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Brasil tem superávit comercial de US$ 7 bi em novembro, abaixo do esperado

O Brasil registrou superávit comercial de US$ 7 bilhões em novembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado e foi 20% inferior ao computado em novembro do ano passado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$ 7,8 bilhões para o período. O dado do mês passado é fruto de US$ 28 bilhões em exportações e US$ 20,9 bilhões em importações. As exportações totais subiram 0,5% em novembro ante o mesmo mês do ano passado, enquanto as importações aumentaram 9,9%. No entanto, os dados mostraram que houve queda de 22,1% no volume exportado para a China emdash;país que enfrenta uma desaceleração econômica e que é o principal destino dos produtos brasileirosemdash;, com recuo de 31,2% no valor exportado. O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, pontuou durante apresentação dos números que as exportações para a China estão concentradas em três produtos principais: petróleo, minério de ferro e soja. Juntos eles somam cerca de 75% da exportação do Brasil para a China. Segundo Brandão, no último mês o Brasil exportou mais petróleo para a Europa e comercializou menos soja com a China em função do ciclo do produto, que concentra as vendas nos primeiros meses do ano. "O milho também... foi grande destaque em 2023, mas este ano, com a quebra da safra, houve redução da exportação para a China", citou Brandão. "Vejo isso como uma questão conjuntural. A China vai continuar demandando muito produto brasileiro. Como é concentrada esta pauta, ela está sujeita a essas variações conjunturais", acrescentou. ACUMULADO DO ANO No acumulado do ano até o fim de novembro o superávit comercial acumulado do Brasil foi de US$ 69,8 bilhões, conforme o ministério. Este valor é 22% menor que o saldo positivo verificado nos primeiros 11 meses de 2023, mas já está próximo da estimativa do MDIC para 2024. O ministério estima que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de US$ 70,4 bilhões, montante 28,9% abaixo do observado em 2023, quando houve superávit de US$ 98,9 bilhões. "Estamos caminhando para valores bem próximos do que esperamos para o ano", disse Brandão. (Reuters)

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Opec+ estende cortes na produção de petróleo em tentativa de sustentar preços

O grupo de produtores de petróleo Opec+ reduziu significativamente seus planos de produção para 2025 nesta quinta-feira (5), em um esforço para ancorar os preços. O grupo, liderado pela Arábia Saudita e Rússia, afirmou que adiaria o plano de reintroduzir gradualmente 2,2 milhões de barris por dia (b/d) de petróleo bruto até abril do próximo ano e também estenderia para 18 meses o período em que o aumento ocorreria. O resultado geral das mudanças é que o grupo bombeará mais de 800 mil b/d a menos de petróleo em 2025 do que o esperado anteriormente, disseram analistas, se os membros cumprirem suas cotas. O preço do petróleo Brent de referência caiu 0,1% para US$ 72,26 após o anúncio, enquanto seu equivalente nos EUA, o West Texas Intermediate, estava 0,3% mais baixo no dia, a US$ 68,35. (Financial Times)

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Influência política em conselho da Petrobras é 'retorno ao passado', diz ex-presidente

