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Ações da Petrobras disparam com alta dos preços do petróleo no exterior

As ações da Petrobras estão em forte alta no pregão desta terça-feira (10), endossadas pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent mostrava acréscimo de 0,36%. Por volta das 14h30, a PETR3, ações ordinárias, com direito a voto em assembleias, subia 3,29%, a R$ 32,27, e a PETR4, ações preferenciais, com preferência por dividendos, se valorizava 2,81%, após fecharem com quedas de 0,57% e 1,04%, respectivamente, na véspera. Os papeis da empresa puxavam o sinal positivo da Bolsa, que avançava 0,81%, a 136.810 pontos, na esteira dos dados de inflação, que vieram abaixo do esperado. Leia mais na matéria do mercado do dia.

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'Não temos vergonha de produzir petróleo', diz presidente da Petrobras

Alvo de protestos por pressionar a abertura de novas fronteiras para exploração de petróleo no país, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (10) que o Brasil deve ser orgulhar de produzir o combustível fóssil. Ela disse ainda que a estatal "vai chegar lá" na exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas, considerada a principal aposta do setor para ampliar as reservas brasileiras e principal foco dos protestos de organizações ambientalistas. Nesta terça-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou o coro dos críticos ao dizer que o megaprojeto de exploração de petróleo na região "não é bom para o clima". "Penso que há outros projetos alternativos que permitem criar empregos e valor", afirmou. No Rio de Janeiro, em evento da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que se tornou um ato em defesa da ambição brasileira por novas fronteiras exploratórias, Magda disse que "a gente não tem vergonha de produzir petróleo". "Pelo contrário, nos orgulhamos de produzir petróleo", prosseguiu. "O petróleo é hoje o primeiro produto na balança comercial brasileiro. O petróleo é a mola propulsora do desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro", argumentou, citando o estado responsável por cerca de 85% da produção nacional. Ela afirmou que, quando comandava a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), coordenou um programa de diversificação geográfica da produção, com a licitação de áreas exploratórias nas regiões Nordeste e Norte, incluindo os blocos da Foz do Amazonas hoje alvos de embate. "Não deu ainda, mas nós estamos chegando lá, nós estamos aumentando esse investimento. Em Sergipe e Alagoas [onde a estatal já fez grandes descobertas] estamos chegando. Na margem equatorial, nós continuamos insistindo. Vamos chegar lá também", disse. A estatal tenta obter licença ambiental para a perfuração de um poço no bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas. O processo depende ainda de uma simulação operacional do poço, que a Petrobras solicita fazer em meados de julho. Magda disse que esta confiante na obtenção da licença. A sonda de perfuração contratada para o poço deixou o Rio de Janeiro no sábado (7) a caminho do Amapá. Mas passaria na Bacia de Campos, no litoral norte de Rio, para buscar equipamentos. No evento da Firjan, a diretora de estudos de Petróleo e Gás da estatal EPE (Empresa de Planejamento Energético), Heloisa Borges havia iniciado a defesa da abertura de novas fronteiras antes do discurso da presidente da Petrobras. "Em todos os cenários de longo prazo, o petróleo aparece. Não há visões de futuro possíveis em que os hidrocarbonetos não estão presentes, movimentando a economia brasileira e a economia mundial", afirmou ela, defendendo que cortes na produção sejam iniciados por países desenvolvidos e não pelo Sul Global.

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Inflação de maio vem abaixo das previsões com queda de passagem aérea e gasolina

