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Ação da refinaria dificulta fiscalização

Um processo administrativo aberto pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a pedido da Refit está dificultando as fiscalizações da reguladora sobre a refinaria. Em novembro, a empresa pediu a suspeição de dois diretores da ANP: Pietro Mendes e Symone Araújo. A manifestação da Refit foi uma reação a ações realizadas nos últimos meses pela agência que resultaram na interdição da refinaria de Manguinhos (RJ), pertencente à empresa, e na apreensão de cargas de combustíveis. Outros dois diretores, Daniel Maia e Fernando Moura, pediram vistas ao processo e o tema ainda não retornou à pauta. A expectativa é que o processo seja retomado em dezembro. Na quinta-feira (27), a Refit foi alvo de uma operação, a Poço de Lobato, realizada em cinco Estados e no Distrito Federal para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em empresas ligadas à companhia, controlada pelo empresário Ricardo Magro. À reportagem, a ANP afirmou que não participou da operação Poço de Lobato. Em setembro, a Refit teve quatro cargas de combustíveis apreendidas em duas etapas da Operação Cadeia de Carbono, da qual participaram ANP e Receita Federal. Na segunda etapa, a refinaria foi interditada pela ANP. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Placar do devedor contumaz: Maioria dos deputados é a favor de projeto que pune sonegadores

