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Pesquisa: 94% dos donos de elétricos não querem abandonar a eletrificação

A venda de carros elétricos no Brasil não para de crescer e soma mais de 57 mil unidades de janeiro a novembro. Isso representa quase 37% de participação entre os eletrificados, incluindo os híbridos. No mundo todo, a maioria dos compradores está feliz com a escolha. Estudo da Global EV Alliance, que reúne associações de donos de veículos elétricos, aponta que 92% dos entrevistados voltariam a comprar carros do tipo. Além disso, 4% optariam por híbridos plug-in. A pesquisa ouviu mais de 23 mil donos de elétricos em 18 países. Na América do Sul, o Brasil é o único representante. Um dos principais motivos para a escolha é o menor custo operacional. Outros aspectos muito citados são questões climáticas e o baixo nível de ruído. Interesse em novas tecnologias, boa dirigibilidade e menor custo de manutenção também receberam destaque na lista de razões para a compra. INFRAESTRUTURA. Porém, a falta de infraestrutura de recarga preocupa os donos de elétricos sobretudo no País. Os brasileiros ficaram na primeira posição da pesquisa em itens como eldquo;preciso de mais planejamento para fazer uma viagem longa com meu EV do que com um carro a combustãoerdquo; e eldquo;sempre me preocupo em como vou carregar meu veículo em viagenserdquo;, por exemplo. Quanto ao eldquo;range anxietyerdquo;, ou medo de ficar sem carga na bateria, os brasileiros aparecem na segunda posição. Na primeira estão os indianos. Seja como for, dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram que a rede de recarga está em expansão. Atualmente, há mais de 10 mil eletropostos no País. Segundo a VoltBras, da área de operação e gestão de carregadores, o faturamento anual do setor de eletromobilidade é de R$ 594,3 bilhões. Desse total, o segmento de infraestrutura representa R$ 445,9 bilhões. Apesar dos avanços, há várias incertezas à frente. É o caso do valor de revenda dos elétricos, que só deve se consolidar nos próximos anos. EMPLACAMENTOS. A BYD domina as vendas de carros elétricos no País, com quatro modelos entre os cinco mais emplacados de janeiro a novembro. Domínio chinês Os cinco elétricos mais emplacados do País são chineses e o sexto, Volvo EX30, é feito na China O líder é o Dolphin Mini, com 20,1 mil unidades, seguido pelo Dolphin (14,7 mil). Em quarto lugar vem o Seal (3,34 mil) e em quinto, o Yuan (2,67 mil). O GWM Ora (5,85 mil) está na terceira posição e o Volvo EX30, na sexta (2,39 mil). ebull;

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ANP publica painel dinâmico com dados de qualidade do etanol

A ANP publicou na segunda-feira (23/12) o Painel Dinâmico da Qualidade da Produção e Importação de Etanol. A ferramenta interativa apresenta dados da qualidade do etanol produzido em território nacional, bem como do etanol oriundo de importação. Os dados apresentados são consolidados a partir de certificados de qualidade enviados por produtores e importadores para a ANP. Esses certificados são documentos que contêm os resultados das análises físico-químicas do etanol, conforme os parâmetros de qualidade exigidos na Resolução ANP nº 828/2020. Estão contemplados tanto o etanol hidratado, utilizado diretamente como combustível em veículos, quanto o etanol anidro, que é misturado à gasolina, na proporção definida na legislação vigente (atualmente, 27%). Os dados do painel representam o volume certificado, conforme a Resolução ANP nº 828/2020, e não o volume total produzido. Essa diferença se dá porque a análise da qualidade é feita em amostras do combustível. Assim, o volume certificado é a quantidade segregada do produto em um único tanque de armazenamento, que será analisado e dará origem ao certificado de qualidade ou outro documento de conformidade. Por serem informações declaradas pelos agentes econômicos, por meio de sistema da ANP, os dados estão sujeitos a atualizações. A Agência realiza processos de fiscalização constantes dos dados enviados, de modo a garantir a sua veracidade. As informações e dados quantitativos são de cunho geral, não abrangendo dados específicos de cada instalação ou que exponham características particulares dos negócios dos agentes, de forma a não divulgar informações restritas das empresas. O painel será atualizado diariamente, sendo a data da última atualização informada na ferramenta. Acesse o Painel Dinâmico da Qualidade da Produção e Importação de Etanol: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/paineis-dinamicos-da-anp/painel-dinamico-da-qualidade-da-producao-e-importacao-de-etanol.

