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Arrecadação federal cai 1,5% em agosto e soma R$ 208,8 bilhões

A arrecadação do governo federal teve queda real de 1,5% em agosto sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 208,791 bilhões, na primeira retração registrada neste ano, informou a Receita Federal nesta terça-feira (23), apontando efeito negativo gerado pela desaceleração da economia e por uma mudança no calendário do fisco. O resfriamento da receita tributária diante de uma atividade menos dinâmica ocorre em meio ao aperto monetário implementado pelo Banco Central, que reforçou nesta terça que pretende manter por período bastante prolongado a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível em duas décadas. Os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, caíram 1,53% em agosto em termos reais frente a um ano antes, a R$201,997 bilhões. A receita administrada por outros órgãos, que tem peso grande de royalties de petróleo, caiu 0,61%, a R$6,794 bilhões. Segundo a Receita, o desempenho negativo de agosto foi influenciado pelo comportamento de indicadores macroeconômicos, com menor arrecadação de Imposto de Renda, CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), Pis/Cofins, Imposto de Importação e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Na segunda-feira (22), secretários do Ministério da Fazenda já haviam demonstrado preocupação com possíveis efeitos negativos da desaceleração da atividade econômica sobre a arrecadação tributária, em meio ao nível elevado dos juros no país. Uma frustração de receitas poderia obrigar o governo a ter que contingenciar recursos do Orçamento para assegurar o cumprimento da meta fiscal do ano. Dados coletados pela Receita apontam quedas em indicadores de produção industrial, vendas de bens e valor em dólar das importações no período mais recente, indicadores que influenciam a coleta de tributos. "O desempenho da arrecadação, como nós costumamos dizer, guarda bastante simetria com o desempenho desses indicadores macroeconômicos", disse o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, em entrevista à imprensa. De acordo com o fisco, a base de comparação do dado do mês passado também foi distorcida por um ganho extraordinário de R$ 3,6 bilhões em agosto de 2024 após adiamento de tributos no Rio Grande do Sul. Sem esse efeito, segundo a pasta, a arrecadação administrada pela Receita no mês teria registrado uma alta real de 0,23%. Ainda assim, o desempenho seria mais fraco do que nos outros meses do ano, que apresentaram altas mensais entre 2% e aproximadamente 7% acima da inflação. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação foi de R$ 1,889 trilhão, 3,73% acima do registrado nos primeiros oito meses de 2024, já descontada a correção pela inflação. O dado é recorde para períodos equivalentes. Nos primeiros oito meses do ano, houve ganho real de 4,36% na arrecadação administrada pela Receita, totalizando R$ 1,806 trilhão. No caso das receitas não administradas pelo fisco, houve perda real de 8,45%, totalizando R$ 82,762 bilhões. Segundo a Receita, o resultado acumulado foi influenciado por ganhos maiores com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), elevado neste ano pelo governo, com Pis/Cofins, Imposto de Importação e IPI vinculado e contribuições previdenciárias em razão da redução da desoneração da folha salarial de setores da economia. No caso do IOF, a arrecadação acumulada neste ano está rodando R$6 bilhões acima do registrado no mesmo período de 2024, movimento majoritariamente causado pelo ajuste nessa tributação pelo governo, segundo o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide.

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Petrobras tem estratégia de futuro descolada de metas climáticas, dizem estudos