A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,26% em maio, após marcar 0,43% em abril, apontam dados divulgados nesta terça (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O novo resultado surpreendeu analistas ao ficar abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,32%, conforme a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,26% a 0,43%. O IPCA desacelerou ante abril com a perda de força de parte dos alimentos e a queda da passagem aérea e dos combustíveis, incluindo a gasolina. A taxa de 0,26% é a menor para meses de maio desde 2023. À época, a inflação havia sido de 0,23%. No acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 5,32% até maio, abaixo dos 5,53% até abril. Apesar da trégua, segue acima do teto de 4,5% da meta de inflação. Assim, caminha para descumprir oficialmente o alvo em junho. REFLEXO NA REUNIÃO DO COPOM Para analistas, o IPCA abaixo das previsões em maio aumenta as chances de fim do ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne na semana que vem, nos dias 17 e 18 de junho, para definir o patamar da taxa. A Selic chegou a 14,75% ao ano em maio, o maior nível em quase duas décadas, em uma tentativa do BC de conter a inflação. "Todo esse resultado [do IPCA] vai na direção de fim de ciclo da alta de juros por parte do Banco Central", diz o economista Julio Cesar de Mello Barros, do banco Daycoval. "A expectativa é que os cortes só sejam retomados em 2026", completa. A economista Claudia Moreno, do C6 Bank, ainda prevê alta de 0,25 ponto percentual para a Selic na próxima reunião, mas afirma que o IPCA de maio eleva a perspectiva de o BC interromper o aperto. Ela diz que os dados do IBGE mostraram surpresas em alimentos e bens industriais. Mesmo assim, considera que o cenário segue "bastante desafiador" para a inflação, principalmente quando se analisa os serviços subjacentes, que excluem itens mais voláteis, como passagens aéreas. "Os preços dessa categoria subiram de 6,7% para 6,8% em 12 meses, um patamar bastante elevado", afirma. "Ainda que a queda nos preços das commodities possa aliviar a pressão sobre os alimentos e bens industriais no curto prazo, como sugere o resultado do IPCA de maio, fatores domésticos, como o mercado de trabalho forte, devem continuar pesando sobre a inflação", acrescenta. O C6 projeta IPCA de 5,3% em 2025. A economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, avalia que a surpresa em maio foi puxada por bens industriais. Segundo a analista, o IPCA continua "incompatível com a trajetória de metas", mas melhora em relação ao "panorama muito ruim" dos primeiros meses do ano. IMPACTO DE PASSAGEM, GASOLINA E ALIMENTOS O índice do IBGE é composto por nove grupos de bens e serviços. Em maio, o ramo dos transportes ajudou a conter o IPCA ao apresentar queda de 0,37%. A redução foi impulsionada pelo recuo da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%). O bilhete de avião gerou o principal impacto individual do lado das baixas no IPCA (-0,06 ponto percentual). No âmbito dos combustíveis, a gasolina recuou 0,66% (-0,03 ponto percentual). Outra contribuição para a desaceleração do IPCA veio do grupo alimentação e bebidas. A alta do segmento passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. Dentro do grupo, a alimentação no domicílio saiu de 0,83% para 0,02%, quase estável. A taxa de 0,02% é a menor em nove meses, desde agosto de 2024, quando houve queda de 0,73%. O IBGE destacou os recuos do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). De modo geral, os resultados estão associados a uma recomposição da oferta, segundo o instituto. Analistas haviam apontado que o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial do país, anunciado em maio, poderia baixar os preços do ovo e da carne de frango. A confirmação da doença paralisou exportações. O IBGE, contudo, indicou não ter elementos suficientes para associar a queda do ovo a um aumento da oferta interna com os embargos comerciais de outros países. Fato é que o produto chegou a disparar 15,39% no IPCA de fevereiro e 13,13% em março, sob impacto do clima adverso para a produção e da demanda aquecida com a volta às aulas. O ovo recuou tanto em abril (-1,29%) quanto em maio (-3,98%). Já os preços do frango inteiro (1,25%) e em pedaços (0,81%) seguiram em elevação no último mês. Entre os alimentos em alta em maio, o IBGE destacou a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%). No acumulado de 12 meses, o café disparou 82,24% em meio a problemas de oferta no mundo. É a maior alta dos 377 subitens (produtos e serviços) do IPCA. Com o resultado, o café também renovou sua máxima de inflação em 12 meses desde o início do Plano Real, apontou o IBGE. Entre os grupos, habitação apresentou a maior alta (1,19%) e a principal pressão no índice de maio (0,18 ponto percentual). Houve influência da energia elétrica residencial, que subiu 3,62% com o adicional da bandeira amarela. Em termos individuais, o impacto da conta de luz (0,14 ponto percentual) foi o principal do lado das altas no IPCA. Em junho, o índice oficial deve registrar variação mensal de 0,30%, e o acumulado em 12 meses tende a passar para 5,41%, projeta o economista Fábio Romão, da consultoria LCA 4intelligence. Segundo ele, a conta de luz deve pressionar de novo com a vigência da bandeira vermelha patamar 1 neste mês. Enquanto isso, alimentos e combustíveis tendem a gerar alívio emdash;a Petrobras anunciou queda da gasolina nas refinarias neste mês. POSSÍVEL ESTOURO DA META O BC passa a perseguir a meta de inflação de maneira contínua em 2025, abandonando o ano-calendário de janeiro a dezembro. No novo modelo, o alvo será considerado descumprido quando o IPCA acumulado em 12 meses permanecer por seis meses seguidos de divulgação fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro da meta é de 3%. O IPCA ficou acima de 4,5% nas cinco primeiras divulgações de 2025. Com isso, aproxima-se de estouro do alvo em junho. Quando a meta de inflação é descumprida, o presidente do BC tem de escrever uma carta explicando os motivos. Na mediana, as projeções do mercado financeiro apontam IPCA de 5,44% no fechamento deste ano, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda (9) pelo BC. Essa previsão caiu pela segunda semana consecutiva, mas segue distante do teto de 4,5%. Nesta terça, o PicPay disse que revisou para baixo a sua estimativa de inflação em 2025. A projeção saiu de 5,6% para 5,3%.

