Ano:
Mês:
article

Ocyan e Shell entram na 2ª fase de projeto de injeção de hidrogênio em motores de navios

Uma das principais apostas em tecnologia da Ocyan, com investimento da Shell, o desenvolvimento de um equipamento de injeção de gás hidrogênio direto na admissão de ar dos motores marítimos de navios-plataforma entrou em sua segunda etapa, com previsão de 27 meses. Essa etapa precede a criação de um piloto final aplicado em navio e a comercialização do aparelho, prevista para o fim de 2027. A Ocyan, empresa de serviços offshore da gestora americana EIG Partners, desenvolve o produto com a startup Protium Dynamics, antiga LZ Energia. Gerente de Tecnologia da Shell Brasil, Rosane Zagatti disse ao Estadão/Broadcast que a primeira fase do desenvolvimento do H2R (sigla de eldquo;hidrogênio para reduçãoerdquo;), encerrada em agosto, contou com R$ 17,4 milhões repassados pela petroleira. Já a segunda fase terá mais R$ 23,1 milhões oriundos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDeamp;I) da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustível (ANP). A cláusula da ANP obriga as petroleiras a investirem 1% de sua receita bruta nessa frente. Rodrigo Chamusca, gerente executivo de Negócios Digitais e Tecnologia da Ocyan, detalha que a primeira etapa permitiu a criação de um primeiro protótipo e que, na nova fase, haverá testes em ambiente operacional, com aplicação em motores de sondas de perfuração. eldquo;Até outubro de 2026, quando termina a segunda fase, teremos o produto pronto para teste em ambiente offshore, em escala operacionalerdquo;, disse o executivo. A injeção de hidrogênio, que serve como catalisador à combustão, melhorando desempenho e reduzindo emissões de carbono, vai ser aplicado primeiro em plataformas de perfuração, depois em navios tanques e, futuramente, pode chegar a embarcações fora da indústria do petróleo. O equipamento a ser testado será montado com peças dos futuros fornecedores e vai passar por simulação, em laboratório, do ambiente operacional, com temperatura que chega a 55 oC e umidade de 98%, além de movimentação afeita à realidade. Em seguida, será levado a um ambiente relevante para aplicação final, o que deve acontecer em um motor de termelétrica. Passadas essas etapas, diz Zagatti, da Shell, o produto deve ter um piloto empregado em navio em 2027 para comercialização no fim daquele ano. Economia e menos emissões A tecnologia pode reduzir em até 10% o consumo de diesel marítimo, trazendo economia. As emissões de gás carbônico caem na mesma proporção. Outros gases poluentes, como metano e monóxido de carbono, podem ter redução de até 30% nas emissões. Para evitar riscos relacionados ao transporte do hidrogênio, considerado instável, o gás não vai embarcado em quantidade, sendo gerado a bordo, em paralelo à injeção, por meio da eletrólise de volumes de água (separação do hidrogênio do oxigênio da molécula por meio de energia elétrica). Desde o fim de 2023, a Protium Dynamics comercializa equipamento análogo voltado a caminhões, que começou a ser desenvolvido oito anos antes, em 2015. Nos caminhões, o aparelho se assemelha a uma caixa com volume de uma garrafa pet de três litros e é alimentado com água já purificada a cada três meses. Já o sistema a ser embarcado em navios deverá ter o tamanho de três geladeiras. Nesse caso, a Ocyan e a Protium Dynamics terão a propriedade intelectual da tecnologia, enquanto a Shell vai receber royalties por vendas futuras e facilidades para a instalação na própria frota, em função do montante investido por meio da cláusula de PDeamp;I da ANP.

article

PetroReconcavo vai investir R$ 340 milhões em sua 2ª unidade de processamento de gás na Bahia