A maioria dos deputados da Câmara se declara favorável à aprovação do projeto de lei apoiado pelo governo Lula que promete fechar o cerco aos chamados eldquo;devedores contumazeserdquo; endash; contribuintes que deixam de pagar impostos de forma repetida, deliberada e intencional. O Placar do Devedor Contumaz endash; levantamento exclusivo feito pelo Estadão para identificar como cada parlamentar se posiciona sobre o tema endash; aponta que, dos 513 deputados, 285 (55,6%) apoiam o projeto, enquanto apenas cinco (1%) se dizem contrários. Outros 33,5% (172 parlamentares), porém, não quiseram responder, e 55 deputados não retornaram à reportagem. Por ser um projeto de lei complementar (PLP), a proposta de punição a sonegadores precisa de maioria absoluta para ser aprovada endash; ou seja, 257 votos. Os deputados vêm sendo contatos pelo Estadão há um mês por telefone, e-mail, via assessoria de imprensa e também presencialmente no Congresso e em eventos. O Placar retrata os posicionamentos recebidos até a tarde desta quinta-feira, 27, mas continuará sendo atualizado à medida que os parlamentares que ainda não se pronunciaram declararem seu voto. O projeto tramita há oito anos no Congresso e só voltou aos holofotes após o estouro, no final de agosto, da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal - que investiga um esquema bilionário de sonegação e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis e em fintechs ligadas a facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a operação, o governo Lula entrou em campo em defesa da proposta, sobretudo a equipe econômica endash; uma vez que, a exemplo do que está sendo investigado na operação, a Receita Federal vem argumentando que a prática de abrir sucessivos CNPJs para escapar do Fisco vem sendo usada pelo crime organizado para lavar dinheiro. Pelo projeto, as empresas enquadradas como devedoras contumazes terão os CNPJs baixados. Elas serão proibidas de participar de licitações ou manter vínculos com a administração pública, não poderão entrar em recuperação judicial e, caso seja aberto processo penal contra os sócios em razão da dívida tributária, eles não poderão pedir o perdão pagando o valor atrasado. A tramitação No início de setembro, o Senado aprovou o texto por unanimidade (71 a 0). Dois meses depois, no final de outubro, a Câmara aprovou, por 336 votos a 50, regime de urgência para proposta endash; o que permite que o texto seja encaminhado diretamente para o plenário, sem passar por comissões. De lá para cá, porém, o projeto ficou travado. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não havia designado um relator para a proposta até esta quinta. Procurado pela reportagem, ele afirmou que a demora era pelo fato de muitos partidos demonstrarem interesse para indicar um relator. A demora de Motta colocou em alerta entidades empresariais que vêm militando pela aprovação do texto. No final de outubro, nove frentes parlamentares, como a do Empreendedorismo e do Agronegócio, lançaram um manifesto em defesa da proposta. Nesta quinta, o presidente da Câmara escolheu o deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) para a função, pressionado após a deflagração da Operação Poço de Lobato, que investiga um esquema bilionário de sonegação envolvendo o Grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Rodrigues votou a favor do requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto na casa, em 30 de outubro, mas não quis responder sobre o tema no Placar do Estadão. Apesar de o projeo ter ganhado um relator, agora, o cenário está mais desafiador para o governo uma vez que, nos últimos dias, a cúpula do Congresso entrou em rota de colisão com Executivo. Segundo apurou a reportagem, diante dos atritos entre governo e Congresso, a tendência é que, neste momento, os parlamentares priorizem pautas que não têm apoio do Executivo, em detrimento das abraçadas pelo Planalto - o que pode arrastar a tramitação do projeto. Ainda há expectativa se o cenário pode ser alterado com a designação do relator e a megaoperação desta quinta-feira. Partidos A bancada do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou voto favorável ao texto na tarde desta quinta. No total, são 67 deputados. eldquo;Entendo que necessitamos de mecanismos eficazes para coibir as estratégias de certas empresas que se utilizam da condição de devedoras do Fisco para melhorar os seus negócioserdquo;, afirma a deputada Juliana Cardoso (PT-SP). eldquo;São ações fraudulentas e que precisam ser combatidas, como as usadas de forma ardilosa, a exemplo de empresas na Operação Carbono (Oculto).erdquo; eldquo;Se o PT é favorável e fechou questão, estamos juntos entãoerdquo;, diz o senador Flávio Nogueira (PT-PI). O PL, maior bancada da Câmara e oposição ao governo Lula, aparece com 40 manifestações favoráveis. No entanto, 33 deputados não quiseram responder. O deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) na Câmara, avalia que se trata de proposta de eldquo;consenso, de interesse do Paíserdquo;. eldquo;Eu faço parte da oposição do governo, mas estou aqui defendendo um projeto cujo requerimento de urgência foi apresentado pelo líder do governo (José Guimarães). Isso mostra a natureza suprapartidáriaerdquo;, diz Sávio. eldquo;Isso não é um projeto do governo; nasceu no Senado, já foi aprovado no Senado e chega à Câmara, no meu entendimento, bem maduro.erdquo; Ele afirma que chegou-se a cogitar que ele havia sido designado relator, pelo fato de ele ser eldquo;enfáticoerdquo; em cobrar a votação do projeto ainda neste ano. eldquo;E nós estamos cobrando, pedindo ao presidente (da Câmara) Hugo Motta que ele possa pautar.erdquo; Depois de PT e PL vêm PSD (26), União Brasil (22), PP (22) e Republicanos (19), partido de Motta. eldquo;Combater o devedor contumaz garante justiça tributária. Quem cumpre a lei e paga seus impostos não pode sofrer a concorrência desleal de quem constrói o negócio sobre a sonegaçãoerdquo;, diz o deputado Pedro Lupion (Republicanos-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). eldquo;A FPA defende esse tema com firmeza no Congresso Nacional. Corrigir essa distorção faz justiça a quem produz e paga corretamente. O Brasil precisa de celeridade para aprovar os projetos e aplicar sanções rigorosas aos fraudadores.erdquo; Contrários De todos os deputados que responderam ao Placar, apenas cinco se declararam contrários à proposta: Adriano do Baldy (PP-GO), Duda Salabert (PDT-MG), Hildo Rocha (MDB-MA), Lula da Fonte (PP-PE) e Marcos Pollon (PL-MS). eldquo;Da forma que está (o texto), faz é privilegiar o contumazerdquo;, afirma o deputado Hildo Rocha.

