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Estoques de petróleo nos EUA sobem 2,774 milhões de barris, aponta DoE

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos subiram 2,774 milhões de barris, a 426,929 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal projetavam queda de 1,3 milhão de barris. Os estoques de gasolina subiram 2,513 milhões de barris, a 209,904 milhões de barris, bem acima das expectativas de alta de 500 mil barris. Já os estoques de destilados aumentaram em 1,147 milhão de barris, a 112,227 milhões de barris, contrariando recuo esperado de 200 mil barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 90% a 92,3%, superando expectativa de alta a 90,8%. Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 68 mil barris, a 21,753 milhões de barris. A produção média diária de petróleo caiu para 13,814 milhões de barris na semana. Com informações da Dow Jones Newswires. (Estadão Conteúdo)

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Fazenda viu 'impacto insignificante' para Petrobras em alteração no preço de referência do petróleo

O Ministério da Fazenda defendeu a manutenção do trecho que visava alterar o cálculo do preço de referência no setor de petróleo e aumentar a arrecadação governamental, previsto na medida provisória batizada como a eldquo;reforma do setor elétricoerdquo;. Em nota técnica, obtida pelo Estadão/Broadcast, os técnicos da pasta argumentaram que a alteração representaria um eldquo;impacto insignificanteerdquo; para a Petrobras, tendo em vista a magnitude da empresa. A nota foi enviada ao Palácio do Planalto com a análise sobre o tema. Os argumentos da Fazenda foram derrotados e o trecho acabou sendo vetado na terça-feira, 25, pelo governo. Prevaleceu o defendido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que a alteração poderia comprometer investimentos em curso no setor de óleo e gás. O Congresso, porém, ainda pode derrubar os vetos. O artigo específico sobre preço de referência passou na Câmara, mas foi embargado no Senado, após falta de consenso. Para destravar a tramitação da MP da reforma do setor elétrico, o acordo estabelecido entre Congresso e governo foi por vetar integralmente a proposta. A decisão do governo de vetar a mudança foi comemorada com cautela pela cúpula da Petrobras. Ou seja, ainda há relativa preocupação com o desenrolar da situação. O preço de referência nada mais é do que a base para os cálculos da receita do governo no setor petrolífero, incluindo royalties. A Fazenda tem manifestado reiteradamente o incômodo com a defasagem nos cálculos. Um dos argumentos utilizados é que a recente atualização feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ainda é insuficiente. eldquo;A recente alteração regulatória promovida pela ANP se mostrou insuficiente para corrigir a distorção entre o resultado da metodologia desenvolvida pela agência e o valor real da produção, de modo que indubitavelmente se mantém a necessidade da alteração legislativa ora em apreçoerdquo;, diz trecho da nota técnica. O que o texto da MP previa? O texto saiu do Congresso com uma previsão que, na prática, visava aumentar a arrecadação do governo nos setores de petróleo e gás natural. A apuração do montante dos royalties seria feita considerando eldquo;o valor de mercado do petróleo, gás natural ou condensado, definido como a média das cotações divulgadas por agências de informação de preços reconhecidas internacionalmenteerdquo;. Também estava previsto que o preço de referência para as partições governamentais, no limite, poderia ser regulamentado via decreto presidencial. Isso tudo foi vetado. Atualmente a regulamentação é via ANP e, se a definição fosse feita diretamente pelo Planalto, haveria conflito sobre o papel da ANP, de acordo com uma fonte do setor ouvida pela reportagem. Qual argumento da Fazenda? O ministério comandado por Fernando Haddad ponderou na nota técnica que a União possui dados que comprovam o eldquo;persistente descolamento do preço de referência calculado pela ANP do valor real da produçãoerdquo;. A pasta argumentou ainda que eldquo;não há argumentos que possam ser opostos à realidade dos fatoserdquo;, ao falar dessa defasagem. A medida que estava prevista na MP representaria um ganho líquido para a União de R$ 1,591 bilhão em cenário hipotético previsto no parecer. Para os estados e municípios teriam um impacto positivo de R$ 891 e R$ 657 milhões, respectivamente, de acordo com o balanço apresentado. eldquo;Conclui-se (...) que, ao passo que (a proposta) representa um impacto insignificante quando comparado com a magnitude dos números da Petrobras, a medida teria um impacto líquido importante para a União, mesmo quando se consideram os reflexos negativos da medida sobre a referida empresa estatalerdquo;, diz um trecho. O tema ainda pode ser endereçado em outro projeto, com outra redação, ou ser retomado pelo Congresso no mesmo texto. Para a rejeição do veto é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores, isto é, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores.

