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Stonex mantém previsão de consumo diesel em recorde de 69,3 bi de litros

A StoneX manteve sua previsão para o consumo brasileiro de diesel B, já com a mistura de biodiesel, em um recorde de 69,3 bilhões de litros em 2025, representando um aumento de 3% ante o ano anterior, informou a consultoria em relatório nesta terça-feira. No documento, a StoneX destacou que, caso a expectativa se confirme, será o nono ano consecutivo de crescimento do consumo do combustível no Brasil, influenciado pelas expectativas de uma safra recorde de grãos e a manutenção de uma produção industrial aquecida. No primeiro bimestre, as vendas de diesel B no Brasil alcançaram um novo recorde para o período, somando 10,5 bilhões de litros, alta de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado, disse a consultoria. A StoneX também manteve a previsão de consumo de biodiesel em 9,6 bilhões de litros em 2025, alta de 5,6% ante 2024. A estimativa já considerava a decisão do governo de suspender o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel comum vendido nos postos de 14% para 15% antes previsto para 1º de março. Caso a mistura fosse elevada como o previsto, o aumento esperado do consumo de biodiesel no país neste ano seria de 12,2%, segundo a StoneX. (Reuters)

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Unica: venda de etanol atinge recorde de 35,58 bi de litros no Centro-Sul

As vendas de etanol pelas usinas do Centro-Sul do Brasil alcançaram um recorde de 35,58 bilhões de litros na safra 2024/25 (abril de 2024 a março de 2025), crescimento de 8,42% em relação ao ciclo anterior, segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Apesar da retração nas exportações, o forte desempenho do mercado interno foi determinante para o resultado. O acumulado da safra mostra alta de 16,44% nas vendas do biocombustível hidratado no mercado interno, somando 21,73 bilhões de litros. As vendas do etanol anidro no acumulado da safra chegaram a 12,18 bilhões de litros, crescimento de 4,35%. O diretor de inteligência setorial da Unica, Luciano Rodrigues, destacou que, nos últimos 12 meses, o consumo do etanol hidratado cresceu 22,87%, enquanto o consumo total de combustíveis pela frota leve avançou apenas 2,89%. eldquo;O resultado denota um aumento na participação do etanol hidratado no consumo total, refletindo a maior oferta do biocombustível e a sua competitividade na bombaerdquo;, afirmou. Em contrapartida, as exportações caíram de forma significativa. No total, 1,67 bilhão de litros foram enviados ao exterior na safra 2024/2025, queda de 32,80%. O recuo foi puxado pela diminuição nas vendas de etanol hidratado (-19,98%) e anidro (-49,93%). Em março Somente em março, as vendas totalizaram 2,90 bilhões de litros, com 153,08 milhões destinados ao mercado externo e 2,75 bilhões ao mercado doméstico. No comparativo com igual mês da safra anterior, houve queda de 4,57%. O etanol hidratado respondeu por 1,71 bilhão de litros das vendas internas no mês, recuo de 7,80% na comparação anual. As vendas de etanol anidro no mercado doméstico registraram crescimento no último mês: 1,04 bilhão de litros foram comercializados em março, alta de 10,45% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mercado de CBIOs No mercado de Créditos de Descarbonização (CBios), a Unica destacou o avanço na emissão e aposentadoria de títulos. Segundo dados da B3 até 8 de abril, foram emitidos 11,76 milhões de CBios em 2025. A quantidade de créditos disponíveis para negociação totaliza 22,36 milhões, e, somando com os já aposentados, o setor já disponibilizou quase 60% da meta exigida para este ano. Atualmente, 288 unidades produtoras de etanol, 4 de biometano e 38 de biodiesel estão certificadas no RenovaBio, programa federal que regula o mercado de CBios. Segundo a entidade, essas 332 unidades representam mais de 90% da produção nacional de biocombustíveis. (Estadão Conteúdo)

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Estoques de biodiesel podem ser problema no LRCAP, afirma diretor-geral da Aneel

