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Rússia proíbe exportações de gasolina por 6 meses a partir de 1º de março

A Rússia ordenou nesta terça-feira (27) a proibição das exportações de gasolina por seis meses a partir de 1º de março para manter os preços estáveis em meio ao aumento da demanda dos consumidores e agricultores e para permitir a manutenção de refinarias no segundo maior exportador de petróleo do mundo. A proibição, noticiada primeiramente pela russa RBC, foi confirmada por uma porta-voz do vice-primeiro-ministro Alexander Novak, o homem de confiança do presidente Vladimir Putin para o setor de energia da Rússia. A RBC, citando uma fonte não identificada, disse que o primeiro-ministro Mikhail Mishustin havia aprovado a proibição depois que Novak a propôs em uma carta datada de 21 de fevereiro. "A fim de compensar a demanda excessiva por produtos petrolíferos, é necessário tomar medidas para ajudar a estabilizar os preços no mercado interno", disse Novak na proposta, conforme reportado pela RBC. Os preços domésticos da gasolina são um fator sensível para motoristas e fazendeiros no maior exportador de trigo do mundo antes da eleição presidencial de 15 a 17 de março, enquanto algumas refinarias russas foram atingidas por ataques de drones ucranianos nos últimos meses. A Rússia e a Ucrânia têm atacado a infraestrutura de energia uma da outra em uma tentativa de interromper linhas de suprimento e a logística e desmoralizar seus oponentes, conforme buscam vantagem em um conflito de quase dois anos que não mostra sinais de acabar. Os principais produtores de gasolina na Rússia em 2023 foram a refinaria Omsk, da Gazprom Neft, a refinaria de petróleo NORSI, da Lukoil em Nizhny Novgorod, e a refinaria Ryazan, da Rosneft. Em 2023, a Rússia produziu 43,9 milhões de toneladas de gasolina e exportou cerca de 5,76 milhões de toneladas, ou cerca de 13% de sua produção. Os maiores importadores de gasolina russa são principalmente os países africanos, como Nigéria, Líbia e Tunísia, e também os Emirados Árabes Unidos. No mês passado, a Rússia reduziu as exportações de gasolina para países não pertencentes à Comunidade de Estados Independentes para compensar reparos não planejados em refinarias em meio a incêndios e ataques de drones em sua infraestrutura de energia. As interrupções incluem a paralisação de uma unidade na NORSI, a quarta maior refinaria do país, localizada perto da cidade de Nizhny Novgorod, cerca de 430 km a leste de Moscou, após o que se acredita ser um incidente técnico. No ano passado, a Rússia proibiu as exportações de gasolina entre setembro e novembro para combater os altos preços internos e a escassez. Desta vez, a proibição não se estenderá aos países membros da União Econômica Eurasiática: Mongólia, Uzbequistão e duas regiões separatistas da Geórgia apoiadas pela Rússia emdash;Ossétia do Sul e Abkhazia. (Reuters)

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Grupo Caoa planeja marca própria e ajusta parcerias com Chery e Hyundai

