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A aposta chinesa no SAF de cana do Brasil

O governo brasileiro anunciou nesta segunda (12/5) que o país deve receber US$ 1 bilhão em investimento da chinesa Envision Group para produção de hidrogênio e amônia verdes e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir da cana-de-açúcar, no primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina. Os detalhes do empreendimento ainda não foram divulgados. O anúncio ocorreu na quarta visita de Estado do presidente Lula (PT) à China, após encontros com executivos de empresas chinesas ligadas aos setores de energia sustentável e defesa. Sediada em Xangai, a multinacional chinesa Envision tem como atividades principais a fabricação de turbinas eólicas, sistemas de armazenamento de energia e soluções de hidrogênio verde endash; um insumo para a produção de SAF. O investimento no Brasil é estratégico por dois motivos: previsão de demanda e oferta de matéria prima. Segundo maior mercado de combustível de aviação do mundo, a China iniciou, em setembro de 2024, um projeto piloto para o primeiro uso de SAF em voos partindo de aeroportos domésticos em Pequim, Chengdu, Zhengzhou e Ningbo. (Seamp;P Global) Mas a iniciativa, por si só, não é suficiente para assegurar investimentos. Os produtores chineses aguardam a definição de um mandato para uso do renovável, que pode variar de 2% a 5% misturado ao combustível de aviação tradicional até 2030. A expectativa era que fosse anunciado em 2024, o que não ocorreu, levando algumas refinarias a adiar a abertura de novas plantas. (Reuters) Enquanto isso, no Brasil, a recém aprovada lei do Combustível do Futuro estabelece um mercado cativo para o SAF a partir de 2027, quando as companhias aéreas serão obrigadas a descarbonizar suas operações substituindo o querosene fóssil. Etanol para suprir um novo mercado No cenário internacional, também a partir de 2027, todos os signatários do Corsia terão que cumprir metas de redução de emissões e os combustíveis sustentáveis são parte da estratégia endash; embora a produção global ainda represente menos de 1% da demanda. Hoje, quase a totalidade do SAF produzido no mundo tem como matéria prima o óleo de cozinha usado, o que já vem impondo dificuldades à expansão do biorrefino pela escassez. É aí que a cana de açúcar entra como promessa e o Brasil, com sua experiência no etanol, como um mercado potencial. Estudo publicado em abril pelo Ministério da Fazenda aponta que o SAF de etanol (cuja rota de produção é conhecida como ATJ) tem potencial teórico para gerar até 6,5 bilhões de litros por ano na próxima década, representando 23% do potencial de produção estimado do país. Já o etanol de milho vem logo atrás, com 5,5 bilhões de litros, ou 20% da capacidade projetada. Fertilizantes, data centers e renováveis A visita oficial à China rendeu ainda uma série de negociações relacionadas a fertilizantes, data centers e renováveis emdash; áreas estratégicas que o governo brasileiro busca desenvolver através de investimento internacional. Nesta segunda, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), confirmou uma reunião da delegação brasileira com executivos da China Chemical Engineering Corporation (CNCEC) sobre a instalação de uma fábrica de fertilizantes no Paraná. O interesse do governo brasileiro é a execução, pela CNCEC, de estudos de viabilidade técnica e financeira para uma planta com capacidade de produzir 520 mil toneladas de ureia por ano. (CNN) O saldo de acordos inclui a assinatura de um memorando de entendimento entre o MME, a estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o Senai Cimatec. O documento foi assinado no domingo e tem como foco a cooperação bilateral em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono. Já na agenda de data centers, está previsto um compromisso da comitiva, na terça (13), representantes da Byte Dance, dona do Tik Tok. De acordo com Silveira, as tratativas incluem a instalação no Ceará. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o presidente Lula anunciará a política para data centers assim que voltar da China.