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Petróleo fecha em alta, com tentativa de recuperação ante incerteza sobre Ucrânia

Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta quarta-feira, 26, em alta, conforme o mercado avalia relatos de que o acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia ainda não é certo. O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 1,20% (US$ 0,70), a US$ 58,65 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,19% (US$ 0,74), a US$ 62,54 o barril. A commodity passou a registrar avanços mais significativos durante a tarde, renovando as máximas do dia nos últimos minutos da sessão enquanto tentava se recuperar da queda de quase 2% registrada na terça, em meio a relatos de que a Ucrânia teria aceitado o acordo de paz para o fim da guerra com a Rússia. Contudo, declarações do porta-voz Kremlin, Dmitry Peskov, e da chefe de Relações Exteriores e Segurança da União Europeia, Kaja Kallas, colocam em dúvida a possibilidade de um cessar-fogo em breve. A Spartan Capital aponta que o fim da guerra pode eliminar a maior parte do prêmio de risco que tem sustentado os preços em meio às pressões relacionadas com a sobreoferta do petróleo. Enquanto isso, analistas do banco ING afirmam que eldquo;há pouca clareza na posição da Rússia sobre o plano atualerdquo;, apesar da perspectiva de um acordo de paz influenciarem os preços do petróleo. O mercado também acompanhou o aumento acima das expectativas dos estoques da commodity nos Estados Unidos, em que analistas esperavam uma queda de mais de um milhão de barris. (Estadão Conteúdo)

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IPCA-15 sobe 0,20% em novembro, e encosta na meta pela 1ª vez desde janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,20% em novembro, depois de ter subido 0,18% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26). A medição veio um pouco acima da mediana das expectativas segundo pesquisa da Reuters, que apontava para um novo avanço de 0,18% no mês. O maior eldquo;vilãoerdquo; do índice foram as passagens aéreas, que dispararam 11,87% e tiveram o maior impacto individual no índice. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%. É a primeira vez desde janeiro que a inflação em 12 meses converge para dentro da meta, que é de até 4,50%, já considerando a tolerância de 1,5 ponto percentual. Variações por grupos O grupo Despesas pessoais registrou a maior variação do mês (0,85%) e o maior impacto no índice geral. As altas de hospedagem e pacote turístico responderam por grande parte do movimento, com contribuições de 0,03 ponto percentual (p.p.) e 0,02 p.p., respectivamente. Saúde e cuidados pessoais e Transportes apareceram na sequência, ambos com impacto de 0,04 p.p. No primeiro, o avanço dos planos de saúde (0,50%) se destacou. Nos Transportes, as passagens aéreas subiram 11,87% e representaram o maior impacto individual do mês, de 0,08 p.p. Já os combustíveis recuaram 0,46%, com quedas em etanol, gasolina e diesel. Alimentação e bebidas voltou a subir (0,09%) após cinco meses de retração, garantindo impacto de 0,02 p.p. A alimentação no domicílio permaneceu em queda, influenciada por recuos de itens como leite longa vida, arroz e frutas. Entre as altas, chamaram atenção batata inglesa, óleo de soja e carnes. A alimentação fora de casa acelerou, impulsionada por refeições e lanches. Aprenda com especialistas renomados, ganhe acesso a cursos, simuladores e relatórios exclusivos; inscreva-se no evento Onde Investir 2026. Habitação desacelerou para 0,09%, com contribuição negativa da energia elétrica residencial, que seguiu em queda. Em novembro, permaneceu vigente a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona cobrança extra na conta de luz. Condomínio e aluguel residencial registraram altas. Vestuário (0,19%) e Educação (0,05%) também avançaram. Comunicação (-0,19%) e Artigos de residência (-0,20%) ficaram no campo negativo. Belém na dianteira da alta Entre as regiões pesquisadas, dez das 11 áreas tiveram alta. Belém, sede da COP30, registrou a maior variação (0,67%), impulsionada por forte avanço nas hospedagens e nas passagens aéreas. Belo Horizonte teve o menor resultado (-0,05%), com queda na gasolina e nas frutas. (com Agência IBGE)

