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Distribuição de gasolina grátis para carros vermelhos gera filas em Palhoça

Motoristas formaram uma longa fila no posto Texaco recém-inaugurado em Palhoça, nesta quinta-feira (31), para aproveitar a promoção de gasolina gratuita. A ação celebra o retorno da Texaco ao Brasil e limita a oferta aos veículos de cor vermelha, em referência à identidade visual da marca. A ação chamou atenção por limitar a distribuição de gasolina gratuita a carros vermelhos, oferecendo até 20 litros por veículo. A ideia promove a marca e reforça sua identidade visual no mercado brasileiro. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram filas extensas no posto Galo Boca da Serra, no km 05 da BR-282, bairro Bela Vista. Motoristas aguardaram horas para abastecer e aproveitar a ação inédita na região. Após mais de uma década fora do Brasil, a Texaco retorna com a inauguração do posto em Palhoça. A marca, presente no país desde 1915, encerrou suas operações em 2008, mas agora volta para recuperar seu espaço no mercado de combustíveis.

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Confaz publica alíquotas ad rem sobre combustíveis para 2025

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou no Diário Oficial da União (DOU), os Convênios ICMS 125/2024 e 126/2024, que tratam da atualização anual das alíquotas ad rem de combustíveis. A medida entrará em vigor a partir de 1º de fevereiro de 2025, observando-se integralmente o princípio constitucional de anterioridade, conforme estabelecido pelo artigo 150, inciso III, alíneas eldquo;aerdquo; e eldquo;berdquo;, da Constituição Federal. A atualização anual das alíquotas para gasolina, diesel e GLP considerou os preços médios mensais dos combustíveis divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de fevereiro a setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Com a aplicação dessa metodologia, os novos valores para as alíquotas a partir de fevereiro de 2025 serão R$ 1,47/l para a gasolina, R$ 1,12/l para o diesel e R$ 1,39/kg para o GLP. Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária.

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Estudo da UnB sobre os impactos do biodiesel no combustível comercial

Um dos principais pontos de atenção ao setor transportador têm sido as mudanças nas regras do teor do biodiesel de base éster no diesel fóssil. O estudo foi apresentado nas Sessões Técnicas do 14º Congresso Brasileiro de Planejamento Energético (14º CBPE), promovido pela SBPE (Sociedade Brasileira de Planejamento Energético). A participação no Congresso representa que o estudo foi revisado por cientistas e validado pela citada Sociedade. O trabalho, conduzido pela UnB (Universidade de Brasília), revelou que o aumento na proporção de biodiesel no diesel comercial está relacionado a uma série de complicações que afetam diretamente o motor de veículos do ciclo diesel, no que diz respeito a emissões de poluentes e à eficiência energética. Aumento nas emissões de CO2 No estudo, observou-se um aumento significativo nas emissões de CO2 (dióxido de carbono), especialmente quando um motor opera com uma mistura de 20% de biodiesel (B20) endash; proporção que é a meta estabelecida para o combustível em 2030, segundo a legislação do Combustível do Futuro. Os resultados do estudo mostram que, ao se elevar a mistura de biodiesel de 7% para 20%, as emissões específicas de CO2 aumentam consideravelmente, em função da diminuição da potência efetiva do motor. A análise também revelou um aumento significativo nas emissões de NOx (óxido de nitrogênio). Esse gás é extremamente nocivo à saúde humana e ao meio ambiente, pois provoca infecções respiratórias e pode induzir à ocorrência de chuva ácida. Desempenho comprometido A pesquisa também notou uma queda no desempenho dos motores. A partir de uma mistura de biodiesel de 20%, surgem problemas como a formação de resíduos e a contaminação do óleo lubrificante, exigindo maior atenção para a manutenção de peças do motor. Nesse nível de adição, o consumo de combustível também aumenta, enquanto a eficiência do motor é reduzida, resultando em um desempenho inferior ao que seria alcançado com teores inferiores de biodiesel. Os dados indicam que motores com tecnologias antigas enfrentam mais dificuldades quando operam com altos níveis de biodiesel. O impacto é tanto no desempenho quanto nas emissões, demonstrando a necessidade de avanços tecnológicos e de uma possível reavaliação das metas de mistura de biodiesel no diesel. Reflexões para o futuro do setor Os resultados apresentados reforçam a necessidade de uma análise contínua e ajustada das políticas públicas em relação ao biodiesel, especialmente no que se refere à tecnologia dos motores utilizados e ao impacto ambiental gerado pela mistura. Com o eventual aumento da mistura obrigatória para 20% até 2030, é fundamental considerar tanto a eficiência operacional quanto a sustentabilidade ambiental no planejamento futuro do setor. eldquo;A CNT alerta para a importância de decisões embasadas tecnicamente e defende que qualquer mudança no teor do biodiesel seja precedida por testes rigorosos e validação científicaerdquo;, afirma o diretor executivo da Confederação, Bruno Batista.

