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Governo planeja admitir concessões em etanol e minerais críticos em negociação com os EUA

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou um mapa do que é possível sinalizar aos americanos na mesa de negociação sobre o tarifaço aplicado contra o Brasil. A primeira reunião presencial entre o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, desde a conversa entre o petista e Donald Trump ocorre nesta quinta-feira (16). Integrantes do governo Lula adotam cautela, ponderam que o encontro não deve ser definitivo e que, primeiro, vão ouvir as demandas dos EUA. Mas o time brasileiro tem sugestões em três frentes caras aos americanos para sinalizar como oferta e tentar azeitar o clima: discussões sobre etanol, minerais críticos e big techs. Clique aqui para continuar a leitura.

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Parecer da Refit diz que produtos apreendidos na operação Cadeia de Carbono eram óleo bruto

Um parecer técnico elaborado a pedido da Refit (Refinaria de Manguinhos) concluiu que o produto transportado em dois navios que tiveram cargas apreendidas nas duas operações realizadas em setembro era óleo bruto de petróleo, também conhecido como condensado de petróleo. Segundo o parecer, elaborado pelo químico Ilidio Lazarieviez Antônio, as análises de laboratório tiveram como base parâmetros de resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O parecer tem base em eldquo;estudo realizado exclusivamente na documentação técnica fornecida pelo próprio interessado [a Refit]erdquo;. Os insumos estavam em tanques dos navios Oinoussian Star e Madeleine Grace e foram apreendidos no mês passado. Clique aqui para continuar a leitura.

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Vendas no varejo do Brasil sobem em agosto e interrompem série de 4 meses de perdas

As vendas varejistas no Brasil avançaram em agosto e interromperam a série de quatro resultados negativos, embora o setor permaneça apresentando variações mensais modestas em um cenário marcado por política monetária restritiva e arrefecimento da atividade. Em agosto, houve aumento de 0,2% nas vendas no varejo em relação a julho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (15), com alta de 0,4% ante o mesmo mês do ano anterior. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, cinco tiveram resultados positivos em agosto: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%); Tecidos, vestuário e calçados (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). Já as taxas negativas foram registradas por Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%). No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho, mas caiu 2,1% na base anual. (Reuters)

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Refit vai renegociar dívida de R$ 13 bilhões no Rio de Janeiro

A Refit, dona da refinaria de Manguinhos, conseguiu ser beneficiada novamente pela renegociação de sua dívida no Rio de Janeiro. A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do RJ) aprovou nesta quarta-feira (15) o Refis 2025, novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias do governo fluminense, e a companhia foi contemplada. O texto aprovado autoriza descontos de até 95% em juros e multas e o parcelamento de débitos em até 180 meses. Segundo dados de setembro da PGE-RJ (Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro), a Refit ocupa a segunda posição entre os maiores devedores do estado, com dívida de R$ 13,08 bilhões, atrás apenas da Petrobras. Empresas do setor criticaram nos bastidores a inclusão da companhia no novo Refis do Rio, dizendo que a medida deu tratamento privilegiado a uma devedora contumaz, que reiteradamente figura nos cadastros de devedores da PGE-RJ. Consultada, a Refit não comentou até a publicação da reportagem. Em entrevista à Folha, o dono da companhia, Ricardo Magro, disse que, se a empresa fosse sonegadora, ela fraudaria, não emitiria nota. O empresário afirmou que sua dívida se dá por uma discussão tributária que envolve subsídios à Petrobras. "Minha discussão é jurídica, técnica e transparente. Eu tenho um processo contra a Petrobras", disse. Interdição A refinaria de Manguinhos está interditada desde o dia 26 de setembro após uma operação de fiscalização nas instalações da empresa realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A fiscalização encontrou indícios de fraude no processo de importação de matéria-prima para produção de combustível na refinaria. Segundo a ANP, há indicativos de que a empresa importava a gasolina praticamente acabada, classificada erroneamente como condensado ou nafta, obtendo, assim, vantagem tributária. A Refit contesta o documento, dizendo que a ANP se contradisse ao afirmar que encontrou gasolina quase acabada nas instalações da empresa, sob regime tributário irregular, "uma vez que, na operação realizada no dia 19 setembro, a própria autarquia relatou ter encontrado 62 milhões de litros de nafta na empresa."

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Qual será o combustível nas vitrines da COP?