Logo no início de seu livro, "Petrobras, a Luta pela Transformação", o ex-presidente da estatal Roberto Castello Branco narra o momento em que percebeu que seria demitido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após pouco mais de dois anos no comando da companhia. Fora convocado a reunião em Brasília, em fevereiro de 2021, em meio à segunda onda da Covid-19 no Brasil para justificar reajustes dos preços dos combustíveis. Chegou usando máscara e óculos de proteção, respeitando padrões recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). "Chegando ao gabinete da Presidência da República, me deparei com uma sala cheia de gente, na qual praticamente ninguém usava máscara, e com pessoas que se cumprimentavam efusivamente com abraços apertados", recorda. No voo de volta ao Rio de Janeiro após o encontro, em que defendeu o acompanhamento das cotações internacionais do petróleo, percebeu que seus dias à frente da estatal estavam contados. "Aquela batalha foi perdida, pois atender às demandas do governo estava completamente fora de cogitação". Castello Branco presidiu a Petrobras de janeiro de 2019 a abril de 2021, convidado pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Saiu sob ataque de bolsonaristas, não só pela alta da gasolina, mas também por adotar medidas de prevenção na pandemia, como o trabalho remoto. No livro, defende que sua gestão alterou a cultura da estatal, instituindo valores como eficiência e meritocracia, e que a estratégia de alocação de capital no principal negócio da companhia, o pré-sal, ajudou a recuperar o valor perdido durante a crise no governo Dilma Rousseff (PT). Em entrevista à Folha, Castello Branco disse ver hoje um "retorno ao passado", com a indicação de membros do governo ao conselho de administração e aposta em negócios que considera prejudiciais, como a produção de fertilizantes. Nesta semana, a presidência do conselho da estatal voltou a ser tema de especulações, após a indicação para a chefia da ANP do atual titular do cargo, Pietro Mendes. Como o sr. se sentiu após a reunião com Bolsonaro em fevereiro de 2021? Senti que a situação era insustentável. Existia pressão contra aumento de preços de combustível e, por outro lado, o mercado internacional estava subindo. Eu teria que acompanhar. E isso não dava para negociar. Acho que eu fui aparentemente bem na reunião, eles apoiaram meus argumentos, mas eu sabia que em pouco tempo seria demitido. O sr. conta que chegou a apresentar outras soluções para ajudar os caminhoneiros, mas eles nem chegaram a ouvir. A preocupação deles era especificamente com o preço. Eu contestava isso porque em 2021, os preços de diesel estavam mais baratos do que no final de 2019. E estava ocorrendo uma aceleração da demanda por frete, o que significa que os caminhoneiros estavam trabalhando, a situação estava boa para eles. O sr. já havia recebido pressões diretas de Bolsonaro para segurar os preços? No final de 2020, o mercado mudou, os preços passaram a subir [após a pandemia] e tínhamos que acompanhar o mercado. Então, eu já sentia um certo mal-estar. Mas isso [pedido direto do presidente] não aconteceu em momento algum. Houve pressões indiretas, mas não ligações para me pressionar. Essa é uma pressão constante contra presidentes da Petrobras, antes e depois do sr... Esse é o grande problema dos presidentes da Petrobras. Uma das razões pelas quais eu queria privatizar as refinarias é diluir isso, porque hoje cerca de 80% dos combustíveis são produzidos pela Petrobras. Então, quando as pessoas acham que o combustível está caro, sabem o endereço, é a Petrobras. Vamos pressionar o presidente da República e ele vai mudar isso para a gente. É basicamente isso que acontece no Brasil há muitos anos. O projeto de venda das refinarias chegou a ser aberto, mas apenas quatro das oito tiveram interessados. Por quê? Primeiro, nós tivemos a pandemia, que inviabilizou. O processo de venda de um ativo grande como uma refinaria, além de consultar os data rooms, demanda visita às instalações. Com a pandemia, isso se inviabilizou. Outro ponto foi o falatório sobre controle de preços. Se eu vou comprar um negócio cujo produto é combustível, já é difícil acreditar, porque é um país que tem uma longa tradição de interferir nos preços. Agora a Petrobras retirou as refinarias do processo de venda e fala em retomar negócios em setores abandonados no governo Bolsonaro, como fertilizantes. Como o sr. vê o cenário atual da companhia? Eu vejo que a companhia deixou novamente