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Opep+ deve manter produção de petróleo inalterada, diz agência

A Opep+ deverá deixar os níveis de produção de petróleo inalterados em sua reunião no próximo domingo, concentrando as conversas em um tópico teórico sobre a quantidade que seus membros podem produzir para que o grupo possa decidir políticas futuras, disseram três fontes da Opep+ à agência Reuters. O grupo bombeia cerca de metade do petróleo do mundo e vem discutindo há anos os números da capacidade de produção, ou linhas de base sobre as quais as metas de produção dos membros são definidas. Quaisquer mudanças nas cotas no domingo precisariam ser aprovadas por todo o grupo, disse uma fonte da Opep+. A Opep+ vinha reduzindo a produção há vários anos até abril, quando oito membros começaram a aumentar a produção para recuperar a participação no mercado. Os cortes atingiram o pico em março, totalizando 5,85 milhões de barris por dia, quase 6% da produção mundial, no total. Os oito membros aumentaram as metas de produção em cerca de 2,9 milhões de bpd de abril a dezembro e, em sua última reunião, em novembro, suspenderam os aumentos para o primeiro trimestre, em meio a previsões de um excesso de oferta iminente. É improvável que a Opep+ faça qualquer alteração em sua política de produção do primeiro trimestre no domingo ou considere mudanças nos níveis de produção de 2026 em todo o grupo, acordados em sua última reunião em maio, disseram as três fontes. (Reuters)

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Agenda de combustíveis no fogo cruzado entre Planalto e Congresso

A indicação do ministro Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma nova crise política para o Palácio do Planalto no Senado, enquanto na Câmara dos Deputados, o embate no PL Antifacção (PL 5582/2025) elevou os ânimos contra o governo pela condução midiática do tema. A tensão sobe com a prisão de Jair Bolsonaro, gatilho para seus aliados tentarem ressuscitar o PL da Anistia. O Planalto precisará de empenho para evitar derrotas, trazendo de volta o presidente Lula para a linha de frente da articulação. No meio do fogo cruzado está a agenda de prioridades da equipe econômica: PL da Inteligência Artificial (PL 2338/2023), cujo texto deve absorver as MPs editadas para o setor de energia e data centers; a proposta de corte nos benefícios fiscais (PLP 41/2019), que deve incorporar o texto da Fazenda sobre o tema (PLP 128/2025) e aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cobra da Câmara a aprovação da tipificação do devedor contumaz e que busca criminalizar sonegadores que têm na prática o principal insumo das suas atividades empresariais. O tema deveria ter ganhado impulso com a Operação Carbono Oculto, mas foi deixado de lado por Hugo Motta (Republicanos/PB). Na agenda que combina segurança pública e orçamento, está o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 108/2024), cujo capítulo da monofasia da nafta pode irrigar o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), aprovado pelo Congresso Nacional sem dotação orçamentária específica. Todas essas medidas têm potencial de impacto tanto na arrecadação quanto nos gastos públicos, ou seja, na elevação do rombo fiscal. Em paralelo, o Planalto precisará bloquear a pauta bomba que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), começou a detonar pautando a iniciativa para regularizar a aposentadoria de agentes de saúde país afora (PEC 14/2021), cujo impacto pode ser de R$ 21 bilhões. Precisará também brigar para a sessão de vetos marcada pelo Congresso para quinta-feira (27/11) não virar um massacre sobre itens vistos como essenciais pelo governo. Entre eles, o estímulo às térmicas a gás no Marco Legal da Energia Offshore e os 63 vetos à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Alcolumbre também cortou relações unilateralmente com o líder governista no Congresso, senador Jaques Wagner (PT/BA). Enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, briga com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), o que pode respingar na ministra Gleisi Hoffmann (SRI), namorada do petista. A semana, portanto, servirá para medir o apetite de recomposição do governo no Congresso. Tal esforço pode exigir empenho pessoal do presidente Lula, avesso a entrar na articulação política quando há tensão. Mas há um histórico recente. No ano passado, Lula precisou entrar em campo quando Arthur Lira (PP/AL), então no comando da Câmara, rompeu com o ex-titular da SRI, Alexandre Padilha (PT). Funcionou. Lula voltou para Brasília nesta terça-feira (25/11), após viagem à África, onde participou da Cúpula do G20, na África do Sul, e recebeu título de doutor honoris causa em Moçambique. Só então saberemos da disposição do presidente para buscar Alcolumbre e Motta para iniciar uma rodada de diálogo, visando garantir dinheiro para o governo seguir operando no próximo ano eleitoral.

