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Por reeleição, Centrão pressiona governo a reduzir preço do combustível

O núcleo do Centrão já dá como certa a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano caso o governo não consiga baixar o preço dos combustíveis. Principal fiador do governo, o grupo abandonou o discurso otimista de que Bolsonaro passaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até este mês nas pesquisas de intenção de voto e, agora, sustenta que, se ele não resolver a alta do preço nas bombas, não terá como eldquo;começar a jogarerdquo; endash; porque neste caso o eldquo;liberalismo vira uma coisa cruel e sanguináriaerdquo;. O plano de recuperação de Bolsonaro foi batizado por dirigentes do Centrão de Itersquo;s now or never (eldquo;É agora ou nuncaerdquo;, numa tradução livre). A pressa se justifica porque o governo, segundo líderes do grupo, precisa mudar a percepção do eleitor. Para tanto, o caminho seria fazer com que esse eleitor percebesse um alívio no valor pago pelos combustíveis; que tivesse certeza de que poderá quitar suas dívidas; e que terá recursos para voltar a consumir; por fim, que Bolsonaro fosse visto como o responsável por essa melhora de ambiente. Como o tempo é curto para o que precisa ser feito, o grupo já trata com ironia o resultado da eleição. Integrantes do Centrão dizem que terão de ser governo de qualquer jeito, eldquo;até mesmo com Lulaerdquo; (leia mais nesta página). MEDIDAS. Bolsonaro enfrenta resistências da equipe econômica para adotar medidas que repercutam no preço dos combustíveis. O valor do litro do diesel está, em média, em R$ 6,88, e o da gasolina, em R$ 7,25, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma das propostas da área política é a criação de uma bolsa-caminhoneiro e de um auxílio para motoristas de táxis e de aplicativos, como mostrou o Estadão. O custo do benefício é estimado em R$ 1,5 bilhão ainda neste ano. Neste caso, a avaliação na equipe econômica é de que a concessão desse subsídio para os caminhoneiros arcarem com o custo dos aumentos do diesel seria eldquo;válidaerdquo;. O governo também estuda subsidiar o preço do diesel, mas há restrições impostas pelo teto de gastos endash; a regra que atrela o crescimento das despesas à inflação. Além disso, o Planalto também precisa convencer o Congresso a tomar medidas para burlar a regra fiscal. Nesse momento, Bolsonaro nem sequer tem um líder de governo indicado no Congresso. CRÍTICAS. eldquo;Se não resolver o problema dos combustíveis, ele só cai (nas pesquisas). Bolsonaro está descendo a ladeira, como já desceu com os caminhoneiros e tantos outros setores da economia por não cumprir o que prometeuerdquo;, disse o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), que foi apoiador de Bolsonaro. eldquo;Os caminhoneiros, ele não tem mais, já era.erdquo; Segundo o parlamentar, a categoria não quer assistencialismo com vale-gás ou vale-combustível. eldquo;É um show dele para não se responsabilizar com o que se comprometeu na campanha. Está beneficiando somente os investidores na Bolsa e os lobistas que importam combustível, comprometido com os ricos, com os bancos, com essa inflação de dois dígitos.erdquo; Crispim diz que a isenção de impostos federais não resolveu o problema da política de preços praticada atualmente pela Petrobras e que a criação de um teto de 17% para o ICMS sobre os combustíveis endash; já aprovada na Câmara e agora em análise no Senado endash; deve seguir o mesmo caminho: ser eldquo;engolidaerdquo; pelo aumento do dólar e pela variação do preço do petróleo no mercado internacional. Para o deputado José Nelto (Progressistas-go), a reeleição de Bolsonaro estaria ameaçada tanto pela alta no preço quanto pela eventual falta de diesel no mercado interno. eldquo;O povo elege pelo bolso, e quem ganha abaixo de dois salários mínimos não compra mais nada no supermercado, está passando fome. Esses não votam no presidente, não. E a classe média também está arruinadaerdquo;, diz Nelto. eldquo;Estamos vivendo um momento muito delicado para o presidente. Se faltar óleo diesel, vai ser uma revolução. Imagine parar o campo, o transporte coletivo, se isso acontecer esquece a reeleição dele.erdquo; ebull;

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Mesmo em queda pela segunda semana seguida, diesel acumula alta de 28,7% nos postos no ano