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Petróleo fecha em alta com suspenção temporária das tarifas entre EUA e China

Os contratos futuros de petróleo encerraram a segunda-feira (12) em alta, impulsionados pela trégua tarifária entre Estados Unidos e China, que atenuou preocupações sobre a disputa comercial que ameaça o crescimento econômico e a demanda global pela commodity. Apesar do avanço, os preços recuaram em relação aos picos atingidos pela manhã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,52% (US$ 0,93), fechando a 61,95 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,64% (US$ 1,05), para US$ 64,96 o barril. Após conversas bilaterais no fim de semana, em Genebra, EUA e China endash; os maiores consumidores mundiais de petróleo endash; chegaram a um acordo para suspender por 90 dias a maior parte das tarifas de importação que impuseram um ao outro. eldquo;Para os traders, o acordo é um sinal de elsquo;retorno ao riscoersquo;, que está desencadeando a cobertura de posições vendidas em petróleo com a ideia de que os temores sobre a demanda global irão diminuirerdquo;, afirma em nota Dennis Kissler, do BOK Financial. Enquanto isso, as negociações sobre o programa nuclear iraniano podem levar ao alívio de sanções sobre o país, eldquo;o que poderia ser uma força negativa para o petróleoerdquo;, acrescenta. Apesar da trégua temporária entre EUA e China, o mercado ainda tem dúvidas sobre o resultado final das negociações e o nível final das tarifas, dizem os analistas do ING. Para eles, eldquo;a incerteza ainda é alta, e a volatilidade permanecerá elevada nos mercados de commoditieseldquo;. Os fortes ganhos do dólar devido à diminuição das tensões comerciais também podem limitar a alta dos contratos futuros de petróleo. Os preços da commodity ainda acumulam queda de mais de 11% neste ano, em meio a preocupações com o aumento acelerado da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e o alívio de tensões geopolíticas, especialmente em relação a Rússia e Ucrânia. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Estados Unidos ampliam importações de etanol do Brasil

Os Estados Unidos importaram 1,6 milhão de galões de etanol combustível em março, eldquo;proveniente principalmente do Brasilerdquo;, destaca, em nota, a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês). Cada galão equivale a 3,7 litros e, assim, a aquisição de 1,6 milhão de galões representa 5,9 milhões de litros. Importações de etanol pelos EUA avançam 19% Segundo a RFA, as importações do biocombustível pelos EUA, acumuladas no primeiro trimestre de 2025, totalizaram 3,33 milhões de galões. O montante é 19% acima do primeiro trimestre de 2024. Exportações de etanol pelos EUA também crescem Por sua vez, as vendas do combustível pelos EUA também crescem. Em março, por exemplo, as exportações de etanol pelas usinas americanas subiram 41% para 195,8 milhões de galões. Conforme a RFA, essa alta de vendas reflete eldquo;melhorias generalizadas na maioria dos principais mercados.erdquo; Onze mercados respondem por 98% do total das exportações de etanol em março. O Brasil está entre esses clientes, mas adquiriu 7 milhões de galões, enquanto a Colômbia comprou 10,7 milhões de galões e as Filipinas adquiram 10,8 milhões de galões. Enfim, segundo a RFA, as exportações de etanol dos EUA no primeiro trimestre atingiram 532,6 milhões de galões, um aumento robusto de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. Clique aqui para ler o conteúdo da RFA no original

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Preço do etanol cai em 12 estados, aponta ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 estados, subiram em nove e no Distrito Federal e ficaram estáveis em cinco Estados na semana de 4 a 10 de maio. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,69 na comparação com a semana anterior, a R$ 4,29 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,49%, de R$ 4,10 para R$ 4,08 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 2,65%, foi registrada em Mato Grosso, onde o litro passou de R$ 4,15 para R$ 4,04. A maior alta no período, em Alagoas, foi de 2,25%, para R$ 4,99 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,35 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 4,01, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro. (Estadão Conteúdo)

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 14 unidades da Federação (28/4 a 8/5)