Dois estudos divulgados na última semana afirmam que a Petrobras precisará adotar grandes mudanças em sua forma de operação nos próximos anos para que o Brasil possa alcançar as metas de redução de gases do efeito estufa. As análises se baseiam na projeção da Agência Internacional de Energia de que a demanda global por petróleo cairá a partir de 2030, em vista da implementação do Acordo de Paris. A queima de combustíveis fósseis é a maior causadora do aquecimento global e outra pesquisa recente associou a atividade de petroleiras, incluindo a brasileira, à ocorrência de ondas de calor. Os pesquisadores Carlos Eduardo Young e Helder Queiroz Pinto, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), avaliam que a Petrobras deve ser reformulada para desenvolver atividades neutras em carbono, como o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As organizações que fazem parte do Observatório do Clima vão além e afirmam que a estratégia de futuro da petroleira está descolada dos objetivos de descarbonizar a economia brasileira. Em nota, a empresa afirma que aumenta os investimentos na transição energética, com US$ 16,3 bilhões (R$ 86,4 bilhões) destinados a projetos de baixo carbono em seu plano 2025-2029, e que reduziu suas emissões em 40% de 2015 a 2024, de 78 milhões de toneladas de carbono equivalente para 47 milhões de toneladas. "A Petrobras, bem como todas as empresas de petróleo e gás natural, face aos imperativos advindos da crise climática, necessita adequar suas estratégias empresariais, especialmente no que concerne aos projetos e posicionamentos de longo prazo", dizem os especialistas da UFRJ. Eles reconhecem que as mudanças devem ser feita de modo gradual, sem prejudicar a sustentabilidade financeira da empresa, e afirmam ser necessário se afastar do petróleo e trabalhar com fontes limpas, como SAF, hidrogênio, biogás e biometano, além de investimentos em soluções ainda não maduras, como o sequestro e o armazenamento de carbono . Para tudo isso se concretizar, os pesquisadores argumentam que o Estado brasileiro precisa definir diretrizes claras para reduzir a demanda por combustíveis fósseis. "A Petrobras, e o setor de petróleo e gás natural como um todo, não podem ser considerados como meros instrumentos de elsquo;soluçãoersquo; para o problema macroeconômico que abarca a questão fiscal no país", afirmam. "Não obstante a importância dos recursos financeiros arrecadados com royalties, impostos e demais participações governamentais, é importante recordar o risco associado à dependência das administrações públicas (federal, estaduais e municipais), posto que a atividade petrolífera é caracterizada pela extração de recursos esgotáveis e cujos preços são extremamente voláteis." O perigo, segundo os especialistas, é a empresa ficar com ativos encalhados conforme o mundo fizer a transição para longe do petróleo. "A alocação crescente de recursos em investimentos para extração destinada ao mercado externo aumenta a exposição ao risco de elsquo;estouro da bolha de carbonoersquo;: caso ocorra a retração na demanda global de combustíveis fósseis, conforme os países reiteradamente repetem em cada COP da UNFCCC [as conferências de clima das Nações Unidas], a demanda global será declinante, e não crescente", afirmam. O Observatório do Clima diz que não faz sentido econômico a Petrobras continuar com os investimentos em novas refinarias ou planejar a exploração de novas fronteiras de exploração, como em três das bacias da margem equatorial, incluindo a da Foz do Amazonas, e em Pelotas (RS). As organizações afirmam que a empresa precisa rever suas prioridades de futuro e alinhar o modelo de negócio ao Acordo de Paris, à estratégia nacional de mitigação definida no Plano Clima e à meta de redução de emissões do Brasil, conhecida como NDC (contribuição nacionalmente determinada). "A companhia deve, para isso, expandir seu portfólio de investimentos para que o petróleo e gás sejam parte cada vez menor do negócio e não o único foco", dizem. A Petrobras afirma que tem uma carteira preparada para as rotas da transição energética e destina US$ 5,7 bilhões para fontes energéticas de baixo carbono, como eólica, solar e hidrogênio. Outro ponto abordado no estudo da UFRJ é a geração de empregos. Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as ocupações na extração de petróleo foram reduzidas em cerca de 10% entre 2010 e 2021, apesar do volume extraído ter quase dobrado no mesmo período, passando de 1,6 para 2,9 milhões de barris por dia. Os pesquisadores simularam o que aconteceria com os postos de trabalho a cada milhão de dólares acrescentado no valor da demanda em três setores: extração de petróleo e gás; refino e fabricação de biocombustíveis. Os cálculos mostram que a expansão na demanda por biocombustíveis gera 48,9 ocupações por milhão adicional, o triplo da expansão esperada de empregos no refino de petróleo (16). "Isso demonstra que a transição energética para combustíveis renováveis é também mais justa, tanto pela expansão do emprego quanto pela melhoria da distribuição funcional da renda", dizem.

