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Deputados resistem a mexer no BPC e pacote corre risco de ser esvaziado

Em meio a cobranças no mercado financeiro por um corte de gastos mais efetivo, deputados dizem que um eventual endurecimento das propostas apresentadas pelo governo não virá do Congresso sem que o Executivo proponha ajuste maior. Em outro movimento, parlamentares resistem a mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e já há quem veja risco de desidratação do pacote. Na quarta-feira à noite, os deputados aprovaram pedido de urgência para dois projetos incluídos no pacote, relacionados a temas como novos gatilhos do arcabouço, correção do salário mínimo e revisão de programas sociais, caso do BPC. Um deles foi aprovado com apenas três votos além do necessário. Há ainda uma Proposta de Emenda à Constituição, que também mexe no BPC, nos supersalários do funcionalismo e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os parlamentares, contudo, ainda não se comprometeram a aprovar o conteúdo dos projetos. Líderes da Câmara e articuladores do Palácio do Planalto afirmam que o pacote será aprovado ainda neste ano; a dúvida, no entanto, é sobre o tamanho do ajuste. Além disso, há ainda alguns obstáculos, como o impasse envolvendo o pagamento de emendas parlamentares após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o que tem travado novas votações. Economistas avaliam que o pacote é insuficiente para garantir o equilíbrio das contas públicas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou confiança nas propostas, mas admitiu a necessidade de novas medidas no futuro, e não descartou eldquo;voltarerdquo; ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Congresso, integrantes da esquerda e da direita concordam com o diagnóstico de que é impossível manter o arcabouço intacto e as regras atuais dos eldquo;A esquerda não topa mexer no BPC. É um contrassenso mexer com os mais carentes e isso está dando, inclusive, munição para a direita nos criticar e criticar o governoerdquo; Zé Neto (PT-BA) Deputado federal benefícios da Previdência, vinculados ao salário mínimo, e dos pisos de Saúde e Educação, que crescem conforme a arrecadação do governo. O remédio proposto é que é diferente. Uma ala pressiona por cortes mais duros e outra, por mudanças no arcabouço. Uma das principais resistências na Câmara é em relação às mudanças no BPC. O benefício é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, no valor de um salário mínimo. O pacote aperta os critérios para calcular a renda das famílias e proíbe a retirada de rendas não previstas em lei. Na prática, isso pode fazer com que pessoas não tenham mais direito ao benefício por ultrapassar a renda de um quarto do salário mínimo. elsquo;CONTRASSENSOersquo;. A resistência começa pelo partido de Lula. eldquo;Tem coisa para ser modificada. A esquerda não topa mexer no BPC. É um contrassenso mexer com os mais carentes e isso está dando, inclusive, munição para a direita nos criticar e criticar o governoerdquo;, disse o deputado Zé Neto (PT-BA). eldquo;Eu espero que a equipe econômica possa rever essa posição, porque nós não podemos cortar ou dificultar o acesso das pessoas com deficiência e dos idosos ao Benefício de Prestação Continuadaerdquo;, afirmou Valmir Assunção (PT-BA). Já o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), autor de uma PEC que propõe medidas mais drásticas para controlar as contas, afirmou que não há disposição atualmente no governo e no Congresso para endurecer o pacote. eldquo;(A proposta do) BPC, do jeito que está, não está gerando muita economia e está gerando muita resistênciaerdquo;, afirmou ele, para quem as propostas são tímidas diante do desajuste nas contas do governo. A crítica também vem de políticos de centro e da direita, principalmente do Nordeste, que querem distância do projeto que altera as regras do BPC, e de parlamentares ligados à Saúde e aos direitos da pessoa com deficiência. eldquo;Essa proposta não é apenas desumana, é também um retrato da completa insensibilidade e incompetência com que a saúde pública está sendo tratadaerdquo;, disse o deputado Zacharias Calil (União-GO). Na quarta-feira, ao orientar a favor da urgência dos projetos, o líder do bloco da Maioria na Câmara, que reúne a base do governo e o Centrão, André Figueiredo (PDT-CE), deixou clara a insatisfação. eldquo;É evidente que nós queremos rediscutir o posicionamento relativo ao BPC e tantos outros pontos que precisam ser discutidos.erdquo; ebull;

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Petrobras confirma descoberta de gás na Colômbia e diz que ela pode triplicar as reservas do país

