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Gasolina cai 0,78% nos postos em junho após redução de 5,6% pela Petrobras

A redução do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras não chegou aos postos em junho, como vem sendo cobrado pelo governo, representando uma queda de apenas R$ 0,05 por litro, frente ao desconto de R$ 0,17 por litro concedido pela empresa no último dia 3. Em junho, o preço médio da gasolina no Brasil registrou uma queda de 0,78% em comparação com maio, ante a redução de 5,6% nas refinarias da estatal no dia 3, chegando ao preço médio de R$ 6,38, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O etanol também registrou queda no mesmo período, de 1,35%, chegando ao preço médio de R$ 4,39 por litro. eldquo;Mesmo com o reajuste de 5,6% anunciado pela Petrobras no início do mês, o preço da gasolina nas bombas caiu apenas 0,78%. Isso mostra que o repasse ao consumidor foi bem mais contido, possivelmente por conta da concorrência entre os postos e da dinâmica regional de distribuição. Já o etanol seguiu em queda, o que tem favorecido seu uso em algumas regiões do País, conforme mostra o IPTLerdquo;, informou o diretor de Operações e Transformação de Negócios da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas. O preço da gasolina vendida pela Petrobras é composto pela parcela de 33,4% da estatal; 23,6% de imposto estadual; 19,1% para distribuição e revenda; 12,7% do custo da mistura do etanol; e 11,2% de impostos federais. Na análise por regiões, os menores preços médios dos dois combustíveis foram os do Sudeste: R$ 4,26 para o etanol e R$ 6,22 para a gasolina. Já as médias mais altas foram, novamente, as observadas na região Norte, de R$ 5,21 para o etanol e de R$ 6,85 para a gasolina. Apenas a região Nordeste não registrou queda nos preços médios dos dois combustíveis em junho. O etanol na região aumentou 0,40%, custando, em média, R$ 5,01. Já a gasolina manteve o mesmo preço de maio, de R$ 6,50. A maior queda para o etanol foi no Sudeste, de 1,62%, e da gasolina, no Sul, de 1,25%. Estados Na análise por Estados, o etanol apresentou sua maior alta do período no Estado de Rondônia, onde passou a custar R$ 5,22, após alta de 2,15%. O Estado com o etanol mais em conta para o motorista no período foi São Paulo, onde o preço médio registrado foi de R$ 4,12, após queda de 1,90%. O Amapá apresentou a maior queda para o biocombustível em junho, de 5,16%, recuando ao preço médio de R$ 5,51. Mesmo assim, o Estado teve o etanol mais caro do País no período. A Bahia foi o Estado a registrar o maior aumento para a gasolina no período, de 1,26%, chegando ao preço médio de R$ 6,45. O Estado é atendido pela Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimentos árabe Mubadala, e que acompanha o preço de paridade de importação (PPI), política abandonada pela Petrobras em maio de 2023. Em junho, a gasolina vendida por Mataripe teve alta de 3,9% em média. A maior queda da gasolina, de 1,61%, foi registrada no Distrito Federal, com preço médio de R$ 6,71. São Paulo teve a gasolina mais em conta, a R$ 6,16, após recuo de 1,12% observado na comparação com maio. Mesmo registrando queda de 1,05%, o Acre seguiu como Estado com a gasolina mais cara do Brasil em junho, com preço médio de R$ 7,52. eldquo;A gasolina se mostrou a opção mais vantajosa economicamente na maior parte dos estados do Brasil em junho, principalmente para quem abastece nas regiões Nordeste, Sul e Norte. Entretanto, é importante ressaltar que o etanol traz mais benefícios ambientais, uma vez que emite menos poluentes, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e de baixo carbonoerdquo;, afirmou Mascarenhas. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log.