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Petrobras pode escoar mais gás e seremos provocativos em MP, diz senador

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da MP (medida provisória) 1.304 endash;que trata, entre outros pontos, de regras sobre o escoamento do gás natural no paísendash; disse que pretende usar a iniciativa para provocar uma discussão ampla para intensificar o uso do insumo na indústria brasileira. Para ele, não faz sentido manter apenas benefícios fiscais ao setor petroquímico sem enfrentar o que vê como problema estrutural: a dependência da nafta, derivado do petróleo mais caro e poluente que outras opções. Braga defende atrelar os incentivos a um movimento de substituição pelo gás natural a ser encabeçado principalmente pela Petrobras, que hoje reinjeta o insumo em campos para extrair o petróleo. "Não é verdade que a Petrobras precisa reinjetar 50% do volume de gás para manter a pressão dentro do reservatório. Não é verdade e isso vai ficar comprovado já já na MP 1.304 porque nós seremos extremamente provocativos", afirmou nesta terça-feira (23) durante evento do grupo empresarial Esfera Brasil, com representantes da indústria química. A MP publicada pelo governo em 11 de julho, além de fixar um teto de subsídios para a conta de luz e alterar jabutis já aprovados pelo Congresso, tentar baratear o preço do gás por meio da revisão dos valores praticados na logística do insumo. A Abiquim, entidade que representa a indústria química, endossa o diagnóstico do senador. O presidente-executivo André Passos Cordeiro afirmou que o Brasil paga até quatro vezes mais pela matéria-prima em relação a concorrentes internacionais justamente pela falta de acesso ao gás natural barato. Ele defendeu que os incentivos tributários sejam mantidos no curto prazo, para compensar o uso da nafta (mais cara que o gás). Hoje, diz, metade do volume produzido nos campos de petróleo é reinjetado, sem chegar à indústria. Perguntado se a proposta não pode criar iniciativas contestáveis, como as que viabilizariam gasodutos no país com valores a partir da conta de luz, Cordeiro afirmou que a proposta da Abiquim é o melhor aproveitamento do gás. "O que a gente defende é uma alteração na regulação de forma a estimular a redução da reinjeção do gás natural. Não há justificativa para continuar rejetando 50% do gás natural nos nossos postos de petróleo", afirmou. (C-Level Plano Brasília)

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 17 unidades da Federação (8 a 19/9)