Apesar de o diesel registrar a segunda queda semanal seguida nos postos, o preço acumula alta de 28,7% no acumulado deste ano, informa a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o levantamento de preços da ANP, o preço médio do litro do diesel caiu de R$ 6,918 para R$ 6,882 nas duas últimas semanas. É um recuo de 0,52%. Na máxima, o preço do diesel é encontrado a R$ 8,300. Já a gasolina, que está em queda há três semanas consecutivas, tem alta de 8,21% desde janeiro. Nesta semana, o preço médio do litro nos postos do Brasil ficou em R$ 7,218, uma queda de 0,46% em relação à semana anterior. Na máxima, o preço do litro vendido no Brasil está em R$ 8,490. Ontem, a Petrobras anunciou reajuste de 11% no preço do querosene de aviação (QAV) para o mês de junho.

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Petrobras planeja ampliação da produção de combustíveis

Embora esteja vendendo parte de suas refinarias, a Petrobras planeja aumentar os investimentos no segmento para ampliar a oferta de combustíveis no país. Recentemente, a companhia anunciou que vai aplicar US$ 458 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) na ampliação da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, para elevar a produção de diesel nos próximos anos. Na lista, está ainda a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, que terá a construção da segunda unidade de produção de diesel mesmo estando à venda. Elza Kallas, gerente executiva de Refino da Petrobras, disse ao GLOBO que o projeto será realizado eldquo;independentemente de o desinvestimento acontecer ou nãoerdquo;. Não dá para ter elsquo;só filéersquo; No entanto, a produção de diesel não vai aumentar imediatamente, explica Elza. O país corre risco de desabastecimento de diesel no segundo semestre, mas a estatal não consegue ampliar a produção só de um determinado combustível. Para obter um derivado de petróleo, outros são produzidos no mesmo processo e é preciso resolver complexa equação logística e comercial antes de passar a processar mais barris, diz a técnica: emdash; Você não consegue pegar o boi e ter só filé mignon. Tem que produzir a picanha, a costela etc. Quando você coloca o petróleo na unidade de refino, vai produzir tudo, como GLP e óleo combustível. Tem uma questão de armazenagem, e o mercado não consome tudo o que é produzido. O refino trabalha com a área logística e comercial e busca desengargalar o sistema. Você não consegue produzir uma cesta final de produção com prejuízo. Tem que fazer uma cesta economicamente viável, e é essa conta que às vezes não se entende. Segundo Elza, o investimento na Replan, a maior produtora de diesel do Brasil, é o maior num projeto individual desde 2018. Entre os planos da estatal está a ampliação da produção do chamado diesel S10, menos poluente em relação ao S500, que é mais usado no interior e mais poluente. emdash; Há uma projeção de que até o fim de 2025 no Brasil a gente não tenha mais consumo de S500. É uma evolução. Outras unidades têm projetos em andamento. Na Revap, em São José dos Campos (SP), estamos fazendo modificação tecnológica para, em 2023, conseguir produzir S10. A Reduc, em Duque de Caxias (RJ), também passa por adequação. As duas unidades estão recebendo investimentos de US$ 83 milhões (R$ 396 milhões). Além disso, há o investimento para ampliação da produção de diesel na refinaria de Pernambuco, para a qual a Petrobras não achou comprador. emdash; Na Rnest, estamos planejando, e está em avaliação ainda, partir o segundo trem (unidade) de produção. Com isso, a gente dobra a capacidade dessa refinaria (elevando a capacidade de produção de diesel S-10 em 95 mil barris por dia). A previsão para entrar em construção é depois de 2024. Até lá são várias etapas como as fases conceitual, projeto básico e detalhamento. E aí entra na fase de definição e assinatura de contrato com construção e montagem. É o que tem que ser feito, quanto vai custar e quanto vai trazer de resultado. Elza diz que a Petrobras faz uma eldquo;busca de agregação de valorerdquo; para a unidade, que já tem boa parte construída: emdash; E isso vai ser importante independentemente de o desinvestimento acontecer ou não.

