Ano:
Mês:
article

Carro a etanol é mais limpo que 100% elétrico, diz especialista

O economista Plinio Nastari, 68 anos, avalia que as vantagens dos carros movidos a etanol sobre os 100% elétricos, que usam só baterias, deverão crescer nos próximos anos por causa do aprimoramento tecnológico. Ele menciona vantagens ambientais, de custo e de facilidade de abastecimento dos carros a etanol em comparação com os que são exclusivamente elétricos. No caso dos carros híbridos a etanol, as vantagens são ainda maiores, afirma. Os híbridos são carros com motores elétricos movidos a baterias que são carregadas pela frenagem ou desaceleração do motor principal, a combustão. Os híbridos flex produzidos no Brasil podem usar etanol e gasolina. As baterias dos híbridos têm só 2% do peso das baterias dos carros exclusivamente elétricos. Nastari avalia que as vendas de carros híbridos flex serão maiores no Brasil do que as dos exclusivamente elétricos até 2035. Nastari é presidente da Datagro, consultoria especializada no agronegócio. Foi presidente do conselho da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) de 2000 a 2002. Integrou o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de 2016 a 2020. O Brasil tem uma matriz de energia elétrica das mais limpas. Mesmo assim, a energia consumida por veículos elétricos vem, em parte, de fontes fósseis. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

O PCC e os postos de gasolina do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito, em julho deste ano, para investigar se o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem controle de postos de gasolina no Rio de Janeiro. A facção paulista, segundo investigações do Ministério Público de São Paulo, investe em postos de combustível para lavagem de dinheiro. Um documento obtido pela coluna mostra que a corporação pediu à Junta Comercial do Rio de Janeiro todas as transações de compra e venda de postos de combustíveis no estado. As informações, segundo a Polícia Civil, serão destinadas ao inquérito que apura uma possível atuação do PCC em território fluminense. A presença da facção no Rio de Janeiro não é descartada pela corporação. As investigações ainda estão em estágio inicial e ainda não foram enviadas para o Ministério Público do Rio de Janeiro.

article

Petrobras acelera planos para retornar ao setor de fertilizantes

A Petrobras está acelerando um plano para retornar ao setor de fertilizantes à medida que o setor agrícola brasileiro cresce, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. As iniciativas incluem o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e a avaliação de um investimento estimado em US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,4 bi) para concluir obras na planta conhecida como UFN-III, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas. A empresa vê uma oportunidade dentro do setor, já que o Brasil é uma potência agrícola e extremamente dependente da importação de fertilizantes. A Petrobras era uma produtora significativa, mas decidiu sair do negócio em 2018 sob o governo anterior. A guerra na Ucrânia interrompeu as importações de fertilizantes e levou os preços a máximas de vários anos, estimulando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reconstruir a indústria nacional. As obras da UFN-III foram interrompidas em 2014, com cerca de 80% do total concluídos. A administração da Petrobras analisa se há necessidade de ajustes na estimativa inicial de US$ 800 milhões em investimentos, ao mesmo tempo em que discute potenciais parcerias, disseram as pessoas. A expectativa é que os investimentos na unidade sejam detalhados no plano de gastos da Petrobras para 2025-2029, previsto para novembro, acrescentaram, sem descartar a retomada das obras em dezembro. A Petrobras disse em resposta a um pedido de comentário que ainda está avaliando o projeto e não tem estimativa de valor. A retomada das operações em ativos que já pertencem à empresa é a prioridade da estatal. Juntas, as quatro plantas de fertilizantes atualmente paralisadas têm capacidade para suprir 35% da demanda brasileira por ureia, um dos fertilizantes mais utilizados no país. A Petrobras anunciou no mês passado a retomada de sua unidade de fertilizantes Araucária, o que deve acontecer até maio de 2025. Também está negociando com a fabricante de fertilizantes Unigel uma solução para duas unidades de fertilizantes nitrogenados arrendadas na Bahia e em Sergipe. A Petrobras também está de olho em inovações no segmento, como formas de produzir amônia verde. A gigante do petróleo anunciou, nesta sexta-feira (6), uma parceria com a Embrapa para pesquisa de matérias-primas renováveis para obtenção de produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes. A empresa tem interesse em "aumentar a disponibilidade de produtos fertilizantes no mercado nacional e atender às metas do Plano Nacional de Fertilizantes", afirmou a presidente Magda Chambriard disse em nota. (Bloomberg)

article

Gasolina no Brasil está 5% mais cara do que no mercado internacional, diz levantamento

Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, em meio a grande instabilidade, os preços dos derivados da commodity no Brasil ficaram mais caros do que os praticados no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina está 5% mais caro em todas as refinarias brasileiras, mantendo as janelas abertas para importação. Para se equiparar ao mercado internacional seria possível uma redução em média de R$ 0,16 por litro. Em menor intensidade, o diesel também está em média mais caro no Brasil, puxado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada do País. Nas refinarias da Petrobras o preço na média está estável, enquanto em Mataripe, a diferença em relação ao mercado internacional é de 3% para cima. Na média, o diesel registra defasagem positiva de 1%. Na quarta-feira, 4, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que não há, no momento, perspectiva de redução do preço da gasolina e do diesel em razão da queda do petróleo no mercado internacional. eldquo;Não vamos fazer nada com isso. Estamos confortáveis com o nível dos preçoserdquo;, afirmou a jornalistas após um evento em Brasília.

article

Itaú projeta avanço de 25% para etanol de milho; combustível deve representar 1/5 do consumo em 2022

O Itaú BBA espera que a produção de etanol de milho do Brasil cresça 25% na safra 2024/2025, para 7,8 bilhões de litros. Para 2025/2026, a expectativa é de um incremento de 11%, para 8,7 bilhões de litros. Os dados são do eldquo;Radar Agroerdquo; para setembro feito pelo banco. Dessa forma, o volume de milho consumido para a produção de etanol deve alcançar 17,3 milhões de toneladas em 2024 (avanço de 29% ante 2023), representando 21% do consumo doméstico. Em 2025, o banco estima que serão consumidos 19,4 milhões de toneladas. Para o DDGs (Grãos Secos de Destilaria), que podem ser obtidos a partir da produção do biocombustível, a expectativa é que a produção alcance 5,2 milhões de toneladas em 2024 (crescimento de 28%), sendo que o Brasil deve exportar 14% desse volume (740 mil toneladas). O Itaú reforça que as exportações do DDGs tem crescido de maneira importante, com o volume exportado atingindo 491,5 mil toneladas de janeiro a agosto de 2024, um avanço de 24% frente ao mesmo período de 2023. Considerando essa mesma taxa de crescimento para o restante do ano, teríamos um volume total de 744 mil toneladas, acima das 600 mil de 2023. A nova fronteira na produção de etanol Segundo dados da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), o Brasil possui 21 usinas de etanol que utilizam o milho como matéria-prima em funcionamento atualmente, sendo 11 no Mato Grosso, 6 em Goiás, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 no Paraná e 1 em São Paulo. Dessas 21 unidades, 11 são exclusivamente de milho, enquanto as demais produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho, denominadas usinas flex. De acordo com o banco, a próxima fronteira a ser conquistada parece ser a produção do biocombustível a base de trigo, sendo que usinas de etanol de trigo já começaram a ser construídas. eldquo;Pelo mapeamento do Itaú BBA, a capacidade de produção dos três projetos (todos no RS) é de aproximadamente 385 milhões de litros por ano. No entanto, no horizonte do nosso cenário, apenas 15 milhões de litros por ano deverão estar funcionais em 2025erdquo;, apontam analistas.

article

Gasolina sobe 6,9% e etanol encarece 12% nos últimos 12 meses, aponta levantamento

