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Arrecadação sobe 11% em fevereiro, mas fica abaixo do esperado, diz XP

A XP estima que o governo federal arrecadou R$ 185,3 bilhões em fevereiro, um crescimento real (acima da inflação) de 11,6% em relação ao mesmo mês de 2023. De acordo com a análise, o crescimento ficou R$ 6 bilhões abaixo do esperado pelo governo e R$ 1,9 bilhão do previsto pela corretora. Segundo Tiago Sbardelotto, economista de fiscal da XP, foram observados desfalques no Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas e na Cofins. Outro fator que não veio como o previsto foi a entrada de recursos vindos do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A mudança nas regras de subvenção do ICMS tampouco teve o efeito esperado na arrecadação de fevereiro, observou Sbardelotto. "Os números não são negativos e nem motivo de comemoração", disse o economista. Ainda segundo os cálculos de Sbardelotto, a receita administrada líquida do governo central (aquela que desconsidera ganhos não geridos pela Receita, como royalties de petróleo, e ainda desconta os repasses a estados e municípios) teria somado R$ 124,7 bilhões em fevereiro, uma alta nominal de 20%. O avanço real (considerando a inflação) teria ficado em 14,6% na comparação anual. Como a arrecadação de janeiro, de R$ 280,6 bilhões, surpreendeu estimativas, o governo ainda conta com uma "sobra" de R$ 5 bilhões nas receitas em relação ao estimado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Segundo Sbardelotto, essa gordura "é muito pouco". "O desafio continua. Precisamos observar março", diz. Para ele, algumas estimativas do governo, como a arrecadação de R$ 35 bilhões com a concessões de ferrovias, são muito otimistas emdash;o que exige cautela diante das estimativas oficiais. O governo Lula conta com a elevação nas receitas para cumprir a meta de déficit zero em 2024. Caso ela não seja atingida e o resultado fique fora da margem de tolerância prevista em lei, haverá restrição de despesas na formulação do Orçamento seguinte.

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Montadoras investirão quase R$ 100 bilhões com foco em elétricos e híbridos; veja a lista

A Stellantis anunciou nesta quarta-feira (6/3) que irá investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030. Com isso, chega a 11 o número de montadoras que divulgaram planos de investimento após o anúncio do do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Ao todo, pretende desembolsar um total de R$ 97,3 bilhões, com foco em carros elétricos e híbridos. Responsável por 14 grandes automotivas, como Fiat e Jeep, o grupo Stellantis pretende lançar40 novos produtos durante o período, com destaque para novas tecnologias, como a Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis (etanol) em três diferentes níveis. A tecnologia está sendo desenvolvida no Polo Automotivo Stellantis em Betim (MG). A expectativa é que, no futuro, a empresa também produza um veículo elétrico a bateria (BEV). eldquo;Como parte fundamental da nossa estratégia de crescimento, a América do Sul assumirá um papel de liderança na aceleração da descarbonização da mobilidade, juntamente com nossos funcionários, nossa rede de fornecedores e nossos parceiroserdquo;, disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no Palácio do Planalto. Na terça-feira, foi a vez da Toyota anunciar planos de investir R$ 11 bilhões no país até 2030, com parte do aporte direcionado à ampliação da capacidade de produção de veículos híbridos flex. Veja a lista dos investimentos anunciados pelas montadoras no Brasil: Stellantis endash; R$ 30 bilhões (2025/2030) Volkswagen endash; R$ 16 bilhões (2022/28) Toyota endash; R$ 11 bilhões (2024/2030) GWM endash; R$ 10 bilhões (2023/32) General Motors endash; R$ 7 bilhões (2024/28) Hyundai endash; R$ 5,45 bilhões Renault endash; R$ 5,1 bilhões (2021/27) BYD endash; R$ 5 bilhões (2024/30) CAOA endash; R$ 4,5 bilhões (2021/28) Nissan endash; R$ 2,8 bilhões (2023/25) BMW endash; R$ 500 milhões

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Relator de PL defende 35% de etanol na gasolina o quanto antes; açúcar vai 'amargar' para as usinas?

