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Debate na ANP sobre regras do gás de cozinha trava compra de novos botijões para Gás do Povo

No dia 10 de julho, a ANP aprovou um relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR), uma das etapas para mudança das regras. O texto autoriza o envase fracionado do botijão e o fim da exclusividade de uso dos vasilhames pela distribuidora, liberando que qualquer empresa use qualquer botijão, sem necessariamente ter a marca impressa em alto relevo na embalagem. Para as empresas do setor, porém, isso desestimula a compra de novos botijões, justamente quando o governo federal prevê a ampliação da cobertura do programa social que distribui gás de cozinha às famílias mais pobres. Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, executivos do setor estão com negociações para a compra de vasilhames suspensas e preocupados com os prazos previstos pelo governo. emdash; A marca estampada em alto relevo é um incentivo econômico para se investir na frota de botijões, seja na manutenção ou na aquisição de novos, porque sei que cada um retorna (à empresa). Quando a ANP diz que trabalha numa regulação em que qualquer um possa usar botijão de qualquer um, cria um desestímulo para frota nova. Nesse momento, o debate regulatório da ANP vai na contramão da política pública emdash; afirmou. Bandeira de Mello também aponta riscos à segurança: emdash; Se qualquer um pode usar o cilindro de qualquer um, há risco de trazer oportunistas e até mesmo o crime organizado para um outro elo da cadeia de distribuição e revenda de GLP. Já temos um problema, hoje limitado ao Rio de Janeiro, mas importante. Pode estimular que esses mesmos oportunistas ou criminosos acabem entrando também no mercado de envasamento, o que a gente acha completamente inconveniente. Hoje, segundo o Sindigás, são 400 milhões de botijões de 13 kg vendidos ao ano, com 140 milhões de botijões em circulação. A previsão do governo federal é que o programa comece em novembro e atinja a capacidade máxima em março, o que demandará, nos cálculos da entidade, um incremento de 5 a 10 milhões de embalagens. Para isso, porém, é preciso encomendar os botijões: emdash; Há capacidade ociosa nos fabricantes brasileiros, mas talvez tenhamos que importar. As empresas estão falando com fabricantes internacionais, na China e na Turquia. Mas março, em termos de encomendar os cilindros, é "depois de amanhã". Questionado sobre o tema, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, minimizou riscos e defendeu o diálogo com "bom senso para que a gente tenha sempre estabilidade jurídica". emdash; Todo debate com a sociedade civil através da consulta pública sempre é muito bem-vindo. Mas há por parte do governo uma visão de que a estabilidade regulatória é que nos dá segurança na execução de programas tão relevantes como o programa Gás do Povo. A agência reguladora é autônoma e tem todo o direito de debater esse tema, mas nós temos Conselho Nacional de Política Energética estará sempre atento a emanar políticas públicas que deem estabilidade aos investimentos no Brasil emdash; ponderou Silveira. O novo programa do governo federal para ampliar o acesso dos brasileiros ao GLP começa no mês que vem, substituindo o Auxílio Gás dos Brasileiros, criado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O novo benefício pretende beneficiar 15,5 milhões famílias de baixa renda (o equivalente a 50 milhões de pessoas) com a compra de botijões de 13kg. O Auxílio Gás atual, cujo valor é creditado junto com o Bolsa Família, atinge pouco mais de 5,1 milhões de famílias. O Gás do Povo será pago a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda mensal per capita (por pessoa da casa) de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aqueles que recebem o Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). A principal mudança é que em vez de receber um valor, hoje de R$ 108 a cada dois meses que pode ser usado para outras finalidades, as famílias de baixa renda vão ganhar um voucher exclusivo para a compra de gás em pontos de revenda credenciados. Os primeiros vouchers devem ser emitidos entre novembro e dezembro. Até lá, a sistemática atual continuará valendo.

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Volkswagen e EcoRodovias testam biodiesel B100 em caminhões