de prezar pela eficiência na alocação do capital. O fertilizante não é um bom negócio no Brasil. Nós somos um dos maiores consumidores e um dos maiores importadores de fertilizantes. Se fosse um bom negócio aqui, estava cheio de empresa multinacional querendo produzir. A gente quis vender a Araucária Nitrogenados e ninguém apareceu para comprar. Tentamos arrendar, ninguém apareceu. Para as plantas de Sergipe e Bahia, só apareceu uma empresa interessada em arrendar, a Unigel. Para o projeto de fertilizantes em Mato Grosso do Sul, vieram os russos, olharam, ficaram em cima e foram embora. Se é um negócio que ninguém quer, não deve ser bom. O que faz uma companhia de petróleo nisso tudo, sendo que já perdeu dinheiro com essa história? E a petroquímica? O sr. também cita no livro que sua gestão tentou vender a Braskem mas não conseguiu. A Lyondell chegou a fazer uma proposta firme, e muito boa, por sinal. Mas os problemas com a Odebrecht acabaram inviabilizando o negócio. O problema é que o negócio da Petrobras é produzir petróleo. Ela é especialista em petróleo de águas profundas e ultraprofundas. A Petrobras tem alguns dos melhores geólogos engenheiros de petróleo do mundo, tem uma tecnologia sofisticada, ganha prêmios internacionais... Por que eu vou investir no negócio que eu não sei direito de fazer? O sr. cita no livro o início da reestruturação da Petrobras em 2015, com a eleição de um conselho independente, mas desde o fim do governo Bolsonaro, o acionista controlador voltou a indicar membros do governo para o colegiado. É um problema? É um retorno ao passado. É por isso que o último capítulo do livro é sobre privatização. A Petrobras é uma empresa de economia mista, tem o Estado representado pelo governo e tem a iniciativa privada. Isso não dá certo, é insustentável. Ou o governo decide estatizar, compra todas as ações e faz o que bem entender ou privatiza. Mas desse jeito não dá, está prejudicando alguém que investiu suas poupanças lá para obter retorno. Mas porque esse debate não foi instaurado no governo Bolsonaro? O sr. chega a dizer no livro que os militares e a esquerda têm visões parecidas sobre empresas estatais... Esse debate foi interditado, a instrução que eu recebi foi que existiam três empresas que não seriam privatizadas naquele governo: Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Eu acho que foi com medo de gerar um custo político alto. Depois, no fim do governo, houve declarações sobre privatizar a Petrobras, mas já era muito tarde. Não deve ter sido um fator determinante, mas os militares são um foco de oposição. Até pelo exercício da função deles de defender a pátria, eles tendem a ser, principalmente os do exército, contrários à privatização. Desde que o sr. saiu, a Petrobras já teve cinco presidentes. Uma empresa consegue sobreviver com essa rotatividade? Esse é um dos problemas da Petrobras. Se você pegar desde o início da existência da Petrobras, o mandato médio de cada presidente é um ano e meio. Eu fui até um presidente longevo, com dois anos e três meses. Mas, na iniciativa privada, a média é cinco a dez anos. Eu acho que isso é muito sério para a empresa, gera instabilidade, não só pela troca do presidente, mas também há troca de diretores, gerentes. A empresa fica muito instável, os projetos sofrem soluções de continuidade. Em meio à pressão por sua saída, Bolsonaro e seguidores passaram a questionar o home office na Petrobras, disseram que o sr. ganhava muito e não trabalhava. Eu achei engraçado isso. Eu não trabalho, mas a companhia está indo muito bem, então eu devo ser mágico. Eu tinha uma responsabilidade grande com dezenas de milhares de pessoas. Nós, inclusive, contratamos o Instituto Einstein para nos dar consultoria, o que fazer, dedicamos um volume de recursos grandes para proteger as pessoas, usamos todos os meios para proteger as pessoas, e infelizmente várias pessoas morreram. O sr. ainda acredita na possibilidade de privatização da Petrobras? Acho que o Brasil vai se convencer que é um tremendo desperdício ter bilhões investidos em uma empresa estatal, cujas atividades podem ser feitas de forma melhor por empresas privadas, em vez de usar aqueles recursos para pagar dívida, investir mais em saúde e educação, focar na pobreza. A sociedade brasileira vem se convencendo de muitas coisas que não acreditava no passado, muitas empresas estatais foram privatizadas, o combate à inflação se tornou uma prioridade. Eu acho que no futuro isso tende a acontecer. Quando, eu não sei.

