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ANP quebrada abre portas para o crime

As principais entidades do setor de combustíveis divulgaram nesta terça-feira (24/6) um manifesto conjunto cobrando a revisão imediata dos cortes orçamentários na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência é uma autarquia federal independente, sem orçamento vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). Os cortes, bem como a provisão orçamentária, são uma decisão do Planejamento, em resposta à trajetória fiscal indicada pela Fazenda. O orçamento, diminuto, é uma decisão conjunta com o Congresso Nacional. eldquo;Uma ANP enfraquecida fica limitada em ações essenciais, o que o histórico já mostrou, abre espaço para o aumento de riscos à segurança veicular, à integridade dos motores e à saúde pública, além de favorecer concorrência desleal e prejuízos à arrecadação tributária, sendo um atrativo para criminosos no setor de combustíveiserdquo;, dizem. No documento (.pdf), as associações lamentam a suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) em julho e a redução de recursos destinados à fiscalização, afirmando que as medidas fragilizam a agência justamente em um momento de escalada do mercado irregular. Na última suspensão temporária, entre novembro e dezembro de 2024, as irregularidades chegaram a 40% em algumas regiões, segundo dados da própria ANP. eldquo;Sem o PMQC, a capacidade de identificar e combater fraudes fica comprometidaerdquo;. A falta de fiscalização eficaz, completam, transmite insegurança jurídica a investidores e operadores, prejudicando o ambiente de negócios e a credibilidade do mercado regulado. O manifesto destaca que eldquo;investir na estrutura das agências é investir na proteção do consumidor, na segurança energética do país e na estabilidade do ambiente regulatório brasileiroerdquo;. Assinam o manifesto: Abicom (importadores), Brasilcom, IBP, ICL e Sindicom (distribuidoras), SindTRR (transporte e revenda retalhista) e Fecombustíveis (varejo).

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Petróleo volta a despencar, caindo 6% no fechamento, seguindo cessar-fogo entre Israel e Irã

Os contratos futuros de petróleo cederam novamente na sessão desta terça-feira (24/6), caindo mais de 6%, com o Brent perdendo o nível dos US$ 70, e voltando a patamares anteriores ao da escalada do conflito entre Israel e Irã. O anúncio de um cessar-fogo e a postura das autoridades reforçando o cumprimento de um acordo reduziu os prêmios de risco para a commodity, que estavam principalmente relacionados à postura iraniana junto ao Estreito de Ormuz. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para setembro recuou 6,17% (US$ 4,35), a 66,17 o barril, enquanto o petróleo WTI para agosto, negociado na Nymex, fechou em queda de 6,04% (US$ 4,14), a US$ 64,37 o barril. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, comemorou nesta terça-feira (24) o cessar-fogo que eldquo;interrompeu uma guerra de 12 diaserdquo; com Israel, classificando o desfecho como uma eldquo;vitória históricaerdquo; do povo iraniano. Em mensagem dirigida à nação, ele afirmou que eldquo;toda a glória desta vitória histórica pertence à grande e civilizatória nação do Irãerdquo;. eldquo;O cessar-fogo entre Israel e Irã provavelmente se mostrará frágil. Mas, enquanto ambas as partes se mostrarem relutantes em atacar a infraestrutura energética relacionada à exportação ou interromper o fluxo de navios pelo Estreito de Ormuz, esperamos que os fundamentos pessimistas do mercado de petróleo continuem a prevalecer a partir de agoraerdquo;, avalia a Capital Economics. A forte queda nos preços é resultado da redução da probabilidade de alguns dos riscos extremos enfrentados pelos mercados globais de energia emdash; particularmente o eldquo;fechamentoerdquo; do Estreito de Ormuz emdash; pelos traders, pontua. Isso se deve, em parte, à natureza bem telegrafada dos ataques retaliatórios da segunda-feira (23/6) do Irã contra ativos militares dos EUA no Catar, aparentemente planejados para limitar o envolvimento dos EUA no conflito. eldquo;Na ausência de uma mudança nas preferências até agora reveladas de todas as partes para poupar a infraestrutura energética essencial, e se nossa premissa de trabalho de que o conflito se amenizará se confirmar, esperamos que a atenção no mercado de petróleo retorne aos fundamentos baixistaserdquo;, projeta. eldquo;Prevemos que ventos contrários estruturais à demanda por petróleo na China e a oferta adicional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) contribuam para um superávit considerável nos próximos 18 meseserdquo;, aponta a consultoria. eldquo;Nesse contexto, permanecemos com nossas projeções abaixo do consenso para que o petróleo Brent caia para US$ 60 por barril (pb) e US$ 50pb até o final de 2026 e ao final de 2027eldquo;, conclui.

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Etanol/Cepea: Com vendedor firme, preço do hidratado sobe em SP

Depois de recuarem por cinco semanas consecutivas, os preços do etanol hidratado subiram no mercado spot do estado de São Paulo de 16 a 20 de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, a postura firme do vendedor e os estoques menores de etanol deram sustentação ao valor do hidratado. De acordo com pesquisadores, vendedores abriram preços mais altos no começo da semana, e as cotações se sustentaram ao longo do período. A forte valorização externa do barril do petróleo foi um fator que influenciou essa postura de agentes. Do lado comprador, alguns estiveram ativos, mas negociaram de forma pontual. Nesse cenário, no mercado spot do estado de São Paulo, entre 16 e 20 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5696/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,15% frente ao do período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 2,9134/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,39% no mesmo comparativo.