Entre os dias 8 e 19/9, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em 17 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. Destacaram-se as ações em 24 cidades do estado de São Paulo, parte delas realizada em parceria com órgãos públicos municipais e estaduais, resultando em 24 autos de infração, três interdições e na apreensão de óleos lubrificantes industriais acabados e graxas lubrificantes industriais. A ANP passou a divulgar, nas notícias sobre as ações de fiscalização, os dados dos agentes econômicos fiscalizados no período. Confira as tabelas completas: Semana de 8 a 12/9 Semana de 12 a 19/9 Agentes econômicos fiscalizados em operações que ainda estão em andamento não foram incluídos na planilha, de forma a preservar o sigilo das ações. Nesses casos, a planilha será atualizada com a inclusão dos dados após o término da respectiva operação. Veja mais informações sobre as principais ações realizadas nas unidades federativas do país: São Paulo As ações de fiscalização foram realizadas em 80 postos de combustíveis, três produtoras de graxa industrial, um ponto de abastecimento, uma distribuidora de combustíveis e duas distribuidoras de GLP. As ações ocorreram em Barão de Antonina, Barueri, Campinas, Cubatão, Diadema, Franca, Guarulhos, Hortolândia, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Nova Odessa, Praia Grande, Pitangueiras, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São Miguel Arcanjo, Santos, São Paulo, Sorocaba e Taquarivaí. Parte das ações ocorreu em forças-tarefa e ações conjuntas com órgãos como: Conselho de Segurança, Guarda Civil Municipal de Itapeva, Polícia Civil, com Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/SP) e Procon/SP. Foram emitidos 24 autos de infração e três autos de interdição. No total, foram apreendidos 475 litros de óleos lubrificantes industriais acabados e 872,6 quilos de graxas lubrificantes industriais, em um produtor; e 1.312,5 litros de graxas lubrificantes industriais, em outro. Trinta e três amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório. Amapá Foram fiscalizados sete postos de combustíveis, em parceria com o Procon Estadual, em Laranjal do Jari e Vitória do Jari. Foi lavrado auto de infração em um posto de Vitória do Jari. Amazonas Em Manaus, a ANP participou da operação Combustível Seguro, com o objetivo de combater as fraudes eletrônicas em bombas de abastecimento e adulteração de combustíveis. Não foram encontradas irregularidades. A ação contou com a participação integrada da ANP, Inmetro, Procon-AM e Ministério Público estadual (MP-AM). Bahia Foram fiscalizados 16 postos de combustíveis, duas distribuidoras de GLP e uma refinaria de petróleo no período. Os fiscais estiveram nos municípios de Camaçari, Candeias, Cansanção, Filadélfia, Inhambupe, Lamarão, Lauro de Freitas, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastiao do Passe, Senhor do Bomfim e Simoes Filho. Ocorreram ações conjuntas com a Secretaria de Fazenda do Estado, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e o Procon. Foram lavrados nove autos de infração e coletadas dez amostras de combustíveis para análise em laboratório. Distrito Federal Em Brasília, foram fiscalizados duas distribuidoras de GLP e um transportador (agente não regulado, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal). Houve a apreensão de 30 mil litros de óleo lubrificante usado ou contaminado-OLUC, transportado sem documento fiscal. Uma amostra de combustível foi coletada para análise em laboratório. Espírito Santo Em Vitória, Cariacica, Serra e Vila Velha, a ANP fiscalizou 22 postos de combustíveis e três revendas de GLP. Parte das ações ocorreu em força-tarefa com outros órgãos: Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon-ES), Procon-ES, Polícia Militar e Instituto de Pesos e Medidas endash; IPEM. Foram registrados um auto de infração e três interdições, além da coleta de 22 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Goiás Foram fiscalizados 19 postos de combustíveis, três revendas de GLP, três distribuidoras de GLP, um coletor de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) e uma revenda de lubrificantes, nos municípios de Aparecida de Goiânia, Catalão (com o Procon Municipal), Itumbiara (por meio de acordo de cooperação com o Procon Municipal), Rio Verde (com o Procon Municipal) e Senador Canedo. No total, foram aplicados oito autos de infração e duas interdições. Foram ainda apreendidos 19 litros de óleo lubrificante. Ao todo, foram coletadas 25 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Maranhão Nove postos de combustíveis foram fiscalizados nas cidades de Centro Novo do Maranhão, Nova Olinda do Maranhão, Santa Inês, Arari, Alto Alegre do Maranhão, Peritoro e São Luís. Foram aplicados quatro autos de infração e duas interdições. No