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Planalto prepara operação Carbono Oculto 'turbinada' contra CV e Refit, diz líder do PT

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o governo federal prepara uma versão operação Carbono Oculto eldquo;turbinadaerdquo; contra o CV (Comando Vermelho). eldquo;Essa vai ser a linha do governoerdquo;, disse. A fala do petista indica que o governo pretende articular uma operação diluída para estrangular a rota do dinheiro do CV. Deve envolver Polícia Federal, Ministério Público Federal e órgãos de inteligência para investigar as ligações da facção com o setor financeiro. eldquo;Vai aparecer político. É por isso que essa turma não quer a PEC da Segurançaerdquo;, disse. O líder petista ressaltou que um dos focos será a Refit, do empresário Ricardo Magro, cuja suspensão das operações da refinaria mobilizou o governador Cláudio Castro (PL) pela desinterdição. eldquo;Ele [Magro] é o maior sonegador de imposto do paíserdquo;, criticou. A Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, saiu em defesa da desinterdição da refinaria no processo de recuperação judicial da Refit, onde a empresa também recorreu para manter a competência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) na trincheira judicial aberta após a operação Cadeia de Carbono. Na segunda-feira (27/10), o desembargador Guaraci de Campos Viana, do TJ-RJ decidiu pela desinterdição total do parque industrial e a transferência das cargas retidas pela Receita Federal, dos navios para a refinaria. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que nesta quarta-feira (129/10) anulou a liberação das atividades da Refit. Governadores apoiam Castro Já governadores de Brasília, Goiás e Paraná definem uma estratégia para unificar a direita em torno da segurança pública. Eles ofereceram suporte operacional a Cláudio Castro, que determinou uma operação contra o núcleo duro do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e Penha nesta terça-feira (28/10). A ofensiva sem a participação de forças federais resultou em mais de 130 mortos e sem a prisão chefe da facção, conhecido como Doca. A oferta de policiais militares para reforçar a segurança do Rio de Janeiro tem como estratégia unificar a narrativa de que o governo do presidente Lula se recusa auxiliar a segurança no estado. Com isso, os governadores reforçam a argumento contra a PEC da Segurança Pública enviada em abril pelo Palácio do Planalto ao Congresso. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) foi além da oferta de PMs. Ele decidiu enviar a vice-governadora Celina Leão (PP) para negociar com Castro. O pano de fundo é a sinalização de que Lula não irá aceitar a implementação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para envolver as Forças Armadas no conflito urbano entre policias do Rio e facções criminosas. Haddad critica Cláudio Castro As declarações de Lindbergh Farias (PT/RJ) vieram após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, subir o tom contra as ações do governador Cláudio Castro no enfrentamento ao crime organizado no setor de combustíveis. eldquo;O governo do Estado do Rio tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustível, que é como se irriga o crime organizado. Então, para você pegar o andar de cima do crime organizado, que é quem efetivamente tem o dinheiro na mão e municia as milícias, você tem que combater de onde está vindo o dinheiroerdquo;, afirmou o ministro.

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Petróleo fecha em alta com redução de estoques e expectativa por reunião Trump-Xi

Os contratos futuros do petróleo encerraram o pregão desta quarta-feira, 29, em alta, interrompendo sequência de queda em três sessões, diante da redução muito além do previsto nos estoques nos EUA e com a expectativa pelo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping. A decisão de Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de cortar juros em 25 pontos-base na reunião desta tarde influenciou apenas marginalmente os negócios. O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta 0,55% (US$ 0,33), a US$ 60,48 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 0,76% (US$ 0,49), a US$ 64,32 o barril. Apesar da alta, os preços caminham eldquo;para uma terceira queda mensal consecutiva, pressionados por expectativas de um excedente global, enquanto a Opep+ se prepara para aumentar a produção em sua próxima reuniãoerdquo;, explicou Soojin Kim, do MUFG. O mercado ainda segue atento aos desdobramentos do acordo de paz em Gaza, que demonstra fragilidade, após novos ataques israelenses. (Estadão Conteúdo)

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Preço médio de gasolina e etanol sobem em outubro ante setembro, diz ValeCard