Volkswagen Caminhões e Ônibus e EcoRodovias anunciaram nesta quarta (24/9) o início de testes para avaliar o rendimento e a confiabilidade do uso de biodiesel puro (B100) no abastecimento da frota. Os testes vão durar 12 meses e serão aplicados em 4 caminhões Volkswagen: um Meteor 29.530 (guincho), dois Delivery 11.180 (guincho) e um Constellation 17.190 (pipa). O objetivo é compreender a eficiência do combustível de origem vegetal aplicado à realidade de operação rodoviária, avaliando desempenho, consumo, impacto no ciclo de manutenção dos veículos (como desgaste do motor e substituição de peças) e confiabilidade em situações reais de trabalho. Segundo a montadora, o B100 é uma alternativa alinhada à sua estratégia de descarbonização no Programa Futuro, a partir da substituição ao diesel fóssil tradicional. Já a EcoRodovias tem como meta reduzir suas emissões em 25% até 2026 e de 42% até 2030, incluindo Escopo 1 (emissões diretas das operações da empresa) e Escopo 2 (emissões indiretas provenientes da energia adquirida pela companhia). eldquo;Uma parte relevante das nossas emissões de Escopo 1 vem da frota movida a diesel, composta por guinchos, ambulâncias e caminhões de apoio. Temos avaliado ao longo dos anos diferentes combustíveis e tecnologias e entendemos que o biodiesel B100 tem potencial de oferecer ganhos ambientais expressivos, com custos de adaptação relativamente baixoserdquo;, explica Monica Jaén, diretora de Sustentabilidade do Grupo EcoRodovias. Como funcionará o teste O abastecimento será realizado por um caminhão comboio da Petroservice, subcontratada da F8 Fuel, a partir de um tanque instalado na base de Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU 2), em Araraquara (SP). O combustível é fornecido pela Brejeiro, tradicional produtora de biodiesel de soja. Os veículos receberão as adequações específicas e acompanhamento técnico contínuo por parte de ambas as empresas emdash; Volkswagen Caminhões e Ônibus e EcoRodovias emdash; para análise de desempenho e eventuais ajustes durante os testes.

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GLP: Silveira se esquiva sobre pressão do mercado contra reforma proposta pela ANP

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), evitou cravar se há uma posição da pasta contrária à proposta de reforma das regras de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), em curso na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nesta quarta-feira (24/9), pregou o eldquo;bom senso e diálogoerdquo; na discussão e disse ainda que não há uma proposta formal da agência, o que é verdade: a ANP ainda colocará as minutas de resolução em consulta pública. Contudo, em julho, a agência finalizou a Análise de Impacto Regulatório (AIR), fase preliminar em que defendeu a agência delimitou os eixos da reforma: liberação do enchimento fracionado de botijões e o fim da exclusividade, restrição vigente que assegura a cada distribuidora o direito de encher os botijões em circulação com a sua marca. eldquo;Minha posição é que há de se ter bom senso para que tenhamos sempre estabilidade jurídica, estabilidade regulatória para que a gente discuta modicidade no preço no GLP e energia, mas nunca perca o foco na estabilidade regulatória para atrair investimentoserdquo;, afirmou o ministro, a jornalistas, durante a Liquid Gas Week 2025, no Rio de Janeiro. O evento foi marcado pela defesa da manutenção das regras vigentes e um recado do setor para o governo: a reforma comprometerá os investimentos necessários para viabilizar a expansão do consumo de GLP pela população mais pobre, beneficiada pelo Gás do Povo. Pressionado por jornalistas, Silveira afirmou tanto que o debate é bem-vindo e respeita a autonomia da ANP. Como, em sendo necessário, poderia propor uma mudança de rumo no Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE). Segundo ele, o colegiado estará eldquo;sempre atento a emanar políticas que demandem estabilidade aos investimentos no Brasilerdquo;. A próxima reunião do CNPE está marcada para 1º de outubro e não consta quaisquer resoluções envolvendo o mercado de GLP. O agência eixos teve acesso à pauta. Por fim, Silveira afirmou acreditar que o Gás do Povo não será impactado pelas discussões regulatórias. eldquo;Acho que o Gás do Povo é uma grande prioridade nacional e tenho absoluta convicção de que vamos caminhar para a estabilidade regulatória para execução segura do programaerdquo; Distribuidoras se opõem à reforma O programa social do governo federal de distribuição gratuita de botijões a famílias de baixa renda está mexendo com o mercado de GLP, que calcula um expressivo aumento no consumo nacional, depois de anos de baixo crescimento. (entenda como vai funcionar o Gás do Povo) A expectativa é que a demanda cresça até 8%, com 30 milhões de cargas adicionais ao ano, calcula o Sindigás, que representa as distribuidoras. O Brasil tem o maior número de botijões em circulação na América Latina, com 140 milhões de unidades. Com isso, o crescimento na demanda pode ter impacto internacional. As empresas estão se preparando para o novo momento e indicam que vão recorrer à importação (de molécula e botijão) para ampliar a disponibilidade de cargas.