Os estoques de biodiesel necessários para abastecer usinas termelétricas são uma dificuldade na elaboração das novas regras do leilão de reserva de capacidade (LRCAP). O diagnóstico é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. Feitosa entende que a decisão de rever as portarias foi acertada e disse ver questões importantes a serem definidas. eldquo;Tem a discussão sobre as usinas a biodiesel, que o ministério está avaliando. Temos uma grande dificuldade de manter estoques de biodiesel na grande quantidade que estava se antecipando no leilão. Então são diretrizes que o ministério terá competência e condições de avaliarerdquo;, afirmou nesta terça-feira (15/4). A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou uma nota na segunda-feira (14/4) afirmando que o leilão de reserva de capacidade pode causar alta nos preços do diesel nos postos de combustíveis. A associação calcula que o Brasil não teria capacidade instalada suficiente para produzir o montante necessário de biodiesel. A participação de térmicas a biocombustíveis estava prevista nas diretrizes iniciais do certame. Devido à judicialização, o Ministério de Minas e Energia (MME) revogou as portarias e trabalha em novas regras para viabilizar o leilão. A primeira decisão judicial que provocou mudanças no LRCAP ocorreu por conta da alteração no preço do custo variável unitário (CVU) de usinas a biodiesel. Uma liminar garantiu a alteração das regras a favor dos geradores. Em conversa com jornalistas, o diretor-geral da Aneel relembrou a edição anterior do LRCAP, quando houve ações judiciais questionando o teto do CVU das usinas. eldquo;Existia um risco muito grande de, ao avançar com esse leilão, ter, eventualmente, o certame prejudicado. Vamos lembrar que, no leilão de 2021, nós fomos obrigados, por força de uma decisão judicial, transitada e julgada, no Supremo Tribunal Federal, a homologar e adjudicar um outro participante do leilão, que até então tinha sido considerado desclassificadoerdquo;, disse. Em 2021, uma portaria estabeleceu um CVU limite de R$ 600 por megawatt/hora (MWh), restringindo a participação de empreendimentos. O STJ chegou a determinar que o limite de CVU era legítimo, mas, após vitórias no Supremo Tribunal Federal (STF), as usinas foram habilitadas pela Aneel, em novembro de 2024. As UTEs Potiguar e Potiguar III, movidas a óleo diesel, Geramar I e Geramar II, Global I e Global II e Viana, abastecidas por óleo combustível B1, foram consideradas vencedoras e tiveram resultados homologados, embora tenham CVUs que variam entre R$ 1.050 e R$ 2.050. Transferência da Amazonas Energia O diretor-geral da agência também reforçou a disposição da Aneel em buscar um acordo com a Amazonas Energia para a transferência de controle para a Âmbar, do grupo Jeamp;F. Na sexta-feira (11/4), uma liminar prorrogou por mais 90 dias o prazo para a transferência de controle da distribuidora. Feitosa explicou que a Aneel avaliará a contraproposta a ser apresentada pela Amazonas Energia para os repasses financeiros relativos a flexibilizações dos critérios de combate ao furto de energia. Por força de liminar, a Amazonas conseguiu que os repasses totalizem R$ 14 bilhões. A área técnica da Aneel entendeu que o ideal seriam R$ 8 bilhões. eldquo;Essa avaliação deve levar em conta várias perspectivas. Primeiro, a conveniência e oportunidade da Aneel avaliar aquela proposta, avaliar o risco jurídico que é emitido pela Advocacia Geral da União, de nós continuarmos nessa discussão ou eventualmente partir para uma solução que seja diferente da solução que nós estamos neste momento sendo obrigados a cumprirerdquo;, disse.

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Etanol/Cepea: Indicador do hidratado segue firme

Os preços do etanol hidratado no mercado paulista seguiram firmes na última semana. Pesquisadores do Cepea explicam que o suporte vem do eminente começo das atividades industriais em muitas praças e dos estoques ainda pequenos neste início de moagem. Entre 7 e 11 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,7460/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,23% em relação ao período anterior. Já para o anidro, houve queda de 2,48% em igual comparativo, com o Indicador a R$ 3,0809/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Ainda conforme o Centro de Pesquisas, a proximidade dos feriados prolongados deste mês resultou em fechamentos de negócios envolvendo volumes maiores de etanol ao longo da última semana, mas a quantidade total do período seguiu abaixo do esperado por agentes. (Cepea)

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Petróleo fecha estável com mercado considerando mudanças de tarifas dos EUA