A redução de 4,9% no preço da gasolina anunciada pela Petrobras na semana passada ainda não foi percebida pela maioria dos consumidores. Em outubro, o preço médio da gasolina foi de R$ 6,388, um aumento de 0,22% em relação a setembro, quando o valor médio estava em R$ 6,374. Já o litro do etanol também registrou alta, de +0,29%, chegando a R$ 4,455, enquanto o diesel apresentou teve leve recuo de -0,10%), com preço médio de R$ 6,292. Combustível set/25 out/25 Variação mensal (R$) Variação mensal (%) Gasolina 6,374 6,388 0,014 0,22% Etanol 4,442 4,455 0,013 0,29% Diesel S-10 6,298 6,292 -0,006 -0,10% Fonte: ValeCard Os dados são do levantamento mensal da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos. Para o cálculo, foram consideradas as transações realizadas entre 1º e 26 de outubro, em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país. A pesquisa tem como base os pagamentos realizados nos postos da rede credenciada, refletindo os valores médios efetivamente pagos pelos motoristas. Sobre a demora da aplicação da redução de preços chegar às bombas, Marcelo Braga, diretor de Mobilidade e Operações da ValeCard, explica que a queda no preço ao consumidor final depende do repasse feito pelas distribuidoras. eldquo;A redução costuma chegar aos motoristas de forma gradual, à medida que os postos realizam novas compras. No entanto, o corte anunciado não será integralmente refletido nas bombas, já que cerca de 30% da gasolina é composta por etanol. Além disso, fatores como impostos estaduais e federais, e as margens das distribuidoras e dos postos também influenciam o preço final, o que faz com que a queda seja menorerdquo;, detalha Braga. Ainda segundo o levantamento, São Paulo perdeu em outubro o posto de gasolina mais barata do país, após registrar um aumento de 0,03%, passando de R$ 6,172 para R$ 6,174. Esse lugar foi assumido no mês pela Paraíba, com valor médio de R$ 6,148, após queda de -0,47% entre setembro e outubro. Etanol O etanol teve alta em 12 estados em outubro. O Espírito Santo apresentou a segunda maior alta percentual do país (+4,95%), com o preço médio do etanol subindo de R$ 4,710 em setembro para R$ 4,943 em outubro. Enquanto isso, pelo segundo mês consecutivo, São Paulo registrou alta de 0,24%, mas manteve o menor valor médio do combustível no país, a R$ 4,199. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o valor do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil. Considerando essa metodologia, os estados onde vale a pena abastecer com etanol neste mês são: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Roraima e São Paulo. Diesel No caso do Diesel S-10, pelo segundo mês consecutivo, todos os estados da região Sul registraram queda no preço. O Rio Grande do Sul alcançou o menor valor médio do país (R$ 5,961), após redução de 1,68% em relação a setembro (R$ 6,063). Mas a maior queda da região foi observada em Santa Catarina (-1,74%), seguida pelo Paraná (-0,36%). No Norte, mesmo com um recuo de quase 6% no valor médio do diesel na região, o Acre retomou o primeiro lugar de preços mais caros, com o valor médio de R$ 7,424, seguido de Roraima, que passou para R$ 7,043.

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MP do setor elétrico inclui medida que pode elevar arrecadação com petróleo

O relatório da medida provisória (MP) do setor elétrico sobre reduções dos impactos tarifários para consumidores prevê uma mudança na forma de calcular o valor do petróleo produzido no Brasil. Esse valor serve de base para o pagamento de royalties e outras contribuições que as empresas que exploram petróleo devem fazer ao governo federal, estados e prefeituras. Um dispositivo do texto apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) deve aumentar a arrecadação do governo federal, estados e prefeituras sobre o produto. Segundo o relatório, o preço deve ser calculado a partir das cotações internacionais. Na ausência desta referência primária ausência de uma referência primária, o cálculo para pagamento deve ser feito a partir da Lei de Preços de Transferência, que define as alíquota sobre transações relativas ao IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) e à CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) entre empresas relacionadas no Brasil e no exterior. Em julho deste ano, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) havia alterado a forma de calcular o valor, definindo que o preço deveria ser calculado com base em três fatores principais: Cotação do dólar no mês, preço internacional do petróleo, como o Brent e qualidade do petróleo brasileiro. Com as mudanças propostas pelo relator, a medida seja aprovada, na prática ela deve aumentar o preço de referência a ser calculado. A Associação Nacional dos Refinadores Privados (RefinaBrasil) alega que a alteração pode aumentar a arrecadação sobre o produto em R$ 83 bilhões na próxima década Segundo a Refina Brasil, a metodologia usada pela ANP eldquo;corrige apenas 25% da defasagem entre o preço de referência e o preço de mercado.erdquo; O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), por sua vez, critica a mudança proposta pelo relatório de Braga. Segundo o IBP, a metodologia da ANP foi definida com um consenso entre agentes do setor, e alterações no cálculo vão criar instabilidades no mercado. eldquo;Vincular o cálculo das participações governamentais às regras de preço de transferência, cuja finalidade é a apuração do imposto de renda, apenas cria insegurança e desvirtua a lógica técnico-econômica que sustenta a política de participações governamentaiserdquo;, argumenta o instituto. A medida provisória deve ser votada na Comissão Especial criada para sua análise nesta quinta-feira. O texto ainda precisa ser aprovado nos plenários de Câmara e Senado antes da próxima sexta-feira, quando perde validade.

