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ANP realizará hoje (21/3) workshop sobre acesso a terminais aquaviários

A ANP realizará hoje (21/3), às 14h, o workshop online eldquo;Acesso a Terminais Aquaviários - 6 meses da Resolução ANP 881/2022erdquo;, com transmissão pelo canal da Agência no YouTube (https://www.youtube.com/user/ANPgovbr). O evento tem como objetivo apresentar à sociedade os primeiros resultados da implementação e da aplicação prática dos dispositivos da resolução, bem como esclarecer dúvidas dos agentes econômicos. Entre os tópicos a serem apresentados, estão: preferência do proprietário; publicação das negativas de acesso; resultados da primeira rodada de fiscalizações; apresentação do painel dinâmico da capacidade máxima dos terminais; e apresentação do painel dinâmico do histórico de movimentações. O público-alvo do workshop são os operadores de terminais aquaviários, os carregadores (usuários dos serviços prestados pelos operadores) e terceiros interessados em movimentar produtos nos terminais aquaviários. Esses agentes econômicos poderão fazer apresentações, formular perguntas e esclarecer pontos específicos. Para mais informações sobre inscrições e programação, acesse https://www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/agenda-eventos/workshop-acesso-a-terminais-aquaviarios-6-meses-da-resolucao-anp-881-2022.

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Projeto de Lei quer obrigar estacionamentos privados e públicos a instalar carregadores

A falta de infraestrutura para recarga de veículos elétricos no Brasil pode estar com os dias contados. Para tentar barrar a rejeição do público consumidor aos carros a baterias e, sobretudo, amparar quem optou pela compra, o deputado federal Fábio Macedo (PODE/MA) criou o Projeto de Lei n° 710/2023. A proposta visa obrigar estacionamentos públicos e privados, além de vias públicas, a instalar carregadores para carros alimentados por eletricidade. A proposta - apresentada no dia 28 de fevereiro - tramita na Câmara dos Deputados. Pela justificativa do texto, a ideia é acabar com os empecilhos para a implantação definitiva da mobilidade elétrica no Brasil. "A carência de pontos de carregamento não só dificulta a utilização dos veículos elétricos e híbridos, mas também desestimula a aquisição", descreve o texto. Com o objetivo de diminuir a agressão ao meio ambiente, o Projeto de Lei propõe que estes locais disponibilizem carregadores por porcentagem das vagas. "Em estacionamentos privados de uso coletivo, os proprietários deverão disponibilizar estações de recarga em 5% das vagas, que ficarão reservadas", propõe. Nos públicos, cai para 2%. Os locais poderão cobrar pelo serviço. Em vias públicas, a princípio, as concessionárias de serviço de distribuição de energia elétrica deverão disponibilizar carregadores. Caso aprovada, a lei levará ainda o prazo de 1 ano para entrar em vigor. Por enquanto, não há informações sobre o que poderá acontecer com quem desrespeitar a lei, caso ela seja aprovada e sancionada pelo presidente Lula. Base em estudo Ainda como justificativa, o deputado se baseia em um estudo para defender a aprovação do PL. "Conforme o estudo e#39;O futuro da mobilidade no Brasil: uma rota para eletrificaçãoe#39;, da empresa de consultoria empresarial McKinsey e Company, o Brasil deverá ter 11 milhões de automóveis movidos à bateria em 2040. Isso, portanto, representará 55% das vendas de novos veículos", sustenta Fábio Macedo em sua justificativa. Desse modo, o deputado federal maranhense acredita que é necessário estimular a demanda por esse tipo de carro, e propor mudanças estruturais e regulatórias. "Segundo o estudo citado, o crescimento da eletrificação no transporte depende de investimentos públicos e privados em quatro setores: apoio para quem compra, política de incentivo industrial, investimentos em pontos de recarga e adequação da infraestrutura", finaliza. Como são os carros elétricos e híbridos plug-in? A princípio, os donos de veículos elétricos e híbridos plug-in não precisam depender de postos de combustíveis para abastecer. Afinal, ambos têm baterias recarregáveis em fontes externas, como tomadas e Wallbox, como é chamado o carregador doméstico. Tem elétrico, por exemplo, que pode rodar mais de 300 km sem precisar recarregar. É o caso do Volvo XC40, por exemplo. É o que informam os números do Inmetro. Já entre modelos híbridos plug-in, o GWM Haval H6 PHEV, assim como o Haval H6 GT (vídeo), podem rodar até 170 km em modo elétrico com as baterias cheias. E com o tanque cheio de gasolina, supera, então, os 1.000 km de autonomia total. Desvantagens Os elétricos dispensam etanol, gasolina e diesel, mas também têm alguns problemas. No geral, a autonomia ainda é baixa. E as baterias demoram para recarregarem. Em tomadas convencionais, por exemplo, tem carro que leva cerca de 10 horas para completar a carga. E mesmo nas estações de carga rápida, alguns não são tão ágeis no abastecimento. No mínimo, gasta-se entre 20 minutos e meia hora para encher entre 10% e 80% das baterias. Além disso, como a tecnologia ainda é cara, os preços desse tipo de veículo continuam salgados. Para se ter uma ideia, enquanto a versão flex do Renault Kwid 0-km custa R$ 68.190, o modelo com motor elétrico (E-Tech) tem tabela de R$ 149.990. Ou seja, é R$ 81.800 mais caro. A diferença, portanto, fica apenas na forma em que são colocados em movimento, pois, de resto, os modelos flex e elétrico são bastante semelhantes. Combustão x Elétrico No motor a combustão há quatro fases: admissão dos gases, compressão, combustão - que gera a potência enviada às rodas - e a exaustão (que libera os gases tóxicos). Problema este que os elétricos eliminam. Um veículo 100% elétrico tem energia armazenada em baterias e liberada para o motor. Este, por sua vez, funciona com a atuação de campos eletromagnéticos. Outra diferença é que esse tipo de carro não precisa de relação de marchas. Os modelos a baterias funcionam como um carro automático. Mas com um adicional interessante: liberam o torque total de forma imediata. Assim, precisam apenas da primeira marcha e da ré.

