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Petróleo fecha em alta com tensões no Iêmen no radar

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (17), após a China revelar planos para impulsionar o consumo doméstico e os Estados Unidos prometerem uma escalada nos ataques contra os rebeldes Houthis no Iêmen. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,59% (US$ 0,40), a US$ 67,58 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,69% (US$ 0,49), a US$ 71,07 o barril. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por eldquo;cada tiro disparadoerdquo; pelos Houthis, em publicação na Truth Social feita nesta segunda-feira (17). O republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem eldquo;dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligênciaerdquo; ao grupo rebelde. Já o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, declarou ontem que eldquo;continuaremos atacando os Houthis até que eles acabem com os ataques à navegaçãoerdquo;. Além das tensões geopolíticas, sinais positivos de estímulos da China tiraram o petróleo da faixa de baixa em que vem sendo negociado nos últimos dias, de acordo com o analista-chefe de commodities do SEB, Bjarne Schieldrop. Entretanto, espera-se que novos ganhos de preço sejam limitados por temores sobre o impacto das tarifas comerciais dos EUA na economia global e no consumo de petróleo, em um momento em que o mercado já enfrenta um excedente de oferta, acrescenta ele. Hoje, tanto Trump como a Casa Branca confirmaram 2 abril como a data de início das tarifas recíprocas. Além disso, o foco do governo dos EUA em preços mais baixos do petróleo, mesmo ao custo de eldquo;interrupçõeserdquo; no setor, é um mau presságio para a produção da commodity no país, diz a Capital Economics, que prevê o WTI em US$ 56 o barril até o final de 2026. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Anfavea comemora alta da produção e questiona custo do crédito

O primeiro bimestre terminou com bons resultados para o setor automotivo. Foram produzidos 392,9 mil veículos leves e pesados, segundo a Anfavea (associação das montadoras), um crescimento de 14,8% em relação aos meses de janeiro e fevereiro de 2024. Segundo a entidade, é o melhor resultado para o período desde 2021, mas a comparação é distorcida devido à pandemia de Covid 19. Um dos motivos do crescimento da produção é a retomada das exportações, que teve alta de 54,9% no bimestre em relação aos dois primeiros meses do ano passado. Pelo cálculo da Anfavea, o ano começou com 76,7 mil veículos enviados ao exterior, conta que reúne veículos de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões. Em sua última entrevista coletiva como presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite celebrou os resultados e voltou a exigir o retorno integral do Imposto de Importação sobre eletrificados para conter o avanço das marcas chinesas. Mas há uma outra preocupação: o custo do crédito para o consumidor. "Temos um custo recorde do financiamento para pessoa física, ao mesmo tempo que a inadimplência é uma das menores da história", disse Leite. O executivo será substituído por Igor Calvet, primeiro presidente vindo do mercado, sem ligação com alguma montadora. A preocupação com o crédito está relacionada ao receio de desaceleração nas vendas do varejo. O avanço da inflação leva o Banco Central a elevar a taxa básica de juros do país, e esse movimento influencia diretamente o custo dos financiamentos bancários. Apesar de os resultados de emplacamentos também terem sido positivos no primeiro bimestre, com alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, a Anfavea enxerga problemas no horizonte com o desaquecimento das vendas no geral. Nesta sexta (14), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o volume de vendas do comércio varejista ficou praticamente estagnado em janeiro, com leve recuo ante dezembro (-0,1%).Foi o terceiro mês consecutivo com variação negativa e próxima de zero, após o recorde da série histórica, alcançado em outubro do ano passado. Nesse ambiente, a redução das taxas de financiamento poderia ajudar a manter o crescimento do setor automotivo, mas é uma possibilidade pouco provável no curto prazo. Essa será a nova cruzada da Anfavea sob o comando de Igor Calvet.