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Governo veta mudança no preço de referência do petróleo e compensação a fontes renováveis

A lei que moderniza o marco regulatório do setor elétrico foi sancionada nesta terça-feira, 25, com vetos do governo à mudança do preço de referência do petróleo e a ressarcimentos mais amplos para empresas de energia renovável por cortes de geração de suas usinas. No caso do preço de referência do petróleo, o governo justificou que a redefinição da base de cálculo eldquo;contraria o interesse públicoerdquo;, o que geraria eldquo;insegurança jurídica e risco de judicializaçãoerdquo;, além de comprometer investimentos de longo prazo no setor de óleo e gás. A mudança, que previa a utilização de cotações de agências internacionais para definição do preço de referência do petróleo usado no cálculo de royalties, poderia melhorar a arrecadação governamental, mas gerou insatisfação de petroleiras como a Petrobras. Na noite de véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, antecipou que o dispositivo seria vetado durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, citando a possibilidade de inviabilização de projetos da Petrobras como o Sergipe Águas Profundas (SEAP). eldquo;Nós resolvemos manter a firmeza e o pulso firme para que a Petrobras continue cumprindo seu papel e o seu plano de investimentosehellip; Comprometeria inclusive a exploração de gás e petróleo em Sergipe, fundamental para o desenvolvimento nacionalerdquo;, disse o ministro. Na justificativa sobre o veto, o governo disse que a alteração traria eldquo;incerteza para a arrecadação governamental, visto que tais cotações não refletem os valores e as características físico-químicas das correntes de petróleo produzidas no paíserdquo;. Compensação para as usinas renováveis O governo também derrubou a compensação ampla para as usinas renováveis por cortes de geração, contida em emenda aglutinativa aprovada de última hora na tramitação no Congresso, mas manteve outro dispositivo sobre o tema que determina reembolsos parciais. O veto frustra as expectativas do segmento de energias renováveis, que fala em desmonte da indústria nacional devido aos prejuízos bilionários acumulados nos últimos anos pelas restrições de geração de suas usinas, motivadas principalmente por falta de demanda para absorver toda a energia. Segundo o governo, se a compensação ampla fosse mantida e paga às empresas de forma retroativa, haveria impacto aos consumidores de energia e elevação significativa das tarifas, além de estímulo à sobreoferta de energia. Silveira disse na véspera que os consumidores seriam impactados em R$6 bilhões, conforme cálculos do governo, que decidiu vetar o item em prol da modicidade tarifária. Ele ressaltou, porém, que o governo discute uma solução eldquo;globalerdquo; para o problema, inclusive com o BNDES, para não comprometer novos investimentos em energias renováveis no país. Mesmo sem a compensação integral, com a nova lei, os geradores passam a ter direito a reembolsos por cortes de geração das usinas por motivos elétricos, como indisponibilidade de linhas de transmissão de energia. Já a recontratação de usinas movidas a carvão mineral nacional até 2040 foi mantida na lei. O dispositivo, que beneficia a usina de Candiota (RS), da Jeamp;F, e de Figueira (PR), da Electra, também foi alvo de forte pressão por veto por parte de alguns agentes do setor elétrico, que veem no carvão uma fonte poluente, cara e desnecessária na matriz elétrica nacional. Silveira defendeu o carvão na véspera, afirmando que a contratação até 2040 equipara as usinas do Rio Grande do Sul e Paraná com as de Santa Catarina, Estado para o qual já havia uma lei específica de transição energética para as regiões carboníferas. Também foi vetado na lei um dispositivo que mudava as regras para a autoprodução de energia eldquo;por equiparaçãoerdquo;, restringindo a modalidade para novos empreendimentos. Na justificativa, o governo disse que a alteração eldquo;poderia gerar ineficiência no sistema elétrico nacional, impedindo o uso de capacidade já instalada, com preços mais baixos, para viabilizar projetos intensivos no consumo de energiaerdquo;. (Reuters)

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Usina de etanol de trigo recebe licença de operação no Rio Grande do Sul

A C.B Bioenergia recebeu, nesta segunda-feira (24/11), a Licença de Operação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que autoriza o início das atividades de sua usina em Santiago (RS). O empreendimento será a primeira unidade do país dedicada à produção de etanol de trigo. A autorização confirma que a empresa atendeu às exigências ambientais para funcionamento, segundo o governo do Estado. Instalada em uma área de 150 mil metros quadrados, a usina terá capacidade de produzir mais de 1.300 m³ mensais de álcool hidratado e 1.140 m³ de álcool neutro. Também está prevista a fabricação de 810 toneladas de DDGS e 2.160 toneladas de WDGS, subprodutos utilizados na formulação de rações animais. O processo produtivo contemplado na licença inclui desde a recepção e pesagem de matérias-primas, como triticale, cevada, trigo, centeio e milho, até as etapas de moagem, fermentação, destilação, retificação, condensação e armazenamento do álcool. Representantes dos órgãos ambientais destacaram que o empreendimento contribui para ampliar a produção de biocombustíveis no Estado e para agregar valor à cadeia agrícola local. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, em comunicado, o uso de derivados não alimentícios da agricultura e a produção de energéticos a partir de diferentes grãos reforçam a busca por alternativas de menor impacto ambiental e de incentivo ao setor de bioenergia.