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Petrobras acelera encomendas em refino ao maior nível desde Lava Jato

Com a reabertura de licitações para projetos paralisados após a Operação Lava Jato, a Petrobras fecha 2024 com a maior projeção de investimentos em refino desde a descoberta do esquema de corrupção que culminou com a maior crise recente da estatal. A aceleração das encomendas foi uma das missões dadas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da Petrobras, Magda Chambriard, mas a empresa vem encontrando algumas dificuldades para assinar contratos devido a ofertas acima do previsto. A Petrobras fecha o ano com 7 licitações abertas para obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, 12 para projetos no antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, hoje Complexo de Energias Boaventura) e 3 para unidade de fertilizantes de Três Lagoas (MS). Tem ainda concorrências em aberto para modernização e ampliação da capacidade na Reduc (Refinaria de Duque de Caxias) e na Recap (Refinaria de Capuava), sem contar a série de concorrências em refino já encerradas no ano, com obras em andamento. "A gente ficou bastante tempo sem investir na área industrial e a gente está retornando", disse a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, em evento com representantes da indústria nacional no início de dezembro. Lotado, o evento era um termômetro do ânimo de fornecedores com a variedade de licitações na área de refino, vistas como oportunidades de retomar o fôlego perdido após a suspensão de grandes projetos ao fim do governo Dilma Rousseff (PT). A Petrobras não abre valores exatos das encomendas, mas em cerimônias durante o ano disse que a retomada das obras da Rnest, do Complexo Boaventura e da UFN-3 custará cerca de R$ 25 bilhões. Outros R$ 7 bilhões serão investidos na Reduc. "São investimentos menores, se comparados aos de exploração e produção, mas oferecem muito mais oportunidades", diz Alberto Machado, diretor-executivo para a área de petróleo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Isso porque as plataformas costumam vir quase prontas do exterior, enquanto as obras das refinarias têm que ser feitas no país. "Mesmo que importe um ou outro equipamento, sempre tem mais chance para a indústria local." O setor vive hoje um nível de ociosidade em torno de 25% a 30%, afirma Machado, mas pode expandir rapidamente a produção com a elevação das encomendas. Baruzzi disse no evento do Rio que a divisão das licitações em vários pacotes visa dar chances a um número maior de empresas. "A gente entende que é um momento de retomada", afirmou. "Então, a gente quer dar oportunidade para que as empresas possam participar desses projetos e cresçam novamente. O plano estratégico da Petrobras prevê um total de US$ 19,6 bilhões (R$ 120 bilhões, ao câmbio atual) para a área de refino, petroquímica e fertilizantes, crescimento de 17% em relação à versão anterior, a primeira sob o terceiro mandato de Lula. Apenas para refinarias, a estatal prevê US$ 15,2 bilhões (R$ 90 bilhões), mais do que o dobro do planejado no último plano do governo Jair Bolsonaro (PL), que via o refino como negócio secundário, e o maior valor desde 2014, antes da Lava Jato. Além das licitações já abertas, a gestão Magda planeja para os próximos anos expansões nas refinarias de Paulínia, Cubatão e Porto Alegre. A empresa alega que os investimentos já aprovados são viáveis e darão lucro. Mas algumas das primeiras propostas abertas para a Refinaria Abreu e Lima vieram com preços acima do esperado e os pacotes estão sendo relicitados. Entre os proponentes com valores acima do esperado estavam Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht), duas das empresas alvo da Operação Lava Jato. A Petrobras não havia respondido ao pedido de entrevista até a publicação deste texto, mas, no evento com a indústria nacional, Baruzzi chamou as licitações malsucedidas de "acidentes empresariais". "Cada vez que tem um acidente, a gente tem que aprender com esse acidente. Então, a gente conversa com o mercado, vê o que aconteceu, tenta entender, tenta ajustar. E é isso que a gente tem feito", afirmou a diretora da Petrobras. A elevação de preços não é um problema apenas para os investimentos de refino. Na área de exploração e produção de petróleo, a Petrobras também vem buscando alternativas para reduzir os valores das encomendas. O mercado de plataformas ficou concentrado em poucas empresas, e o crédito para esse segmento está mais escasso, o que encarece a construção. A estatal vem tentando há anos, por exemplo, viabilizar plataformas para descobertas gigantes de gás no litoral de Sergipe. Na mais recente tentativa, decidiu testar uma modalidade de compra de plataformas que prevê operação assistida pelo fabricante durante um período. Com a compra, facilita o acesso do construtor a crédito. A operação assistida lhe dá garantia contra eventuais problemas na implantação. A Petrobras já aprovou encomendas de cinco plataformas nos próximos quatro anos emdash;outras seis estão em planejamento. Além disso, estima a necessidade de cerca de 3.500 quilômetros de dutos e cerca de 300 sistemas submarinos para poços. Atualmente, tem licitações abertas para a construção da plataforma P-86, que será usada na revitalização de campos da bacia de Campos, de barcos de apoio à produção em alto-mar e recentemente recebeu proposta para a compra de navios para o transporte de combustíveis.