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Preços ao produtor no Brasil desaceleram em janeiro a menor nível em um ano

Os preços ao produtor no Brasil desaceleraram para uma alta de 0,13% em janeiro diante da queda dos custos dos alimentos, marcando o menor nível em um ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14). No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 1,35%. A leitura de janeiro marcou o menor patamar desde a queda de 0,24% de janeiro de 2024. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 14 apresentaram variações positivas de preço em janeiro na comparação com dezembro. "Essa desaceleração [mensal] está vinculada, em grande parte, à variação negativa dos preços de alimentos. Deve-se levar em conta a apreciação do real diante do dólar, que tem impacto sobre vários setores, como fumo, madeira, mas também alimentos e metalurgia", explicou Alexandre Brandão, analista do IPP. As atividades com as maiores influências no resultado de janeiro foram alimentos, refino de petróleo e biocombustíveis, outros produtos químicos e indústrias extrativas. O setor de alimentos, que tem maior peso no cálculo do índice, registrou queda de 0,84%, interrompendo uma sequência de nove meses com aumento de preços. (Reuters)

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Brasil se consolida como exportador de petróleo e Petrobras reforça logística

Em 2024, pela primeira vez na história, o Brasil exportou mais da metade de sua produção de petróleo, consolidando-se como um país exportador da commodity e tornando-se alternativa ao suprimento europeu após o início de sanções à venda pela Rússia devido à Guerra da Ucrânia. A alta nas comercializações é motivada principalmente por exportações privadas, mas a Petrobras já prevê uma série de investimentos para melhorar sua logística e reduzir custos e emissões no transporte de sua produção para o exterior. Segundo levantamento feito pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), as exportações brasileiras corresponderam a 52,1% de todo o petróleo que o país produziu no ano. A média exportada foi de 1,75 milhão de barris por dia, marca 10,1% maior do que a registrada em 2023, de 1,59 milhão de barris por dia. A alta se deu mesmo em um contexto de queda da produção nacional, que ficou, em média, em 3,365 milhões de barris por dia. O cenário levou o petróleo a tomar da soja o primeiro lugar entre os itens de exportação da balança comercial brasileira e, segundo o setor, deve se manter com o crescimento da produção do pré-sal nos próximos anos. "Com a entrada de novas plataformas, nossa expectativa é que as exportações fiquem entre 2 e 2,4 milhões de barris por dia em 2025", diz o presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy. A Petrobras também prevê alta em suas exportações até que os projetos de ampliação da capacidade de refino sejam concluídos. "A melhor alternativa para nossa produção de petróleo é colocar no mercado brasileiro", diz o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser. Sua diretoria é responsável por dar destino ao petróleo produzido pela companhia. Em 2024, a Petrobras usou no país cerca de três quartos dos 2,1 milhões de barris de petróleo que produziu. Exportou uma média de 554 mil barris por dia. O principal cliente foi a China, com 42% do volume, mas houve crescimento das vendas à Europa, que busca alternativas ao petróleo russo e ficou com 33% das exportações da Petrobras. A estatal diz que esse mercado tem sido bastante atrativo para petróleos produzidos no pré-sal. Na média nacional, segundo o Ineep, a China representou 37,6% das exportações brasileiras, com os Estados Unidos em segundo lugar, com 15,8%. Espanha, Holanda e Portugal ficaram, respectivamente, com 12,2%, 9% e 6%. Schlosser diz que uma das principais funções dos três escritórios de vendas da Petrobras no exterior é justamente consolidar a marca do petróleo "made in Brazil". "O maior desafio é aumentar o nível de cobertura, tornar nosso petróleo mais conhecido", afirma. A produção do pré-sal é considerada de tipo médio, que produz um mix maior de derivados, e tem pouco enxofre, o que lhe garante competitividade. A Petrobras aposta ainda na baixa intensidade de carbono como um diferencial para refinarias que buscam reduzir emissões de gases do efeito estufa. Distante da costa, a produção do pré-sal demanda um elevado número de navios para trazer o óleo ao continente para refinarias ou para transferir a petroleiros para exportação, em operações conhecidas como "ship-to-ship". São feitas em terminais em São Sebastião (SP) e Angra dos Reis (RJ) e no Porto do Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro, usado principalmente por empresas privadas como a Shell, que exportou em 2024 uma média de 350 mil barris de petróleo brasileiro, principalmente para Ásia, Estados Unidos e Europa. A frota usada pela Petrobras conta hoje com 22 navios de posicionamento dinâmico, que são capazes de parar ao lado de plataformas para receber petróleo, 11 petroleiros do tipo Suezmax para exportação, além de dois superpetroleiros, conhecidos com VLCCs, com capacidade para dois milhões de barris. Em 2023, a Petrobras iniciou testes com uma nova tecnologia, que permite o abastecimento de petroleiros de grande porte perto das plataformas, usando uma embarcação de posicionamento dinâmico como uma espécie de intermediária e evitando viagens do petróleo até o continente. Schlosser diz que a empresa já planeja uma segunda estrutura desse tipo, chamada de CTV (sigla para embarcação de transferência de carga) e não descarta o uso de uma terceira no futuro. A estratégia, diz, reduz custos e emissões na produção. Além disso, já abriu licitação para a contratação de mais 16 navios de posicionamento dinâmico para renovar e ampliar a frota atual. O crescimento das exportações brasileiras é criticado por organizações ambientalistas, sob o argumento de que o país não precisaria abrir novas fronteiras exploratórias, como a bacia da Foz do Amazonas, caso não fosse grande exportador. A Petrobras defende que, se o Brasil parar de produzir, o mundo consumirá petróleo mais poluente feito em outros países. "O óleo brasileiro tem como diferencial uma pegada de carbono menor do que a média mundial", afirma Schlosser. "E temos foco muito grande em reduzir ainda mais essa intensidade."