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Biodiesel: diretora do IBP propõe medida que pode atrasar aumento de mistura ao diesel

A diretora do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Ana Mandelli, defendeu na última quinta-feira (31), que a fase de testes do aumento do percentual do biodiesel no diesel seja feita considerando as condicionantes de diferentes regiões brasileiras. Na prática, seriam realizados inúmeros testes, o que poderia atrasar a regulamentação do mandato obrigatório na mistura do biocombustível, segundo interlocutores do setor. O presidente Lula sancionou a lei eldquo;combustíveis do futuroerdquo; no início de outubro. O texto trata de uma série de iniciativas, incluindo determinações sobre o aumento da mistura de biodiesel ao diesel. A partir de 2025 será acrescentado 1 percentual de mistura por ano, até atingir 20% em março de 2030. Desde março de 2024 o biodiesel passou a ser misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14%. Viabilidade do biodiesel O Ministério de Minas e Energia (MME) e agentes do setor discutem agora a fase de testes de viabilidade técnica e econômica das mudanças. Estudos sobre aspectos sociais também poderão ser elaborados, como o impacto da produção de biocombustíveis nas comunidades locais. eldquo;Já temos exemplos de montadoras que já aprovaram teores mais altos, mas estamos discutindo aqui colocar teores mais altos do biodiesel no diesel do Oiapoque ao Chuí. Temos que efetivamente refletir nesses testes o que o consumidor vai receber nas diferentes regiões do país, que é tão grandeerdquo;, declarou Ana.

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Petróleo fecha em alta moderada após avanço do dólar atenuar ímpeto com Oriente Médio

O petróleo fechou em alta pela terceira sessão seguida, sustentado por renovada tensão geopolítica no Oriente Médio, ainda que tenha perdido força no fim da sessão por conta do avanço do dólar no mercado internacional. O saldo semanal foi negativo, pressionado pelo recuo de mais de 6% na segunda-feira. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,33% (US$ 0,23), a US$ 69,49 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,39% (US$ 0,29), a US$ 73,10 o barril. Na semana, recuaram 3,19% e 3,35%, respectivamente. O petróleo alcançou três sessões seguidas de ganhos hoje, após relatos de que o Irã prepara um ataque retaliatório contra Israel nos próximos dias. O movimento ocorreu depois da commodity recuar mais de 6% na segunda-feira, após um ataque israelense poupar instalações petrolíferas iranianas. "Os aumentos e diminuições do apetite por conta do risco geopolítico mantêm o mercado instável, ampliando a dificuldade de manter uma posição no ativoerdquo;, dizem analistas da Ritterbusch. Embora a perspectiva ainda seja de baixa, eldquo;dado o último pico de preço, um novo teste da próxima resistência do WTI no nível de US$ 72 não pode ser descartadoerdquo;, acrescenta a empresa. A commodity reduziu ganhos no fim do dia, enquanto o dólar subia ante principais pares. Investidores analisavam dados de atividade e se preparavam para a eleição presidencial dos Estados Unidos. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Brasil pode virar importador de petróleo em dez anos se não encontrar novas reservas