A PetroReconcavo anunciou nesta segunda (4/11) um investimento de R$ 340 milhões na construção de sua segunda unidade de tratamento de gás natural. A UPGN Miranga será instalada no município de Pojuca (BA) e terá capacidade para processar 950 mil m³/dia, com potencial de expansão para até 1,5 milhão de m³/dia. É o maior investimento em uma única instalação industrial da empresa. A previsão da companhia é começar a execução do projeto em 2025 e iniciar as operações do ativo no 3º trimestre de 2027. A unidade irá processar o gás de todos os ativos operados pela PetroReconcavo na Bahia e que não estão interligados, hoje, à UTG São Roque endash; o primeiro investimento da empresa em infraestrutura própria de processamento. Nova UPGN assegura expansão da produção Segundo a PetroReconcavo, o investimento na UPGN Miranga será feito em módulos. O ativo, segundo a companhia, será instalado em uma região estratégica que permitirá a conexão à malha de transporte. A UTG São Roque foi concebida com conexão direta à rede de distribuição da Bahiagás. Em nota, a PetroReconcavo destacou que a nova UPGN permitirá à empresa uma maior autonomia e ganhos de produtividade, bem como assegurará capacidade disponível para o desenvolvimento de novas reservas. eldquo;Sob a ótica do midstream, representa um marco para a companhia ao assegurar capacidade para processarmos 100% dos nossos prognósticos de produção, com a consequente atração de demanda incremental associada ao mercado de gás naturalerdquo;, afirmou, em nota, o vice-presidente comercial e de novos negócios, João Vitor Moreira. PetroReconcavo reforça posição no processamento Este é o segundo investimento da companhia em infraestrutura de processamento. A UTG São Roque começou a operar em agosto e processa o gás dos campos de Mata de São João, Remanso, Jacuípe e Riacho de São Pedro, na Bahia. O ativo tem capacidade de 400 mil m³/dia. Até então, todo o gás natural da empresa era processado em plantas de terceiros endash; da Petrobras na Bahia e da Brava (ex-3R Petroleum) no Rio Grande do Norte. A PetroReconcavo tenta negociar com a Brava o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento da Bacia Potiguar. Em paralelo, avalia internamente, como alternativa à parceria, a construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Associar-se a uma eventual parceria com a Brava, contudo, é o plano A.

article

Tarcísio cobra avanço no PL do devedor contumaz e diz que etanol está na rota do crime