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Não vamos nos livrar do petróleo tão rápido, diz coordenador de rede de política climática

O coordenador científico da Rede Clima (Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas), Moacyr Araújo, afirmou nesta segunda-feira (20) que acredita que o país não vai parar de depender do petróleo no futuro próximo. A declaração foi dada quando ele foi questionado pela Folha sobre a aposta do governo federal na exploração de petróleo, especialmente na Amazônia. "Nós não vamos nos livrar do petróleo tão rapidamente assim, tá? Isso é uma constatação não só do Brasil, mas do planeta", disse, durante evento para imprensa promovido pelo Instituto ClimaInfo e pela Fapesp sobre os resultados do novo relatório do painel do clima da ONU (IPCC, na sigla em inglês). A Rede Clima tem o papel de apoiar atividades de pesquisa do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e é vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Segundo um relatório elaborado pela Agência Internacional de Energia, para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, é essencial que não sejam feitos investimentos em novos projetos de extração de combustíveis fósseis. A meta é um dos passos para que seja possível cumprir o Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a 1,5°C. Araújo ponderou que é preciso "fazer muito esforço para diminuir a matriz fóssil", mas que o petróleo não é usado apenas para fazer combustíveis fósseis. Ele aponta que cerca de 10% da produção da indústria petroquímica são focados em plástico, número que, o pesquisador estima, deve chegar a 20% até 2050. "Vai ser muito difícil impedir a geração [de plástico], porque ele tem aplicações que vão além de uma garrafa pet, com toda a questão cirúrgica, hospitalar etc, que depende fortemente da indústria do plástico." O pesquisador destacou que a poluição massiva de plástico é outro problema a ser enfrentado e que esse material precisa ser reaproveitado e usado na geração de energia. "Eu acho que a gente tem que administrar essa questão", afirmou. "Sou absolutamente contra novas explorações em áreas de elevado potencial de biodiversidade, sem que haja análise prévia etc. Mas dizer e assumir que nós vamos nos livrar do petróleo nos próximos dez, 20 anos, eu acho ilusório. É melhor trabalhar justamente essa forma de mitigar isso aí, como transformar esse excesso em energia novamente." Ana Toni, escolhida para chefiar a Secretaria Nacional de Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, também estava presente. Em resposta à mesma pergunta sobre exploração de petróleo no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que é preciso elaborar planos setoriais "para fazer as difíceis escolhas sobre o que temos que abrir mão o mais rapidamente possível e as coisas que vão demorar um pouco mais". "Em relação aos combustíveis fósseis, todas as fontes de energia têm, logicamente, impactos ambientais. O combustível fóssil é o primeiro que vamos ter que resolver, mas temos que olhar [os impactos] como um todo", afirmou, acrescentando que não comentaria sobre a exploração na Amazônia. Um dos pontos abordados no âmbito da discussão climática é o de transição justa, ou seja, como fazer a transição energética levando em conta que nações em desenvolvimento ainda dependem de combustíveis fósseis. Toni afirma que, no caso do Brasil, existe um problema para equacionar os aspectos econômicos, sociais e de redução de carbono e que a solução para a transição passa por uma gestão eficiente. "Mecanismos a que talvez a gente não tenha dado tanta ênfase no passado se tornam prioritários agora, para podermos agilizar as medidas necessárias para fazer essas escolhas difíceis. Se não é o combustível fóssil na Amazônia, é o quê? Como é que a gente vai fazer com que a economia continue andando, com que a população continue sendo servida da melhor maneira possível? Essas escolhas requerem uma gestão de boa governança." Mercedes Bustamante, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e uma das revisoras do novo relatório-síntese do IPCC, que também fez parte da entrevista coletiva, ponderou que, na transição justa, o objetivo é garantir que as pessoas empregadas pelo setor fóssil tenham capacitação e trabalho nessa transição.

