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Lula diz ter sugerido a Trump prisão de Ricardo Magro, dono da Refit

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 9, ter dito ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, como parte da cooperação para combater o crime organizado, o país deveria prender um eldquo;portador de combustível fóssilerdquo; que vive em Miami, referência ao empresário Ricardo Magro, dono da Refinaria de Manguinhos e controlador do Grupo Refit. O petista não citou o nome de Magro. Lula relatou ter telefonado a Trump para discutir cooperação no combate ao crime organizado e encaminhar, no mesmo dia, uma proposta brasileira nessa área. Segundo ele, o empresário está entre eldquo;os grandes chefes do crime organizado do Paíserdquo;, e teve cinco navios apreendidos pela Receita Federal. eldquo;Se quer ajudar, vamos ajudar prendendo logo esse aíerdquo;, afirmou. O Grupo Refit é apontado como o maior devedor de ICMS em São Paulo e um dos maiores no Rio de Janeiro e na União, além de alvo de investigações por prejuízos bilionários aos cofres públicos. Em novembro, a juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo, classificou Magro como eldquo;lídererdquo; e eldquo;figura centralerdquo; de uma suposta organização criminosa para sonegação bilionária de tributos. A empresa afirmou que eldquo;todos os tributos estão devidamente declarados, não havendo que se falar em sonegaçãoerdquo;. Empresário e ex-advogado, Ricardo Andrade Magro é responsável pelo Grupo Refit (nome fantasia da Refinaria de Manguinhos), alvo de uma megaoperação da Polícia Civil de São Paulo, da Receita Federal e do Ministério Público no mês passado. Endereços ligados à família de Magro foram alvos de busca e apreensão. O empresário não estava no Brasil. A Refinaria de Manguinhos entrou no radar das autoridades após a deflagração da Operação Carbono Oculto, em agosto deste ano. As autoridades investigam se o combustível da Refit abasteceria redes de postos de gasolina controladas pelo PCC. Em outubro, a Receita Federal apreendeu dois navios com carga que ia para Manguinhos. Ricardo Magro ganhou destaque no noticiário de negócios em 2008, quando comprou a Refinaria de Manguinhos. Em recuperação judicial, ela foi rebatizada de Refit, e já enfrentava processos de cobranças de impostos e investigação do Ministério Público. O empresário também atuou como advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) emdash; de quem é amigo. Não é de hoje que o nome de Magro está relacionado a denúncias de evasão fiscal na gestão da refinaria. Ele também já esteve envolvido em supostas compras de decisões judiciais na Justiça paulista e apareceu na lista dos brasileiros que mantém offshores em paraísos fiscais. Em 2016, chegou a ser preso por suspeita de lesar o fundo de pensão Postalis. Também foi alvo de investigações da Polícia Federal. O que diz a Refit Sobre a Operação Poço de Lobato, que investigou a empresa no mês passado, a Refit afirmou que os débitos tributários apontados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, que serviram como base para a operação, estão sendo questionados pela companhia judicialmente emdash; eldquo;exatamente como fazem inúmeras empresas brasileiras que divergem de uma cobrança tributária, incluindo a própria Petrobras, maior devedora do Estado do Rio de Janeiroerdquo;. eldquo;Trata-se, portanto, de uma disputa jurídica legítima e não de qualquer tentativa de ocultar receitas ou fraudar o recolhimento de tributos. Todos os tributos estão devidamente declarados, portanto, não havendo que se falar em sonegação. É lamentável que as autoridades constituídas permitam ser levadas a erro pelo cartel das distribuidoras personificado no Instituto Combustível Legalerdquo;, afirmou a empresa, em nota.

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Operações reduziram participação de distribuidoras ilegais de combustíveis em 3,5 pontos, diz Vibra