O governo federal quer dar eldquo;gáserdquo; ao Projeto de Lei do eldquo;Combustível do Futuroerdquo; e elevar a mistura de etanol na gasolina dos atuais 27,5% para 35%, acima dos 30% que constam no PL 4.513/2023, em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta de uma mistura de 35% de biocombustível no combustível fóssil foi defendida pelo relator do PL, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania endash; SP), que ressaltou ser necessária viabilidade técnica para isso seguir em frente. O PL tem como foco o uso cada vez maior de biocombustíveis no país e deve atuar como um dos principais instrumentos do governo brasileiro no fomento à transição energética. Existe viabilidade para a mudança? Para Marcelo Bonifácio, analista de açúcar e etanol na StoneX, ainda há muita incerteza sobre o assunto, incluindo o prazo para que a proporção de 30%, que consta no texto original do PL, seja atingida. eldquo;Existe muita incerteza se o aumento da mistura será implementado imediatamente ou até 2030 como era proposto. Não sabemos se esse aumento será gradual ou se vamos para 30% ou 35% de forma direta. Em termos de capacidade de produção, caminhamos para um mercado de etanol com uma boa oferta, seja pela ampliação de novas usinas de etanol de milho e pela forte produção no Centro-Suleldquo;, explica. Para 2024, o analista destaca que as projeções apontam para uma produção de mais de 7 bilhões de litros de etanol de milho. No Centro-Sul, na safra 24/25 de cana-de-açúcar, ele projeta 7,2 bilhões de litros. Os desafios para o açúcar Bonifácio enfatiza os desafios com a safra de cana-de-açúcar, que vão estar focados na flexibilidade das usinas. eldquo;O mercado de açúcar precisa estar de olho nessa mistura, já que os preços que ditam as escolhas das usinas quanto ao mix produtivo. Mas por outro lado, temos capacidade para esse aumento, com o etanol de milho cada vez mais protagonista, ou seja, em termos de produção, a oferta não deve ser um problema, mas sim os preços pagos, já que a disponibilidade cana será um grande drivererdquo;, diz. Quanto aos preços da gasolina, o analista ressalta que os preços da gasolina devem cair com esse aumento da mistura. No início da semana, nos dois primeiros pregões, houve uma recuperação nos preços do açúcar em Nova York. eldquo;O mercado segue bem sensível no momento por conta do Centro-Sul, com algumas estimativas apontando para uma queda na moagem maior que o esperado por conta das menores chuvas desde novembro do ano passado, algo que pode sustentar essa volatilidadeerdquo;, aponta. eldquo;A queda nos preços do açúcar (que atingiram até US$ 0,27 no fim de 2023) vinha acontecendo por conta de uma oferta bem elevada no curto prazo pelas exportações brasileiras, que estão batendo recorde em janeiro e fevereiro. É um mercado bem volátil, que caiu bastante e agora passa por correçõeseldquo;, finaliza.

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Novos negócios no setor sucroalcooleiro com leis a serem votadas no Congresso

Somente o aumento do percentual de 27% para 30% do álcool anidro na gasolina aumentaria em 11% o volume a ser produzido deste combustível no Brasil. Este é só um exemplo de um conjunto de medidas que está tramitando no Congresso Nacional e podem gerar novos mercados e negócios no setor sucroalcooleiro. O Nordeste tem vários Estados com o setor sucroalcooleiro forte. Várias destas medidas fazem parte do Projeto de Lei 4.516, conhecido como Combustível do Futuro, e a Medida Provisória 1.205, que institui o Programa de Mobilidade Verde e Inovação. Elas não vão ficar restritas ao aumento dos percentuais do álcool na gasolina nem de biodiesel no diesel. Vão estabelecer também novas regras para negócios como o mercado de captura e armazenamento de carbono, o biometano, o SAF, um combustível verde para a aviação, entre outros. Sem contar com o importante papel que o álcool terá nos carros híbridos, que vão, gradativamente, se tornarem mais elétricos. eldquo;Estas iniciativas são importantes porque elencam e começam a dar publicidade e gerar regras para atrair investimentos, podendo trazer parcerias internacionais. Elas vão acelerar a transição energética com vários combustíveiserdquo;, comenta o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, que argumenta, ser eldquo;imprescindível ter um programa deste tipoerdquo;. E, segundo ele, as duas iniciativas citadas acima eldquo;estão se harmonizando e integrando as políticas públicas, criando um amparo legal, sinalizando isso para o mercado alicerçado na sustentabilidadeerdquo;. A longo prazo, a maior parte destas medidas, traçam um cenário de transição energética, aumentando a participação dos combustíveis verdes e diminuindo o uso dos combustíveis fósseis, o que também está sendo chamado de descarbonização da economia. Entre as medidas, está o aumento da mistura do álcool anidro na gasolina, que poderá sair, gradativamente, dos atuais 22% até chegar em 35%. eldquo;O aumento do percentual é importante para o produtor, amplia o mercado e melhora a qualidade da gasolina. Se sair dos atuais 27% para 30% terão que ser produzidos mais 11% de álcool anidroerdquo;, comenta Renato. A adição do álcool anidro na gasolina deixa o combustível ambientalmente mais amigável, diminuindo as emissões de carbono, principalemente se for levado em consideração que os canaviais capturam carbono, quando se leva em consideração todo o ciclo de produção. O combustível do futuro e novos negócios Esta regulamentação dos combustíveis verdes -, incluindo os do futuro, como o SAF e o biometano -, é importante também para o Brasil se preparar para a COP 30, que vai ocorrer em novembro de 2025, em Belém, capital do Pará. O evento vai atrair autoridades e representantes de empresas interessadas na transição energética e o Brasil tem tudo para ser um grande player nestes novos negócios. A expectativa é de que estas iniciativas sejam votadas pelo Congresso Nacional em duas ou três semanas. O relator do PL do Combustível do Futuro é o deputado federal Arnaldo Jardim, do Cidadania, de São Paulo. "A transição energética no Brasil dá sinais que vai contemplar várias fontes. O Brasil é um país que produz biodiesel, etanol, biometano. Todos podem ter espaço de mercado, se mostrarem responsabilidade", diz Renato.