A Petrobras e a colombiana Ecopetrol confirmaram na manhã desta quinta-feira a maior descoberta de gás da história da Colômbia, que poderá triplicar as reservas do país. O consórcio estima investir US$ 1,2 bilhão para a fase exploratória e US$ 2,9 bilhões já na fase de desenvolvimento da produção. A empresa começou a perfurar um poço, o Sirius-2, em 19 de junho de 2024. Com a avaliação dos resultados, foram confirmados volumes de gás no local superiores a 6 trilhões de pés cúbicos (Tcf). "Essa constatação pode aumentar em 200% as reservas atuais da Colômbia", diz a Petrobras em nota à imprensa. O poço está localizado a 77 quilômetros de Santa Marta, capital do departamento de Magdalena, no norte do país, em lâmina de#39;água de 803 metros. A expectativa é começar a produção de gás natural em três anos após recebimento de todas as licenças ambientais e em caso de confirmação da viabilidade comercial da descoberta, prevista até 2027, dia a Petrobras. A produção esperada é de cerca de 13 milhões de m³/dia durante dez anos. O consórcio é formado pelo braço da Petrobras na Colômbia (44,44% de participação) e Ecopetrol (55,56%). A Petrobras é operadora, mesmo sendo minoritária. Os investimentos referentes à parcela da Petrobras estão contemplados no Plano de Negócios 2025-2029 da empresa. O consórcio iniciará as atividades de aquisição de dados metaoceânicos e informações ambientais sobre o fundo do mar, entre outras para a instalação de um gasoduto para o transporte de gás natural do campo para a unidade de tratamento de gás em terra, bem como para a instalação de sistemas de produção no fundo do mar. De acordo com Sylvia Anjos, diretora de projetos de exploração da Petrobras, a Colômbia não pretende exportar gás proveniente do Sirius, uma vez que o poço está sendo pensado para suprir o déficit do combustível enfrentado pelo país. Porém, o projeto prevê a perfuração de outros três poços produtores, e a partir deles pode haver exportação futuramente. emdash; Não podemos falar em exportação se as necessidades da Colômbia não estão supridas. Então o Sirius está todo projetado para o mercado nacional deles. Mas as outras oportunidades exploratórias podem abrir justamente esse potencial não só do país ter sua segurança energética, como também abrir para a exportação para outros mercados, como o do Brasil emdash; explicou, em coletiva. Atualmente, a Bolívia é a principal fonte de importação de gás natural para o mercado brasileiro. No final de novembro deste ano, o país assinou acordo com a Argentina com o objetivo de abrir rotas alternativas para trazer também o gás de Vaca Muerta, megacampo argentino. Caso a exportação da Colômbia seja viabilizada, seria mais uma fonte de gás natural, que viria para o Brasil via gás natural liquefeito (GNL).

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Governo pode arrecadar mais de R$ 1 trilhão em dez anos com petróleo do pré-sal, diz PPSA

O governo federal pode receber mais de R$ 1 trilhão entre 2025 e 2034 com a venda da parte da União na produção de petróleo em campos do pré-sal e a geração de royalties e impostos. A estimativa é da PPSA, estatal responsável pela comercialização da parcela que cabe ao governo federal nos contratos de partilha dos campos de alta produtividade em alto-mar nas bacias de Campos e Santos. Os números constam do estudo eldquo;Estimativa de produção dos contratos de partilha e de arrecadação para os cofres públicos no período 2025-2034", elaborado pela PPSA e apresentado nesta quinta-feira no fórum técnico anual da empresa pela presidente interina, Tabita Loureiro. O trabalho aponta que a comercialização da parcela do petróleo e gás da União relativa a 19 contratos de partilha poderá arrecadar mais de R$ 500 bilhões nos próximo dez anos, confirmadas as premissas dos autores, que traçaram três cenários. Entram na conta também os acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi no período analisado, informou a PPSA em comunicado. Ainda de acordo com a PPSA, Tabita Loureiro acrescentou na apresentação que, considerando ainda os valores a serem pagos com royalties e tributos, a arrecadação total para os cofres públicos federais pode superar R$ 1 trilhão. Os três cenários desenhados pelo estudo para o período até 2034 foram chamados de Pessimista, Mais Provável e Otimista, A diferença entre eles está principalmente na variação do preço do petróleo e do gás (uma commodity de cotação internacional), na taxa de câmbio e na entrada em produção de plataformas, entre outras variáveis. Segundo a PPSA, a estimativa de R$ 500 bilhões com a venda da parcela do petróleo da União é baseada no cenário Mais Provável, de barril cotado em US$ 70 (atualmente está em R$ 72,20) e taxa de câmbio de R$ 5,43 (hoje o dólar é cotado a R$ 6,01), considerado um cenário conservador. A presidente da PPSA afirmou que, independentemente do cenário escolhido, todos apontam aumento da produção brasileira no chamado polígono do pré-sal, no qual os contratos de concessão são substituídos pelos de partilha, e, consequentemente, no país. Em vez de pagar pelo direito de explorar uma área, as petroleiras dividem com o governo parte do petróleo extraído, que é negociada pela PPSA. Os contratos de partilha têm uma projeção mais provável de 6,6 bilhões de barris extraídos entre 2025 e 2034, diz o estudo. Desse total, 1,4 bilhão de barris ficarão para a União. eldquo;A produção de óleo da União acaba de alcançar a marca de 100 mil barris por dia (bpd) em outubro, o que nos coloca, pela primeira vez, como quinto maior produtor nacional. Neste estudo, se considerarmos o cenário Mais Provável, a produção da União alcança o pico em 2030, com 543 mil bpd. No cenário Otimista, chega a 583 mil bpd. Isso mudará totalmente os volumes de comercialização do petróleo da União erdquo;, declarou Tabita. A executiva explicou que, o mesmo estudo feito no ano passado apontava 2029 como o ano em que a produção da União alcançaria o seu pico, mas a postergação por um ano e o volume menor se devem ao atraso no início da produção de plataformas de alguns campos, bem como pelo adiamento de perfuração de poços programados e pelo aumento de custos nas operações de alguns projetos. "O mercado tem sofrido com reajustes contratuais na construção e montagem dos FPSOs, elevação das taxas diárias das sondas e aumento geral de custos de investimento nos contratos de subsea (equipamentos para operação submarina) erdquo;, afirmou a líder da PPSA.