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Petróleo tem leve alta em meio a preocupações com oferta

Os contratos futuros de petróleo engataram um segundo pregão consecutivo de alta nesta quinta-feira (26), após a liquidação de posições vendidas com o arrefecimento nas tensões no Oriente Médio. O movimento de valorização é direcionado pelas preocupações com o fornecimento da commodity, após Donald Trump afirmar que sua campanha de pressão máxima sobre o petróleo iraniano continuará. No fechamento dos mercados à vista, o petróleo Brent com vencimento em agosto subiu 0,07%, a US$ 67,73 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para o mesmo mês ganhou 0,49%, a US$ 65,24 por barril por barril. O presidente dos Estados Unidos disse que não vai desistir de sua campanha de pressão máxima sobre o Irã, apesar de ter dito anteriormente que a China pode continuar comprando petróleo iraniano. Além disso, dados dos estoques americanos da commodity mostraram queda pela quinta semana consecutiva, também contribuindo para o avanço nos preços. eldquo;O mercado se recuperou após um relatório da Administração de Informação de Energia (EIA), que mostrou enormes reduções nos estoques de gasolina e destilados de petróleo bruto, além do fato de os estoques de petróleo bruto dos EUA estarem em seu menor nível sazonal em 10 anoserdquo;, disse Phil Flynn, do Price Futures Group. Para ler esta notícia, clique aqui.

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RenovaBio: ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadimplentes

A Diretoria da ANP decidiu hoje (26/6) pela publicação da lista de sanções de distribuidores de combustíveis líquidos no âmbito do RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis. A lista será publicada em página específica dentro da área do site da ANP sobre o RenovaBio, em data a ser divulgada em breve pela Agência. Constarão da relação os distribuidores ainda inadimplentes com a meta individual de descarbonização e que, por isso, tenham sido sancionados pela ANP. Publicada a lista, ficará vedado, sob pena de multa, o fornecimento de combustíveis aos distribuidores nela incluídos. A medida está prevista nas novas legislações sobre o RenovaBio: a Lei nº 15.082, de 2024, que incluiu artigo sobre o tema (Art. 9º-B) na Lei nº 13.576, de 2017; e Decreto nº 12.437, de 2025, que incluiu o artigo 6º-A no Decreto nº 9.888, de 2019. A proibição de fornecimento de combustíveis se aplica a todos os agentes previstos do art. 9º-B da Lei 13.576, de 2017: - Produtores de combustíveis; - Centrais petroquímicas; - Formuladores de combustíveis fósseis; - Cooperativas de produtores; - Empresas comercializadoras de etanol; - Produtores de biocombustíveis; - Fornecedores de biocombustíveis; - Importadores; - Empresas de comércio exterior; e - Outros distribuidores. O distribuidor inadimplente que comprovar o cumprimento integral de sua meta poderá solicitar à Agência, pelo e-mail sbq_renovabio@anp.gov.br, a retirada de seu nome da lista, conforme previsto na legislação. Essa iniciativa visa reforçar a efetividade da Política Nacional de Biocombustíveis, promover a isonomia entre os agentes do setor e contribuir para o cumprimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Multas para comercialização em casos proibidos O agente regulado que infringir a vedação de comercialização com distribuidor incluído na lista estará sujeito à aplicação de multa, que poderá variar entre R$ 100 mil e R$ 500 milhões, nos termos do art. 6ºA do Decreto nº 9.888, de 2019. O valor da multa aplicada será equivalente à soma das multas que constam da lista de que trata o art. 9º-B da Lei nº 13.576, de 2017, aplicadas ao distribuidor inadimplente para o qual foi comercializado o combustível. Na hipótese de o valor obtido ser: I - inferior a R$ 100 mil, aplica-se este valor como multa; II - superior a R$ 500 milhões, aplica-se este valor como multa; e III - entre R$ 100 mil e R$ 500 milhões, aplica-se o valor efetivamente calculado. Mais informações e a lista atualizada estarão disponíveis no site da ANP: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/renovabio

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Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coordenado de Desenvolvimento