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Varejo operou em janeiro 0,6% abaixo do recorde de outubro, mostra IBGE

Em meio ao cenário de inflação pressionada e de juros elevados, o comércio varejista brasileiro iniciou o ano de 2025 sem crescimento, assim como ocorreu com a indústria e os serviços. O volume vendido recuou 0,1% em janeiro ante dezembro, após já ter diminuído nos dois meses anteriores, segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados nesta sexta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). eldquo;O cenário vai ficando mais claro. Vemos uma certa acomodação no mercado de trabalho, ainda que os níveis de emprego e renda continuem elevados. Também deveremos observar de forma mais intensa à frente o efeito da política monetária contracionista sobre a demandaerdquo;, avaliou o economista Rodolfo Margato, da gestora de recursos XP Investimentos. Ele ressalta que os dados não apontam para uma reversão drástica da atividade econômica. eldquo;É mais uma desaceleração gradual do que um freio abruptoerdquo;, acrescentou. Alguns componentes sensíveis à renda mostraram fraqueza em janeiro, e os dados do varejo e dos serviços dão indicação de um começo de ano tímido para o crescimento do consumo, apontou o banco Bradesco, em relatório. eldquo;São influências neste momento os juros crescentes e a inflação também, muito concentrada em alimentação no domicílioerdquo;, afirmou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. O pesquisador do IBGE interpreta que o varejo tenha completado três meses seguidos de estabilidade, uma vez que a sequência de três variações no campo negativo foram muito próximas de zero. Ele pondera ainda que a acomodação atual nas vendas ocorre após uma sequência de altas que levaram o volume vendido a alcançar patamar recorde em outubro de 2024. eldquo;Nos últimos três meses, houve uma mudança de trajetória até janeiro de 2025erdquo;, disse Santos. eldquo;O crescimento que vinha até outubro não aconteceu nos últimos três meses. Há mudança de trajetória, com crescimento mais forte até outubro, para depois uma estabilidadeerdquo;, reforçou. Em janeiro, o varejo restrito operava 0,6% abaixo do patamar recorde de vendas alcançado em outubro de 2024. O varejo ampliado endash; que inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício endash; cresceu 2,3% em janeiro ante dezembro, para um patamar 0,7% aquém do recorde na série histórica, alcançado também em outubro de 2024. Quatro das oito atividades que integram o comércio varejista registraram avanços nas vendas em janeiro ante dezembro: equipamentos para informática e comunicação (5,3%), combustíveis (1,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem lojas de departamentos (0,7%) e livros e papelaria (0,6%). Houve recuos em vestuário e calçados (-0,1%), móveis e eletrodomésticos (-0,2%), supermercados (-0,4%) e farmacêuticos e perfumaria (-3,4%). eldquo;No mês passado (dezembro), teve mais resultados negativos. Esse mês de janeiro já é um pouco diferente. São quatro taxas positivas e quatro negativas, mas três setores negativos estão com variações muito próximas da estabilidade, dentre eles o de maior peso, supermercadoserdquo;, frisou Santos. O pesquisador vê um freio nas vendas do segmento farmacêutico nos últimos dois meses, mas diz que o desempenho de supermercados eldquo;não é exatamente negativoerdquo;. eldquo;Tem um fenômeno de inflação, ele acaba variando ao longo do tempo. Mas, neste momento, como tem pressão maior na alimentação do domicílio, ela acaba influenciando os indicadores de supermercadoserdquo;, lembrou. Quanto ao impacto dos juros mais elevados, Santos diz que o movimento tende a reduzir tanto a concessão de crédito quanto a disponibilidade de recursos para que as famílias consumam no varejo. No entanto, no mês de janeiro, a concessão de crédito a Pessoas Físicas mostrou resultado positivo, ajudando nas vendas, ele disse. eldquo;Mas, falando de uma perspectiva um pouco maior, na trajetória de 2024, sim, o crédito é um fator que freia o consumo quando ele está diminuindoerdquo;, completou. No comércio varejista ampliado, veículos registraram expansão de 4,8% em janeiro ante dezembro, e material de construção subiu 3,0%. O atacado alimentício não teve as informações divulgadas pelo IBGE, por ter uma série histórica ainda curta para a metodologia que desconta influências sazonais. eldquo;Ao longo do ano, as vendas do comércio varejista devem seguir em ritmo mais moderado, o que reflete o enfraquecimento dos principais condicionantes do consumo. O mercado de crédito já começa a sinalizar deterioração nas condições financeiras, com aumento dos juros bancários que restringe o acesso ao financiamento, especialmente para a aquisição de bens duráveis. Além disso, as pressões inflacionárias sobre o orçamento das famílias, com altas mais expressivas nos preços de itens essenciais e o avanço nos preços de bens industriais, vêm reduzindo o poder de compra da população. Apesar disso, o mercado de trabalho ainda permanece aquecido e tem contribuído para mitigar perdas no início de 2025erdquo;, previu Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria Integrada, em relatório.