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Petróleo fecha em alta, com otimismo sobre corte de juros nos EUA; sauditas reajustam preço

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 6, na sequência de sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicou que os dados de inflação persistente e contratações de janeiro não alteraram o plano do banco central americano de cortar a taxa de juros neste ano, ainda que tenha reiterado a necessidade de mais evidências antes de dar um primeiro passo. O Brent chegou a superar US$ 84 no pregão. O direcional do dia também contou com dados mistos de estoques de petróleo nos EUA e aumento de preços da commodity pela Arábia Saudita a clientes asiáticos, o que foi lido como sinal de demanda firme. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 1,25% (US$ 0,98), a US$ 79,13. O Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,12% (US$ 0,92), a US$ 82,96 o barril. O presidente do BC norte-americano afirmou que autoridade monetária não está esperando que a inflação volte precisamente à marca de 2% para começar a relaxar sua postura. Em vez disso, segundo ele, o Fed busca evidências de que o índice de preços está a caminho de volta à meta eldquo;de maneira sustentávelerdquo;. Powell participou de audiência na Câmara dos Representantes norte-americana. Os contratos aceleram os ganhos mais cedo, depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo subiram, como era esperado, mas os de gasolina e destilados caíram bem mais do que se previa. Em um sinal de melhora da demanda, a Arábia Saudita aumentou o preço do seu principal produto endash; o petróleo árabe leve endash; para clientes asiáticos. A gigante petrolífera estatal Aramco fixou o preço oficial de venda do produto para a Ásia em abril em US$ 1,70 por barril acima da média de Omã/Dubai, ante US$ 1,50 por barril em março. O preço é considerado um barômetro de como os sauditas avaliam as perspectivas de demanda. A Aramco também elevou outros preços referenciais para abril. Sobre a demanda chinesa, a agência de análise de risco Fitch Ratings projetou, em relatório, que o crescimento da procura por gasolina pelo país diminuirá à medida que as vendas internas de automóveis movidos por combustíveis continuem em queda. A lentidão da atividade industrial e a recessão no setor imobiliário também devem pesar sobre a procura de óleo diesel. Já a expansão da procura por querosene pode ser apoiada pelo aumento dos voos internacionais e da procura de viagens de longa distância, apesar da sua pequena participação no total de produtos refinados. (Estadão Conteúdo)

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Sistema da ANP permite consultar situação de postos e revendas de GLP

Está disponível no sistema de Consulta de Dados Públicos da ANP - CPD a consulta por situação de interdição total ou parcial ou suspensão de um posto revendedor de combustíveis automotivos ou de uma revenda de GLP (gás de cozinha). Essa informação é de grande relevância para os distribuidores de combustíveis automotivos e de GLP, uma vez que, conforme previsto na Lei 9.847/99, que dispõe sobre a fiscalização das atividades relativas ao abastecimento nacional de combustíveis, o distribuidor não pode vender combustível para estabelecimentos interditados pela Agência. A ANP fiscaliza o mercado de combustíveis e, toda vez que uma irregularidade é encontrada, os fiscais da Agência emitem um auto de infração, dando origem a um processo administrativo que, ao final, pode resultar em punição do revendedor de combustível ou de GLP, conforme determina a lei. Quando a irregularidade prejudica o consumidor ou afeta a segurança, além da autuação, o agente econômico também pode sofrer interdição total ou parcial de suas instalações, como medida cautelar, para evitar que a irregularidade continue a ser cometida. Assim que o agente econômico comprova que o problema foi resolvido, ele é desinterditado pela ANP. Mesmo desinterditado, continua respondendo ao processo administrativo e sujeito às punições previstas em lei. A suspensão das atividades, por outro lado, pode ser aplicada ao estabelecimento como punição por irregularidades anteriores. Neste caso, o estabelecimento não poderá operar por um prazo determinado na decisão do julgamento do processo administrativo. A nova informação permite ao cidadão melhor acompanhar e compartilhar a situação dos postos revendedores de combustíveis e revendedores de GLP e está alinhada ao princípio da transparência pública. Além disso confere agilidade e confiabilidade nas negociações comerciais. A consulta pode ser feita a partir do CNPJ do revendedor e mostra se, no momento em que é feita, o agente econômico em questão está ou não interditado total ou parcialmente pela ANP.

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