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Desconto da Petrobras é repassado e gasolina fica mais barata nos postos

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros recuou 0,47% na primeira quinzena de novembro, fixando-se em R$ 6,33. Este é o menor valor registrado para o combustível desde setembro, segundo apontamentos do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O etanol acompanhou o movimento de arrefecimento, com queda de 0,45% e média nacional de R$ 4,42. O cenário indica um reflexo tardio do reajuste realizado nas refinarias no mês anterior. eldquo;A redução anunciada pela Petrobras em outubro começa a refletir no bolso do consumidor, embora o repasse ainda seja tímido. O movimento de queda também se observa, de forma mais sutil, no etanolerdquo;, analisa Renato Mascarenhas, diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade. No recorte geográfico, todas as regiões brasileiras apresentaram retração no valor da gasolina. O Nordeste liderou a baixa percentual, com recuo de 0,93% (R$ 6,39). O Sudeste, contudo, mantém as bombas mais competitivas do país, com preço médio de R$ 6,19, enquanto o Norte figura com o combustível mais caro, custando R$ 6,82 por litro. Entre as unidades federativas, a disparidade de preços é notável: a Bahia registrou a maior redução na gasolina (-2,33%), mas é na Paraíba onde se encontra o menor preço absoluto (R$ 6,08). Na outra ponta, Roraima ostenta a gasolina mais cara do Brasil (R$ 7,41), mesmo após leve recuo. O Rio Grande do Norte foi na contramão da tendência nacional, registrando a maior alta do período (+1,62%). Já o mercado de etanol mostrou estabilidade na maioria das regiões, com exceção do Nordeste, onde o preço caiu 2,83%. São Paulo segue com o biocombustível mais barato (R$ 4,21), enquanto o Amazonas registra o maior valor (R$ 5,47). Para o motorista que busca economia, a conta na ponta do lápis favorece o derivado da cana em 14 estados, incluindo todo o Centro-Oeste. Segundo Mascarenhas, além do fator preço, a escolha pelo etanol neste momento fortalece a mobilidade sustentável pela menor emissão de poluentes.

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Etanol é mais vantajoso que gasolina em 5 estados do Brasil, diz ANP

Em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, vale mais a pena abastecer com etanol do que com gasolina comum. O levantamento é da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e reúne médias de preços de combustíveis entre 17 e 23 de novembro. Nos demais estados do país, a gasolina comum é economicamente mais vantajosa. O que aconteceu Etanol tem paridade inferior a 70% com a gasolina nos estados, ou seja, é economicamente mais vantajoso ao cliente. A paridade registrada foi de 70% em São Paulo, 69,8% em Goiás, 70% no Mato Grosso, 69,5% no Paraná e 69,7% no Rio Grande do Sul. Para saber qual vale mais a pena, basta dividir o preço do litro do álcool pelo preço do litro da gasolina. Se o resultado for igual ou inferior a 0,7 (70%), o etanol vale mais a pena. Caso contrário, a gasolina é mais vantajosa. Etanol barateou em 14 estados; gasolina comum caiu em 15. As cinco maiores quedas de etanol foram em Roraima (R$ 0,05), Amazonas (R$ 0,04), Sergipe (R$ 0,04), Distrito Federal (R$ 0,03) e Pernambuco (R$ 0,03). Para gasolina comum, foram na Paraíba (R$ 0,02), Pernambuco (R$ 0,02), Rio Grande do Sul (R$ 0,01), Amazonas (R$ 0,01) e Distrito Federal (R$ 0,01). Álcool aumentou em 12 unidades federativas; gasolina comum subiu em um. Os maiores aumentos no preço do etanol entre as duas semanas foram no Rio Grande do Sul (R$ 0,03), Santa Catarina (R$ 0,03), Bahia (R$ 0,02), Espírito Santo (R$ 0,02) e Goiás (R$ 0,01). Para a gasolina comum, a única alta foi no Acre (R$ 0,01). Para ler esta notícia, clique aqui.

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