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Petrobras assina contratos de R$ 2,9 bilhões para projetos no pré-sal

A Petrobras assinou dois novos contratos com a TechnipFMC para aquisição de equipamentos submarinos e dutos flexíveis para os campos de Búzios, Libra, Tupi, Atapu, Sépia, na Bacia de Santos, e de Roncador, na Bacia de Campos. Os acordos assinados nesta terça (17/9) somam R$ 2,9 bilhões e a expectativa é de até 60% de conteúdo local. Os contratos preveem a fabricação dos equipamentos nacionais com mínimo de 55% e 40% para prestação de serviços. Segundo a Petrobras, a fornecedora informou que pretende superar o conteúdo requerido, atingindo um percentual de aproximadamente 60% de contratação nacional durante a vigência dos contratos. Um dos acordos firmados com a TechnipFMC prevê o fornecimento de até 19 árvores de natal molhadas (ANMs)emdash; equipamento que permite abrir e fechar válvulas do poço emdash;, além de cinco unidades de distribuição eletro-hidráulicas (UDEHs) com equipamentos sobressalentes e serviços associados de assistência técnica, instalação, intervenção, preservação e manutenção dos equipamentos. Já o contrato de linhas flexíveis prevê o fornecimento de até 27,9 km de dutos flexíveis do tipo riser emdash; duto que liga uma plataforma a um sistema submarino emdash; para injeção de gás com acessórios e serviços associados de armazenagem, assistência técnica, supervisão, montagem e logística. Os equipamentos serão fabricados no parque industrial da TechnipFMC, na cidade do Rio de Janeiro, e na fábrica de flexíveis no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), com início ainda em 2024. As demandas de serviços serão atendidas nas fábricas da empresa localizadas em Macaé e Porto do Açu, ambas no estado do Rio de Janeiro. Equipamentos submarinos como ANMs e risers flexíveis de injeção de gás são essenciais para a produção e desenvolvimento ideais de reservatórios offshore. As árvores de natal controlam o fluxo de petróleo e gás em poços submarinos, garantindo operações seguras e eficientes. Enquanto isso, os risers permitem que o gás seja injetado no poço para aumentar a produção do campo.

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Produção de petróleo da União ultrapassa 86 mil barris diários

A produção de petróleo da União alcançou novo recorde em julho, chegando a 86 mil barris de petróleo por dia (bpd). O volume é referente aos oito contratos de partilha (81,76 mil bpd) e aos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu. O resultado é 21,13% acima da produção de junho e foi influenciado principalmente pelo aumento da produção de Mero. No mesmo período, a União teve direito a uma produção de gás natural de 175 mil metros cúbicos por dia (m³) por dia, 5,4% maior do que o resultado de junho. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção, divulgado nesta terça-feira (17) pela PPSA (Pré-Sal Petróleo). No regime de partilha, a União tem direito a uma parcela da produção de petróleo e gás natural de todos os campos licitados. Hoje existem 24 contratos assinados em regime de partilha e oito deles estão produzindo. Ou seja, a União tem direito a uma parcela da produção de cada um destes campos. A PPSA é a empresa que faz a gestão destes contratos e também é a empresa que comercializa estas parcelas. Além disso, a PPSA representa a União nos acordos de individualização da produção no polígono do pré-sal. Ou seja, toda vez que um bloco arrematado por qualquer empresa que esteja operando no polígono extrapole a área contratada, ampliando assim a sua produção em uma área não contratada, é necessário fazer um acordo de individualização da produção. A PPSA representa a União neste acordo e assim a União passa também a ter direito a uma parcela da produção. A União não é uma empresa operadora, mas ela tem produção em função de ter participação em oito contratos e em mais dois acordos de individualização da produção das áreas não contratadas de Tupi e Atapu. Segundo a diretora técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, com esse novo recorde, a União se posicionou, em julho, como a sexta maior produtora de petróleo do país. eldquo;Começamos o ano na nona posição no ranking e estamos crescendo. Vamos ter muito óleo para comercializar nos próximos anos. Amanhã faremos um novo processo de venda spot para comercializar 1,5 milhão de barris de petróleo em três cargas dos campos de Atapu, Sépia e Itapu e em 2025 teremos um novo leilão na B3 para vender as cargas de 2026erdquo;, disse ela. Contratos de partilha de produção A produção total dos contratos em regime de partilha está estável em 1 milhão de barris de petróleo por dia. São oito contratos em produção e o campo de Búzios segue como o maior produtor, com cerca de 470 mil bpd, seguido de Mero (302 mil bpd) e Sépia (97,4 mil bpd). Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha é de 873 milhões de barris de petróleo. A produção acumulada da União soma 48,37 milhões de barris. Ainda em julho, a produção de gás natural disponível para exportação em regime de partilha foi 4,11 milhões de m³ por dia. O resultado representa aumento de 8% em relação ao mês anterior. O melhor resultado foi devido ao aumento da exportação de gás no FPSO Carioca, no Campo de Sépia. Deste total, a União teve direito a uma produção de 175 mil m³ por dia, somando os resultados do AIP de Tupi. Desde 2017, início da série histórica, a exportação acumulada de gás natural em regime de partilha é de 2,5 bilhões. A parcela acumulada da União soma 192 milhões.