Entre os dias 28/4 e 8/5, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis e lubrificantes em 14 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacou-se a participação da ANP nas operações de desintrusão das terras indígenas Kayapó, no Pará, coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República e em conjunto com a Força Nacional. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Pará A ANP realizou, em conjunto com a Força Nacional, ações de fiscalização em nove postos de combustíveis e em três postos de combustíveis de aviação, em Redenção e Cumaru do Norte. Em Redenção, como parte das operações de desintrusão das terras indígenas Kayapó, coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República, foram lavrados autos de infração e de interdição em dois postos de aviação, por vazamento de combustível, não atendimento a quesitos mínimos de segurança e ausência de instalação de armazenamento. Dois outros postos de combustíveis sofreram autos de infração e interdição: um por utilizar máquinas que produzem centelhamento em área de abastecimento e o outro por fornecer combustível em quantidade diferente da registrada na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;). Ainda no município, foram lavrados autos de infração em outros seis agentes, por motivos como: bomba baixa; venda para e aquisição de combustíveis de congênere; exercício irregular de distribuidor; exercício irregular de transportador-revendedor-retalhista (TRR); falta de instrumentos para o teste de qualidade, que pode ser exigido pelo consumidor; e comercialização de combustível em recipientes não certificados. Em Cumaru de Norte, um posto sofreu auto de infração por: aquisições de congênere, não possuir instrumentos para o teste de qualidade e para medição de estoque. Bahia Na Bahia, houve fiscalização em 39 postos de combustíveis, sete agentes não regulados e uma base de transportador-revendedor-retalhista (TRR). As ações aconteceram nos municípios de Salvador, São Sebastião do Passé, Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, Camaçari, Cruz das Almas, Varzedo, São Desidério, Salinas da Margarida, Nazaré, Simões Filho, Poções, Vitória da Conquista, Candeias, Formosa do Rio Preto, Barreiras e Cachoeira. Em São Sebastião do Passé, houve parceria com as Polícias Civis da Bahia e de Alagoas, onde um posto sofreu autos de infração e interdição por: fornecer gasolina e etanol em quantidade diferente da registrada na bomba e comercializar óleo diesel S10 com percentual de biodiesel abaixo do especificado pela legislação. Essa detecção foi possível graças ao uso do FTIR portátil, equipamento que permite verificar em campo o teor de biodiesel. Foi lavrado auto de infração e realizada interdição em uma revenda de GLP em Vitória da Conquista por funcionar sem autorização da ANP e não possuir extintores de incêndio em boas condições de uso. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar. Um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição, em Salinas da Margarida, por comercializar etanol fora das especificações e dispor de medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume) em desacordo com as normas. Três postos sofreram autos de infração e interdição, um em Poções, um em Cachoeira e o outro em Vitória da Conquista, por apresentarem bicos de abastecimento de combustível com irregularidades nos volumes dispensados por suas bombas medidoras. Em Feira de Santana, a ANP atuou em conjunto com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz BA), sem registro de irregularidades. Não foram encontradas irregularidades, ainda, nas demais cidades visitadas pela ANP. No estado, foram coletadas sete amostras de combustíveis para análise em laboratório. Ceará No estado, foram fiscalizados 16 postos de combustíveis, em Tauá e Altos. Em Tauá, foram lavrados autos de infração e de interdição em um posto por operar bombas sem dispositivos de segurança mínimos e obrigatórios. Outros 11 postos do município receberam auto de infração por motivos como: comercialização de combustível em recipiente não autorizado; venda de etanol com o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com as normas; utilização de bomba em más condições de uso e conservação; e não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de armazenamento de óleo diesel. Não foram encontradas irregularidades em Altos. Espírito Santo A ANP esteve nas cidades de Presidente Kennedy, Serra, Vitória e Cariacica, nas quais foram fiscalizadas sete revendas de GLP e uma distribuidora de GLP. Em Cariacica, em ação conjunta com o Procon-ES, uma distribuidora sofreu auto de infração por envasar botijão cheio de GLP que apresentava requisitos para requalificação. Em Vitória, duas revendas de GLP receberam autos de infração por transportarem botijões de forma irregular em motocicletas (sem utilização de sidecar ou com semirreboques especialmente projetados e para uso exclusivo desses veículos). Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Goiás No estado, foram fiscalizados seis postos de combustíveis e três revendas de GLP em Goiânia. Em parceria com o Procon Municipal, dois postos receberam autos de infração: um por não possuir equipamentos para o teste da qualidade dos combustíveis, que pode ser exigido pelo consumidor; e o outro por efetuar venda de combustíveis a retalho e estar com o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito. Essas ações fizeram parte de um treinamento realizado pela ANP para servidores do Procon Municipal de Goiânia, no âmbito do acordo de cooperação técnica firmado entre os dois órgãos. Foi ainda realizada uma operação na cidade com a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Foram fiscalizadas duas revendas de GLP, sendo uma interditada por não ter autorização da Agência, resultando na apreensão de 149 botijões. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Mato Grosso Em Várzea Grande, um posto de combustíveis foi fiscalizado, em parceria com o Procon Municipal. Não foram encontradas irregularidades. Minas Gerais Foram fiscalizados 48 postos de combustíveis, três distribuidores de combustíveis, 11 revendas de GLP e seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRR) no período. Os fiscais passaram por 37 cidades: Itabira, Santa Maria de Itabira, Careaçu, São Gonçalo do Sapucaí, Arcos, Carmo do Cajuru, Conceição do Pará, Divinópolis, Itaúna, Nova Serrana, Comendador Gomes, Fronteira, Frutal, Monte Alegre de Minas, Prata, Tupaciguara, Uberaba, Uberlândia, Barroso, Casa Grande, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Lagoa Dourada, Nazareno, Prados, Queluzito, Santana dos Montes, São João Del Rei, Cajuri, Guaraciaba, Itabirito, Ouro Branco, Ouro Preto, Paula Cândido, Porto Firme, Teixeiras e Viçosa. Em Divinópolis, onde a ANP atuou em força-tarefa com o Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado (Ipem-MG) e Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG), um posto sofreu auto de infração por estar com o painel de preços em desacordo com as normas. Em ações individuais da ANP, dois postos receberam autos de infração e sofreram interdições, um em Nazareno e outro em Ouro Petro, ambos por fornecerem menos combustível do que o registrado na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;). O segundo também teve auto de infração por painel de preços em desacordo com as normas. Duas revendas de GLP foram interditadas totalmente, uma em Nova Serrana e a outra em Guaraciaba, por exercerem a atividade sem autorização da ANP. Na primeira, foram apreendidos 295 botijões. Houve autuações, sem interdição, em 11 outros postos de combustíveis, nas cidades de Carmo do Cajuru, Divinópolis, Monte Alegre de Minas, Uberaba, Barroso, Congonhas, Itabirito, Ouro Preto, Paula Cândido e Viçosa. As irregularidades encontradas foram: não identificar ao consumidor a origem do combustível comercializado; painel de preços em desacordo com as normas; não possuir medida-padrão de 20 litros regular (equipamento utilizado para o teste de volume); não ter equipamentos para o teste da qualidade dos combustíveis; falta de segurança das instalações; não exibir a marca comercial do distribuidor optada pelo posto de forma minimamente visível; não atualizar os dados cadastrais na ANP; e abastecer em recipiente não certificado pelo Inmetro. Foi realizada ainda uma autuação em revenda de GLP de Itabira por falta de segurança nas instalações. Em Guaraciaba e Ouro Preto, foram apreendidos, em dois postos, 29,5 litros de óleo lubrificante sem registro do produto na ANP. É importante destacar que qualquer agente econômico ou cidadão pode verificar os registros de lubrificantes que estão ativos na Agência. Basta acessar a eldquo;Ferramenta de Pesquisa de Registro de Produtoserdquo; ou o Painel Dinâmico do Registro e Óleos e Graxas Lubrificantes. Essa consulta evita a aquisição e a comercialização de óleos clandestinos, que podem acarretar a diminuição da vida útil do motor, gerando prejuízo ao consumidor. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 40 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Paraná No estado, foram fiscalizados quatro postos de combustíveis, uma revenda de GLP, uma distribuidora de combustíveis e um produtor de biodiesel. Os fiscais estiveram nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Lapa e Araucária. Em São José dos Pinhais, a ANP atou em parceria com o MP/PR, IPEM-PR e SEFA-PR na fiscalização de revendedores de combustíveis, não sendo encontradas irregularidades. Uma revenda de GLP sofreu interdição em Curitiba por não respeitar as normas de segurança da legislação vigente. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. No estado, foram coletadas 11 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Pernambuco O estado teve ações de fiscalização em 12 postos de combustíveis, nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Abreu e Lima. Na capital, um posto foi alvo de auto de infração e sofreu interdição por comercializar gasolina fora das especificações da ANP. Foram lavrados autos de infração em outros cinco postos, em Recife e Abreu e Lima, por: apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume) em desacordo com as normas; comercializar etanol com o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com a legislação; não realizar análise da qualidade do combustível revendido quando solicitado pelo consumidor; e exibir em suas instalações marca comercial do distribuidor, estando cadastrado na ANP como bandeira branca. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas sete amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio de Janeiro A ANP fiscalizou 29 postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis, um produtor de lubrificantes acabados, um ponto de abastecimento, uma instalação de armazenamento de combustíveis e um agente não regulado. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaboraí, Niterói, São Gonçalo e Petrópolis. Em São Gonçalo e Duque de Caxias, a ANP participou de força-tarefa com Polícia Civil (por meio da Delegacia Especial de Crimes Contra a Fazenda - DELFAZ), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz RJ) e Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS). Nessa operação, destaca-se a fiscalização de uma instalação de armazenamento de combustíveis, em Duque de Caxias, com indícios de irregularidades que estão sendo analisados pelos órgãos parceiros a partir da coleta de dados, documentos e produtos. Em outra força-tarefa, na capital fluminense, a Agência atuou com o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-RJ), Sefaz RJ, INEA e SUPCCA/SEAS. Um posto recebeu auto de infração e sofreu interdição parcial de oito bicos de abastecimento: um por fornecer menos combustível do que o indicado na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;) e seis por pararem de funcionar durante a fiscalização, impossibilitando sua verificação. Foram ainda interditados, preventivamente, um tanque e dois bicos de diesel S10 por indícios de problemas na qualidade, a serem confirmados em laboratório. No Rio de Janeiro e em Itaboraí, a ANP realizou ações em conjunto com a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e a concessionária Naturgy, não sendo encontradas irregularidades. Em ações individuais da ANP, um posto do Rio de Janeiro sofreu interdição parcial de tanques e bicos de gasolina aditivada por comercializar esse combustível fora das especificações da Agência. Outro posto, em Petrópolis, sofreu auto de infração e interdição total por não possuir autorização da ANP para funcionar. Foram apreendidos 400 litros de gasolina comum, 1.950 litros de etanol e 750 litros de gasolina aditivada. Cinco outros postos foram autuados, sem interdições, no Rio de Janeiro e Itaboraí, por irregularidades como: não efetuar o controle de drenagem dos tanques de óleo diesel; e não identificar na bomba a origem do combustível. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas 53 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio Grande do Sul Cinco postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis, uma revenda de GLP, três produtores de biodiesel e seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRR) foram fiscalizados no estado. As ações ocorreram nos municípios de Ijuí, Cruz Alta, Pinhal Grande, São Bento do Sul, Santa Maria, Coronel Barros, Camargo, Passo Fundo, Marau, Erechim, Tapejara, Lagoa Vermelha e Santa Cruz do Sul. Nesta última, a ANP atuou em conjunto com o Procon Municipal. Uma revenda de GLP em Pinhal Grande foi interditada por não atender às normas de segurança da legislação vigente. Ela também sofreu auto de infração por descumprir notificação de medida cautelar, não possuir balança decimal para pesagem dos botijões, não exibir painel de preços e não possuir o número mínimo de extintores. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 41 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Santa Catarina No período, foram fiscalizados seis postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis, uma distribuidora de GLP, uma revenda de GLP e três transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). Os fiscais visitaram as cidades de Canoinhas, Itajaí, Rio do Sul, Itapema, Joinville, Brusque, Jaraguá do Sul e Araquari. Uma revenda de GLP em Pinhal Grande foi interditada por não atender às normas de segurança da legislação vigente. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 16 amostras de combustíveis para análise em laboratório. São Paulo A ANP fiscalizou 63 postos de combustíveis, um terminal e três transportadores-revendedores-retalhistas (TRR) em São Paulo. As ações foram realizadas na capital e em outras 13 cidades: Campinas, Valinhos, Cajamar, Itu, Indaiatuba, Atibaia, Osasco, Bom Jesus dos Perdões, Suzano, Marília, Franca, Ribeirão Preto e Ferraz de Vasconcelos. Em São Paulo, em força-tarefa realizada com o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-SP), o Procon e a Polícia Civil (DPPC), dois postos receberam autos de infração e foram interditados totalmente por não permitirem livre acesso dos fiscais às suas instalações, estando um deles comercializando combustível fora da especificação. Ainda na capital, outros dois postos foram alvos de auto de infração e sofreram interdições parciais, em tanques e bombas, por comercializarem combustível fora da especificação. Em Atibaia um posto também recebeu auto de infração e sofreu interdição parcial por comercializar combustível fora de especificação. Já em Franca, um outro revendedor foi autuado e teve equipamentos medidores interditados por comercializar combustíveis em volume inferior ao informado (eldquo;bomba baixaerdquo;). Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros 17 postos, nos municípios de São Paulo, Cajamar, Indaiatuba, Atibaia, Suzano, Marília, Franca e Ribeiro Preto, por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de armazenamento de óleo diesel; desatualização cadastral; não possuir os equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor); não exibir corretamente os preços de todos os combustíveis em painel de preços; recusar o fornecimento de amostras para o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da ANP (PMQC); romper os lacres e faixas de interdição anterior; remover produto apreendido de instalações interditadas; não apresentar documentos obrigatórios; possuir tanques não interligados à bomba medidora e ao equipamento filtrante; não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); não possuir em perfeito estado de funcionamento medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); e não identificar corretamente os fornecedores dos combustíveis nas bombas ou no painel de preços. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Em todo o estado, foram coletadas 39 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Tocantins A ANP fiscalizou quatro postos de combustíveis em Palmas, em ação conjunta com o Procon Estadual. Não foram encontradas irregularidades. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco (https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco) ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Mercado se mobiliza no STJ por liminares que isentam metas do RenovaBio

Entidades que representam produtores de biocombustíveis e distribuidoras pediram para ingressar como partes interessadas (amicus curiae) na ação movida pelo Ministério de Minas e Energia (MME), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que a pasta busca a suspensão das liminares que favorecem empresas inadimplentes com as metas do RenovaBio. O movimento reuniu distribuidoras representadas pelo Sindicom; produtores de etanol, por meio da Unica, Copersucar e Sifaesp (sindicato patronal de SP); e de biodiesel e óleos vegetais endash; Abiove, Aprobio e Ubrabio. As petições foram protocoladas após o mesmo pedido feito pela ANDC (distribuidoras) no fim de abril, por sua vez, contrária à ação. Na ação, tocada pela Advocacia-Geral da União (AGU), o MME espera estabelecer um precedente contrário às liminares vigentes e impedir que novas decisões sejam tomadas nas cortes federais sem o aval do STJ. eldquo;O