A participação de mercado das distribuidoras ilegais de combustíveis teve uma redução significativa neste ano, perdendo 3,5 pontos porcentuais. Em contrapartida, a Vibra observou um aumento em sua participação, alcançando 1,3 ponto a mais, o que elevou sua presença no mercado para 22,4%. A informação foi compartilhada nesta terça-feira pelo vice-presidente Jurídico, Compliance e Relações Institucionais da Vibra, Henry Daniel Hadid, durante reunião pública com investidores e analistas. Hadid também mencionou a realização de três operações de grande escala contra o mercado ilegal, as quais descreveu como tendo uma magnitude nunca vista antes. Entre essas operações, destacou-se a eldquo;Operação Carbono Ocultoerdquo;, que, segundo ele, representou um momento de grande satisfação para a empresa. A iniciativa teve como objetivo principal estrangular o fluxo de recursos do crime organizado, impactando diretamente na redução da participação de distribuidoras ilegais no mercado. Hadid citou também a Operação de Cadeia de Carbono, organizada pela Receita Federal, que apreendeu quatro navios cujo comprador não era o verdadeiro, e o produto não era o declarado. O executivo disse que a iniciativa desmontou o modo de operar de quem trabalhava com importação irregular, com fechamento de concorrentes na área de refino. A eldquo;cereja do boloerdquo;, disse ele, foi a Operação Poço de Lobato, deflagrada em novembro de 2025 pela Receita Federal e outros órgãos, visando desarticular um esquema bilionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Essas operações geraram um ponto de elsquo;não retornoersquo; no mercado de combustíveis, com avanços que devem se perpetuar no tempo, segundo a direção da Vibra. eldquo;Resolver o mercado irregular é um pedaço grande da evolução dos resultadoserdquo;, afirmou o presidente da Vibra, Ernesto Pousada.

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Petróleo fecha em queda, seguindo noticiário Rússia-Ucrânia e com Fed no radar

Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta terça-feira, 9, em queda, à medida que investidores mantêm certo ceticismo sobre um possível acordo entre Rússia e Ucrânia e avaliam um possível excesso de oferta da commodity. O mercado também aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e sinalizações da trajetória de juros nos próximos meses. O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em baixa de 1,07% (US$ 0,63), a US$ 58,25 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), teve queda de 0,88% (US$ 0,55), a US$ 61,94 o barril. O Ritterbusch avalia que o mercado de energia está demonstrando eldquo;otimismo excessivoerdquo; em relação a um acordo de paz que abriria caminho para a redução das sanções contra a Rússia, o que justifica a queda nos preços. Por outro lado, a empresa menciona que qualquer progresso não deve ser descartado, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, parece disposto a ceder às exigências de seu homólogo russo, Vladimir Putin. Contudo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que se recusa em ceder qualquer território, resistindo à pressão dos EUA por um compromisso com a Rússia, após reunião com líderes europeus. eldquo;A Rússia insiste para que cedamos territórios. Não queremos ceder nada. É por isso que estamos lutandoerdquo;, mencionou. A afirmação de Zelenski afasta ainda mais as esperanças de uma distensão no Leste Europeu. O MUFG pondera ainda que os investidores permanecem cautelosos depois que a Agência Internacional de Energia (AIE) previu um excedente recorde de petróleo no próximo ano. Nesta terça, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) manteve sua projeção de que o petróleo Brent deve registrar preço médio de US$ 69 em 2025 e US$ 55 em 2026, segundo o relatório Short-Term Energy Outlook (STEO, na sigla em inglês). No noticiário da commodity, a Fitch Ratings manteve sua perspectiva de deterioração para o setor de transporte marítimo global, refletindo riscos geopolíticos. *Com informações Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Petrobras busca parceiros para crescer na produção de biodiesel no Brasil, diz diretoria

A diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse que a estatal está em busca de parceiros para crescer na produção de biodiesel no Brasil. Segundo ela, no Fórum Técnico PPSA 2025, nesta terça-feira (9), a estatal também quer parceiros eldquo;relevanteserdquo; para o mercado de etanol, segmento no qual a empresa estuda entrar com participação minoritária. Desenho semelhante a empresa quer adotar para o biometano, que é o biogás com alto grau de pureza. Clique aqui para continuar a leitura.

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Manifesto em apoio à aprovação integral do PLP 125/2022 na Câmara dos Deputados