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abordou na reunião com o presidente Lula (PT) e membros do alto escalão do governo, na quinta-feira (31/10), o tema dos crimes associados ao mercado de combustíveis endash; sobretudo aqueles praticados por empresas consideradas eldquo;devedores contumazeserdquo;. Durante a agenda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino também compartilhou das preocupações expressas pelo governador paulista. Ele alertou, em especial, para a necessidade de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revisar as regras do mercado de postos de bandeira branca. Dino, Tarcísio e os demais governadores eleitos no país participaram da reunião convocada por Lula e membros da cúpula do governo, como os ministros Rui Costa (PT), da Casa Civil, e Alexandre Padilha (PT), da Secretaria de Relações Institucionais. O assunto principal foi a PEC da segurança pública endash; cuja ideia é incluir as prerrogativas do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído em 2018 por lei ordinária. A agenda também serviu como uma tentativa de aproximar a gestão petista dos governos locais. Etanol na mira do crime Para o governador de São Paulo, é impossível discutir hoje os problemas da segurança pública nacional sem se debruçar sobre pautas eldquo;correlataserdquo;, como os crimes relacionados ao setor de combustíveis. Ele cobrou do governo federal e do Congresso Nacional empenho na aprovação do projeto de lei que tipifica os devedores contumazes (PL 15/2024), que está parado na Câmara. Tarcísio declarou ainda que, segundo informações do governo paulista, até usinas de etanol estão sendo utilizadas para lavagem de dinheiro por parte de organizações criminosas. eldquo;É um dos setores preferidos do crime organizado hoje para lavagem de dinheiro. A gente está vendo a profusão de postos de gasolina sendo adquiridos pelo crime e até usinas de etanol hoje. Se não houver um trabalho conjunto, a gente não vai chegar a lugar algum.erdquo; eldquo;É preciso olhar com atenção o setor de combustíveis. É muito fácil obter um regime especial tributário no setor de combustíveis. É muito fácil. E normalmente esses regimes especiais são para empresas de fachada, que operam na ilegalidade, e vão servir ao tráfico de drogas, vão servir ao crime organizadoerdquo;, completou. Tarcísio mencionou as tentativas recorrentes via Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de estancar o problema da guerra fiscal associada à importação de derivados de petróleo. Recentemente, por exemplo, o colegiado teve que se mobilizar para barrar a entrada de diesel russo de forma irregular pelo Amapá. eldquo;A gente faz muitos movimentos via Confaz para impedir que esses regimes aconteçam. E a lei do devedor contumaz é fundamental, ela tem que sair, é fundamental para que a gente possa fazer esse combate. E olhar o setor de combustíveis é um primeiro grande passo para a gente começar a cortar o financiamento do crime organizadoerdquo;, alertou. Bandeira branca é elsquo;grande incentivoersquo;, diz Dino Em complementação às falas do governador de São Paulo, o ministro Flávio Dino citou a necessidade de rediscutir a regulação da ANP que permite o funcionamento dos postos de bandeira branca. Foi um comentário direcionado ao presidente Lula e ao governador Tarcísio de Freitas, que defendia a necessidade de União e os estados estabelecerem uma pauta legislativa única para a segurança pública. Dino enfatizou que, no caso da ANP, é uma mudança infralegal, sem necessidade de passar pelo Congresso Nacional. eldquo;[A resoluções da ANP] permite os postos de bandeira branca e que têm sido utilizados pelas duas principais quadrilhas. Então, mudando a resolução já melhora muito a instalação desses postos de fachada, que são lavanderias, na verdade.erdquo; A agência eixos procurou o STF, na tentativa de obter, com clareza, informações que possam subsidiar o entendimento do ministro a respeito da bandeira branca. Questionamentos foram encaminhados à equipe de comunicação da corte, porém não houve resposta até o momento.

article

Petróleo fecha em alta de quase 3%, após Opep adiar aumento de produção da commodity

O petróleo fechou em alta de quase 3% nesta segunda-feira, 4, enquanto investidores analisavam a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de adiar os aumentos de produção pelo menos até o início de 2025. O noticiário vindo do Oriente Médio também permanecia no radar. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,84% (US$ 1,98), a US$ 71,47 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 2,70% (US$ 1,98), a US$ 75,08 o barril. A notícia de que a Opep+ concordou em estender os cortes voluntários de produção de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia por mais um mês, até o fim de dezembro de 2024, impulsionou os preços da matéria-prima hoje. Durante evento em Abu Dhabi, o secretário-geral da organização, Haitham Al Ghais, disse ainda que a organização está otimista em relação à demanda global pela commodity. Kieran Tompkins, da Capital Economics, espera que a decisão cause impacto marginal no fornecimento de petróleo de 2025, mas afirma que a Opep+ enfrenta uma encruzilhada à frente, na medida em que busca manter os preços altos e recuperar a participação de mercado perdida. A abordagem de adiar a decisão parece insustentável, diz, dado que a organização está presenteando participação de mercado a outros países. eldquo;Isso aumenta as chances de uma mudança ainda maior na política de petróleo, como um cenário de inundação do mercado, mais adiante.erdquo; Investidores também se atentaram ao noticiário vindo Oriente Médio, após relatos de que o Irã está planejando uma resposta complexa aos ataques de Israel, envolvendo ogivas ainda mais poderosas e outras armas. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