O Brasil vive um momento de incerteza em relação ao futuro da produção de petróleo, que depende fundamentalmente de novas reservas e do aumento do fator de recuperação de campos maduros. Especialistas alertam que, sem novas descobertas nos últimos anos no pré-sal - hoje responsável por 81% da produção brasileira da commodity -, o Brasil corre o risco de se tornar importador já na próxima década. Esse é o cenário provável sobretudo se o País não conseguir explorar as bacias da Margem Equatorial, no Norte e Nordeste, ou de Pelotas, no Sul. Atualmente o Brasil produz 3,47 milhões de barris de petróleo por dia, ou 1,2 bilhão de barris por ano, com reservas provadas de 15,9 bilhões de barris. Nesse ritmo, o petróleo nacional acabaria em 2035. Mesmo que fossem confirmadas as reservas prováveis e possíveis (que ainda dependem de testes), de 27 bilhões de barris, teria mais 10 anos de produção e terminaria em 2045. No ano passado, apenas seis poços foram perfurados no litoral brasileiro, mesmo número de 2024, até o momento. Para o pesquisador e professor do Instituto de Energia da PUC-Rio, Edmar Almeida, não existe outra opção a não ser a exploração da bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, onde existe chance de se encontrar reservatórios gigantes a exemplo dos vizinhos da região, Guiana e Suriname. Já o eldquo;espelhoerdquo; da bacia de Pelotas é a Namíbia, na África, onde estão sendo descobertos reservatórios bem menores, a própria Petrobras já indicou que a região Sul ficará para uma exploração posterior à do Norte do País. Ele observa que, até o fim desta década, serão instaladas mais 17 plataformas no Brasil, mas a falta de exploração e de novas descobertas, mantida a produção atual ou aumentando-a, esgotará em pouco mais de uma década todo o petróleo conhecido atualmente. eldquo;Não tem opção. Já faz algum tempo que não tem nova descoberta no pré-sal e as empresas têm devolvido blocos. Estamos aumentando muito a produção e as reservas atuais não vão conseguir sustentar essa produçãoerdquo;, alerta. Negativa do Ibama Um parecer de técnicos do Ibama divulgado na terça-feira, 29, no entanto, apontou para uma nova negativa da licença ambiental para a perfuração de um poço da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, situado a mais de 500 quilômetros da costa. Mesmo assim, o presidente da autarquia ambiental, Rodrigo Agostinho, voltou a pedir maiores esclarecimentos à estatal, antes de indeferir o pedido definitivamente. Na quinta-feira, 31, no primeiro comentário de um executivo do alto escalão da Petrobras sobre o tema após o surgimento do parecer, a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, afirmou estar eldquo;muito otimistaerdquo; e disse acreditar que não vai demorar muito mais tempo para a estatal obter a licença. Em evento no Rio de Janeiro, Anjos disse que a Petrobras vai insistir na Margem Equatorial porque já cumpriu várias etapas do processo de exploração e porque acredita no potencial da província petrolífera. Além disso, lembrou que a produção do petróleo brasileiro emite cerca da metade de gases do efeito estufa que a média mundial e advertiu que, se o País tiver de voltar a importar petróleo à frente, vai trazer um produto mais poluente do exterior. eldquo;Por isso, produzir petróleo no Brasil é bom negócioerdquo;, defendeu, sob a lógica ambiental. O consultor e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Eberaldo Almeida, enxerga um componente ideológico muito forte na posição dos técnicos do Ibama. Eles estariam dificultando um rito técnico e usando de eldquo;filigranas burocráticaserdquo; para inviabilizar a licença e servir a uma leitura de que a produção de petróleo no mundo tem de acabar. eldquo;O que está acontecendo nessa história é uma maldade grande com o País e principalmente com a região Norte, que fica alijada dos recursos especiais do petróleo, que poderiam gerar desenvolvimento e proteger efetivamente a florestaerdquo;, diz o especialista. eldquo;Não há fundamento científico para o que está sendo feito, a negativa de uma licença para uma operação de exploração segura a mais de 500 quilômetros do litoral, que apesar do nome geológico de Bacia da Foz do Amazonas, pouco tem a ver com a floresta e seus rios efetivamente.erdquo; O especialista lembra que, se o Brasil parar de produzir petróleo, invariavelmente vai ter de importar um produto de origem comprometida. eldquo;Hoje, no mundo, dos 18 países que exportam volume de petróleo significativo, 14 são autocracias. Só estão fora desse grupo a Noruega, com produção declinante, o Canadá, o Brasil e o Méxicoerdquo;, afirma. eldquo;Se parar de produzir, o Brasil vai ter de importar petróleo mais poluente e de regimes como os da Rússia, Arábia Saudita, Kuwait e outros. É isso o que se quer?erdquo; questiona. Para Eberaldo, uma saída positiva e eficaz para esse imbróglio seria vincular os leilões de área nas cinco bacias da Margem Equatorial a projetos socioambientais na Amazônia, para além dos pagamentos tradicionais à União. eldquo;Já se vê declínio no pré-salerdquo;, diz Edmar Almeida, lembrando que o declínio natural dos campos de petróleo é de cerca de 10% ao ano. eldquo;Basicamente, se o País decidir não aproveitar os recursos da Margem Equatorial, outro país vai produzir e exportar para o Brasil um petróleo com mais emissões de COe#8322;eamp;Prime;, diz, repetindo o argumento de Anjos e ressaltando a incoerência da demora da licença, já que a Petrobras explora e produz no mar do Sudeste perto de adensamentos demográficos bem maiores, além de manter vasta operação na base de Urucu, encravada na floresta amazônica. eldquo;Qual é a diferença da Margem Equatorial e da Ilha Grande (RJ)?erdquo;, questiona. Negociações em andamento Segundo pessoas próximas à Petrobras, que falaram sob condição de anonimato, a estatal continua negociando com o órgão ambiental o aval para explorar a Margem Equatorial. O Estadão/Broadcast apurou que a expectativa é que a licença seja concedida após a reunião do G-20 no País, prevista para o mês que vem. Além disso, a estatal quer aumentar o fator de recuperação de campos maduros, principalmente na bacia de Campos, que segundo a diretora de Exploração e Produção da companhia, Sylvia Anjos, vai produzir mais 200 mil barris por dia em 2025. No momento, entre os pontos mais sensíveis a serem resolvidos pela Petrobras está a unidade de apoio à fauna, a ser construída em distância razoável para o caso de eventual vazamento - a Petrobras havia construído uma base em Belém, considerada distante. E, também, e a utilização do Aeroporto Municipal de Oiapoque (AP) para as operações, cuja utilização, defende a Petrobras, estaria no limite operacional previsto sem perturbação maior a comunidades indígenas na região, o que os técnicos do Ibama questionam. eldquo;Esse embate (com o Ibama) tem de ser resolvido. Se o Brasil quiser continuar relevante no mercado internacional, vai ter de encontrar uma área expressiva para explorar, como foi o pré-salerdquo;, diz Edmar. eldquo;Mas o debate não está acontecendo de forma correta. Seria saudável se houvesse um debate mais honesto, mais aberto, porque a gente não consegue entender porque o offshore de lá (Margem Equatorial) é diferente do offshore da Ilha Grande.erdquo;

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