O grupo Caoa prepara mudanças em sua operação como montadora e distribuidora de veículos no Brasil. Haverá uma nova relação entre as marcas representadas pela empresa, que planeja ter uma linha própria de carros. A revelação sobre uma futura família nacional de produtos foi feita nesta segunda (26). Durante a apresentação do SUV Tiggo7 Sport, Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, presidente do grupo Caoa, disse ainda que a empresa estuda abrir o capital na bolsa por meio de IPO (oferta inicial de ações). Hoje, a empresa tem parcerias com a chinesa Chery e a sul-coreana Hyundai. Há negociações em andamento com ambas, envolvendo fábricas e concessionárias. A produção segue concentrada em Anápolis (GO), unidade que passa por um ciclo de R$ 3 bilhões em investimentos aplicados entre 2023 e 2028. O foco está no aumento de 150% da capacidade de produção do SUV Tiggo 5X, além de manutenção das ações de marketing e de pós-vendas realizadas pela montadora. Foram contratados 1.300 funcionários, que hoje trabalham em dois turnos. E mais um aporte foi confirmado nesta semana. A empresa diz ter investido R$ 50 milhões em um novo centro de distribuição, localizado em Franco da Rocha (Grande São Paulo). O espaço de 26,8 mil metros quadrados substitui o antigo emdash;que também ficava na região metropolitana de São Paulo, em Barueri. Há, contudo, uma fábrica fechada. Em maio de 2022, a montadora interrompeu a produção em Jacareí (interior de São Paulo). A princípio seria uma paralisação temporária, mas não houve nenhuma previsão de retorno. Essa unidade está sendo negociada com o próprio grupo Chery, que vai trazer as marcas Omoda e Jaecoo ao Brasil emdash;e já pensa em nacionalizar esses veículos híbridos. São modelos posicionados acima dos Caoa Chery vendidos atualmente. A fábrica de Jacareí começou a operar em plena crise econômica: foi inaugurada em 2014 apenas como Chery e encarou as vendas em queda no setor automotivo. Em 2017, o grupo Caoa adquiriu 50,7% das operações da marca chinesa no Brasil. Embora pense em ter sua linha própria de veículos, a empresa brasileira vai manter a montagem dos modelos de origem chinesa em Goiás. Um dos planos é a nacionalização do híbrido Tiggo8 PHEV, que pode rodar com gasolina e eletricidade. Haverá ainda mudanças na relação com a HMB (Hyundai Motors do Brasil), que tem fábrica em Piracicaba (interior de São Paulo). Hoje, há diferenças no sistema de comercialização. Os modelos Hyundai montados em Anápolis, além de alguns trazidos da Coreia do Sul, são comercializados exclusivamente pelo grupo Caoa. Já os "piracicabanos" Creta e HB20 são oferecidos em lojas próprias. Em meio a uma disputa judicial que limitou as importações, mudanças começaram a ocorrer entre 2022 e 2023 na rede Caoa. Houve a transformação de algumas lojas de importados em pontos de venda exclusivos dos produtos feitos no interior de São Paulo, enquanto outras passaram a comercializar modelos Caoa Chery. Agora surge a possibilidade de os automóveis importados da Hyundai serem distribuídos pela divisão brasileira da montadora, que cuidaria da chegada a todas as concessionáriasendash;e não somente às que pertencem ao grupo Caoa. As montadoras ainda não se pronunciaram sobre as mudanças, mas deverão fazer um anúncio conjunto nesta semana para explicar os detalhes da nova configuração. No começo de março, serão revelados os carros da marca Hyundai previstos para o Brasil.

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Depois de impactar IPCA-15, combustíveis ficam estáveis entre 18 e 24 de fevereiro

Apesar do impacto das altas da gasolina e do Gás Natural Veicular (GNV) na prévia do índice oficial da inflação no País (IPCA-15), os preços desses combustíveis nos postos de abastecimento permaneceram praticamente estáveis na semana de 18 a 24 de fevereiro, em relação à semana anterior, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apura a inflação ocorrida do dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês vigente. Nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de fevereiro subiu 0,78%, o maior desde abril de 2022. Os combustíveis tiveram alta de 0,77% no período. De acordo com a ANP, os preços médios da gasolina e diesel ficaram estáveis na semana de 18 a 24 de fevereiro, em R$ 5,76 e R$ 5,97 o litro, respectivamente. O Gás Liquefeito de Petróleo de 13 quilos, ou gás de cozinha, teve ligeira alta, de 0,2%, enquanto o Gás Natural Veicular (GNV) cedeu 0,6%. No IPCA-15, o GNV registrou alta de 3,83%. Abicom Os preços da gasolina e do diesel no mercado interno estão abaixo do mercado internacional, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A gasolina está sendo comercializada nas refinarias brasileiras 3% abaixo do preço no Golfo do México, que serve como parâmetro para os importadores. Já o diesel está com preço 11% menor, em média, segundo a Abicom. Se levadas em conta apenas as refinarias da Petrobras (BVMF:PETR4), que correspondem a cerca de 80% do mercado de refino, a gasolina está 4% mais barata do que no mercado internacional e o diesel, 12%, o que poderia levar a aumentos de R$ 0,12 e R$ 0,16, respectivamente, nas refinarias da empresa. O preço da gasolina está há mais de quatro meses sem reajuste pela estatal, e o diesel permanece há mais de dois meses com o valor inalterado. Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, a defasagem dos dois combustíveis era de 2% e 6%, respectivamente, na mesma comparação. A Acelen, que controla Mataripe enquanto costura um acordo com a Petrobras, que deve voltar à operação da unidade privatizada em 2021 pelo governo Bolsonaro, pratica o preço de paridade de importação (PPI) e faz reajustes semanais nos seus preços. Na última quarta-feira, a Acelen reduziu o litro da gasolina em R$ 0,02 e o litro do diesel em R$ 0,15. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em alta com relatos sobre prolongamento de corte da produção