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Petróleo fecha em alta, com tensões no Oriente Médio e expectativa por corte de juros

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta na sessão desta terça-feira, 17, com WTI e Brent permanecendo dos US$ 70 o barril, diante de novas tensões no Oriente Médio. Segundo a Associated Press, explosões de pagers no Líbano mataram pelo menos nove pessoas e feriram um embaixador do Irã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 1,36% (US$ 0,94), a US$ 69,96 o barril, enquanto o Brent para novembro de 2024 negociado na Intercontinental Exchange (ICE) subiu 1,31% (US$ 0,95), a US$ 73,70 o barril. Apesar de terem exibido perdas moderadas mais cedo, os contratos futuros do petróleo também foram impulsionados pelo cenário positivo de dados de varejo, indústria e construção dos EUA. O quadro de resiliência econômica pode favorecer a demanda pela commodity. eldquo;Hoje, especificamente, a gente vê uma série de fatores que oferecem esse suporte para os preços. Vale destacar a expectativa em torno da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de amanhã, em que se espera o corte juros, com expectativa de um corte mais agressivo de 0,5 pontos porcentuaiserdquo;, comenta Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. No radar dos investidores estão também questões em relação à oferta do petróleo, com tentativas de estimar os impactos sobre a produção americana após a passagem do fenômeno climático Francine na semana passada na Costa do Golfo e as questões internas na Líbia, que levaram a uma forte diminuição da produção de petróleo do país e uma queda das exportações. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras: 'Há preocupação excessiva do mercado com dívida; geração de caixa é boa'