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Petrobras volta a olhar oportunidades de investimento no mundo: veja os países no radar

Após um longo período de poucos investimentos fora do País, a Petrobras novamente volta seus olhos para o mercado internacional em busca de reservas. Na semana passada, anunciou mais um mercado para desbravar: Costa do Marfim, na costa oeste africana. Se sair vitoriosa da licitação, os ativos vão se somar a outras iniciativas no mesmo continente, como África do Sul, Angola, Namíbia e São Tomé e Príncipe. Em 2023, a empresa retomou sua presença na África emdash; continente praticamente abandonado nos governos Temer e Bolsonaro emdash;, com aquisição de participação em três blocos em São Tomé e Príncipe, também na costa oeste africano, uma região que, segundo estudos geológicos, teria sido separada do continente sul-americano há milhões de anos. Em fevereiro de 2024, a companhia anunciou a aquisição de participação em três blocos exploratórios emdash; 10, 11 e 13 emdash;, operados pela Shell, em São Tomé e Príncipe. Além disso, celebrou aditivos aos contratos de partilha de produção e Joint Operating Agreements correspondentes, passando a fazer parte dos consórcios dos referidos blocos, que incluem ainda a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe e a Galp. Com isso, a petroleira ficou com 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% no bloco 11. Potencial Segundo o analista de energia da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, a empresa ganha tração com o novo acordo de exclusividade para avaliar outros ativos na região. eldquo;Trata-se de um movimento coerente com sua estratégia de expansão seletiva em águas profundas e ultraprofundas, com geologia compatível à sua expertise e bom potencial de descobertaerdquo;, afirmou. Ele explicou que, apesar das diferenças em relação ao pré-sal brasileiro, a bacia offshore da Costa do Marfim compartilha algumas características operacionais semelhantes às do Brasil: lâminas dersquo;água profunda, sistemas petrolíferos ativos e infraestrutura crescente. O interesse de majors como TotalEnergies, Shell e Eni na margem atlântica africana emdash; e descobertas recentes como o campo Baleine (mais que 2 bilhões de barris de reservas) reforçam o atrativo da região. eldquo;Além do alinhamento técnico, o avanço na África é estratégico: a vida útil média das reservas provadas dispostas atualmente pela Petrobras gira em torno de uma década, o que impõe a necessidade constante de reposição. A Costa do Marfim oferece uma janela oportuna para novos volumes exploratórios, com relação risco-retorno controlado e possibilidade de desenvolvimento competitivo no médio prazoerdquo;, disse Arbetman. A expansão para o continente africano tem como objetivo a busca de reservas, e até mesmo a Índia, um país onde a companhia nunca havia ventilado se instalar, já entrou no rol de possíveis alvos da estatal brasileira. Afinal, os fartos reservatórios do pré-sal não são infinitos e começam a declinar no início da próxima década. Mesmo em meio a uma transição energética, sem novos reservatórios, a produção da companhia tende a diminuir ano a ano sem novas descobertas. Investimentos Ainda não está claro, porém, quanto a empresa planeja investir fora do Brasil. Apesar de não citar exatamente a Costa do Marfim no plano atual (2025eminus;2029), a previsão é de aplicar US$ 1,7 bilhão em investimentos exploratórios até 2029 fora das margens Sul, Sudeste e Equatorial brasileiras. A participação da produção internacional no total consolidado da companhia, no ano passado, não passou de 1,26%. Mas tanto investimento quanto o peso na produção total devem crescer com as novas ambições da atual gestão. Tanto a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, quanto sua diretora de Exploração e Produção, Sylvia anjos, não poupam declarações favoráveis à atuação internacional da companhia. eldquo;Acreditamos e queremos o Brasil. Por isso a gente está lutando tanto para conseguir a nossa licença (de perfuração na Foz do Amazonas). Mas temos um conhecimento, é sabido que (os territórios de) Brasil e África estiveram juntos. Então a gente sabe que a geologia se espelha uma na outra. Por isso também conhecemos muito bem a Áfricaerdquo;, afirmou Sylvia no mês passado.