pedido de suspensão [das liminares], portanto, configura uma tentativa de impedir o livre exercício da jurisdição e deve ser visto como um movimento de assédio institucional, potencialmente violando o princípio do devido processo legal, afirma Francisco Neves, diretor-executivo da ANDC, em artigo publicado pela eixos, após a entidade solicitar o ingresso como amicus curiae na ação. As petições estão na mesa do presidente do STJ, Herman Benjamin, relator do processo. A ação ocorre logo após o governo regulamentar a lei 15.082/2024, que prevê um bloqueio na comercialização. Os fornecedores de combustíveis e biocombustíveis serão impedidos de atender a pedidos de distribuidoras na lista de inadimplentes no RenovaBio endash; o que tende a desencadear novos apelos aos tribunais. Segundo dados da ANP de 7 abril, há liminares em vigor revertendo 38 decisões da agência, envolvendo 21 distribuidores e 10,9 milhões de CBIOs. As entidades que apoiam a ação são as mesmas que se articularam no Congresso Nacional pela aprovação da lei 15.082/2024, que contou também com apoio do Instituto Combustível Legal (ICL). Em documento enviado à corte, a União da Agroindústria Canavieira e de Bioenergia do Brasil (UNICA) aponta que eldquo;o descumprimento das metas decorre do deliberado desígnio de parcela dos distribuidores de combustíveis em não aderir ao RenovaBio por razões estritamente financeiras, na busca de um maior lucro ante o afastamento da obrigação ambiental imposta pelo programaerdquo;. O deputado Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), que conta com mais de 300 membros na Câmara e no Senado, endossou o movimento das entidades. eldquo;Os bons não podem pagar pelos mauserdquo;, justificou. eldquo;Acreditamos que torna-se necessária a intervenção do STJ visando garantir a sobrevivência do programa Renovabio, que hoje tem seu efeito desvirtuado em virtude de decisões que, com base em cálculos unilaterais de empresas reguladas, causam grave lesão ao meio ambiente, à ordem e à economia públicaerdquo;, afirma o diretor executivo do Sindicom, Mozart Rodrigues. Regulamentação e aumento das penalidades A ANDC tem defendido mudanças no RenovaBio, incluindo a extensão da obrigação da aquisição de CBIOs para todos os demais agentes do setor, dentre os quais os produtores, refinadores, importadores e revendedores de combustíveis. Também pede que seja feita a certificação quanto à integridade ambiental dos títulos, incluindo critérios de regularidade fundiária dos produtores. A ANDC diz, ainda, haver uma eldquo;anomalia econômicaerdquo; no mercado de CBIOs. O argumento é de que a oferta de títulos é facultativa enquanto a demanda é obrigatória. A proposta é tornar o título fungível para mercados globais de créditos de carbono. A 15.082/2024 foi fruto de uma mobilização do mercado que o descumprimento das obrigações legais e regulatórias endash; incluindo aí a mistura de biodiesel, além da aquisição compulsória e CBIOs endash; distorce o mercado levando a uma concorrência desleal. Na regulamentação, o MME tentou incluir o acesso diário às notas fiscais de comercialização dos agentes regulados como mais uma ferramenta de fiscalização pela ANP, mas a tentativa foi frustrada pelo Ministério da Fazenda, que entendeu que a medida não poderia ser feita por decreto. Parlamentares ligados ao setor de biocombustíveis e ao agronegócio apresentaram projeto de lei complementar para autorizar a prática. Subscrevem o texto os presidentes das frentes parlamentares do Biodiesel, Alceu Moreira (MDB/RS), e do Agronegócio, Pedro Lupion (PP/PR), e do Etanol, Zé Vitor (PL/MG). Além do relator da lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim (Cidadania/SP).As entidades favoráveis à nova legislação também têm interesse na aprovação de um marco que leve à tipificação do devedor contumaz, assunto em discussão no Senado Federal, com apoio do Ministério da Fazenda. As entidades que apoiam a ação são as mesmas que se articularam no Congresso Nacional pela aprovação da lei 15.082/2024, que contou também com apoio do Instituto Combustível Legal (ICL). Em documento enviado à corte, a União da Agroindústria Canavieira e de Bioenergia do Brasil (UNICA) aponta que eldquo;o descumprimento das metas decorre do deliberado desígnio de parcela dos distribuidores de combustíveis em não aderir ao RenovaBio por razões estritamente financeiras, na busca de um maior lucro ante o afastamento da obrigação ambiental imposta pelo programaerdquo;.

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