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Refit usou fundo de investimento para lavar US$ 200 milhões nos EUA, diz MP

Mais de R$ 2 milhões em dinheiro vivo, além de lotes de esmeraldas, foram apreendidos ontem na Operação Poço de Lobato, que mira um esquema bilionário de sonegação envolvendo o Grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Também foram apreendidos documentos, celulares e computadores, que ainda serão periciados. A Justiça de São Paulo autorizou buscas em 190 endereços em cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Maranhão) e no Distrito Federal. A Promotoria batizou a operação com o nome Poço de Lobato porque este foi o primeiro poço de petróleo descoberto no Brasil, localizado no bairro de Lobato, em Salvador. Descoberto em 21 de janeiro de 1939, marcou o início da exploração de petróleo no País, apesar de não ter sido comercialmente viável à época. O inquérito teve início a partir de uma representação da Procuradoria-Geral do Estado. O governo paulista vinha tentando cobrar na Justiça impostos atrasados do Grupo Refit. As execuções fiscais, porém, nunca tiveram sucesso, porque o patrimônio das empresas era pulverizado antes que as autoridades chegassem a ele. As suspeitas de ocultação patrimonial levaram o Ministério Público de São Paulo a abrir uma investigação criminal. O inquérito chegou a uma rede de empresas de fachada, holdings, fundos de investimento, fintechs e offshores usadas para operacionalizar um sofisticado esquema de sonegação e lavagem de dinheiro. O Grupo Refit nega qualquer irregularidade e diz que questiona na Justiça o valor cobrado em tributos eldquo;como fazem inúmeras empresas brasileiras que divergem de uma cobrança tributáriaerdquo;. De acordo com a investigação, diferentes manobras empresariais e contábeis teriam sido usadas para burlar o recolhimento de ICMS e, em seguida, incorporar o lucro ao patrimônio do empresário. Entre essas manobras, estavam reestruturações societárias, migração de faturamento entre empresas operacionais, blindagem por meio de holdings para quebrar o rastro contábil do dinheiro e despistar as autoridades. Esse esquema para ocultar o ganho ilegal e retirar o lucro da sonegação do Brasil teria envolvido cerca de 50 fundos de investimento. Principal fundo investigado, o EUV Zeus teria transferido US$ 200 milhões para a offshore Clearedge Capital LLC, de Delaware, nos Estados Unidos, criada sete dias antes da transação. O grupo operou outras fraudes, por meio de fundos de investimento, em toda a cadeia de combustíveis, de acordo com a investigação. Eles também foram usados para comprar créditos de distribuidoras, centralizar capital, financiar operações e até expandir negócios por meio de investimentos em novas refinarias, aponta o inquérito. Até mesmo a emissão de notas fiscais seria fraudulenta, segundo os investigadores. Perícias apontam que havia um eldquo;comando unificado a distânciaerdquo;, orquestrado por uma empresa de tecnologia, que usava servidores centrais para emitir notas de diversas distribuidoras. A antiga refinaria de Manguinhos entrou no radar após a deflagração da Operação Carbono Oculto, em agosto deste ano. As autoridades investigam se o combustível da Refit abasteceria redes de postos de gasolina controladas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Em outubro, a Receita Federal apreendeu dois navios com carga que iria para Manguinhos. O esquema criminoso atribuído ao grupo envolveria uma estratégia ampla de sonegação e lavagem de dinheiro sustentada por empresas criadas para funcionar como eldquo;laranjaserdquo;, segundo os investigadores. Essas companhias assumiam operações do setor de combustíveis para afastar a responsabilidade tributária, mesmo após sucessivos regimes especiais impostos pelo Fisco paulista para tentar conter as irregularidades. A cada restrição, novas estruturas eram formadas para manter o não pagamento d e ICMS e preservar a atuação do conglomerado. A investigação feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e a Receita Federal na Operação Carbono Oculto afirmou que a Refit ocupou o espaço que era da Copape, fechada um ano antes pelas autoridades, no fornecimento de combustível aos postos do PCC. O indício apontado pelos investigadores é que, no mesmo período em que a Copape foi retirada do mercado, a Refit passou a importar e vender quase a mesma quantidade de combustível que a empresa fechada. Entre o primeiro e o segundo semestres de 2024, Manguinhos aumentou o volume de combustível importado de R$ 2,98 bilhões para R$ 5,6 bilhões, uma diferença de R$ 2,62 bilhões. O valor é praticamente o mesmo que a Copape, já fechada, deixou de importar (R$ 2,55 bilhões). O combustível adicional comprado pela Refit foi distribuído principalmente pela Rodopetro, empresa de Duque de Caxias (RJ) que passou a vender volumes expressivos a compradores que até então não haviam adquirido uma gota de combustível dela. ebull;