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Petrobras pode anunciar parceria em etanol até o fim do ano, diz gerente executivo

A Petrobras pode anunciar uma parceria na área de etanol no segundo semestre de 2025, disse o gerente executivo de gestão integrada da transição energética da companhia, William Nozaki, nesta terça-feira (24). "O objetivo da Petrobras é fazer uma parceria para entrar de maneira relevante no segmento, não de forma majoritária", disse Nozaki a repórteres durante o evento Energy Summit, no Rio de Janeiro. "Nós estamos prospectando entre os players relevantes do setor, que ainda têm interesse em ser parceiros da Petrobras para atuar nessa frente". Nozaki afirmou que a Petrobras não tem uma preferência sobre qual matéria-prima do etanol poderá apostar. "Tanto cana quanto milho nos interessam desde que parem de pé do ponto de vista logístico, do ponto de vista do preço, do ponto de vista da companhia", explicou. A Petrobras havia dito anteriormente que estava em conversas com várias empresas do setor de etanol a respeito de uma possível joint venture. Nozaki destacou que após a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, no ano passado, as empresas estão se movimentando com cautela e medindo o que vai acontecer com o segmento nos próximos meses. "Tem várias empresas prospectando o segmento", disse o gerente executivo da Petrobras, citando ainda a perspectiva de aumento da mistura do etanol na gasolina. A Folha publicou na segunda-feira (22) que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) discutirá na próxima quarta-feira um aumento da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, de acordo com fontes do governo com conhecimento do assunto. Nozaki reiterou que quando a Petrobras ambiciona entrar em um segmento, "entra de maneira consistente e robusta e a nossa ambição não é diferente do caso do etanol". O gerente executivo adicionou que a companhia também poderá ter anúncios "relevantes" no segundo semestre sobre outros biocombustíveis, como biodiesel e biometano. Notícias indicaram recentemente que Nozaki estaria cotado para assumir o comando da diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, após Mauricio Tolmasquim deixar a posição para integrar o Conselho de Administração da Eletrobras por indicação do governo. Nozaki disse a jornalistas nesta terça-feira que não foi indicado, mas reconheceu que a especulação envolvendo seu nome seria natural, uma vez que ajudou em programa de energia do governo e integra os quadros da Petrobras. (Com Reuters)

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Elevação da mistura de etanol na gasolina será avaliada na 4ª feira

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) do Ministério de Minas e Energia votará na 4ª feira (25.jun.2025) a proposta para elevar a mistura de etanol na gasolina. Com a mudança, o percentual da mistura irá de 27% para 30%. O índice da mistura de biodiesel no diesel passará de 14% para 15%. A tensão no Oriente Médio aumenta a chance de aprovação da medida. O Parlamento do Irã aprovou, no domingo (22.jun), o fechamento do estreito de Ormuz endash;principal rota de exportação de produtos dos países do Golfo Pérsico, que inclui, além do Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia falado sobre o encontro do CNPE durante evento realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Ele afirmou que a mudança na mistura entraria em debate para ajudar o Brasil a deixar de depender da importação de gasolina e fortaleceria a produção interna de biocombustível. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Preço da gasolina sobe nos postos apesar de corte de valor nas refinarias, diz ANP

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros registrou leve alta na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), contrariando a expectativa de repasse do corte promovido nas refinarias da Petrobras no início do mês. O litro do combustível foi vendido a R$ 6,23, aumento de R$ 0,01 em relação ao verificado pela agência na semana anterior. Assim, a queda acumulada nas bombas após a redução de preços pela Petrobras é de R$ 0,04 por litro, um terço do estimado pela estatal. A demora nos repasses de cortes de preços das refinarias é alvo de críticas do governo e da própria estatal. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, chegou a pedir que consumidores pressionem donos de postos a baixar os preços. Governo e mercado esperavam que a redução do preço da gasolina ajudasse a aliviar a inflação de junho, já que o produto tem o maior peso dentro do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que baliza a política monetária do Banco Central. No início de junho, o economista André Braz, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), estimou que, caso o repasse estimado pela Petrobras fosse atingido, levaria a um impacto negativo de 0,10 ponto percentual no indicador. A alta da gasolina ocorre em um momento de elevação da cotação do etanol anidro, que também subiu R$ 0,01 na semana passada. Mas o movimento não explicaria totalmente a frustração de expectativas com a falta de repasses, já que o produto representa apenas 27% da mistura vendida nos postos. O etanol hidratado seguiu em queda nas bombas, sendo vendido na semana passada pelo preço médio de R$ 4,20 por litro, ou R$ 0,01 a menos do que o verificado na semana anterior. Nas usinas, porém, o preço do produto subiu R$ 0,03, para R$ 2,57 por litro. Segundo a ANP, o preço do diesel S-10 nos postos brasileiros ficou estável na semana passada, em R$ 6,02 por litro. Após três cortes nas refinarias, o preço do produto acumula queda de R$ 0,45 por litro desde o pico atingido em meados de fevereiro.

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