Todos os seis combustíveis disponíveis nos postos do país emdash; gasolina comum, gasolina aditivada, etanol hidratado, GNV, diesel comum e diesel S-10 emdash; sofreram um aumento expressivo ao longo dos últimos doze meses e ficaram, em média, mais caros em agosto. Segundo levantamento feito pela Veloe, hub de mobilidade e gestão de frota, em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a gasolina comum teve um acréscimo de 6,9%, enquanto a gasolina aditivada subiu 7,3%. Já o etanol hidratado teve um aumento de 12%, o maior de todos. O diesel comum registrou um acréscimo de 7,9%, o diesel S-10 de 6,5% e, por fim, o GNV foi o que sofreu o menor reajuste, com 2,4%. O aumento no preço da gasolina comum impactou significativamente o orçamento das famílias brasileiras, conforme mostra a pesquisa. Para se ter uma ideia, encher um tanque de 55 litros comprometeu 6,3% da renda mensal familiar no segundo trimestre de 2024. Esse percentual reflete uma piora no poder de compra em comparação ao trimestre anterior (5,9%) e ao mesmo período de 2023 (6,2%). No âmbito das capitais, o indicador foi relativamente menor, registrando 4,2%, aponta o estudo. Combustível Preço médio por litro em agosto de 2024 Preço em relação a julho de 2024 Gasolina comum R$ 6,204 + 0,7% Gasolina aditivada R$ 6,335 + 0,9% Etanol hidratado R$ 4,148 + 0,9% GNV R$ 4,798 + 1,7% Diesel comum R$ 6,064 + 0,1% Diesel S-10 R$ 6,128 + 0,3% Fonte: Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade Regionalmente, as maiores variações de preço foram observadas nas regiões Norte e Nordeste, onde os preços médios da gasolina e do etanol foram os mais elevados. Em contraste, o Centro-Oeste e o Sudeste apresentaram os menores preços. O diesel S-10, por sua vez, manteve-se praticamente estável, com uma ligeira queda de 0,1% em relação ao mês anterior. Gasolina x etanol De acordo com o indicador, em agosto de 2024, o preço médio do etanol correspondeu a 70,8% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina, na média dos estados. Comparativamente, na média das capitais, a relação apurada entre os preços foi bastante similar, correspondendo a 70,6%. O patamar próximo de 70% praticamente elimina a vantagem de preço do etanol sobre a gasolina, tornando o abastecimento com ambos os combustíveis quase equivalente em termos de custo-benefício. No entanto, as variações recentes de preço têm oferecido um viés de preferência a favor da gasolina em ambos os recortes geográficos, embora os percentuais ainda estejam próximos da paridade (70%). De toda forma, as diferenças regionais nos preços ainda respaldam escolhas distintas por unidade federativa, como no caso do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, onde a gasolina é mais vantajosa; e no Mato Grosso, São Paulo e Goiás, onde a preferência ainda recai sobre o etanol hidratado. Indicador de custo-benefício flex por estado em agosto de 2024 Unidade federativa Relação etanol-gasolina Melhor custo-benefício Rio Grande do Norte 81,6% Gasolina Ceará 81% Gasolina Rio Grande do Sul 79,5% Gasolina Alagoas 79% Gasolina Pará 78,3% Gasolina Maranhão 77,7% Gasolina Pernambuco 77,3% Gasolina Paraíba 75,6% Gasolina Sergipe 75,3% Gasolina Piauí 74,9% Indiferente Santa Catarina 74,4% Indiferente Rondônia 74% Indiferente Roraima 73,9% Indiferente Rio de Janeiro 73,6% Indiferente Bahia 73,4% Indiferente Espírito Santo 72,1% Indiferente Tocantins 71,9% Indiferente Amazonas 70,9% Indiferente Minas Gerais 69,9% Etanol Acre 69,1% Etanol Distrito Federal 68,9% Etanol Paraná 67,6% Etanol Mato Grosso do Sul 67,1% Etanol Goiás 66,6% Etanol São Paulo 66,4% Etanol Mato Grosso 63,4% Etanol Fonte: Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade O levantamento é realizado mensalmente com base em dados transacionais da Veloe, informações de coletas realizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de resultados do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe) para gasolina comum, etanol hidratado e GNV na capital paulista. A amostra representativa mensal conta com cerca de 30 mil postos em todo o país.

Como posso te ajudar?