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Etanol tem maior alta desde maio e gasolina segue mais vantajosa em 4 estados

O preço do etanol registrou a maior alta desde maio, segundo levantamento da Veloe em parceria com a Fipe. Na primeira quinzena de setembro, o litro do combustível passou de R$ 4,27 para R$ 4,34, avanço de R$ 0,07 em relação ao fim de agosto. Goiás lidera alta, enquanto Bahia registra queda Entre os estados, Goiás teve a maior elevação, com +7,6% no preço do etanol. Já a Bahia registrou recuo de 3,8% no período. O etanol mais caro do Brasil foi encontrado no Amazonas (R$ 5,49/litro), enquanto o menor preço foi visto em São Paulo (R$ 4,14/litro). Gasolina mais vantajosa em quatro estados A alta ocorre em meio ao aumento da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina, que passou de 27% para 30%. Segundo a eldquo;regra dos 70%erdquo;, o etanol só é competitivo quando custa até 70% do valor da gasolina. Nesse cenário, a gasolina comum segue sendo mais vantajosa em Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Gasolina oscila pouco, mas chega a R$ 7,56 O preço médio da gasolina variou levemente, subindo R$ 0,01 para R$ 6,29/litro. No entanto, o valor chega a R$ 7,56 no Acre e cai a R$ 5,99 na Paraíba. No Distrito Federal e em Goiás, a alta foi de 2,5%, a mais expressiva entre os estados. Diesel tem leve recuo nacional O diesel S-10 fechou a quinzena em R$ 6,16/litro, queda de R$ 0,01. A maior alta estadual foi no Pará (+0,7%), enquanto Alagoas registrou redução de 1,7%. O litro mais caro foi encontrado no Acre (R$ 7,87) e o mais barato em Pernambuco (R$ 5,83). (Guia do Carro)

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Em São Paulo, Ipem-SP integra operação Abastecimento Seguro e detecta irregularidades

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, que tem como objetivo promover a confiança nas relações de consumo, integrou, na capital, entre os dias 15 e 19 de setembro, em conjunto com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) e o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), a Operação Especial Abastecimento Seguro, uma ação nacional de fiscalização em bombas medidoras de combustíveis. Com o objetivo de identificar fraudes e combater irregularidades que comprometam o direito do consumidor e a concorrência justa, a iniciativa busca proteger os cidadãos, assegurando confiabilidade nas relações de consumo e fortalecendo a lealdade competitiva no setor de combustíveis. No município de São Paulo, foram fiscalizados 42 postos, totalizando 627 bombas medidoras de combustíveis. Desse montante, 36 bombas foram reprovadas, resultando em 39 interdições, 50 autuações e 3 apreensões. As principais irregularidades encontradas foram erros de medição superiores ao máximo admitido pela legislação metrológica, violação dos pontos de selagem e mau estado de conservação dos equipamentos. Essa operação faz parte do Programa Nacional de Capacitação em Infraestrutura da Qualidade (Pronac-IQ), instituído pela Portaria Inmetro nº 182/2023. Criado e desenvolvido pelo Inmetro, o Pronac investe na formação e atualização de servidores e colaboradores, fortalecendo a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ-I). O programa tem como foco preparar profissionais para atuar no controle metrológico legal de instrumentos de medição e na fiscalização de objetos regulamentados em todo o país. A Operação Abastecimento Seguro foi realizada de forma simultânea em todos os estados brasileiros, com participação integrada dos 24 órgãos delegados da RBMLQ-I. A ação também contou com a cooperação de forças policiais e outros órgãos de proteção ao consumidor para garantir segurança durante as inspeções e viabilizar a apuração de eventuais infrações penais. Além das bombas medidoras de combustíveis, foram fiscalizados dispensers de gás natural veicular (GNV), extintores de incêndio e a oferta de ARLA 32 (Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo). Os estabelecimentos em que haviam irregularidades foram notificados e estão sujeitos às penalidades previstas em lei. Todos os desdobramentos da operação serão apresentados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), fortalecendo a transparência e a efetividade da fiscalização.

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Primeira usina de etanol de trigo do País pode produzir até 40 mil litros por dia