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Hugo Motta vai pautar PL das farmácias nos supermercados nos próximos dias

O presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a pautar nos próximos dias o projeto de lei do senador Efraim Filho que permitirá a instalação de farmácias dentro de supermercados. O texto foi aprovado no Senado em setembro. Um requerimento para tramitação em regime de urgência foi apresentado. O deputado sinalizou a representantes dos setores envolvidos na discussão que pautará o pedido já nos próximos dias. Com isso, a matéria poderá ser votada diretamente no Plenário da Câmara dos Deputados, sem passar por nenhuma comissão, para acelerar o processo. Motta indicou que será mais fácil a aprovação do assunto na casa, já que no Senado criou-se um consenso entre os dois setores em torno do tema. A ideia original do projeto, encabeçada pelos supermercados, era liberar a venda de medicamentos sem prescrição nas gôndolas do varejo alimentício, assim como já acontece em outros países. A proposta, porém, gerou forte reação de redes de farmácias e de entidades de saúde. O Conselho Nacional de Saúde recomendou a rejeição da proposta, com o argumento de que havia risco de o interesse comercial prevalecer sobre o da saúde das pessoas. Os supermercados, então, cederam à pressão e construíram uma solução alternativa, formando um consenso com as farmácias. O plano B foi um texto que prevê a instalação de drogarias completas dentro dos supermercados, como as tradicionais, seguindo todas as exigências da Anvisa, com áreas exclusivas e climatizadas, e com a supervisão e presença de um farmacêutico responsável. Com isso, os supermercados estarão aptos a comercializar todos os tipos de medicamentos, incluindo os que exigem prescrição médica, com a segurança sanitária prevista pela Anvisa. Hoje, hipermercados já possuem farmácias em seus espaços, mas elas pertencem a grupos independentes e operam antes dos caixas dos supermercados. Se a proposta avançar na Câmara, as drogarias poderão ser instaladas dentro do varejo alimentício, com o pagamento sendo realizado em seus caixas. Se a farmácia for própria do supermercado, a receita irá integralmente para o estabelecimento. Se for uma parceria com uma rede que já existe, as vendas serão rateadas.

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Refit nega sonegação e diz que tributos foram questionados na Justiça

Alvo da operação Poço de Lobato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27), a Refit disse que os débitos tributários apontados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, que integram a base de documentos da operação, estão sendo questionados judicialmente "exatamente como fazem inúmeras empresas brasileiras". "Trata-se, portanto, de uma disputa jurídica legítima e não de qualquer tentativa de ocultar receitas ou fraudar o recolhimento de tributos. Todos os tributos estão devidamente declarados, portanto, não havendo que se falar em sonegação", afirmou a Refit em comunicado. Segundo os investigadores, o grupo Fit, gigante no setor de combustíveis, é o maior devedor contumaz do Brasil, com débitos que ultrapassam R$ 26 bilhões. O Fisco entende que um contribuinte se enquadra nessa classificação quando se dedica à inadimplência de forma recorrente e intencional.

