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Redução do preço gasolina pela Petrobras em outubro chega aos postos em novembro, mostra IPTL

A redução do preço da gasolina pela Petrobras em outubro começou a ter efeito este mês. O preço médio da gasolina nos postos brasileiros registrou um recuo de 0,47% na primeira quinzena de novembro, em relação ao mesmo período de outubro, chegando a R$ 6,33, a menor média para o combustível registrada desde setembro, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). Na mesma comparação, o etanol também apresentou redução no período, de 0,45%, passando a custar R$ 4,42 o litro na média nacional. eldquo;A redução anunciada pela Petrobras em outubro começa a refletir no bolso do consumidor, embora o repasse ainda seja tímido. O preço médio da gasolina registrou queda na primeira quinzena de novembro, movimento que também se observa, de forma mais sutil, no etanolerdquo;, avaliou o diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas. Nas análises regionais do mesmo período, o IPTL apontou que todas as regiões acompanharam a tendência nacional de queda para a gasolina, com destaque para o Nordeste, onde a redução foi de 0,93%, para R$ 6,39. O Sudeste teve a gasolina mais competitiva, com média de R$ 6,19, ou menos 0,32%. O Norte seguiu com a gasolina mais cara, comercializada, em média, a R$ 6,82, uma queda de -0,15%. No caso do etanol, a maioria das regiões apresentou estabilidade, com exceção do Nordeste, onde o litro do biocombustível registrou queda expressiva, de 2,83%, com o preço médio em R$ 4,80. O etanol mais em conta foi o do Sudeste, com preço médio de R$ 4,32. O Norte teve o etanol mais caro do período, com preço médio de R$ 5,21. eldquo;Atualmente, o IPTL mostra que, em 14 Estados do País, o etanol tem sido a alternativa mais econômica frente à gasolina, principalmente no Centro-Oeste, onde o biocombustível se mostrou vantajoso em todos os Estados. Além do fator preço, o uso do etanol também representa um ganho ambiental, já que emite menos poluentes e ajuda a reduzir a pegada de carbono, fortalecendo uma mobilidade mais sustentávelerdquo;, acrescentou Mascarenhas. A maior alta do etanol no País na primeira quinzena de novembro foi encontrada no Tocantins, de 0,61%, alcançando o preço médio de R$ 4,98. Já a maior redução do biocombustível foi registrada na Bahia, de 4,93%, que fez com que o preço médio do biocombustível recuasse a R$ 4,63. Já a gasolina teve a maior alta verificada no Rio Grande do Norte, onde o combustível chegou à média de R$ 6,29 após aumento de 1,62%. Já o Estado com a maior redução no preço médio da gasolina foi a Bahia, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,28, após queda de 2,33%. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. (Estadão Conteúdo)

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Descarbonização do setor automotivo dependerá do biocombustível, afirmam especialistas