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Diesel comum e S-10 aumentam em novembro e atingem preços recordes

Os preços do diesel comum e do tipo S-10 atingiram novos recordes em novembro de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O diesel comum foi comercializado a uma média de R$ 6,15, registrando alta de 0,65% em relação a outubro, enquanto o tipo S-10 teve preço médio de R$ 6,21, com aumento de 0,49%. Ambos os combustíveis alcançaram os maiores valores do ano. No Tocantins, o aumento no valor é impulsionado pela alta do dólar, que encarece os custos do combustível. Segundo o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), Wilber Silvano de Sousa Filho, o preço do diesel pode variar em até R$ 0,60 por litro em alguns casos. eldquo;Esse cenário não é positivo nem para os consumidores nem para os postos. Quando o valor está mais acessível, o consumo aumenta e o mercado se movimenta melhorerdquo;, ressaltou. Preços regionais: aumentos e variações O IPTL apontou que todas as regiões do país registraram aumento no preço médio do diesel em novembro, com exceção da região Norte, onde o diesel comum teve uma leve queda de 0,30%, sendo vendido a R$ 6,73. No Sul, foram registradas as maiores altas: 0,68% para o diesel comum, comercializado a R$ 5,95, e 0,84% para o S-10, vendido a R$ 6,03. Apesar disso, o Sul manteve os preços médios mais baixos do país. Nos estados, o Acre registrou os valores mais altos para ambos os combustíveis: R$ 7,60 para o diesel comum (alta de 2,56%) e R$ 7,57 para o S-10 (aumento de 1,61%). Já o Paraná apresentou os menores preços médios: R$ 5,94 para o diesel comum e R$ 6,00 para o S-10, apesar de altas de 0,68% e 0,67%, respectivamente. O impacto no Tocantins No Tocantins, a relação do preço do diesel com a alta do dólar é evidente. Segundo Wilber Silvano de Sousa Filho, o custo elevado prejudica tanto consumidores quanto empresários. eldquo;Quando o preço está mais acessível, o consumidor utiliza mais o produto, seja no transporte ou em atividades comerciais, o que beneficia toda a cadeia econômica,erdquo; afirmou. Ainda assim, o estado apresenta certa estabilidade em relação a outras regiões, com o diesel S-10 comercializado a uma média de R$ 6,40, de acordo com análises locais. Contudo, o impacto no bolso do consumidor e na economia local é perceptível. Transparência nos dados do IPTL Os dados apresentados pelo IPTL são extraídos de mais de 21 mil postos credenciados pela Edenred Ticket Log, que registra uma média de oito transações por segundo. Essa robusta base de informações reflete a variação real dos preços e oferece uma visão confiável do mercado de combustíveis no Brasil. Consumidores e mercado enfrentam desafios O aumento nos preços do diesel, fortemente influenciado pela valorização do dólar, apresenta desafios para consumidores e empresários. Enquanto o transporte e a logística são diretamente impactados, o mercado de combustíveis busca equilíbrio em um cenário econômico global instável. O presidente do Sindiposto do Tocantins reforça a importância de acompanhar os valores e otimizar o consumo: eldquo;Apesar do momento desafiador, esperamos que a economia traga estabilidade e, com isso, preços mais competitivos, beneficiando consumidores e o mercado como um todo.erdquo;