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Etanol está mais competitivo que a gasolina apenas em dois estados do Brasil

O etanol ficou mais vantajoso que a gasolina somente nos estados do Amazonas e de Mato Grosso, na semana entre 12 e 18 de março. No resto do Brasil, a gasolina se manteve como melhor opção. Assim, o cenário é o mesmo que o da semana anterior. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Conforme o levantamento da última semana, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 71,12% ante a gasolina. O valor torna o álcool desfavorável em comparação com o derivado do petróleo, já que está acima dos 70%. Já no Amazonas, a paridade estava em 69,47%. Em Mato Grosso, a taxa era de 65,76%. No entanto, executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. Aumento de impostos Vale lembrar que os impostos federais voltaram a incidir sobre a gasolina desde o último dia 9. Em São Paulo, motoristas já encontram bombas com aumento de R$ 0,50. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a alta líquida para o consumidor seria de R$ 0,34. Esse valor conta com a redução cobrada pela Petrobras para as distribuidoras de combustíveis, que foi de R$ 0,13. O objetivo era amenizar os preços na bomba.

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Alemanha e França divergem sobre regra de proibição de motores a combustão em 2035

Alemanha e França, as duas maiores economias da União Europeia, estão travando uma e#39;batalhae#39; sobre a melhor forma de cumprir a meta da UE que proibe a venda de carros com motores a combustão na região de partir de 2035. Na verdade, as duas potências têm opiniões divergentes sobre a questão de permitir exclusivamente a venda de veículos elétricos e com zero emissão na região. Em linhas gerais, a Alemanha quer uma exceção que possibilite motores a combustão com combustíveis sintéticos, enquanto a França é contra essa abertura. O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, chamou a posição do governo francês contra os carros a combustão de "lamentável". Por outro lado, Bruno Le Maire, ministro da Economia francês, foi muito contundente ao analisar a situação. "Você não pode dizer que há uma emergência climática, que nossas cidades estão muito poluídas [...] e atrasar a transição para veículos elétricos. Você não pode atrasar esse objetivo." Nesse cenário, a Alemanha suspendeu a aplicação da nova regra para 2035 até que a Comissão Europeia apresente uma proposta vinculativa que exclua os veículos que funcionam com combustíveis sintéticos - essa linha de pensamento é apoiada por países como Itália, República Checa, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia. O ministro alemão critica ainda o fato da França não levar em conta que os carros elétricos a bateria são mais caros que os equivalentes a combustão, o que tornará a mobilidade elétrica menos acessível. No entanto, pelos movimentos atuais a tendência é de que o preço do carro elétrico se equipare ao dos modelos a combustão nos próximos anos. Já os combustíveis sintéticos são uma tecnologia muito recente e ainda mais caros do que a eletrificação direta, o que dificulta o argumento alemão. Muitos especialistas apontam que os combustíveis sintéticos serão viáveis apenas para veículos de alto desempenho e modelos clássicos, devido ao enorme gasto de energia envolvido na sua produção a partir de hidrogênio e dióxido de carbono recapturados. Ao seu alto preço também deve ser adicionado o fato de que eles não resolvem o problema das emissões de NOx e partículas nocivas nos centros urbanos. Por fim, o ministro francês diz que a Europa está entre 5 e 10 anos atrasada em relação à China no desenvolvimento de veículos elétricos. Nesse cenário, é necessário passar uma mensagem clara para a indústria automotiva local. "Dizer que vamos eletrificar, mas que também vamos ficar um pouco com a combustão interna é economicamente incoerente e perigoso para a indústria. Não é do nosso interesse, não é do interesse das montadoras e não é do interesse do planeta."

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Brasil produz recorde de petróleo e gás de 4,183 mi barris/dia em fevereiro, aponta ANP

A produção brasileira de petróleo e gás subiu 0,19% em fevereiro ante o mês anterior e registrou novo recorde mensal de 4,183 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), com impulso do gás natural, apontaram dados publicados pela reguladora ANP nesta segunda-feira (20). O volume supera recorde anterior de 4,18 milhões de boed registrado em outubro do ano passado. Na comparação com um ano antes, a produção de óleo e gás avançou 11,4%, mostraram os dados. O marco foi puxado pela produção brasileira de gás natural, que cresceu 2,3% em fevereiro ante janeiro e avançou cerca de 10% ante um ano antes, para 146,54 milhões de metros cúbicos por dia. Já a produção apenas de petróleo recuou 0,39% em fevereiro ante janeiro e cresceu 11,8% versus um ano antes, para 3,261 milhões de barris por dia (bpd). O recuo mensal da produção de petróleo ocorre após o país ter registrado recorde de produção da commodity de 3,274 milhões de bpd em janeiro.

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