As entidades empresariais e setoriais abaixo-assinadas, representando segmentos estratégicos da economia nacional emdash; entre eles combustíveis, energia, infraestrutura e logística emdash; manifestam apoio à aprovação célere e sem alterações ao texto do Projeto de Lei Complementar nº 125/2022, que institui o Código de Defesa do Contribuinte e consolida programas modernos de conformidade fiscal e aduaneira. A proposta, amplamente debatida e amadurecida ao longo de anos de diálogo entre o setor produtivo, o Congresso Nacional e as administrações fazendárias, estabelece um marco equilibrado e inovador para as relações entre Fisco e contribuinte. Sua aprovação na redação atual representa o caminho mais rápido, seguro e eficaz para promover segurança jurídica, competitividade leal e responsabilidade tributária em todo o país. Entre os avanços mais relevantes do PLP 125/2022 está a definição clara e objetiva do devedor contumaz emdash;aquele que se vale, de forma deliberada e reiterada, da inadimplência de tributos como estratégia de negócio. O projeto distingue com precisão o contribuinte de boa-fé, que enfrenta dificuldades momentâneas ou litígios legítimos, daquele que adota práticas sistemáticas de evasão e concorrência desleal. Ao fazê-lo, cria instrumentos de justiça fiscal e proteção à livre concorrência, fortalecendo a arrecadação sem ampliar a insegurança jurídica para o setor produtivo. Manter o atual vácuo normativo e a fragmentação de regras sobre o tema beneficia justamente os agentes que operam à margem da lei, muitos dos quais se associam a estruturas criminosas organizadas que utilizam a inadimplência tributária como fonte de financiamento e distorção concorrencial. O PLP 125/2022, ao contrário, oferece uma solução moderna, transparente e proporcional, que permite ao Estado fechar o cerco a essas práticas ilícitas, preservando o empresário legítimo e comprometido com a conformidade. As entidades signatárias reafirmam sua confiança na Câmara dos Deputados para concluir a votação e garantir a entrada em vigor do Código de Defesa do Contribuinte, consolidando um marco legal que valoriza quem cumpre a lei, pune quem a frauda e fortalece a integridade econômica e institucional do país. Assinaram a nota: Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) ANTF (Associação Nacional dos Transportes Ferroviários) ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários) ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo) ICL (Instituto Combustível Legal) INTÉ (Instituto Brasileiro de Transição Energética) MoveInfra Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) UNICA (União das Indústrias da Cana-de-Açúcar)

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Venda de veículos usados entre janeiro e novembro já supera resultado de 2024

Enquanto o mercado de carros zero-quilômetro registra crescimento pífio em relação ao ano passado, as negociações de modelos usados de todas as categorias (incluindo ônibus, caminhões e motos) já ultrapassaram os resultados de 2025 antes de o ano terminar. Dados divulgados pela Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) mostram que 16,7 milhões de veículos trocaram de dono entre janeiro e novembro, cerca de 900 mil unidades a mais que o registrado em todo o ano de 2024. Dessa forma, 2025 será o ano com o maior número de negociações neste mercado na história. Entre os carros de passeio, o resultado confirma que, atualmente, os verdadeiros populares são os modelos usados. Os registros de venda no segmento mostram que os automóveis mais repassados no mês de novembro foram o Volkswagen Gol (63,4 mil transações), o Chevrolet Onix (36,9 mil), a Fiat Strada (35,3 mil) e o Hyundai HB20 (35,2 mil). A distância do compacto da Volks em relação aos concorrentes se deve à quantidade de modelos em circulação. Lançado em 1980 e comercializado até 2022, o hatch liderou o mercado de automóveis novos por mais de 20 anos e teve cerca de 8,5 milhões de unidades produzidas no país. No mercado de automóveis leves usados, um Gol 1.0 ano 2020 é anunciado por valores entre R$ 40 mil e R$ 45 mil, a depender da quilometragem, do nível de equipamentos e do estado de conservação. Entre os automóveis zero-quilômetro, os preços partem de R$ 78.690 para o Renault Kwid e de R$ 81.060 no caso do Fiat Mobi, que são os modelos mais em conta disponíveis. A Fenauto prevê que 18 milhões de veículos usados serão vendidos em 2025, o que vai representar um aumento de quase 15% em relação a 2024. O dado inclui carros de passeio, comerciais leves, ônibus, caminhões, motos e implementos rodoviários. Em uma conta que inclui as mesmas categorias entre os veículos novos, foram licenciadas 4,6 milhões de unidades entre janeiro e novembro de 2025, com um crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa alta se deve principalmente ao segmento de motos, que acumula alta de 16,3%. Já os automóveis desaceleram no segundo semestre, o que tem assustado as montadoras. Entre julho e novembro, foram comercializados 1,21 milhão de veículos no Brasil, uma retração de 2,3% na comparação com o mesmo período de 2024. Representantes da indústria já demonstram preocupação com dezembro, que historicamente é o mês mais forte de vendas no ano.

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