article

Etanol ainda é mercado de nicho, mas com grande potencial, dizem executivos

A principal dificuldade para a expansão do biocombustível está em aumentar a escala de produção, já que a demanda existe tanto como combustível quanto na indústria, afirmou Ricardo Mussa, CEO da Raízen. eldquo;Hoje não há disponibilidade suficiente para fazer grandes mudançaserdquo; e para uma ampla adoção do etanol, disse em evento promovido pelo BTG Pactual nesta segunda-feira (4/11). Para Tomás Manzano, CEO da Copersucar, os desafios vão além da questão da escala. Ele mencionou uma eldquo;cesta de riscoserdquo; envolvendo aspectos regulatórios, tecnológicos e o montante de investimentos necessário, destacando a importância de incentivos para reduzir esses riscos e ampliar a produção. Mussa destacou que o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) pode se tornar um dos mandatos mais efetivos a curto prazo, com grande potencial para exportação brasileira. Ele afirmou que o Brasil precisa se posicionar como produtor de SAF. "O Brasil tem que olhar para sua matriz endash; e o Combustível do Futuro ajuda a equacionar isso e tornar a discussão mais palpável endash; para se posicionar como grande hub de exportação de energia, como SAF e energia", afirmou. O executivo defendeu a eletrificação dos processos para gerar um excedente de biomassa voltado à produção e exportação de biocombustíveis, incluindo o SAF. Segundo ele, enviar etanol para produção de combustível de aviação no exterior é uma eldquo;idiotice logísticaerdquo;. Rafael Abud, CEO da FS Fueling Sustainability, apontou que, apesar do crescimento, o mercado de etanol ainda é especializado. eldquo;O etanol ainda é uma gota no oceano frente ao petróleo, então é difícil que se torne uma commodity global, mas será um agente importante de descarbonização.erdquo; Abud acrescentou que cada mercado exige especificidades técnicas, metodológicas e de certificação que podem complicar a comoditização do etanol. eldquo;É difícil tornar o etanol uma commodity global e nem sei se é necessárioerdquo;, comentou Mussa. eldquo;O tamanho do mercado é muito maior do que imaginamos e, às vezes, esse nicho é bom: você vende mais caro e tem prêmio do produto.erdquo; Ele mencionou que, atualmente, o etanol exportado é vendido entre 27% e 30% acima do preço cotado no mercado interno pelo Cepea-Esalq. Para Abud, ainda há o desafio de eldquo;equacionar um gap [diferença] importante de preçoerdquo;. No caso do combustível de aviação, eldquo;há um grande gap entre o fóssil e o renovável, e o desafio é como monetizar a descarbonização deste produtoerdquo;. Manzano acrescentou que, segundo levantamento da Copersucar, produzir a mesma quantidade de emissões no Japão, por exemplo, exigiria de 30% a 40% mais matéria-prima, o que representaria um custo adicional de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões por ano para uma planta média. eldquo;É um momento muito estratégico para o Brasilerdquo;, concluiu.

article

Etanol x gasolina: saiba em quais estados cada combustível é mais vantajoso

O etanol é o combustível mais vantajoso economicamente na maior parte do país, com leve queda no preço médio em outubro. A análise foi feita pela empresa de logística e gestão de frotas Ticket Log, em estudo fornecido com exclusividade para o UOL Carros. Considerando o consumo de combustível e o preço, o derivado da cana-de-açúcar é a melhor opção em 15 estados e também no Distrito Federal: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. "O mês de outubro chega ao fim com o preço médio da gasolina em estabilidade e etanol em leve queda no país. No acumulado do mês, o litro da gasolina foi encontrado com média de R$ 6,26, mesmo valor registrado em setembro. Já o etanol foi comercializado por um preço médio de R$ 4,20 no período, após uma redução de 0,71% ante o mês anterior", Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, proprietária da Ticket Log. Variação nos preços Douglas Pina também destaca a diferença de preços entre as cidades com médias mais caras e mais baratas de preço dos dois combustíveis. O menor preço médio do litro do etanol é verificado no município de Meridiano, em São Paulo (R$ 3,44), enquanto a maior média está em Rio Formoso (PE), a R$ 5,55. Em relação à gasolina, o município com o maior preço médio é Tarauaca, no Acre (R$ 7,55), enquanto a cidade gaúcha de Coronel Bicaco tem o valor mais em conta para o litro do derivado do petróleo (R$ 5,50). Para ler esta notícia, clique aqui.

Como posso te ajudar?