Os preços do petróleo fecharam quase estáveis nesta terça-feira (15), enquanto os investidores digeriam as últimas notícias sobre as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e tentavam calcular o quanto a guerra comercial entre os EUA e a China poderia reduzir o crescimento econômico global e a demanda por petróleo. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 0,3%, fechando a US$64,67 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu 0,3%, fechando a US$61,33. As políticas comerciais dos EUA criaram incertezas para os mercados globais de petróleo e levaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo a reduzir sua perspectiva de demanda na segunda-feira. A Agência Internacional de Energia seguiu nesta terça com sua projeção de que a demanda global de petróleo em 2025 crescerá na taxa mais lenta dos últimos cinco anos, devido às preocupações com o crescimento econômico decorrente das tarifas comerciais de Trump. Essa incerteza tarifária fez com que vários bancos, incluindo UBS, BNP Paribas e HSBC, reduzissem suas previsões para preços do petróleo. eldquo;Se a guerra comercial se intensificar ainda mais, nosso cenário de risco negativo endash; ou seja, uma recessão mais profunda nos EUA e um pouso forçado na China endash; poderá fazer com que o Brent seja negociado a US$40-60 (por barril) nos próximos meseserdquo;, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS. As preocupações com as tarifas de Trump, juntamente com o aumento da oferta pela Opep+, um grupo que inclui a Opep e aliados produtores, como a Rússia, já fizeram com que os preços do petróleo caíssem cerca de 13% até o momento neste mês. (Reuters)

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ANP confirma oferta de blocos na Foz do Amazonas em próximo leilão de petróleo

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) confirmou nesta segunda-feira (14) que o próximo leilão de áreas para exploração e produção no país terá blocos na bacia da Foz do Amazonas, alvo de embate entre as áreas ambiental e energética do governo. Será a primeira vez, no novo modelo de leilões do país, que a bacia terá áreas em oferta. Nos últimos anos, a Foz do Amazonas ficou fora de leilões por falta de interesse do mercado, preocupado com as dificuldades para a obtenção de licença ambiental para perfuração. O leilão garante à empresa a concessão da área, mas a atividade exploratória depende de licença do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Até o momento, nenhuma foi concedida para águas profundas na região. A Petrobras tenta há anos licenciar um poço na costa do Amapá, alvo do embate no governo e hoje o mercado vê cada vez mais disposição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para liberar a atividade, que é defendida também por políticos da região Norte e aliados no Congresso. O modelo de leilões usado atualmente no país, chamado de oferta permanente, prevê a oferta apenas de setores exploratórios que receberam manifestação prévia de interesse pelas petroleiras. Ao todo, o próximo leilão terá áreas em 16 setores em cinco bacias sedimentares. Duas delas, Foz do Amazonas e Potiguar, estão na chamada margem equatorial, a principal aposta do setor para a reposição das reservas produzidas no pré-sal até a próxima década. Outras duas também são novas fronteiras exploratórias: Pelotas, no Rio Grande do Sul; e Parecis, no Centro-Oeste. A quinta bacia é a de Santos, que vem figurando entre as mais atrativas do país em leilões desde a descoberta do pré-sal emdash;embora este leilão não ofereça áreas dentro do chamado polígono do pré-sal, onde está a maior província petrolífera do país. O leilão terá 47 blocos da bacia da Foz do Amazonas, em frente ao litoral do Amapá e do Pará, onde o setor vê similaridades geológicas com grandes descobertas recentes nas vizinhas Guiana e Suriname. A área energética defende que o Brasil não pode abrir mão de explorar essa riqueza. Para organizações ambientalistas, porém, a abertura de novas fronteiras exploratórias contraria alertas sobre a necessidade de reduzir gradualmente a produção de petróleo para minimizar impactos das mudanças climáticas. O leilão ocorrerá a cinco meses da COP30, em Belém, evento no qual o governo pretende reforçar a ideia de liderança brasileira no processo de transição energética, ao mesmo tempo em que debate a abertura de uma nova fronteira petrolífera na Bacia da Foz do Amazonas. Também na COP30, o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás) e o ICS (Instituto Clima e Sociedade) pretendem apresentar uma proposta para debater critérios para definir que países deveriam cortar primeiro sua produção de petróleo. A ANP correu para tentar licitar os blocos antes do fim do prazo de manifestações conjuntas do MME (Ministério de Minas e Energia) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) que permitem a oferta das áreas. Em janeiro, solicitou ao mercado que fizesse manifestações de interesse para essas áreas até 6 de fevereiro, alegando que, sem as manifestações, os blocos seriam retirados do edital e precisariam passar por novo processo de autorização ambiental. A ANP não informa que empresas manifestaram interesse por determinados setores. Em março, informou apenas que 30 empresas se inscreveram para participar da disputa.

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