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Petrobras reduz investimentos, adia projetos e promete cortar custos para enfrentar petróleo baixo

Divulgado no fim da noite desta quinta-feira (27), o plano da Petrobras para enfrentar um cenário de petróleo mais barato nos próximos anos inclui corte de investimentos, adiamento de projetos e promessa de corte de custos. A empresa aprovou um orçamento de US$ 109 bilhões (R$ 580 bilhões) para investimentos nos próximos cinco anos. O valor é 1,8% inferior ao vigente no plano anterior, aprovado em 2024. Embora a queda no valor global seja pequena, a empresa rebaixou uma série de projetos, antes considerados viáveis, que terão que passar por novas avaliações. A carteira de projetos em implantação caiu 7%, para US$ 91 bilhões (R$ 487 bilhões). Destes, a empresa considera factíveis no cenário atual apenas US$ 81 bilhões (R$ 433 bilhões), o que chamou de "carteira de implantação base". O avanço da parcela restante, a "carteira de implantação alvo" dependerá de reavaliações trimestrais de acordo com o fluxo de caixa e a estrutura de capital. A carteira de projetos em avaliação cresceu 38%, para US$ 18 bilhões (R$ 96 bilhões), com o rebaixamento de projetos antes considerados em implantação, como plataformas para produzir petróleo em Sergipe e para revitalizar campos de petróleo da bacia de Campos. Segundo a empresa, o plano "reforça o compromisso de crescimento com geração de valor e com a sustentabilidade financeira da companhia, por meio da disciplina de capital, eficiência operacional, otimização de gastos operacionais e limites orçamentários para investimentos". A Petrobras se compromete também a cortar US$ 12 bilhões (R$ 64 bilhões) em custos, com redução de gastos em plataformas sem produção, otimização da logística aérea e marítima, de intervenções em poços e inspeções submarinas, entre outros. A maior parte será direcionada à área de exploração e produção, que tem previsão de receber 75% do valor da carteira de implantação alvo. A meta é atingir o pico de produção de 2,7 milhões de barris de petróleo por dia em 2028. A empresa vai direcionar também US$ 7,1 bilhões (R$ 38 bilhões) para a exploração de petróleo, com destaque para a margem equatorial. A área de refino, petroquímica e fertilizantes terá US$ 15,8 bilhões (R$ 84 bilhões) em investimentos, concentrados na expansão e na adequação do parque de refino, visando à produção de combustíveis de alta qualidade e de baixo carbono. Já a área de gás e energias de baixo carbono ficará com US$ 4 bilhões (R$ 21 bilhões), focados em descarbonização das atividades. A empresa diz que segue buscando parcerias em energias renováveis e etanol. É o segundo plano de investimentos aprovado sob a gestão de Magda Chambriard. O primeiro, de 2024, previa aportes de US$ 111 bilhões (R$ 600 bilhões), o maior valor desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) após o escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O plano anterior previa que o petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, ficaria, em média, em US$ 83 (R$ 444) por barril em 2025, caindo gradualmente até atingir US$ 69 (R$ 370) por barril em 2029. Agora, parte de US$ 63 (R$ 337) em 2026 e prevê US 70 (R$ 375) nos anos seguintes. O petróleo mais barato afeta a projeção futura de receita da estatal. O corte de investimentos é justificado pela necessidade de adequar os gastos a esse cenário, sem mexer na política de dividendos nem estourar o teto de endividamento. Nesse cenário, diz a companhia, a distribuição de dividendos pode chegar a US$ 50 bilhões (R$ 267 bilhões) no período de cinco anos. Não há previsão de dividendos extraordinários, como no plano anterior. A estatal afirmou que as escolhas do plano "geram resultado e valor para todos os e#39;stakeholderse#39; [públicos de intersse] da companhia". Entre elas, o foco em óleo e gás, o compromisso com a reposição de reservas, a ampliação do parque industrial e a ambição de alcançar a neutralidade das emissões operacionais. ENTENDA AS FASES DE PROJETO DO PLANO DA PETROBRAS Carteira de implantação base: são projetos já aprovados e que têm recursos garantidos. Soma US$ 81 bilhões. Carteira de implantação alvo: projetos já aprovados mas com execução dependente da saúde financeira da empresa. Serão reavaliados a cada trimestre. Soma US$ 10 bilhões. Carteira em avaliação: projetos que ainda dependem de avaliação de viabilidade ou eventuais novas aquisições. Soma US$ 18 bilhões.

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