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Petróleo mais barato não afeta planos de expansão da Petrobras

A recente queda nas cotações do petróleo vão exigir mais austeridade da Petrobras nos seus investimentos, mas a estatal não deixará de incluir novos aportes no plano estratégico 2026-2030, segundo o diretor de processos industriais, William França. Conforme o executivo, o novo planejamento está em fase de finalização. A companhia deve divulgar o documento no dia 27 de novembro. eldquo;Com petróleo mais baixo, temos que ter mais austeridade, mas mantendo exploração e mantendo produçãoerdquo;, disse França a jornalistas, depois de participar de evento em Salvador. eldquo;Ainda não fechamos o plano, mas não deve variar muito [em relação ao atual]. Não vamos deixar de fazer investimentos.erdquo; No plano estratégico atual, de 2025 a 2029, a Petrobras prevê investir US$ 111 bilhões. Segundo o diretor, a cotação de petróleo mais baixa aumenta a margem do refino e pode levar a companhia a adiar algumas paradas de manutenção de refinarias para otimizar a gestão. eldquo;Na área de refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes (RTC), os investimentos estão mantidos, seja em ampliação de refinaria ou em transição energética. Complexo Boaventura, também. Na Rnest [Refinaria Abreu e Lima], também.erdquo; O diretor disse ainda que a estatal está próxima de conseguir um acordo com a Novonor e bancos credores para reestruturação da Braskem e novo acordo de acionistas. eldquo;A Petrobras pode ter participação mais forte.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

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CPI do metanol: delegado diz que 40% das bebidas são adulteradas em SP

A Polícia de São Paulo prendeu 46 pessoas e instaurou 22 inquéritos, nos últimos 30 dias, em investigações sobre o metanol. A informação foi prestada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, na primeira sessão da CPI do metanol, Comissão Parlamentar de Inquérito, da Câmara Municipal de São Paulo, que investiga adulteração de bebidas. Segundo Dian, as forças de segurança apreenderam 140 mil vasilhames, mais de 22 mil garrafas e cerca de 480 mil itens como rótulos e lacres usados na falsificação. As investigações identificaram dois postos de combustíveis suspeitos de fornecer etanol adulterado; uma fábrica clandestina de bebidas foi fechada e a dona da fábrica foi presa. Dois parentes da proprietária são investigados por suspeita de participação nas adulterações. Na CPI, o delegado Artur Dian explicou que o envolvimento de uma organização criminosa na falsificação das bebidas foi descartado. "A rede criminosa ela existe isoladamente. Então nós temos as associações criminosas o que difere bastante da organização criminosa. Nós não temos apontamento de uma organização criminosa, nós podemos ter como exemplo essa associação criminosa da qual a Vanessa fazia parte. Não é uma organização criminosa. É uma associação criminosa, que é diferente de uma organização criminosa, porque ela vende isoladamente, ela atinge os pontos de venda. Ainda segundo as forças de segurança, 40 % das bebidas de São Paulo são adulteradas, não apenas com metanol, e as ações de fiscalização continuam para identificar as fábricas clandestinas. De acordo com a última atualização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, foram confirmados 44 casos de intoxicação por metanol no estado paulista, nove pessoas morreram. Dez casos seguem em investigação, incluindo duas mortes.

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