos entregues pela companhia. Outros 38 disseram que as revendedoras que seguem a sugestão de preço da Raízen ganham descontos na compra dos combustíveis. O inquérito ainda apurou que motoqueiros terceirizados atuam como olheiros a serviço da Raízen para monitorar os preços praticados na rede da Shell. "Ao longo da instrução processual foram colhidos diversos indícios e provas de que a Raízen, sistematicamente, impõe preços a seus revendedores", diz um relatório elaborado pelo Departamento de Estudos Econômicos do Cade, a pedido da Superintendência-Geral. No processo, a empresa disse que apenas sugeria preços e que essa prática foi descontinuada, mas, segundo o relatório, revendedores, em diferentes momentos, afirmaram que a distribuidora alterava os valores de compra de combustíveis dos postos caso eles não seguissem o preço sugerido. "Ora, uma sugestão que, se não seguida, gera retaliação, não pode ser considerada mera sugestão. No mais, postos afirmam que a prática permanece até o presente", diz o documento. O termo de compromisso assinado pela Raízen tem duração de três anos, podendo ser estendido unilateralmente pelo Cade se assim o órgão achar que é necessário. O descumprimento parcial do acordo resultará em multa de R$ 1,5 milhão para cada caso que ocorrer, e o descumprimento total vai gerar multa de até R$ 8,5 milhões. Segundo o documento do acordo, o termo não se configura análise de mérito, ou seja, o caso não chegou a ser julgado pelo tribunal do Cade, e "tampouco reflete qualquer juízo da autoridade quanto à existência de indícios suficientes de infração à ordem econômica até o presente momento." Consultada, a Raízen disse que firmou o compromisso "com o objetivo de reforçar as melhores práticas de compliance concorrencial no setor de combustíveis". A companhia afirmou que tem "compromisso irrestrito" com a promoção da livre concorrência e com o respeito à autonomia dos agentes de mercado. "A Raízen reforça que seguirá atuando de forma transparente, íntegra e contribuindo para um ambiente de negócios competitivo e saudável no setor de combustíveis." (Painel S.A.)

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