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Royalties: valores referentes à produção de setembro foram distribuídos a estados e municípios

Foram concluídas ontem (25/11) todas as etapas da operacionalização da distribuição de royalties pela ANP, relativos à produção de setembro de 2025, para os contratos de partilha de produção. O valor de partilha repassado diretamente aos estados foi de R$ 569.131.566,50, enquanto os municípios receberam R$ 736.021.273,32. Em termos de número de beneficiários, os repasses foram feitos a 557 municípios e 3 estados. Com isso, nessa data, encerram-se os repasses totais diretamente aos entes beneficiários referentes aos contratos tanto de partilha de produção, quanto de concessão e cessão onerosa (ocorrido no dia 24/11), relativos à produção de setembro de 2025. O montante total de royalties da produção de setembro de 2025 dos regimes de concessão, cessão onerosa e partilha destinados aos municípios, estados e União foi de R$ 4,9 bilhões. Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Os dados relativos ao mês corrente estão sendo consolidados e serão publicados em breve na mesma página. A atribuição da ANP na distribuição de royalties A ANP é responsável por calcular, apurar e distribuir os royalties aos entes beneficiários (União, Estados e Municípios). Os royalties são distribuídos aos beneficiários segundo diversos critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e Decreto nº 1/1991 (distribuição da parcela de 5% dos Royalties) e Lei nº 9.478/1997 e Decreto nº 2.705/1998 (distribuição da parcela acima de 5% dos Royalties). A Agência preza pela ampla transparência quanto aos recursos distribuídos aos entes beneficiários, bem como pela execução criteriosa das etapas operacionais intrínsecas à complexa atividade de distribuição de royalties, em âmbito nacional, à União, estados e municípios, conforme competências estabelecidas na legislação vigente. Não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes dos royalties, de acordo com a legislação aplicável. Apesar disso, a ANP está empenhada em fazer que as receitas decorrentes dos royalties cheguem aos beneficiários no menor tempo possível. Os valores dos depósitos, bem como respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione eldquo;ANP endash; ROYALTIES DA ANPerdquo;.

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Etanol dos EUA poderá entrar no RenovaBio, diz secretária do MDIC

