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Grupo que desviava derivado de petróleo em alto-mar é desarticulado na Bahia

Um esquema de subtração de nafta, material derivado do petróleo, foi desarticulado na madrugada desta terça-feira (27), na região metropolitana de Salvador (BA). De acordo com a Polícia Civil, o líder da organização criminosa, um intermediário das transações e um comprador do produto foram presos em flagrante na rodovia BR-523, enquanto transportavam 126 mil litros de nafta em três caminhões-tanques. O esquema, considerado de grande porte pela polícia, estava ocorrendo havia cerca de um ano e meio e funcionava da seguinte forma: quando os navios carregados com o produto se aproximavam do porto de Aratu, em Candeias, os integrantes da associação criminosa realizavam o pagamento de cerca de R$ 250 mil aos responsáveis pela embarcação e desviavam o material ainda em alto-mar, por meio de uma balsa clandestina. Ainda segundo a investigação, a balsa carregada atracava na lateral do porto, onde caminhões-tanque eram abastecidos e saíam levando a maior parte da nafta para um galpão no bairro de Caroba e eventualmente para armazéns em outras cidades próximas como Camaçari e Dias dersquo;Ávila. Para o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Arthur Gallas, eldquo;há fortes indícios de que esse mesmo local é utilizado e alugado em conjunto entre a associação criminosa e narcotraficantes para o envio de drogas para o exterior, através de navioserdquo;. A operação é desdobramento da prisão de um integrante de uma organização criminosa, que teve um mandado cumprido na última terça-feira (20), em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Suspeito de diversos homicídios, roubos, tráfico de drogas e desvios de combustíveis, o homem é apontado como controlador de uma cooperativa que atua na Caroba, onde ele também dominava todas as transações irregulares que ocorriam no porto de Aratu.

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Petróleo fecha em queda de mais de 2%, em correção após ganhos recentes

Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam o pregão desta terça-feira, 27, em queda expressiva, diante de temores com as projeções de demanda, e em compensação após dois pregões consecutivos de altas robustas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 2,44% (US$ 1,89), a US$ 75,53 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 2,12% (US$ 1,70), a US$ 78,66 o barril. As preocupações com a oferta da commodity têm preocupado, especialmente após dois campos na Líbia interromperem a produção endash; o que sustentou o avanço dos preços na segunda-feira. Porém, nesta terça, diante de agenda macroeconômica esvaziada e sem novos desdobramentos expressivos no campo geopolítico, o clima dos mercados foi de correção. Segundo o Commerzbank, as incertezas geopolíticas no Oriente Médio cooperaram para o aumento no preço do petróleo. No entanto, a oscilação do óleo se justifica pelas preocupações com a demanda, que não desapareceram repentinamente e se mantêm no radar de investidores. Além disso, há temores sobre o aumento planejado na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a partir de outubro. eldquo;Como resultado, o potencial de alta dos preços do petróleo provavelmente será limitadoerdquo;, explica o relatório. O banco alemão explica também que a paralisação da produção na Líbia pode ter refletido de maneira eldquo;limitadaerdquo; no mercado. Isso porque, segundo a instituição, a produção no país tem sido frequentemente sujeita a fortes flutuações de curto prazo devido à instabilidade política local. Para o TD Securities, outro fator que limitou o aumento do preço do petróleo nesta terça é o fato de os riscos de um conflito amplo no Oriente Médio terem diminuído, o que fez o indicador interromper o movimento de alta. (Estadão Conteúdo)

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Mar Azul Distribuidora fica impedida de vender combustíveis em postos Shell

A Raízen obteve na Justiça o direito de impedir que a Mar Azul Distribuidora (antiga Petrozara Distribuidora de Petróleo) forneça combustíveis para postos Shell. Serão cerca de 150 estabelecimentos impactados. A empresa constatou que a venda dos combustíveis ocorria pela Mar Azul diretamente na revenda Shell de Minas Gerais, o que lesava o consumidor. Isso porque ele acreditava estar abastecendo seu veículo com produtos Shell, de reconhecida qualidade no mercado brasileiro. A permissão para venda de combustíveis de terceiros em postos bandeirados, a chamada "bomba branca", é alvo de discussão na ANP. Em reunião na semana passada, a agência decidiu manter a norma em vigor, que liberou a prática há três anos. A sentença determinou que Mar Azul se abstenha de vender combustíveis para os postos Shell por prática de concorrência desleal. A decisão estabelece ainda multa diária, bem como pagamento de indenização à Raízen no valor R$ 100 mil por danos morais e danos materiais de R$ 93 milhões. O assunto veio à tona a partir de uma reclamação do Instituto Combustível Legal (ICL). O entendimento é que a medida gera graves irregularidades no setor e facilita a prática enganosa por distribuidoras que vendem seus produtos em postos com bandeiras de distribuidoras com marcas reconhecidas, como a Shell.

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Governo exclui terminais de GNL do decreto que avança na regulação sobre infraestruturas do gás