estado, foram coletadas seis amostras de combustíveis para análise em laboratório. Mato Grosso A ANP fiscalizou dez postos de combustíveis e cinco distribuidoras de combustíveis nas cidades de Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Nova Esperança e Rondonópolis. Foi lavrado um auto de infração. Seis amostras de combustíveis foram encaminhadas para análise em laboratório. Por meio de acordo de cooperação com o Procon Municipal, foram ainda fiscalizados dois postos de combustíveis em Várzea Grande, sem registro de irregularidades. Minas Gerais Foram fiscalizados 45 postos de combustíveis, cinco revendas de GLP, duas distribuidores de combustíveis, quatro distribuidoras de GLP, dois pontos de abastecimento e um transportador-revendedor-retalhista (TRR). As ações ocorreram nas cidades de Alvinópolis, Bela Vista de Minas, Belo Horizonte, Betim, Cambuquira, Careaçu, Carmo de Minas, Catas Altas, Contagem, Cruzília, Formiga, Ibirité, Ipatinga, João Monlevade, Madre de Deus de Minas, Marliéria, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Periquito, Sabará, Santa Bárbara, São Gonçalo do Sapucaí, São Lourenço, Timóteo, Três Pontas, Uberlândia e Varginha. Foram lavrados 13 autos de infração e uma interdição, bem como apreendidos nove litros de óleo lubrificante acabado. Os fiscais coletaram 17 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Pará Foi realizada operação em bases de envasamento de GLP em Belém, visando observar a requalificação dos botijões, tara e peso antes e depois do envasamento. Não foram encontradas irregularidades. Pernambuco Em Ipojuca e Cabo Santo Agostinho, foram fiscalizados um terminal de combustíveis, uma distribuidora de combustíveis e quatro distribuidoras de GLP, resultando em dois autos de infração. Rio de Janeiro No período, foram fiscalizados 51 postos de combustíveis, um coletor de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC), duas distribuidoras de combustíveis, uma distribuidora de GLP e uma revenda de GLP. Os fiscais estiveram nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo e São João de Meriti. Parte das ações ocorreu em forças-tarefa, com órgãos como Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-RJ), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), Secretaria de Fazenda (Sefaz), Força Especial de Controle de Divisas - Operação Foco, Doze autos de infração foram lavrados e foram realizadas três interdições. Nove amostras de combustíveis foram coletadas para análises em laboratório. Rio Grande do Sul Foram fiscalizados 17 postos de combustíveis, nove revendas de GLP e uma distribuidora de GLP, nas cidades de Alvorada, Campo Bom, Cachoeirinha, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha (em parceria com a Polícia Civil), Gravataí, Guaíba, Ivoti (nessas quatro, em ação conjunta com o Inmetro), Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Porto Alegre e Viamão. Foram lavrados 21 autos de infração e oito autos de interdição, totalizando a apreensão de 3715 litros de gasolina C aditivada, 1.211 litros de óleo diesel B S10 comum, 3.475 litros de óleo diesel BS500 comum, 503 botijões de GLP e 28 litros de óleo lubrificante sem registro na ANP. Duas amostras de combustíveis foram coletadas para análises em laboratório. Roraima Como parte das ações coordenadas pela Casa de Governo em Boa Vista, as equipes da ANP atuaram em força-tarefa com a Força Nacional de Segurança Pública, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na Desintrusão Terra Indígena Yanomami. Nessa ação, foram fiscalizados três postos revendedores de combustíveis de aviação, dois postos de combustíveis, um aeródromo e um consumidor de combustível de aviação. Foi aplicado um auto de infração. Ocorreu ainda ação da ANP, com o apoio da Força Nacional, em Boa Vista, Alto Alegre, Caracaraí, Iracema e Mucajaí. Foram fiscalizados cinco postos de combustíveis, três distribuidoras de combustíveis e um ponto de abastecimento. Cinco agentes receberam autos de infração, sendo que um deles sofreu interdição total. Santa Catarina Quatro postos de combustíveis, uma revenda de GLP e três distribuidoras de GLP foram fiscalizados em Florianópolis (em ação conjunta com a Polícia Civil), Brusque, Itajaí, Imbituba, Criciúma e Tubarão. Foram lavrados dois autos de infração e uma interdição no estado. Duas amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório. Sergipe Nove postos de combustíveis foram fiscalizados em Aracaju, Estância, São Domingos, Lagarto, Riachão do Dantas e São Cristóvão. Foram lavrados dois autos de infração e três interdições no estado. Uma amostra de combustível foi coletada para análise em laboratório. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita) ou do FalaBR, plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da Controladoria Geral da União (CGU).