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Defasagem pode minar desconto com redução do ICMS dos combustíveis, aponta setor

Caso seja aprovada a proposta que torna combustíveis produtos essenciais, o que limitaria as alíquotas estaduais de ICMS dos produtos em 17%, a redução de preços nas bombas de postos de combustíveis pode não ser tão altas quanto o esperado. Isto, por conta do que os importadores qualificam como defasagem da política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras. De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o litro da gasolina custa R$ 0,85 menos que o praticado no mercado internacional. No caso do diesel, a diferença é de R$ 0,76. Em índice, esses números correspondem, respectivamente, a 18% e 13%. Como a Petrobras segue a PPI, a tendência percebida pelo mercado é que essa correção seja aplicada ao longo do tempo. As alíquotas de ICMS são definidas pelos estados. O Rio de Janeiro aplica a maior delas: 34% para a gasolina. O novo padrão, se aprovado, ela será reduzida à metade. Em 27 de maio, dois levantamentos mostrados pela CNN apontaram que, com a nova regra, a queda no preço do litro da gasolina poderia ser de R$ 1,15 no Rio de Janeiro e R$ 0,48 em São Paulo. Os cálculos foram feitos com base no valor médio do litro, apontado na semana em R$ 7,29 pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto, apesar do menor potencial de redução do patamar atual de preços, os representantes do setor ouvidos pela CNN concordam com a redução do ICMS. Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires apoia a redução da alíquota, mas lembra que a alta é fruto de uma questão conjuntural. eldquo;O que determina tudo é o preço do petróleo e o câmbio. O ICMS não é uma causa, é uma consequência. Mas a redução traz benefícios, é claro. Porque, com ela, havendo a correção, no caso do Rio de Janeiro, por exemplo, o ICMS terá uma incidência de 17% em relação ao valor, e não de 34%erdquo;, explica o economista, que chegou a ser indicado pelo Ministério de Minas e Energia para a presidência da Petrobras, mas desistiu da nomeação. Presidente-executivo da Abicom, Sérgio Araújo concorda e enfatiza que o imposto é uma alíquota: aplica-se um percentual em cima do preço variável, não é um custo fixo por litro. eldquo;Se o preço sobe em função do aumento do barril ou do câmbio, a arrecadação do ICMS vai subir. Mas sobre menos, porque a parcela do imposto será menor. A correção da defasagem vai acabar proporcionando um desconto menor, mas é necessário corrigir, e é melhor que um ICMS menor incida sobre o valor. Assim, o preço não será tão altoerdquo;, avalia Araújo. Os combustíveis utilizados no país não são puros. A gasolina comum conta com uma mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, e o diesel leva 10% de biodiesel, atributos que influenciam na precificação do litro e, portanto, os aumentos nas refinarias não chegam de maneira integral aos consumidores nos postos. Para aliviar o peso da alta de preços, Adriano Pires sugere uma cesta de soluções governamentais, bancadas pela parcela do lucro obtido pelo governo junto à Petrobras. eldquo;Era pegar esse dinheiro e fazer programas sociais: voucher caminhoneiro, aumentar a base de beneficiados do auxílio-gás, contemplar motoristas de táxi e aplicativos e etc. Uma série de países está fazendo isto. Mas já poderíamos ter feito antes, há um ano. Agora tudo é mais difícil, porque é ano de eleiçãoerdquo;, pondera o economista.

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Combustíveis fósseis ainda vão prevalecer por 20 anos