O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse ao Estadão/Broadcast nesta segunda-feira, 16, que há no mercado uma preocupação excessiva com o endividamento da estatal. Mantida a disciplina financeira, sugeriu, haveria espaço para a Petrobras contrair mais dívida de forma segura e gerar mais valor aos acionistas. eldquo;A alavancagem é baixa, a empresa é boa geradora de caixa, tem capacidade de pagamento, e aí tem essa preocupação excessiva. Não entramos nessa nãoerdquo;, disse Melgarejo. eldquo;(A preparação do) plano estratégico é o momento em que a gente discute vários indicadores da companhia, com qual nível de caixa vai trabalhar, qual Ebitda ((lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) quer, e qual geração de caixa, nível de endividamento e capex (custo para manter ou expandir as operações) necessário para balancear isso. Nesse momento a gente está justamente discutindo essa volumetria. E, para mim, mais importante do que o tamanho da dívida, é saber se endividando mais eu tenho capacidade de ter maior geração de valor para o meu acionista. Se a resposta for positiva, não tem problema fazer maior endividamento, mantidas todas as condições importantes para a companhiaerdquo;, continuou. Tradicionalmente, a Petrobras divulga seu plano estratégico quinquenal em novembro de cada ano. Confira a seguir uma síntese dos principais temas abordados pelo executivo da Petrobras. Números A relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras foi de 1,22x ao fim do segundo trimestre, uma alavancagem de fato baixa no universo do óleo e gás. O teto dessa dívida bruta da Petrobras, estabelecido pela governança da empresa, é de US$ 65 bilhões. Ao fim de junho, a dívida bruta estava a US$ 59,63 bilhões e a líquida a US$ 46,1 bilhões. No mesmo período, o prazo médio da dívida ficou em 11,76 anos, com custo médio de 6,6% ao ano, indicadores que experimentaram leve alta ante o trimestre imediatamente anterior (prazo de 11,3 anos e custo médio de 6,5% ao ano). Ao Estadão/Broadcast, Melgarejo salientou o compromisso com a disciplina de capital da Petrobras e, em que pese os comentários, reforçou que maior endividamento somente em caso de investimentos que deem retornos positivos a ponto de pagar a dívida e gerar mais dividendo. eldquo;É nessa lógica que toda a diretoria está trabalhando, uma visão bastante empresarial. Eu venho de banco. Meu elsquo;mindsetersquo; é esse e, depois de 37 anos trabalhando assim, ele não vai mudarerdquo;, disse. Emissão de títulos Melgarejo também detalhou que a emissão de títulos globais no valor de US$ 1 bilhão mirou unicamente a redução no custo da dívida da empresa. De fato, ao mesmo tempo a estatal recomprou títulos equivalentes a US$ 941,9 milhões, pagando US$ 918,3 milhões. Ele disse que há possibilidade de novas emissões desse tipo à frente, mas que agora não há nada no radar. Além da operação de momento, a Petrobras já havia emitido US$ 1,25 bilhão em operação concluída em julho do ano passado, após dois anos seguidos fora do mercado de dívida. eldquo;A Petrobras não tem necessidade de liquidez, então operações como essa servem à gestão eficiente da dívida. Emitimos bem barato a fim de recomprar dívidas mais caras e mais curtaserdquo;, disse Melgarejo. Surpresa positiva O diretor definiu o resultado da operação como eldquo;surpresa bastante positivaerdquo;, em função de uma demanda de mercado de US$ 3,2 bilhões, três vezes maior do que o valor intentado pela companhia. Ele destacou que o spread (diferença) entre a emissão da Petrobras e o título do Tesouro norte-americano ficou em 2,4% (em 2023, esse valor foi de 2,9%), o mais curto em 12 anos. Com relação aos títulos do Tesouro brasileiro, essa diferença foi de 0,23%, que seria a mais curta em 18 anos. eldquo;A ideia era comprimir ao máximo a emissãoerdquo;, disse sobre a operação que terminou com uma taxa de retorno de 6,25% ao ano, após uma partida de 6,5% ano, já bem rebaixada. Em 2023, a compressão foi maior, mas partiu de 7,25% e chegando a 6,625%, acima do retorno desse ano. Esse retorno mais favorável à Petrobras, disse Melgarejo, se deve às condições macroeconômicas dos Estados Unidos, com o Fed (o banco central americano) já tendo sinalizando corte de juros e à robustez da gestão da Petrobras, cada vez melhor avaliada. eldquo;Temos a cobertura de 16 bancos de investimento e, ontem, um 12º entre eles deu indicação e compra para a companhia. Temos 75% de indicação de compra, a melhor posição desde 2022. Isso é aumento de confiança na tese Petrobraserdquo;, disse. Segundo Melgarejo, a maior parte dos investidores que compraram os títulos segue nos Estados Unidos conforme o esperado, mas teria havido participação expressiva de investidores da Europa, da Ásia e do próprio Brasil. Os títulos recém-emitidos pela Petrobras têm vencimento em 13 de janeiro de 2035. Os pagamentos de juros serão semestrais, começando em 13 de janeiro de 2025. elsquo;Barateamento da dívidaersquo; O impacto da operação é no preço e no prazo da dívida. eldquo;O impacto dessa emissão para a dívida em si é imaterial, porque emitimos US$ 1 bilhão e recompramos pouco mais de US$ 940 milhões. Mas há um alongamento e barateamento dessa dívidaerdquo;, disse o executivo.