A Diretoria Colegiada da ANP decidiu hoje (26/6) aprovar a realização de consulta pública, pelo prazo de 45 dias, do Plano Coordenado de Desenvolvimento do Sistema de Transporte de Gás Natural (chamado de Plano Coordenado) elaborado pela Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás) em conjunto com os transportadores Nova Transportadora do Sudeste (NTS), Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A (TBG) e Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG). Plano Coordenado é um plano proposto pelos transportadores que contempla as providências para otimização, reforço, ampliação e construção de novas instalações do sistema de transporte de gás natural, conforme regulação da ANP. O documento, conforme previsto no art. 15, § 3º, da Lei nº 14.134/2021 (Lei do Gás), tem como finalidade o atendimento da demanda por transporte de gás natural no sistema de transporte, a diversificação das fontes de gás e a segurança de suprimento pelo prazo de dez anos, conforme regulado pela ANP. Assim, o Plano Coordenado possibilita uma visão global do sistema de transporte de gás natural sendo peça relevante para o planejamento do setor. A Lei do Gás determina que cabe à ANP a avaliação dos planos coordenados e, após realização de consulta pública, sua aprovação (art. 15, § 4º). Após o recebimento do plano, a minuta do documento foi submetida ao exame jurídico pela Procuradoria Federal junto à ANP, que não verificou restrições à sua submissão a consulta pública e trâmites seguintes, na forma do art. 15, parágrafo 4º da Lei 14.134/2021. O objetivo principal da submissão do Plano Coordenado à consulta pública é, por meio da participação social, obter subsídios sobre o documento proposto e aprimorar o processo decisório da agência. Após o término do período de participação social, a ANP analisará as contribuições recebidas ao documento proposto, e poderá solicitar correções e aprimoramentos em relação à minuta inicial. Ao final do processo, a ANP disponibilizará, em seu site, a versão do documento aprovada pela Agência.

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Mistura de etanol pode gerar excedente de 700 milhões de litros para exportação

O aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina pode contribuir para a elevação da soberania energética do Brasil ao diminuir a necessidade de importação de diesel, além de gerar um excedente exportável de cerca de 700 milhões de litros de gasolina por ano. A avaliação foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), realizada nesta quarta-feira (25). No encontro, o CNPE aprovou o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina de 27% para 30%, conhecido como E30, e de biodiesel no diesel de 14% para 15%, o B15. A medida entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto e, na visão de Silveira, vai permitir que o Brasil avance na autossuficiência. Para o governo, a adoção do E30 e do B15 fortalece a segurança energética ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a necessidade de importações, especialmente em um cenário de instabilidade no mercado internacional. O anúncio ocorre poucos dias após o cessar-fogo entre Israel e Irã, que chegou a ameaçar o fechamento do estreito de Ormuz emdash;rota estratégica por onde é transportado cerca de 20% do petróleo global. A deliberação da mistura foi anunciado pela pasta durante o seminário "Gás para Empregar: Construindo uma estrutura justa e sustentável de preços", organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O aumento na mistura foi possibilitado pela lei do Combustível do Futuro (lei nº 14.993/2024), que flexibilizou os limites entre 22% e 35%. Em março deste ano, Silveira declarou que aguardaria os preços dos alimentos estarem mais controlados para propor o aumento da mistura de etanol na gasolina. Segundo o MME, a mudança pode levar a mais de R$ 10 bilhões em investimentos e criar mais de 50 mil postos de trabalho. A pasta também aponta que a redução do preço da gasolina nos postos pode chegar a R$ 0,20 para o consumidor. Ainda são esperados mais de R$ 5 bilhões em investimentos em novas usinas e unidades de esmagamento de soja, além da criação de mais de 4.000 novos postos de trabalho, incluindo atividades de esmagamento e refino de óleo vegetal.

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Conta de luz pode ficar mais barata em julho em razão das chuvas no Sul, dizem especialistas