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Acidente em terminal da Transpetro em Angra dos Reis deixa dois mortos e um ferido

Um acidente no terminal da Transpetro em Angra dos Reis (RJ) resultou na morte de dois trabalhadores da empresa Olicampo, que prestavam serviços de manutenção na estação de tratamento de efluentes do terminal nesta quarta (27/11). A Transpetro informou que, após o desmoronamento da plataforma de acesso, as vítimas receberam atendimento médico imediato, mas não resistiram. Outro trabalhador, que também estava no local do acidente, sofreu uma fratura na perna e luxação na clavícula. Ele foi encaminhado ao hospital e está com o quadro de saúde estável. Por nota, a Transpetro informou que, juntamente com a Olicampo, está prestando apoio aos familiares e que uma comissão será instaurada para apurar as causas do acidente. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também lamentou as mortes e cobrou efetividade do grupo de trabalho emergencial sobre segurança, meio ambiente e saúde, acordado em reunião com a diretora de assuntos corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti.

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Petróleo fecha em queda com adiamento de cortes pela Opep+

Nesta quinta-feira (5), o petróleo engatou a segunda queda consecutiva com o adiamento do corte na produção do óleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão com queda de 0,30%, a US$ 72,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caíram 0,35%, a US$ 68,30 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. O que mexeu com o petróleo hoje? O petróleo operou volátil durante toda a sessão com os investidores digerindo a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). A desaceleração da demanda global e o aumento da produção fora do grupo forçaram o grupo a adiar os planos de redução nos cortes da produção mais uma vez. Agora, a redução gradual dos cortes de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) começará em abril do ano que vem, com aumentos mensais de 138 mil bpd, segundo cálculos da Reuters, e durará 18 meses até setembro de 2026. A Opep+ produz cerca de metade do petróleo do mundo. Já os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 5,073 milhões de barris, a 423,375 milhões de barris na semana encerrada em 29 de novembro, segundo dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. A expectativa do mercado era de queda menor, de 1,2 milhão barris. O cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, acordado na terça-feira da semana passada (26), continuou sendo monitorado pelo mercado, em meio às notícias de violações do acordo. *Com informações de Reuters

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CNT apresenta a transportadores do Sul desafios do acerca de problemas relacionados ao biodiesel

A Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul) realizou, no último sábado (30/11), em Gramado (RS), sua reunião de diretoria para fazer um balanço das atividades realizadas em 2024 e debater o planejamento para 2025. Durante o encontro, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) apresentou os principais desafios relacionados ao uso de biodiesel pelo setor. A palestra foi conduzida pelo técnico da Gerência Ambiental da CNT Raflem Santos. No Brasil, o biodiesel de base éster é misturado ao diesel fóssil em teor de 14%, índice superior ao praticado internacionalmente, que gira em torno de 7%. Além da formação de borra no tanque e do entupimento de bicos injetores, os transportadores sofrem com o comprometimento da potência do veículo e a redução de vida útil das peças. Na Região Sul, esse problema pode ser agravado devido às suas baixas temperaturas, que solidifica o biocombustível em função das características físico-químicas do insumo. Francisco Cardoso, presidente da Fetransul, reforçou a necessidade de reduzir o teor de biodiesel na mistura para um limite de 10%. Além disso, defendeu que o Brasil precisa de um plano incentivado de renovação da frota para viabilizar a retirada do mercado de veículos mais antigos, maiores emissores de CO2, com mais rapidez. Para auxiliar o setor, a CNT lançou recentemente um guia de orientações aos transportadores rodoviários que demonstra os procedimentos necessários para o registro de reclamações, manifestações ou denúncias junto ao governo federal sobre problemas enfrentados em relação ao biodiesel. eldquo;O guia orienta como as empresas podem relatar ao governo problemas enfrentados durante a atividade, em especial, falhas mecânicas relacionadas ao uso do biodiesel. Os relatos podem ser feitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e à CGU (Controladoria-Geral da União)erdquo;, orientou Raflem Santos, que também apresentou as diversas alternativas energéticas disponíveis no Brasil. A reunião contou também com painéis do economista André Matcin, do Banco Itaú, que analisou o cenário da economia global e seus efeitos no setor de transporte do Brasil, além de trazer as projeções para o crescimento do país para 2025. Também fizeram parte da agenda do dia temas jurídicos. Raquel Caleffi, assessora jurídica da Federação, abordou questões trabalhistas e a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a jornada de trabalho de motoristas. Já o advogado Fernando Massignan, do escritório Zanella Advogados, tratou de assuntos tributários que impactam diretamente o setor. Com informações da Fetransul

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