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Lula sanciona desoneração da folha de salários

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem com vetos a lei que mantém a desoneração da folha de pagamento das empresas que mais empregam no País e de pequenos municípios em 2024, prevendo a reoneração gradual a partir de 2025. Instituída em 2011, a desoneração da folha de pagamentos vale para os 17 setores mais intensivos em mão de obra no País. Juntos, eles incluem milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas. A medida substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A votação no Senado do texto incluiu os municípios de menor porte. O benefício resulta, na prática, em redução da carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas e prefeituras. Nenhum veto alterou trechos relevantes da proposta. Entre eles, está o do artigo 48, que dizia que os recursos esquecidos poderiam ser reclamados nas instituições financeiras até 31 de dezembro de 2027. Segundo o governo, o artigo contrariava outros da mesma lei, o 45 e o 47. O artigo 46 da lei sancionada prevê que a reivindicação pode ser feita até seis meses após o Banco Central (BC) dar publicidade aos valores. Outro veto é o artigo que criava Centrais de Cobrança e Negociação de Créditos Não Tributários. O governo entendeu que essa prerrogativa teria de ser do Executivo. Dois outros artigos foram vetados pelo entendimento de que desrespeitavam a Constituição, de acordo com o governo. COMPENSAÇÃO. O projeto prevê como medidas compensatórias para a desoneração o uso de depósitos judiciais, atualização de bens no Imposto de Renda, repatriação de ativos mantidos no exterior e renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras. O texto da desoneração da folha de pagamentos prevê uma reoneração gradual entre 2025 e 2027. A partir do ano que vem, os empresários passarão por uma cobrança híbrida, que misturará uma parte da contribuição sobre a folha de salários com a taxação sobre a receita bruta. Como contrapartida para o benefício, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não resultará na perda do direito à desoneração por parte dessas companhias. No caso dos municípios, o texto também estabelece uma eldquo;escadaerdquo;. Neste ano, está mantida a alíquota previdenciária de 8% aprovada no ano passado pelo Congresso. Em 2025, esse imposto será de 12%. Em 2026, de 16%. Em 2027, por fim, voltará a ser de 20%. ebull;