Em junho, está vigente a bandeira vermelha patamar 1, com custo de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 kW/h consumidos. A maior parte dos especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast aponta tendência de acionamento da bandeira amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh. Mas há analistas que ainda trabalham com a manutenção da bandeira vermelha. O cenário é diferente do previsto no início de junho, quando o mercado trabalhava com a perspectiva de uma cobrança ainda mais elevada a partir do mês que vem, com acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o que elevaria a cobrança adicional para a R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulga oficialmente nesta sexta-feira, 27, a bandeira tarifária de julho. Se confirmada a bandeira amarela para julho, acarretaria um alívio de R$ 2,58 por 100 KWh no bolso do consumidor, como também no índice inflação do próximo mês. Nos cálculos do Banco BMG, se a coloração se confirmar, o impacto médio no IPCA do mês será de 0,14 ponto porcentual. A diretora de Preços e Estudos de Mercado na Thymos, Mayra Guimarães, está entre os especialistas que atualizaram a projeção de bandeira de vermelha para amarela. eldquo;O principal fator para a redução foi o volume de chuvas registrado no Sul do País no final do mês, somado às previsões de continuidade das precipitações nos próximos diaserdquo;, disse, explicando que isso contribui para um preço spot da energia (Preço de Liquidação das Diferenças, PLD) mais baixo na abertura de julho. Esse preço é um dos gatilhos considerados na decisão de acionamento da bandeira. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o nível dos reservatórios no subsistema Sul subiu 20,2 pontos porcentuais, tendo atingido 64,85% da sua capacidade na quarta-feira, 25. eldquo;Somente de 15 a 20 de junho, o volume de precipitação nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai superou a média mensalerdquo;, destacou o diretor de Planejamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Alexandre Zucarato. Ele também salientou que, preocupado com a perspectiva de baixa intensa dos níveis armazenados, o operador também atuou para economizar água nas usinas, mesmo que a custo de geração termelétrica, o que colaborou para a melhora nos níveis dos reservatórios. Ele explicou que as hidrelétricas do Sul são importantes para apoiar o atendimento à carga no horário de pico, especialmente no fim do período úmido, por isso foi necessária a medida preventiva. O resultado foi uma melhora dos níveis de armazenamento e a perspectiva de alguma elevação à frente, diante da previsão de chuvas nos próximos dias, o que ajudaria a manter os preços da energia em patamares mais baixos. O gerente de Inteligência de Mercado da Electra Energy, Gabriel Apoena, calcula que o fechamento do PLD de julho deve ficar entre R$ 120 e R$ 170 por megawatt-hora (MWh), eldquo;devido principalmente à entrega favorável de hidrologia no Sul de junho para julhoerdquo;. Com isso, ele também antecipa bandeira amarela em julho. Outra empresa que projeta bandeira amarela é a Armor Energia. O diretor de Trading da empresa, Fred Meneses, cita que há possibilidade até mesmo de bandeira verde, sem cobrança adicional, a depender das projeções incorporadas pelo ONS para o volume de chuvas e condição de armazenamento no próximo mês. eldquo;Desde o início do ano, o modelo [que calcula os preços de referência da energia] está mais sensível, e estamos num limiar que, se a premissa de reservatório for melhor, o preço caierdquo;, disse. A Ampere Consultoria também trabalha com a perspectiva de bandeira amarela, tendo em vista as chuvas observadas e previstas na região Sul. No entanto, alerta que os efeitos favoráveis das chuvas aos consumidores não devem durar muito, o que podem levar a um retorno à bandeira vermelha no mês seguinte. eldquo;Em agosto, as projeções da consultoria já indicam a possibilidade de acionamento da bandeira vermelha 2, em meio à perspectiva de retorno do PLD a valores elevados após a recessão da cheia de julho na região Sul e da boa expectativa de geração eólica e solar em agostoerdquo;, disse o sócio consultor da Ampere, Guilherme Ramalho de Oliveira, explicando que a forte geração renovável prejudica o desempenho da geração hidrelétrica, influenciando no chamado risco hidrológico (GSF, no jargão setorial), outro fator de gatilho para a bandeira. Manutenção da bandeira vermelha É justamente o GSF que faz a consultoria PSR Energy projetar a manutenção da bandeira vermelha 1 em julho, discordando de outras casas. Para o líder de inteligência de mercado da empresa, Mateus Cavaliere, a despeito da boa evolução da hidrologia no Sul em junho, o fato de o País estar no chamado período seco, em que o volume de precipitações é menor, faz com que a geração hidrelétrica fique reduzida. eldquo;O preço tende a ser mais leve em julho do que junho, mas o GSF tende a pesar maiserdquo;, afirmou. A previsão de bandeira vermelha 1 é compartilhada por outras empresas do setor, como a Comerc Energia e a Bolt Energy. O líder comercial da unidade varejista da Bolt, Luiz Madeira, também cita que a manutenção está relacionada ao período seco, que compromete os níveis dos reservatórios e exige maior uso de termelétricas. eldquo;Isso eleva o custo de geração de energia no Paíserdquo;. Segundo ele, enquanto não houver uma reversão desse quadro hidrológico, a sinalização de bandeira vermelha tende a persistir.

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