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PUBLICIDADE Gasolina, diesel e biodiesel devem ter demanda maior em 2025, projeta StoneX

O consumo de gasolina C (vendida nas bombas, com adição de etanol hidratado) e óleo diesel B (com adição de biodiesel) devem crescer em 2025, em razão de uma economia mais acelerada e do fortalecimento do consumo interno destes combustíveis. O biodiesel também deve ter a demanda mais elevada no ano que vem, ao passo que o etanol hidratado deve apresentar recuo. Os dados fazem parte das projeções da empresa de inteligência de mercado e consultoria StoneX, divulgados nesta semana. Segundo as estimativas, o consumo de gasolina no país no ano que vem deve ser de 45,9 milhões de metros cúbicos, alta de 3,4% na comparação com 2024, que deve encerrar com 44,4 milhões de metros cúbicos vendidos. A consultoria destaca, ainda, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) segundo os quais as vendas de gasolina C chegaram a 3,8 milhões de metros cúbicos em outubro, o melhor valor desde agosto de 2023 e 3,9% acima do verificado no mesmo mês no ano passado. Com isso, as projeções indicam que o volume de vendas de gasolina C em 2025 tende a se aproximar do recorde da série histórica, registrado em 2023. Para ler esta notícia, clique clique aqui.

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Petróleo fecha perto da estabilidade com peso de ameaças tarifárias de Trump

O petróleo fechou perto da estabilidade nesta sexta, em leve alta. Mais cedo, a commodity era impulsionada pelos dados de inflação mais fracos na economia americana, mas perdeu fôlego após a ameaça do presidente eleito Donald Trump de impor tarifas aos países da União Europeia, caso não comprem mais gás e petróleo dos Estados Unidos. No fechamento, o contrato futuro do Brent (referência mundial) com vencimento em fevereiro subiu 0,08%, cotado a US$ 72,94 por barril, e o WTI (referência americana) teve alta de 0,12%, a US$ 69,42 por barril. A commodity recuou 2,15% na semana (Brent) e 1,9% (WTI), com o peso de um tom mais hawkish do Federal Reserve e as novas ameaças tarifárias de Trump.

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O desafio da Petrobras na busca por novas reservas de petróleo

Para a Petrobras o grande desafio da hora está em fazer grandes investimentos em novas fronteiras produtivas destinadas a recompor reservas, sem comprometer as exigências ambientais que cercam sua atividade. A produção brasileira de petróleo atingiu em outubro os 3,26 milhões de barris por dia, dos quais 78% provieram dos campos do pré-sal, onde ocorreram as principais descobertas antes dos leilões de partilha, iniciados em 2013. A Petrobras estima alcançar o pico de sua produção de petróleo no fim desta década, entre 2028 e 2030, quando deve extrair 4,6 milhões de barris por dia. A partir daí, a previsão é de que a produção entre em declínio. Se não contar com novos campos para explorar endash; entende a empresa endash; a segurança energética do Brasil poderá ficar comprometida. Em seu mais recente plano de negócios, anunciou o aporte de US$ 77,3 bilhões na área de exploração e produção até 2029. A presidente da estatal, Magda Chambriard, tem se mostrado entusiasmada com o avanço das atividades exploratórias, especialmente na costa brasileira. Mas há mais em jogo. Como o pré-sal deverá começar a soluçar, será preciso redecifrar o mapa do tesouro. Os melhores sinais apontam para a Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, onde a Guiana tem encontrado grandes jazidas de hidrocarbonetos. Mas a exploração da área enfrenta resistência dos organismos de proteção ambiental. O impasse continua sem solução endash; nem técnica nem política. Outra região promissora é a da Bacia de Pelotas, que mostra grande potencial diante das recentes descobertas na Bacia de Orange, na Namíbia, área com a qual tem correspondência geológica. Estimativas preliminares dão conta de que a Bacia de Pelotas contém entre 10 e 20 bilhões de barris de óleo recuperável. A Petrobras já assinou 29 contratos de concessão na área. Além das possíveis reservas no País, a Petrobras tem trabalhado para diversificar o seu portfólio exploratório, com presença em blocos na costa do continente africano e em reservas de gás na Colômbia. O geólogo Pedro Zalan adverte que a demanda por energia deve crescer para além do projetado até aqui, em consequência do aumento do consumo pelos data centers, à medida que os gigantes da tecnologia direcionam bilhões de dólares em infraestrutura para desenvolvimento da inteligência artificial. eldquo;Todas as grandes empresas de petróleo do mundo estão reforçando os investimentos em exploração de petróleo porque a demanda por energia vai aumentar muito, especialmente para atender esses mercado da tecnologia. Se a situação na Margem Equatorial não avançar, a Petrobras ainda tem condições de reforçar suas reservas com a recuperação de campos maduros no pré-sal e na Bacia de Pelotas. Ainda há a Bacia Sergipe-Alagoas, onde ela vem instalando plataformas para exploração em águas profundas para aumentar seu portfólio nos próximos anoserdquo;, explica o especialista A indústria de petróleo terá importância nessa transição verde e o óleo dificilmente perderá o destaque como fonte energética. Daí a importância da recomposição de reservas da Petrobras, principalmente para exportação.

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