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Mercado crê em alta de 0,25 ponto na Selic em reunião do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne a partir de hoje e anuncia amanhã a nova taxa básica de juros da economia. De acordo com o Projeções Broadcast, o mercado financeiro aposta majoritariamente que a taxa Selic vai subir 0,25 ponto, passando a 10,75% ao ano. A perspectiva de retomada do aperto monetário ganhou força desde a reunião de junho do Copom, como reflexo das expectativas de inflação que seguiram acima da meta de 3% perseguida pelo BC, da desvalorização cambial e de posicionamentos mais duros dos membros do próprio Copom. O crescimento de 1,4% do PIB, divulgado há duas semanas, também consolidou a percepção de atividade econômica aquecida no País e necessidade de alta nos juros. O boletim Focus, em que o BC capta previsões de instituições financeiras, elevou a projeção da inflação em 2024 e vê a Selic em 11,25% no fim do ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define, na reunião que começa hoje e termina amanhã, a nova taxa básica de juros (Selic) do País. A aposta majoritária do mercado financeiro é de que a Selic vai subir 0,25 ponto porcentual, passando para 10,75% ao ano. Essa é a previsão de 53 das 61 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast. Seis casas preveem manutenção do juro em 10,5%, enquanto outras duas apostam em elevação de 0,50 ponto na Selic. Ainda segundo economistas do mercado, a alta não deve parar por aí. Para 26 dessas instituições, a Selic vai terminar o ano num patamar de 11%. Outras 23 acreditam que o juro vai a 11,25%, enquanto para 21 a taxa será ainda maior: 11,75%. Duas projetam 11,5%, enquanto seis acreditam que a Selic não será mexida até o fim ano, terminando no mesmo patamar atual de 10,5%. A perspectiva de retomada do aperto monetário ganhou força no mercado desde a reunião anterior do Copom, no fim de julho, como reflexo das expectativas de inflação que seguiram descoladas da meta de 3% perseguida pelo BC, da desvalorização cambial e de falas mais duras dos próprios membros do Copom. O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado em 3 de setembro, um resultado acima do esperado pelo mercado, também consolidou a percepção de atividade econômica aquecida e necessidade de alta no juro, observam os analistas. Após um longo período de aperto monetário, o BC começou a cortar os juros em agosto do ano passado. Na ocasião, a taxa estava em 13,75% e passou a 13,25%. De maio para cá, a taxa tem sido mantida em 10,5%. O BTG Pactual está entre as instituições que preveem alta de 0,25 ponto no juro agora em setembro. Na avaliação do economista do banco Álvaro Frasson, a Selic em 10,5% é contracionista, ou seja, capaz de frear a atividade econômica, mas alguns dados mostram que a taxa não tem sido eficiente como se imaginava (mais informações na pág. B2). Na semana passada, o Goldman Sachs também ajustou suas projeções para a Selic, passando a prever alta de 0,25 ponto em setembro, elevação de 0,50 ponto em novembro e mais uma alta de 0,25 ponto em dezembro, levando o juro básico a 11,25% ao final deste ano. O Itaú Unibanco também incorporou uma alta da Selic na reunião desta semana, com a perspectiva de a taxa atingir 12% em janeiro de 2025. O Itaú argumentou que, considerando um câmbio de R$ 5,60 e alguma revisão do espaço que o PIB tem para se expandir sem estimular a inflação, o modelo utilizado pelo Copom indicaria uma inflação de 3,4%, o que justificaria o aperto monetário agora. eldquo;Com tal projeção, estimamos que a taxa de juros necessária para trazer o IPCA de volta à meta seria de pelo menos 12%erdquo;, disse o banco. ebull; Para 26 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, a Selic vai terminar o ano em 11% As projeções do relatório Focus para a inflação voltaram a subir. Na edição publicada ontem pelo Banco Central, a mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,3% para 4,35%, a nona alta semanal consecutiva, aproximando-se ainda mais do teto da meta, de 4,5%. A mediana para o IPCA de 2025 também subiu e passou de 3,92% para 3,95%. As projeções do mercado descolam cada vez mais dos números do Banco Central, que projeta inflação de 4,2% este ano e de 3,6% em 2025, no cenário de referência. No cenário alternativo, o BC projeta IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% no próximo ano. No último ciclo de comunicações, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o horizonte relevante para a definição do nível dos juros no País. Nesse período, o Copom espera que a inflação acumulada em 12 meses atinja 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%. Depois da forte correção na semana passada, a mediana das projeções do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 continuou em 11,25% ao ano, 0,75 ponto porcentual acima do atual patamar, de 10,5%. O Copom se reúne hoje para definir amanhã se volta ou não a subir a taxa referencial dos juros no País. A projeção do mercado para a Selic no fim de 2025 também subiu, passando de 10,25% para 10,50% ao ano. Há quatro semanas, era de 10%. ALTA MAIOR DO PIB. O mercado também elevou suas expectativas para o crescimento do País. A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano saltou de um avanço de 2,68% para 2,96%. A mediana do Focus para a alta do PIB de 2025 seguiu em 1,90% endash; há um mês era de 1,89%. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 3,2% em 2024, de acordo com revisão publicada na última sexta-feira. As projeções para o dólar também seguem pressionadas. A mediana das projeções dos analistas para a moeda americana no fim deste ano oscilou de R$ 5,35 para R$ 5,40. E a estimativa intermediária para o fim de 2025 passou de R$ 5,30 para R$ 5,35. ebull;

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