O governo brasileiro está próximo de permitir que fabricantes de etanol dos Estados Unidos participem do RenovaBio, a política nacional de biocombustíveis que estimula a adoção de etanol e biodiesel no país. eldquo;O questionamento para importação de produtos americanos e biocombustíveis está praticamente resolvidoerdquo;, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin, em discurso por vídeo no Encontro Empresarial BR-US 2025, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo (SP), nesta terça-feira, 25. Em seguida, a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, deu mais detalhes das negociações. eldquo;Isso [a fala de Alckmin] tem a ver com a possibilidade de empresas americanas se beneficiarem do RenovaBio, que é um pleito antigo dos Estados Unidos. Então houve ajustes nas regras do Brasil de maneira a facilitar que empresas americanas tenham acesso a esse programaerdquo;, disse Prazeres, durante conversa com jornalistas. A venda de etanol dos EUA ao Brasil é um dos principais debates na relação comercial entre os dois países. Em fevereiro deste ano, ao justificar suas tarifas sobre outros países, o etanol brasileiro entrou no radar de Donald Trump, que o apontou como um exemplo de eldquo;injustiçaerdquo; tarifária. eldquo;A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%, enquanto o Brasil impõe uma taxa de exportação de 18% sobre o produto americanoerdquo;, dizia o documento. O RenovaBio, por sua vez, é a principal política nacional voltada à redução das emissões no setor de transportes. Criado em 2017, o programa estabelece metas anuais de descarbonização para distribuidoras de combustíveis. Para cumprir essas metas, as distribuidoras precisam adquirir créditos de descarbonização (CBios) emitidos por produtores de biocombustíveis certificados. Quanto mais eficiente for o processo produtivo de uma usina, maior é o número de créditos que ela pode gerar e vender. Se o governo permitir a entrada de produtores americanos, usinas de etanol de milho dos Estados Unidos passariam a disputar esse mercado com os produtores brasileiros, que hoje são os principais emissores de CBios. A mudança ampliaria a oferta de créditos no país e poderia influenciar preços e a dinâmica de cumprimento das metas. Ao mesmo tempo, a questão abre um debate sobre competitividade, já que parte do setor sucroenergético brasileiro teme perder espaço em um mercado que é uma das principais fontes de receita adicional para quem produz etanol no país. Segundo Bruno Wanderley, da Datagro consultoria, a lei do RenovaBio já prevê a possibilidade de certificação para o etanol importado. Hoje, apenas os produtores nacionais podem emitir CBios e quem importa etanol não tem esse direito. eldquo;No entanto, isso deve mudar quando houver uma regulamentação específica para permitir que o etanol vindo de outros países também passe pelo processo de certificação. Esse processo incluirá a definição da pegada de carbono do produto, o volume elegível e outros critérios técnicos necessários para que o etanol importado possa gerar CBios no futuroerdquo;, diz. Para Wanderley, permitir que empresas que importam etanol emitam CBios não deverá provocar impactos significativos no mercado, uma vez que o preço do CBio anda muito baixo, em torno de R$ 35 por crédito. eldquo;Ou seja, a depender da nota de eficiência energético-ambiental e do volume elegível desse etanol eventualmente certificado no programa RenovaBio, o prêmio sobre o etanol importado seria de menos de 2 a 3 centavos de real por litroerdquo;, diz. Ele ainda complementa: eldquo;Um ponto de inflexão no mercado seria mesmo a redução da tarifa de importação sobre o etanol importado. Isso sim poderia provar um grande impacto no mercado, sobretudo agora que os preços do etanol no mercado doméstico estão em alta, arrefecendo um pouco o impacto negativo da queda dos preços do açúcar no fluxo de caixa das usinaserdquo;. Exportações de etanol dos EUA Mesmo com a tarifa maior, os EUA devem exportar 650 milhões de litros de etanol para o Brasil em 2025/26, um crescimento de 160% em comparação com a safra anterior, avalia a Datagro. eldquo;A expectativa é de que os EUA aumentem a sua presença no mercado brasileiro de etanol, sobretudo caso haja a negociação da tarifaerdquo;, afirma a consultoria em relatório divulgado em outubro. O crescimento nas importações de etanol neste ano é impulsionado pelo aumento da demanda, especialmente em função da elevação da mistura de etanol na gasolina, que passou de 25% para 30% desde agosto. Isso, aliado à quebra na produção de etanol de cana, tem contribuído para a recuperação dos preços no mercado interno, apesar do aumento na produção de etanol de milho. Em 2024, os EUA aumentaram suas exportações globais de etanol em 34,8%. Os embarques do biocombustível americano cresceram pelo 15º ano consecutivo, atingindo um valor recorde de US$ 7,5 bilhões. Etanol dos EUA pode invadir Nordeste Se o Brasil eliminar as tarifas sobre as importações de etanol dos EUA, o biocombustível americano pode ganhar espaço no Nordeste, região com déficit de oferta, o que pressionaria os preços internos e afetaria o mercado do Centro-Sul, principal polo produtor de etanol do país, segundo a Datagro. eldquo;Se o Brasil ceder à pressão de Trump, o mercado, especialmente o nordestino, seria inundado pelo etanol norte-americano, o que reduziria os preços para os produtores em todo o país, pois também afetaria as transferências de etanol da região Centro-Sul para o Norte-Nordeste, cujo volume médio anual é em torno de 1 bilhão de litroserdquo;, afirma a consultoria. Outro fator que favorece a importação é o custo: o etanol norte-americano é mais barato do que o etanol brasileiro. Ele chega às regiões Norte e Nordeste 12% a 15% mais barato em relação ao produto nacional. Normalmente, o Brasil compra o biocombustível americano em momentos de alta demanda interna, quando a produção local não consegue suprir as necessidades. Esse etanol é utilizado na mistura obrigatória de 30% de etanol anidro na gasolina.

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