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Terminal de tancagem do Porto do Pecém deve ampliar logística de distribuição de combustíveis

O Governo do Ceará e o Grupo Dislub Equador detalharam, nesta quinta-feira (5), no Palácio da Abolição, o projeto do Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis (tancagem) do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza. O anúncio contou com as presenças do governador Elmano de Freitas; do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; do secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; do presidente do CIPP, Hugo Figueirêdo; do presidente da Dislub, Sérgio Lins; entre outras autoridades e executivos. De acordo com o governador Elmano de Freitas, o Terminal de Armazenamento e Distribuição do Porto do Pecém é estratégico diante da necessidade de mudança da tancagem do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, para outro local que permita segurança operacional e expansão. eldquo;Nós vamos iniciar a solução de um sonho do povo de Fortaleza, que é o deslocamento da tancagem do Mucuripe para o Porto do Pecém. Tenho certeza que garantirá uma maior competitividade na distribuição de combustíveis do estado do Cearáerdquo;, afirmou Elmano. O projeto, reforça o governador, se soma a outros empreendimentos interligados ao Complexo do Pecém, como a ferrovia Transnordestina, que deve dobrar a movimentação de cargas no Porto do Pecém, e o Hub de Hidrogênio Verde, com previsão de investimento de US$ 24 bilhões. eldquo;Nós vamos, também no início do ano, iniciar as obras de modernização e ampliação do Porto do Pecém. Teremos também a conclusão da Transnordestina, o que favorece uma logística melhor desse empreendimento da Dislub para o Ceará e os estados vizinhos. Maior capacidade e eficiência de logística para a nossa economiaerdquo;, complementou. O investimento no Terminal será de R$ 430 milhões na primeira fase, sendo R$ 343 milhões financiados pelo Banco do Nordeste. A expectativa é que sejam gerados 500 empregos durante a obra e 100 durante a operação. A obra terá início em janeiro de 2025, com previsão de entrada em operação para agosto de 2027. eldquo;Semana passada estávamos assinando o aditivo da Transnordestina, e nesta semana estamos anunciando com a Dislub esse investimento de R$ 430 milhões. Já foram contratados pelo Banco do Nordeste 80% de todo o valor. Em dezembro vamos ter condições de desembolsar cerca de R$ 240 milhões. Isso vai dar possibilidade para empresa se planejar da forma adequada para poder executar a obra no prazo certo, e, se possível, até antecipar a data final de entregaerdquo;, afirmou Paulo Câmara, presidente do BNB. O projeto será executado pela Terminais Marítimos do Brasil S.A. (TMB), empresa do grupo pernambucano Dislub Equador, que tem mais de duas décadas de atuação no Norte e Nordeste do País. Sérgio Lins, presidente da Dislub, destacou o diferencial do novo terminal. eldquo;Atualmente, no Mucuripe, as empresas operam com bases de combustíveis que são da própria distribuidora, o que impossibilita contratos com outras distribuidoras. O nosso vai ser um terminal que é aberto para qualquer distribuidora que, regularmente registrada na ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], possa vir para o Ceará, criando possibilidade de maior competitividadeerdquo;, destacou. A proposta do Terminal contempla tanques para receber combustíveis derivados de petróleo (gasolina, diesel S10 e querosene de aviação), biocombustíveis (biodiesel B100, etanol anidro e hidratado), BTX e alcatrão. A estrutura contará com uma área construída de 130 mil metros cúbicos na primeira fase, com capacidade para chegar a 220 mil metros cúbicos, reforçando a capacidade de armazenamento e distribuição de combustíveis da companhia no Nordeste. eldquo;O Complexo do Pecém tem diversos projetos em fases de planejamento, e este [terminal de tancagem] é um dos importantes que entram em fase de execuçãoerdquo;, ressaltou Hugo Figueiredo, presidente do CIPP. Investimentos em infraestrutura no Porto do Pecém Para abrigar grandes projetos como a Transnordestina e o Hub de Hidrogênio Verde, o Porto do Pecém terá dois novos berços, um no Píer 2 e outro no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT). No Complexo, será criado um corredor de utilidades compartilhado para o Hub de Hidrogênio Verde. É nele onde vão circular os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio, água e a rede de energia elétrica. Essas obras terão investimento de US$ 135 milhões e tiveram o edital lançado em outubro de 2024. A licitação internacional faz parte do programa elsquo;Pecém Verdeersquo; e tem financiamento de US$ 90 milhões do Banco Mundial, US$ 35 milhões do CIF (Climate Investment Funds) e contrapartida de US$ 10 milhões da CIPP S/A, empresa que administra o Complexo do Pecém. A duração prevista da obra é de 40 meses.