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Vallourec aposta em projeto da Petrobras para ampliar parceria com a estatal

A licitação da Petrobras para o primeiro projeto-piloto de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que pretende captar até 100 mil toneladas de CO2 por ano em Macaé (RJ), será a próxima oportunidade explorada pela multinacional de tubos de aço de origem francesa Vallourec para ampliar a parceria com a estatal. O recebimento de propostas começou em 10 de setembro e vai até 8 de dezembro. eldquo;Vamos participar dessa primeira licitação histórica, oferecendo as nossas soluções tecnológicas e tentando ser o mais competitivos possível para que, nesse momento que a Petrobras vai injetar CO2 de CCS no reservatório salino, utilize as soluções tubulares sem costura produzidas aqui em Belo Horizonteerdquo;, disse à Coluna o diretor-presidente da Vallourec South America, André Lacerda, referindo-se a uma das fábricas da empresa no Brasil. Lacerda explica que assumir o risco do projeto - cuja contratação contempla, entre outras etapas, a interligação e o comissionamento (condicionamento, testes funcionais, pré-operação e operação assistida) das instalações - é justificável mesmo sem um ambiente regulatório claro para CCS no Brasil. eldquo;Mesmo sem toda a parte de legislação, isso tem que começar de alguma forma. E ninguém melhor do que por um gigante, como a Petrobras.erdquo; Importação de tecnologia Após assegurar em setembro seu maior contrato de fornecimento de produtos e serviços para as operações offshore da Petrobras, de até US$ 1 bilhão, a Vallourec vê espaço para iniciar a produção local do Cleanwell, tecnologia de aperto mecânico de tubos que dispensa lubrificantes. eldquo;Esse contrato vai possibilitar validar uma tecnologia nova. A Petrobras dando sinal verde de que é essa a tecnologia que quer, esse será o nosso próximo investimento no Brasilerdquo;, declarou Lacerda. Entre as vantagens da tecnologia patenteada pela empresa, presente em 20 países, estão a redução do risco de contaminação do poço por excesso de lubrificante e a diminuição de acidentes na estação de trabalho. O contrato com a Petrobras prevê o uso do Cleanwell, mas com parte do serviço executado na França. eldquo;O nosso objetivo é desenvolver o Brasil para o mercado doméstico e para o da América do Sul e, assim, fortalecer a empresa também para exportação.erdquo;

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Petroleiras devem investir R$ 17 bi em campos terrestres, diz ANP

Petroleiras com atuação no Brasil devem investir cerca de R$17 bilhões em campos terrestres de óleo e gás cujos contratos originados na Rodada Zero foram prorrogados, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em comunicado nesta terça-feira. Ao todo, 139 contratos foram prorrogados e seus novos planos de desenvolvimento foram aprovados pela autarquia em agosto. Os novos investimentos têm como objetivo elevar os fatores de recuperação dos campos e assegurar a continuidade sustentável da produção, disse a autarquia. eldquo;Tratam-se de contratos que se encerrariam em 2025 e cujas prorrogações foram solicitadas pelas operadoras dos camposerdquo;, disse a agência. Apesar dos investimentos projetados, a produção de petróleo no mar é mais volumosa no país, concentrando a maior parte dos aportes no setor. eldquo;Com a medida, estão previstos investimentos recordes no setor, bem como aumento na produção desses campos, trazendo segurança energética, empregos e arrecadação para o país.erdquo; Com as prorrogações, a ANP prevê cerca de 600 milhões de barris de petróleo adicionais e de aproximadamente 72 bilhões de metros cúbicos de gás. A Rodada Zero ocorreu em 1998 como resultado da quebra do monopólio da Petrobras no setor de petróleo e gás natural, a partir da Lei do Petróleo. Com ela, houve a ratificação dos direitos da Petrobras sobre os campos em que já produzia e, desde então, outras petroleiras passaram a poder deter contratos para explorar campos no país. A partir da prorrogação, estão previstas a perfuração e completação de 2.115 novos poços, além do recondicionamento de 5.546 poços já existentes e a intervenção em outros 1.039 poços já perfurados. A ANP destacou ainda que os novos planos de desenvolvimento preveem um aumento dos fatores de recuperação de 22,56% para 26,34%, para o petróleo, e de 40,06% para 65,33% para o gás natural.

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