A descarbonização do setor automotivo não pode ser apenas pela eletrificação dos veículos, de acordo com representantes de montadoras instaladas no país. Segundo eles, em debate nesta quinta-feira (13/11), a experiência do Brasil com biocombustíveis, principalmente o etanol, está servindo de inspiração para vários representantes de governos nos debates da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, a COP30, iniciada na segunda-feira (10/11). De acordo com o diretor de comunicação e presidente da Fundação Toyota, Roberto Braun, a montadora japonesa colocou 70 veículos híbridos da marca abastecidos com etanol para representantes de delegações e trouxe dois protótipos de novas tecnologias para Belém, a fim de mostrar as vantagens do biocombustível na descarbonização e na geração de renda e emprego no país. eldquo;A nossa aposta principal é a combinação de tecnologia e biocombustíveis para fazer a descarbonizaçãoerdquo;, afirmou, durante o forum sobre descarbonização do setor automotivo na Casa do Seguro, organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). eldquo;É natural que, em alguns países, a solução do carro elétrico atende muito bem para o uso urbano. Mas a Jama, que é a Anfavea do Japão, já tinha alertado que a eletrificação sozinha não será suficiente para atender as métricas de descarbonização. Será preciso somar outras tecnologias e biocombustíveis, como o etanolerdquo;, afirmou Braun. O representante da Fundação Toyota lembrou que a experiência do Brasil com o etanol vem desde a década de 1970 e, atualmente, tem uma mistura de 30% na gasolina. O país desenvolveu os motores flex, credencia o país para inspirar a transição energética de outros países. Segundo Braun, os carros movidos a etanol reduzem as emissões em 70%. Mudanças Roberto Braun reconheceu que a própria Toyota também foi vítima dos efeitos das mudanças climáticas, uma vez que a empresa ainda não se recuperou totalmente do desastre na fábrica de motores de Porto Feliz, no interior de São Paulo, apesar de ter retomado a produção local de veículos no país. eldquo;Estamos sentido na pele mais do que ninguém a necessidade de reduzir as emissões globais de CO2eldquo;, afirmou. eldquo;O avanço do biocombustível para novos veículos depende de políticas públicas certas para novos veículos e tecnologias que reduzem as emissões. Por isso, temos recebido várias delegações interessadas em conhecer o sucesso do Brasil, que é um referencial para o mundoerdquo;, acrescentou, citando como exemplo Tailândia, Ìndia, Indonésia, Estados Unidos, Canadá e Austrália. No evento, o vice-presidente para América do Sul da General Motors, Fabio Rua, e o diretor institucional da Scania, Gustavo Bonini, defenderam que a COP30 consiga cumprir o mote principal de implementação das ideias debatidas na Conferência do Clima, e alertaram que o que mais falta são bons projetos para atrair recursos. eldquo;Precisamos ser bons em colocar as ideias em prática para combater as mudanças climáticas, mas temos que falar de todo o ecossistema e acelerar a implementação para resolver esse grande problemaerdquo;, disse Bonini. Na avaliação da gerente de sustentabilidade da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Priscila Rocha, apesar de os dados divulgados pela ONU sobre os avanços na redução da emissão desde o Acordo de Paris, em 2015, ainda estarem aquém do esperado, há um avanço que precisa ser comemorado. eldquo;A previsão de 2,4º de aumento da temperatura não é onde a gente quer chegar, mas o copo está meio cheio. Mas acredito que vamos ganhar mais tração, porque há muita gente com vontade de avançar nessa agenda e os recursos financeiros estão a caminho. É preciso vincular a bons projetos para a nova era da energia limpaerdquo;, frisou. Redução de emissões Assim como as montadoras, as seguradoras também investem no desenvolvimento para a transição energética. A japonesa Tokio Marine, por exemplo, que participa pela primeira do COP, como a Tokio Marine, investiu globalmente em uma plataforma com essa finalidade ao comprar a britânica TMGX, segundo Flavio Otsuka de Castro, diretor de Estratégia e Marketing da seguradora. Segundo ele, com faturamento de R$ 13,4 bilhões no Brasil, a empresa cresceu dois dígitos em 2024 e tem focado em operar parcerias em investimentos em geração de energia renovável no país.eldquo;Nosso objetivo é continuar crescendo na casa de dois dígitos nos próximos dois anoserdquo;, afirmou, em entrevista ao Correio. Ele contou que o foco do grupo é oferecer vários tipos de seguro para a energia renovável, como a eólica e a solar, tanto que 14% da energia renovável gerada no país está sob o guarda-chuva da companhia. A Porto Seguros, líder no mercado de seguro automotivo no Brasil, estabeleceu metas voltadas para a sustentabilidade. eldquo;O nosso compromisso é reduzir em 40% as nossas emissões diretas até 2030, e vamos desenvolver iniciativas voltadas para a descarbonizaçãoerdquo;, afirmou, ao Correio, Viviane Pereira, gerente de sustentabilidade e diversidade da empresa. Segundo ela, uma dessas iniciativas é a Renova, unidade de negócios voltada para o desmonte de carros com perda total e reaproveitamento de partes e peças. eldquo;Essa unidade, criada há 12 anos, se transformou em um negócio rentável e estamos pensando em ampliar para outras localidades além de São Pauloerdquo;, disse. Na agenda social, a Porto se compromete a investir R$ 40 milhões em projetos sociais, culturais e esportivos, além de alcançar 30% de pessoas negras e 50% de mulheres em cargos de liderança. *A repórter viajou a convite da CNSegA Índia, segundo ele, vem seguindo os passos do Brasil nesse sentido, elevou de 1% para 20% o percentual da mistura do etanol na gasolina em apenas 10 anos.