O governo recuou da proposta inicial e excluiu os terminais de gás natural liquefeito (GNL) dos dispositivos do novo decreto regulamentador da Lei do Gás que avançam na regulação da remuneração sobre as infraestruturas essenciais. O decreto, assinado nesta segunda (26/8), estendeu para os elos do escoamento e processamento parte das diretrizes regulatórias que antes se limitavam ao transporte endash; incluindo aí a definição pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da receita máxima permitida. As plantas de regaseificação, que chegaram a entrar na minuta do decreto, no entanto, ficaram de fora do dispositivo. O governo também recuou da proposta de incluir parte dos terminais de GNL e instalações de estocagem subterrânea de gás no sistema de transporte endash; o que, na prática, poderia ampliar os mecanismos de regulação dessas infraestruturas. A ideia foi defendida nas discussões do programa Gás para Empregar, sub a justificativa da segurança de abastecimento, e também chegou a entrar na minuta do novo decreto regulamentador da Lei do Gás. A agência epbr apurou que a proposta foi mal recebida por operadores privados, que interpretaram a medida como uma brecha para a verticalização das transportadoras endash; algo que não era a intenção do decreto, segundo fontes do governo. Hoje, cinco grupos operam terminais de GNL no Brasil: Petrobras (dona das plantas de regás da Baía de Todos os Santos/BA e Baía de Guanabara/RJ); Eneva (Celse/SE), New Fortress (Barcarena/PA e Baía da Babitonga/SC), Compass (TRSP/SP) e GNA (Açu/RJ). A OnCorp, por sua vez, está instalando uma unidade em Suape (PE). Governo alegava questão de segurança A ideia do governo era tratar a capacidade disponível nas FSRUs (navios regaseificadores) como mais um elemento de garantia do abastecimento e aumento da concorrência endash; sujeito às regulações de acesso, mas resguardado o direito de preferência do proprietário do terminal, como previsto na Lei do Gás. De acordo com o trecho suprimido do decreto, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo novo Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano, indicaria plantas de regaseificação e instalações de armazenamento necessárias à garantia do abastecimento e confiabilidade e segurança do sistema. A seleção dos ativos se daria por processo seletivo público, para escolha do projeto mais vantajoso, considerados os aspectos técnicos, logísticos e econômicos. A critério da ANP, esses terminais de GNL e infraestruturas de estocagem poderiam, então, ser incorporados ao sistema de transporte. O regulador teria, a partir desse momento, mais liberdade para definir as formas e as condições de remuneração dos ativos endash; que seriam incorporados nas tarifas de transporte e que não poderiam restringir acesso a terceiros ou conceder uso prioritário. A proposta está presente no relatório produzido pelo comitê técnico sobre o acesso ao mercado de gás natural, do programa Gás para Empregar. O documento aponta para o risco de os terminais de GNL ficarem ociosos e serem desativados (experiência já ocorrida em Pecém/CE), em meio ao aumento da oferta de gás nacional. O relatório cita que esse cenário eldquo;pode elevar a exposição do país em caso de crise no abastecimento interno ou mesmo em caso de interrupções operacionaiserdquo;. .eldquo;Essa estratégia de inclusão de terminal de GNL no sistema de transporte dutoviário visando à segurança energética pode ser estendida para as instalações de estocagem subterrânea de gás natural. A existência de infraestruturas de estocagem subterrânea de gás natural pode permitir otimização no dimensionamento do sistema de transporte, de modo que pode haver compensação de custos entre eleserdquo;, cita o relatório. Experiências internacionais O desenho do novo planejamento estatal, trazido pelo novo decreto regulamentador da Lei do Gás, parte do estudo de experiências internacionais endash; em especial os exemplos da Noruega, Reino Unido e EUA endash; e das diretivas, orientações e recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O estudo da IEA aponta para a necessidade do planejamento da rede de gás natural endash; o que requer um fluxo adequado de informações entre as partes interessadas envolvidas na gestão dos sistemas de transportes. Na Europa, segundo a agência, há países onde o planejamento central envolve não apenas gasodutos, mas também outras instalações a montante (upstream) ou a jusante (downstream), tais como terminais de GNL, armazenamentos subterrâneos, pontos de injeção de gás renovável.

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Incêndios em SP devem afetar preços do açúcar e do etanol, diz CEO da Orplana

O CEO da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), José Guilherme Nogueira, disse que os incêndios em propriedades rurais do Estado de São Paulo devem trazer efeitos diretos sobre os preços de açúcar e etanol. Em nota, ele explicou que os incidentes afetaram tanto a cana-de-açúcar em produção quanto a cana em pé e em processo de brotação, com a queima da palhada. "Percebemos uma redução na produtividade na ordem de 50%, até por essa perda de biomassa que acabou sendo incendiada. Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo", afirmou Nogueira. A organização também garante colaborar com o gabinete de crise do governo do Estado de São Paulo para prevenir novos incêndios, especialmente diante da previsão de condições climáticas adversas nos próximos dias, com tempo seco e quente. Embora uma frente fria tenha trazido cerca de 15 milímetros de chuva ao interior paulista no domingo, a preocupação com a possibilidade de novas queimadas permanece alta. Assim, a Orplana não afastou a possibilidade de que novos incêndios ocorram. "O tempo deve continuar seco e quente nos próximos dias, o que nos traz muita preocupação para que não ocorram mais incêndios. Porém, temos ciência de que as queimadas podem voltar a acontecer e os números e prejuízos podem aumentar", disse o CEO. De acordo com a Orplana, entre sexta-feira e sábado, mais de 2,1 mil focos de incêndio foram registrados, com a destruição de aproximadamente 59 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar e áreas de rebrota. Isso provocou prejuízo estimado em R$ 350 milhões. (Estadão Conteúdo)

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Etanol/Cepea: Fraca demanda mantém pressão sobre cotações

Os preços dos etanóis anidro e hidratado tiveram novas quedas no mercado paulista na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão continua vindo da demanda enfraquecida num cenário de expectativa de baixa nas cotações do biocombustível, tendo em vista o bom desempenho da produção de etanol na região Centro-Sul no acumulado da safra 2024/25. Entre 19 e 23 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,5438/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,07% frente ao intervalo anterior. Para o anidro, a desvalorização foi de 0,44% em igual comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,9342/litro (líquido de PIS/Cofins). Pesquisadores explicam ainda que, tradicionalmente, o mês de agosto costuma ser de preços mais baixos por ser considerado período de pico de colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul. (Cepea)

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