O Estado de Nova York suspendeu, a partir da última 4ª feira (1º.jun.2022), impostos estaduais sobre os combustíveis. A medida vai ficar em vigor até dezembro, com economia estimada em US$ 609 milhões endash;equivalente a R$ 2,9 bilhõesendash; para os consumidores. Além de Nova York, pelo menos mais 5 Estados americanos suspenderam ou congelaram tributos para reduzir os preços dos combustíveis. A medida tem sido chamada de eldquo;tax holidayerdquo;, um eldquo;feriadoerdquo; sem impostos estaduais para conter a alta na inflação e aliviar o bolso dos consumidores. Neste ano, 36 governadores serão eleitos nos Estados Unidos. A suspensão foi adotada também nos Estados de Connecticut, Flórida, Geórgia e Maryland. Em Kentucky, houve congelamento dos tributos, que iriam aumentar em 2 centavos de dólar por galão (equivale a 3,78 litros). Nos EUA, os impostos representam em média 12% do preço da gasolina e 11% do diesel na bomba. O preço é composto pela cotação do petróleo, margem de refino, distribuição e marketing e impostos, segundo a agência do governo federal, EIA (Energy Information Administration). Em 30 de maio, a gasolina era vendida no país a US$ 4,6 por galão (US$ 1,22 por litro) e o diesel, a US$ 5,539 (US$ 1,46 por litro), em média. CONNECTICUT A suspensão está em vigor de 1º de abril a 30 de junho. Nesse período, os distribuidores de combustíveis estão eximidos de repassar o imposto de US$ 0,25 por galão vendido ao Estado. Isso vale para vendas de gasolina e gasohol endash;gasolina com adição de etanol. Os impostos permanecem para gás natural, propano e óleo diesel. FLÓRIDA Na Florida, o governador Ron DeSantis assinou uma lei que instituiu 10 eldquo;feriados de impostoserdquo;, com desoneração de combustíveis, produtos infantis, materiais de construção civil e outros. Para os combustíveis, o feriado será entre os dias 1º e 31 de outubro. O preço da gasolina será reduzido em até US$ 0,25 por galão, ou US$ 0,06 por litro. O governo calcula economia de até US$ 200 milhões para os consumidores. GEÓRGIA Inicialmente, o governo estadual suspendeu os impostos sobre os combustíveis entre 18 de março e 31 de maio. Dias antes de a medida perder efeito, postergou a suspensão até 14 de julho. Os combustíveis com impostos suspensos incluem gasolina, GNV (gás natural veicular), diesel, gasolina de aviação, gás propano, gasohol, etanol, GNC (gás natural comprimido) e GNL (gás natural liquefeito). Para ler esta notícia, clique aqui.

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Estados dos EUA suspendem impostos sobre combustíveis

O Estado de Nova York suspendeu, a partir da última 4ª feira (1º.jun.2022), impostos estaduais sobre os combustíveis. A medida vai ficar em vigor até dezembro, com economia estimada em US$ 609 milhões endash;equivalente a R$ 2,9 bilhõesendash; para os consumidores. Além de Nova York, pelo menos mais 5 Estados americanos suspenderam ou congelaram tributos para reduzir os preços dos combustíveis. A medida tem sido chamada de eldquo;tax holidayerdquo;, um eldquo;feriadoerdquo; sem impostos estaduais para conter a alta na inflação e aliviar o bolso dos consumidores. Neste ano, 36 governadores serão eleitos nos Estados Unidos. A suspensão foi adotada também nos Estados de Connecticut, Flórida, Geórgia e Maryland. Em Kentucky, houve congelamento dos tributos, que iriam aumentar em 2 centavos de dólar por galão (equivale a 3,78 litros). Nos EUA, os impostos representam em média 12% do preço da gasolina e 11% do diesel na bomba. O preço é composto pela cotação do petróleo, margem de refino, distribuição e marketing e impostos, segundo a agência do governo federal, EIA (Energy Information Administration). Em 30 de maio, a gasolina era vendida no país a US$ 4,6 por galão (US$ 1,22 por litro) e o diesel, a US$ 5,539 (US$ 1,46 por litro), em média. CONNECTICUT A suspensão está em vigor de 1º de abril a 30 de junho. Nesse período, os distribuidores de combustíveis estão eximidos de repassar o imposto de US$ 0,25 por galão vendido ao Estado. Isso vale para vendas de gasolina e gasohol endash;gasolina com adição de etanol. Os impostos permanecem para gás natural, propano e óleo diesel. FLÓRIDA Na Florida, o governador Ron DeSantis assinou uma lei que instituiu 10 eldquo;feriados de impostoserdquo;, com desoneração de combustíveis, produtos infantis, materiais de construção civil e outros. Para os combustíveis, o feriado será entre os dias 1º e 31 de outubro. O preço da gasolina será reduzido em até US$ 0,25 por galão, ou US$ 0,06 por litro. O governo calcula economia de até US$ 200 milhões para os consumidores. GEÓRGIA Inicialmente, o governo estadual suspendeu os impostos sobre os combustíveis entre 18 de março e 31 de maio. Dias antes de a medida perder efeito, postergou a suspensão até 14 de julho. Os combustíveis com impostos suspensos incluem gasolina, GNV (gás natural veicular), diesel, gasolina de aviação, gás propano, gasohol, etanol, GNC (gás natural comprimido) e GNL (gás natural liquefeito). Para ler esta notícia, clique aqui.

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