Uma jovem de 22 anos está à frente de um empreendimento que pode abrir um novo caminho para a produção do trigo. Filha e neta dos maiores produtores de trigo do Brasil, Maria Eduarda Bonotto lidera a primeira biorrefinaria de etanol de trigo do Brasil, instalada em Santiago, no coração do Pampa gaúcho. O projeto já recebeu investimentos de R$ 110 milhões e representa a realização de um sonho de família: agregar valor à produção de grãos. A estudante de Agronomia é filha de Cássio Bonotto, considerado o maior produtor de trigo do Brasil, e neta de Antonio Vivaldino Bonotto, reconhecido na década de 1970 como o maior triticultor da América Latina. eldquo;Nossas raízes sempre foram no campo, da porteira para dentro, e agora estamos expandindo para a indústria. Com isso, vamos gerar valor para o trigo e também para o agro gaúcho. Vamos processar trigo inicialmente, mas o plano é trabalhar também milho, triticale, sorgo e outros grãoserdquo;, diz Maria Eduarda. Com capacidade para processar 30 mil toneladas de trigo por ano, produzindo 12 milhões de litros de etanol, a CB Bioenergia já gera impacto e cria expectativa na produção agrícola do Rio Grande do Sul. A área de abrangência da usina é de 53 mil hectares de soja e 42 mil hectares de trigo espalhados por sete municípios. Inicialmente, o trigo será fornecido pela própria família Bonotto, que atualmente colhe volume cinco vezes superior ao necessário para abastecer a refinaria. eldquo;Nosso projeto é inovador e sustentável, pois vai reutilizar toda a água empregada no processo. Além do etanol, vamos produzir o farelo de trigo, o DDG [Grãos Secos de Destilaria], destinado para ração animal por ter boa proteína. O etanol será transformado em álcool neutro para a indústria de bebidas e cosméticos. O gás carbônico vai ser captado da fermentação para as bebidas gaseificadas e indústrias de soldagemerdquo;, explica Maria Eduarda. Tecnologia nacional A usina está pronta para iniciar as operações, o que deve ocorrer nos próximos dias. Quando a reportagem visitou a refinaria, no dia 11 de setembro, havia uma intensa movimentação de caminhões descarregando trigo, operários revisando instalações e técnicos fazendo os ajustes finais. Tiago Gorski Lacerda, CEO da CB Bioenergia, conta que a planta começa a operar com apenas 60 funcionários, graças à automação completa. A previsão é de operar em turnos 24 horas por dia. Ele explica que a eficiência industrial do trigo é semelhante à do milho na produção do etanol. eldquo;A vantagem é que utiliza uma cultura de inverno, numa região de clima complicado, podendo absorver o grão de baixa qualidade comercial e de menor valor no mercado.erdquo; Gorski lembra que além do etanol de trigo hidratado para aviação agrícola, considerado um combustível de menor impacto ambiental, o álcool destinado à produção de bebidas será um produto importante para acessar novos mercados. eldquo;As melhores vodcas produzidas na Rússia e na Ucrânia utilizam álcool de trigo. É um produto livre de toxinas que causam, por exemplo, os incômodos da ressaca. Nós vamos atrás desses mercados.erdquo; A construção da biorrefinaria representou um grande aporte tecnológico para a indústria nacional: apenas o moinho foi importado, enquanto todos os outros sistemas foram produzidos no Brasil. O conjunto inclui silos para armazenar o grão, moega, triturador, dornas de fermentação e colunas de destilação. O grão chega seco, passa por limpeza, segue para os silos e depois para a moagem. Na sequência, ocorrem as etapas de liquefação e fermentação. Trigo e arroz Espera-se que a indústria incentive a produção de trigo, que atualmente não supre todo o consumo nacional. Na última safra, foram colhidos 7,81 milhões de toneladas, frente a um consumo de 12 milhões. O Rio Grande do Sul, maior produtor do País, respondeu por 4,8 milhões de toneladas, segundo a Conab. O maior estímulo à produção deve beneficiar também a rizicultura, já que a casca de arroz foi escolhida para fornecer calor para as caldeiras e energia elétrica da usina. A biorrefinaria está localizada no centro de uma região de grandes áreas plantadas com arroz - a produção gaúcha representa 67% da nacional, que nesta safra chegou a 12,75 milhões de toneladas. Esse subproduto, em grande quantidade, costuma ser um problema para o rizicultor. Gorski destaca que a casca de arroz é altamente competitiva em relação a outros materiais de combustão, como a madeira, pois tem grande poder calorífico e custo logístico menor pela proximidade dos arrozais. eldquo;Com o frete, a casca de arroz representa 20% do custo que as usinas têm com o cavaco de madeira, que já é o segundo maior custo das operações.erdquo; Ele ressalta que o cereal também tem potencial para ser usado como matéria-prima de etanol. eldquo;Estamos em uma grande área sem indústrias no interior do Rio Grande do Sul. O setor espera que outras usinas se instalem, pois há potencial também para o etanol do arroz. Hoje, 27% da gasolina são de etanol que vem de fora, mas temos condições de produzir aqui.erdquo; Essa também é a aposta do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) para o futuro da rizicultura no Estado. eldquo;A queima da palha do arroz para gerar energia é uma inovação no setor. Sabemos que é viável produzir etanol do arrozerdquo;, diz Eduardo Bonotto, presidente do Irga. Arno Lausch, produtor rural da Fazenda Celeiro, próximo a Santiago, cultiva 1,2 mil hectares de arroz por inundação, e vê na agroindústria uma saída para o setor. eldquo;É um cereal de alta tecnologia com custo de produção elevado, mas com preço muito baixo. No prato do brasileiro, o arroz representa um consumo diário de R$ 0,33, o que mostra quanto está desvalorizado. Se temos a possibilidade de destinar para a produção de etanol e aproveitar até a casca, é uma porta que se abre.erdquo; Para iniciar as operações, a CB Bioenergia aguarda a liberação de licença pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). De acordo com o órgão, atualmente, cinco empreendimentos voltados à produção de etanol a partir de cereais estão com processos de licenciamento no Rio Grande do Sul.

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