O duelo biodiesel versus coprocessado está de volta. Agora o ringue é a cúpula das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém (PA). Nos bastidores, há uma disputa sobre qual será o combustível dos ônibus que transportarão os milhares de delegados e observadores a circular pela capital paraense durante a cúpula. Nesta quarta (15), a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, disse que a estatal está fechando um acordo para fornecer combustível renovável para a cúpula, mas sem entrar em detalhes. eldquo;Estamos fechando um acordo para fornecer combustíveis renováveis para a COP30erdquo;, afirmou durante a abertura do Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática. (Estadão) A estatal produz diesel a partir do coprocessamento de petróleo com óleos vegetais na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, em teores de 5% a 10% de conteúdo renovável. O produto é comercializado com empresas que possuem frota própria, como a Vale. De outro lado estão os produtores de biodiesel, que em agosto entregaram ao Enviado Especial para a Agricultura, Roberto Rodrigues, uma proposta para viabilizar o uso de 100% do combustível renovável (B100) em geradores estacionários e B25 (25% de biodiesel) na frota de transporte coletivo durante a organização, realização e desmonte da conferência. A Casa Civil afirma que eldquo;o combustível que será usado está em análise técnicaerdquo;. Fontes envolvidas com o assunto, porém, disseram à agência eixos que o governo já sinalizou preferência pelo coprocessado, que tem maior participação fóssil em sua composição. A assessoria de imprensa da Petrobras não respondeu aos questionamentos enviados por e-mail até o fechamento desta edição. O espaço segue aberto. Biocombustíveis na vitrine De ônibus elétricos a barco a hidrogênio, a COP30 é uma disputada vitrine para a indústria brasileira vender suas soluções para o clima e a transição energética. No setor de transportes, são muitas as alternativas e a indústria de biocombustíveis quer garantir que o evento internacional signifique um novo momento para a energia que vem do campo. Exemplo disso é a articulação que resultou em um compromisso, formalizado na terça (14/10) pelo Brasil, para quadruplicar a produção e uso de combustíveis sustentáveis até 2035. A intenção é angariar adesões daqui até Belém. Associações de biocombustíveis como Unica (etanol) e Abiogás (biometano), além de montadoras, também estão organizando um espaço na Blue Zone emdash; onde ocorrem as negociações emdash; chamado Brazilian Sustainable Transportation, para disseminar informações sobre o setor. Ao mesmo tempo, montadoras preparam ações para divulgar veículos pesados a biometano e carros híbridos a etanol, seguindo uma fórmula aplicada em 2024, quando o Brasil presidiu o G20.

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Petrobras tem 1ª refinaria do País certificada para produção de combustível sustentável de aviação

A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, no Rio de Janeiro, é a primeira no Brasil certificada para produzir e comercializar combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) pela rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids) de coprocessamento, uma das rotas reconhecidas internacionalmente como uma solução estratégica para a descarbonização do setor aéreo. A informação foi divulgada pela estatal nesta quarta-feira, 15. A partir de 2027, as companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar, obrigatoriamente, esse tipo de combustível em voos internacionais, com base na Lei do Combustível do Futuro e na fase obrigatória do Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation (Corsia). Segundo a Petrobras, a certificação ISCC Corsia assegura padrões rigorosos de sustentabilidade e rastreabilidade para a redução de emissões de gases de efeito estufa nos mercados internacionais do setor de aviação. eldquo;O processo de certificação foi iniciado após a obtenção da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a produção de SAF, em maio deste ano, culminando na emissão do certificado pela ISCC em outubroerdquo;, explicou a empresa em nota. O SAF pode substituir diretamente o querosene de aviação convencional sem necessidade de modificações nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento. eldquo;Isso torna o combustível uma solução prática e rápida para reduzir as emissões do setor aéreoerdquo;, observou. A Reduc possui autorização da ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por esta rota. A previsão é que, a partir dos próximos meses, a refinaria inicie a produção para comercializar até 50 mil m³/mês (10 mil bpd) do combustível. A utilização de matéria-prima de baixa intensidade de carbono e o teor de compostos renováveis obtido no combustível são compatíveis com a exigência de redução de 1% das emissões de gases de efeito estufa para a aviação doméstica em 2027. eldquo;A Petrobras dá mais um passo no caminho da transição energética justa ao oferecer ao mercado uma solução estratégica de baixo investimento e rápida implementação, contribuindo de forma efetiva para a descarbonização do setor aéreo. Concomitante a isso, estamos provando a importância dos investimentos em inovação e sustentabilidade no refino brasileiroerdquo;, disse na nota o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.

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