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Chinesa GAC Motors anuncia investimento para produzir motorização híbrida flex no Brasil

A montadora chinesa GAC Motors divulgou nesta quinta (5) seus planos para produção no mercado brasileiro. A empresa vai investir R$ 120 milhões no desenvolvimento de motores, incluindo opções flex e híbridas (que conciliam etanol, gasolina e eletricidade). O valor faz parte de um investimento de R$ 5,8 bilhões que será aplicado nos próximos cinco anos. "O objetivo da montadora é ser a primeira fabricante chinesa a ter uma linha de produção completa e um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, produzindo carros à combustão, híbridos e elétricos, assim como é na China", diz o comunicado enviado pela empresa. O desenvolvimento das motorizações que aceitam etanol, gasolina e eletricidade será feito em parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). De acordo com a GAC Motors, a duração dos acordos de cooperação será de cinco anos, com possibilidade de renovação. A montadora, que é a quinta maior da China, pretende ainda desenvolver biocombustíveis para utilização em diferentes mercados. Nesse caso, o Brasil seria uma plataforma de exportação de tecnologias de baixo carbono. Os planos ambiciosos agradam ao governo federal. Em julho, Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Mdic (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), foi à China e se reuniu com Feng Xingya, presidente do grupo GAC. O anúncio do investimento bilionário foi feito nesse encontro. Contudo, a empresa ainda não definiu qual será o local de sua futura fábrica nacional. Na China, a empresa produziu 2,52 milhões de automóveis em 2023. A marca também fabrica modelos em parceria com as japonesas Honda e Toyota. Antes da instalação da linha de montagem local, haverá um período de venda de modelos importados. A empresa ainda não divulgou quais serão os carros que virão para o Brasil. Conheça outras montadoras chinesas que atuam no Brasil BYD Com mais de 60 mil carros vendidos no Brasil entre janeiro e novembro emdash;e um estoque igualmente vultosoemdash;, a montadora chinesa acelera as obras na futura fábrica de Camaçari (BA). No momento, a empresa lida com denúncias de más condições de trabalho: chineses de empresas terceirizadas que atuam na construção da linha de montagem estariam sendo submetidos a rotinas de trabalho de até 12 horas por dia, sem folga semanal e sem equipamentos de proteção. Caoa Chery Em 2017, o grupo Caoa adquiriu 50,7% das operações da chinesa Chery no Brasil. Cinco anos depois, a empresa desativou a fábrica em Jacareí (interior de São Paulo), e hoje produz modelos da linha Tiggo em Anápolis (GO). GWM A montadora comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (interior de São Paulo) e anunciou um investimento de R$ 10 bilhões. A produção de modelos híbridos da linha Haval terá início em 2025. JAC Motors Logo após o sucesso da estreia no mercado nacional, em 2011, a marca chinesa importada pelo grupo SHC tornou-se pouco competitiva devido à sobretaxa aos importados imposta no mesmo ano. De lá para cá, desistiu de investir em uma fábrica nacional, mudou o foco e apostou nos veículos comerciais 100% elétricos, que tem ido bem na comercialização para frotas. O produto mais recente, contudo, é a picape Hunter, movida a diesel. Neta A empresa iniciou a pré-venda dos modelos elétricos AYA e X no Brasil há um mês. A primeira fase das operações prevê a oferta dos veículos em lojas instaladas em shoppings. A montadora tem planos de produção local. Omoda/Jaecoo As marcas da Chery chegam ao Brasil em operação própria, sem vínculo com o grupo Caoa. A previsão inicial era começar a vender seus veículos em 2024, mas os planos foram revistos. A comercialização está prevista para a partir do primeiro trimestre de 2025. Seres A empresa anunciou a chegada em 2023, trouxe poucos carros e sumiu do mercado. Pessoas ligadas à operação relatam desentendimentos internos, e as operações estão suspensas desde julho. Zeekr A marca chinesa, que faz parte do grupo Geely (dono da Volvo) estreou no Brasil em outubro. O esportivo 001 e o SUV chamado apenas X já estão à venda.

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