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Petróleo fecha em leve alta com dólar enfraquecido, apesar de aumento na oferta

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quinta-feira, 13, em leve alta, em pequena recuperação após registrar queda de aproximadamente 4% no pregão anterior. A commodity se beneficiou de um dólar enfraquecido, enquanto pondera relatórios mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o mercado global do óleo e semanal de estoques dos Estados Unidos. O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,34% (US$ 0,20), a US$ 58,69 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), subiu 0,48% (US$ 0 30), a US$ 63,01 o barril. Os preços da commodity operaram voláteis durante a sessão, ora influenciados por um dólar mais baixo até pares rivais, ora ponderando temores de aumento na oferta global. Contudo, para o Saxo Bank, a perspectiva a curto prazo é frágil, levando em conta uma oferta abundante e fraca demanda sazonal. O banco ING, por sua vez, aponta que o mercado dá sinais de sobreoferta, com os preços futuros do petróleo maiores que o preço corrente. Os investidores acompanharam a publicação de dois importantes relatórios durante a sessão de hoje. O Departamento de Energia dos EUA (DoE) informou uma alta acima do esperado nos estoques da commodity do país. Já a AIE alertou sobre um desequilíbrio no mercado, elevando a previsão de alta na oferta e na demanda do petróleo para 2025 e 2026. eldquo;O equilíbrio do mercado global de petróleo está se tornando cada vez mais desigual, à medida que a oferta mundial avança, enquanto o crescimento da demanda permanece modesto em relação aos padrões históricoserdquo;, disse a agência internacional. *Com informações de Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Novas regras para vale-refeição e alimentação podem gerar economia de R$ 8 bi ao ano

As novas regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) têm o potencial de gerar uma economia de R$ 7,9 bilhões ao ano, o equivalente a R$ 225 por trabalhador, segundo estimativas da Secretaria de Reformas Econômicas (SRE) do Ministério da Fazenda, divulgadas nesta quarta-feira, 12. eldquo;Esse valor decorre, principalmente, da redução das margens de lucro elevadas praticadas pelas empresas emissoras de vale-alimentação e vale-refeição, que passarão a ser repassadas aos estabelecimentos como bares, restaurantes e supermercadoserdquo;, diz a pasta em nota. eldquo;Com a diminuição desses custos, estima-se uma queda nos preços finais das refeições e dos alimentos, beneficiando diretamente os trabalhadores.erdquo; O decreto regulamentando o PAT, que inclui o vale-alimentação (VA) e o vale-refeição (VR), foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira, depois de anos de debate no governo. O programa atende a mais de 22 milhões de trabalhadores que recebem os valores em cartões ofertados pelas empresas. Nas contas da SRE, o teto de 3,6% para a Merchant Discount Rate (MDR), taxa cobrada dos estabelecimentos pelos cartões, deve gerar a maior parte da economia anual, de R$ 2,9 bilhões. A aplicação das normas ao auxílio-alimentação deve criar uma economia adicional de R$ 2,7 bilhões, segundo a pasta. Outros R$ 1,6 bilhão devem ser economizados por meio da abertura dos arranjos de pagamento, e R$ 700 milhões com a redução no prazo de liquidação financeira para 15 dias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que as novas regras do PAT têm o objetivo de sanar irregularidades. eldquo;O problema do PAT é que o dinheiro foi ficando pelo caminho. Era um dinheiro que deveria ser destinado ao trabalhador - com benefícios fiscais para as empresas que aderissem ao programa - e chegassem à ponta (o restaurante, a padaria, o mercado, o supermercado). O que nós começamos a perceber é que o dinheiro do PAT começou a ficar na intermediaçãoerdquo;, criticou ele, em entrevista a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda. Ele salientou que a taxa de retorno estava muito elevada e havia um comportamento inadequado do ponto de vista legal. eldquo;O rebate, por exemplo, foi proibido, estava sendo feito, constaram inclusive do balanço das companhias, essa devolução de recursoserdquo;, exemplificou. eldquo;Nós estamos querendo olhar para frente e por isso foi fixado aquilo que a gente achava correto do ponto de vista de ganho. Uma taxa mais civilizada, na minha opinião ainda elevada, mas perto do que estava sendo praticado, era uma exorbitânciaerdquo;, defendeu. Ele disse ainda a redução, de 30 para 15 dias, do prazo de pagamento aos estabelecimentos, argumentando que recurso do vale-alimentação é antecipado pela empresa, como um cartão de crédito. eldquo;Ainda levar 30 dias para pagar o estabelecimento, não nos parecia também muito correto.erdquo; Haddad disse que foram fixadas regras razoáveis após discussão com o setor para que o recurso seja destinado à alimentação saudável do trabalhador, ao custo compatível, sem prejudicar o dono do restaurante, o dono do supermercado e assim por diante. Com relação à escolha da bandeira do cartão, a portabilidade, o ministro disse que algumas questões tecnológicas não puderam ser resolvidas. eldquo;Mas tudo que pôde ser resolvido pelo decreto foi resolvidoerdquo;.