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, impulsionados por notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estuda estender seus cortes voluntários na produção no segundo trimestre. Mercado segue ainda acompanhando as notícias sobre o conflito em Gaza em meio a informações desencontradas sobre avanço nas negociações para a busca de um cessar-fogo. Na Internacional Commodity Exchange (ICE), o Brent para maio fechou com ganhos de 1,21% (US$ 0,99), aos US$ 82,66 por barril. Enquanto isso, na New York Mercantile Exchange, o WTI para abril avançou 1,66% (US$ 1,29), a US$ 78,87 o barril. O contrato seguia com dificuldades para manter o ímpeto em direção à marca dos US$ 79,00. A cada investida rumo ao patamar, vendedores reaparecem para conter o avanço, segundo analistas. Fontes da Opep+ disseram ainda que uma prorrogação mais longa da redução da produção até o final do ano é possível, segundo a Reuters. Paralelamente, autoridades do grupo terrorista Hamas contestaram nesta terça-feira que um acordo de cessar-fogo da guerra na Faixa de Gaza estaria próximo de acontecer, de acordo com a Sky News. O posicionamento coloca em dúvida a possibilidade de uma trégua no conflito antes do início do Ramadã, no dia 10 de março. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que tinha esperanças sobre a possibilidade de um acordo de cessar-fogo na próxima semana. Relatos de que a Rússia está proibindo as exportações de gasolina por seis meses são citados como outro apoio para os preços do petróleo.

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Opep+ considerará estender cortes voluntários na produção de petróleo, dizem fontes

A Opep+ considerará estender os cortes voluntários na produção de petróleo até o segundo trimestre, disseram três fontes da Opep+ à Reuters. Duas das fontes disseram ainda que o grupo poderá manter os cortes em vigor até o final do ano. Em novembro passado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia concordaram em cortes voluntários totalizando cerca de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) para o primeiro trimestre deste ano, liderados pela Arábia Saudita, que estendeu o seu próprio corte voluntário. Os preços do petróleo encontraram apoio este ano nas crescentes tensões geopolíticas devido aos ataques do grupo houthi, alinhado com o Irã, ao transporte marítimo do Mar Vermelho, embora a preocupação com o crescimento econômico e as elevadas taxas de juros tenham pesado. O Brent era negociado perto de 83 dólares por barril nesta terça-feira. A extensão dos cortes de produção para o segundo trimestre é eldquo;provávelerdquo;, disse uma das fontes da Opep+, que não quis ser identificada. Dois deles disseram que uma prorrogação mais longa até o final do ano era possível. A Opep e o Ministério da Energia saudita não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O líder de fato da Opep+, a Arábia Saudita, disse que os cortes poderão continuar após o primeiro trimestre, se necessário. A questão ainda não foi discutida formalmente pela Opep+, disseram duas das fontes. Uma decisão sobre a extensão dos cortes é esperada na primeira semana de março, disseram fontes, e espera-se que cada país anuncie as suas decisões. (Reuters)

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Cade aprova venda de postos de gasolina do GPA para a M Ribeiro

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, sem restrições, a venda de um conjunto de postos de gasolina da Companhia Brasileira de Distribuição, holding que controla o GPA, para a M Ribeiro Holding. Se não houver nenhum questionamento à aprovação nos próximos 15 dias o negócio será considerado aprovado em definitivo. Para o GPA, o negócio está alinhado com seu planejamento estratégico de alienação de alguns ativos como forma de captação de recursos, segundo informou ao Cade. Já para a M Ribeiro, é uma eldquo;boa oportunidade de negócioserdquo;, alinhada com sua atuação no setor de revenda de combustíveis, conforme apresentado à autarquia. Clique aqui para continuar lendo a matéria.

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