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Novo momento da Petrobras permitirá o pagamento de dividendos significativos nos próximos anos

No início do ano, a Petrobras realizou um reajuste no preço do diesel vendido por suas refinarias. O combustível ficou mais de um ano sem reajustes, e a defasagem, em relação à referência internacional, vinha aumentando significativamente. Apesar de ser a maior do mercado, a petroleira não é a única fornecedora do combustível no País. Existem as refinarias privadas e as empresas importadoras, que praticam preços de acordo com a paridade de importação. O caminho até o reajuste do diesel na refinaria Petrobras passou por reuniões com o governo e as preocupações veladas eram velhas conhecidas: a inflação e a popularidade do governo. Esta é a política que o presidente Lula chama de abrasileiramento dos preços, que substituiu a de paridade de importação. Essa política não é nenhuma novidade e sempre esteve presente nos governos do PT. O grande momento ocorreu entre 2011 e 2015, no governo Dilma Rousseff. Naquele período, a falta da paridade de importação nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e GLP) resultou em perdas estimadas em R$ 90 bilhões, e no final de 2015 o endividamento líquido da empresa chegou a R$ 500 bilhões. Agora, no início de 2025, com a volta da volatilidade do preço do petróleo e do câmbio para cima, retornamos à velha e batida discussão sobre contenção e atrasos no repasse de variações dos preços internacionais ao mercado interno. Ou seja, entramos no abrasileiramento 2.0 dos preços dos combustíveis. A grande diferença é que, ao contrário dos governos anteriores do PT, agora a Petrobras tem uma receita crescente de exportação de petróleo, que cria uma espécie de colchão permitindo que o abrasileiramento dos preços, bem como políticas de conteúdo local, como o recente lançamento da volta dos incentivos à indústria naval, não causem tantos estragos nas finanças da empresa como no passado. Aliás, essa é uma prática muito conhecida e amplamente utilizada em petroestados que utilizam suas empresas estatais para fazer toda sorte de políticas sociais e econômicas. Hoje, a Petrobras exporta o equivalente a 30% da sua produção. A tendência é de aumento do volume de exportações com o crescimento da produção do pré-sal até 2030, e, posteriormente, com a Margem Equatorial. O petróleo fechou 2024 como o principal produto da pauta de exportações brasileiras, tomando o lugar da soja. O petróleo bruto representou 13,3% das exportações do Brasil em 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Brasil, hoje, é o 9.º produtor mundial de petróleo, caminhando para a 5.ª colocação. Este novo momento da Petrobras, como grande exportadora, vai permitir o pagamento de dividendos significativos ao longo dos próximos anos, mantendo o mercado financeiro mais tranquilo, apesar da política de abrasileiramento dos preços e do retorno da política de conteúdo local, que tantos prejuízos deram à empresa e aos seus acionistas. (Opinião por Adriano Pires)

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