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Etanol/Cepea: Indicadores seguem firmes em SP

Na primeira semana de novembro, apenas alguns demandantes realizaram compras de novos volumes de etanol no mercado spot do estado de São Paulo. Do lado das usinas, a postura seguiu firme. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que parte dos vendedores tenha ficado fora do mercado spot, os que estiveram ativos ofertaram lotes de etanol a preços mais altos. Diante disso, os preços se sustentaram em São Paulo. Entre 3 e 7 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7997/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,78% no comparativo ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,2094/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), valorização de 0,92% no mesmo comparativo. Destaca-se que chuvas no início da última semana também deram certo suporte aos preços, à medida que dificultaram os trabalhos no campo.

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Governadores de direita pressionam por PL antifacção e devedor contumaz em manifesto a Hugo Motta

Governadores de direita entregaram nesta quarta-feira, 12, um manifesto ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressionar pelo projeto de lei antifacção e a proposta que pune os devedores contumazes. Os chefes dos Executivos estaduais se uniram para defender presencialmente no Congresso a pauta da segurança pública no momento em que o relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) que trata da repressão às organizações criminosas enfrenta resistências do governo Lula, do PT e até do PL. eldquo;Este texto foi construído exaustivamente pela oposição em diálogo com as forças de segurança, parlamentares, especialistas, setor produtivo e sociedade civilerdquo;, diz o documento, obtido pela Coluna do Estadão e assinado pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). eldquo;O texto estabelece instrumentos de repressão qualificada, responsabilização ampliada e coordenação interfederativa, reconhecendo que o enfrentamento ao crime exige sinergia entre União, estados, municípios, governo e oposiçãoerdquo;, afirma outro trecho do manifesto. Em almoço na Casa da Liberdade que tratou da pauta de segurança pública, Caiado declarou que eldquo;o programa social mais eficaz para o Brasil neste momento é o combate austero ao crime organizadoerdquo;. A votação do projeto antifacção no plenário da Câmara estava prevista para esta terça-feira, 11, mas foi adiada após uma polêmica sobre as atribuições da Polícia Federal . Após forte reação do Palácio do Planalto, Derrite recuou e retirou do texto a parte que tratava da PF e também desistiu de equiparar o crime organizado ao terrorismo. Mesmo assim, o governo ainda critica pontos do relatório do deputado, que é secretário de Segurança do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O PL também ficou insatisfeito com a retirada da equiparação de membros de facções a terrositas. Como mostrou a Coluna, o Senado viu a polêmica com as atribuições da PF no projeto de lei antifacção como uma nova eldquo;trapalhadaerdquo; da Câmara. A comparação é com a PEC da Blindagem e com a anistia aos condenados por golpe e pelo 8 de janeiro, que travaram na Casa após repercussão negativa.

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