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Petróleo fecha perto de máxima em sete semanas

Os preços do petróleo mantiveram-se perto de uma alta de sete semanas nesta terça-feira, enquanto o mercado aguarda a direção das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os analistas disseram que um acordo comercial entre os países com as duas maiores economias do mundo poderia impulsionar os preços, apoiando o crescimento econômico global e aumentando a demanda por petróleo. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 0,3%, para fechar a US$66,87 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) caiu 0,5%, para fechar a US$64,98. Na segunda-feira, o Brent fechou em seu nível mais alto desde 22 de abril e o WTI em seu valor mais alto desde 3 de abril. As negociações comerciais entre os EUA e a China se estenderam por um segundo dia inteiro e até a noite em Londres, com os dois países pressionando por um avanço nos controles de exportação que ameaçaram desfazer uma delicada trégua tarifária. O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que as negociações comerciais com as autoridades chinesas estavam indo bem e que esperava que terminassem na noite desta terça-feira, mas disse que poderiam se estender até quarta-feira. O Banco Mundial, por sua vez, reduziu sua previsão de crescimento global para 2025 em quatro décimos de ponto percentual, para 2,3%, afirmando que as tarifas mais altas e o aumento da incerteza representam um "vento contrário significativo" para quase todas as economias. (Reuters)

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ANP altera formato para acompanhamento ao vivo das reuniões da Diretoria Colegiada

A partir desta semana (12/6), as reuniões da Diretoria Colegiada da ANP poderão ser acompanhadas ao vivo somente por meio da plataforma Teams. A transmissão das reuniões pelo canal da Agência no YouTube está suspensa por tempo indeterminado. O link para assistir, em tempo real, aos encontros do colegiado da ANP via Teams (sem possibilidade de manifestação) será divulgado, na véspera das reuniões, na página do site da Agência que concentra outras informações tais como pautas, atas e calendário: https://www.gov.br/anp/pt-br/composicao/diretoria-colegiada/reunioes-da-diretoria-colegiada/pautas-atas-e-calendario-de-reunioes-da-diretoria-colegiada. As reuniões também serão gravadas e estarão disponíveis, na íntegra, em até 24 horas, no canal da ANP no YouTube (https://www.youtube.com/user/ANPgovbr). A medida também valerá para futuras audiências públicas, seminários, workshops e outros eventos realizados pela Agência. Para saber como participar ou acompanhar os eventos da ANP, acesse a Agenda de Eventos do site: https://www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/agenda-eventos. É importante destacar que a decisão não se estende à sessão pública do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, em 17/6, que permanecerá com transmissão via YouTube. A suspensão das transmissões pelo YouTube é uma das medidas adotadas pela ANP para contenção de despesas discricionárias, diante do Decreto nº 12.477, de 30 de maio de 2025, que efetuou alterações orçamentárias em diversos órgãos do Poder Executivo federal, incluindo a ANP.

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