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Governo quer oferecer preço menor em 1º leilão de gás natural do pré-sal, mas esbarra na Petrobras

O governo trabalha para viabilizar o primeiro leilão de oferta de gás natural do pré-sal contando com três cenários de redução de preço. Um deles aponta para um corte de até 70% sobre o valor atualmente praticado pela Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA) emdash; estatal que representa a União nos contratos de partilha. A estratégia envolve a definição de um preço de partida, que pode aumentar a depender do nível da disputa pelo produto a ser entregue na costa brasileira. Com a PPSA, a discussão evolui no sentido de realizar o leilão ainda em 2025 com um preço capaz de oferecer competitividade para a indústria nacional. Os valores são referentes ao gás da Bacia de Santos entregue em terra firme emdash; ou seja, após sair da plataforma, passar por gasoduto de escoamento em alto mar e receber tratamento na unidade de processamento (UPGN), no litoral de São Paulo. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Economistas reduzem projeção de inflação para 2025, mas PIB sofre novo corte

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram pela segunda semana consecutiva a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de 2025, que passou de 5,66% para 5,65%, segundo o boletim Focus desta segunda-feira (24). Apesar do leve recuo, a inflação projetada ainda fica bem acima do centro da meta (3%) e do teto (4,5%). Em contrapartida, o mercado piorou sua visão sobre o crescimento econômico, reduzindo a previsão do PIB de 1,99% para 1,98% neste ano - a terceira revisão para baixo desde janeiro, quando estava em 2,02%. Apesar do recuo, os preços administrados (como energia e combustíveis) continuam pressionados, com a projeção subindo de 5,05% para 5,06%. A pesquisa semanal, que capta a percepção de cerca de 100 instituições financeiras, mostrou que para 2026 a expectativa de inflação subiu de 4,48% para 4,50%, enquanto a projeção para o PIB se manteve em 1,60%. No front monetário, os analistas mantiveram a expectativa de que a Selic encerrará 2025 em 15% ao ano emdash;patamar estável há 11 semanasemdash; e 2026 em 12,5%. O cenário incorpora a decisão do Copom na última quarta-feira (19) de elevar os juros para 14,25%, com sinalização de novo aumento, porém menor, em maio. O movimento ocorre em um contexto de medidas do governo para conter preços, como a eliminação de impostos de importação para alimentos, e de cautela do BC, que já admitiu risco de descumprir a meta de inflação até junho. O dólar projetado para 2025 caiu de R$ 5,98 para R$ 5,95, refletindo desvalorização de 7,5% no ano, enquanto o superávit comercial esperado recuou de US$ 76,7 bilhões (R$ 433 bilhões) para US$ 75,4 bilhões (R$426 bilhões).

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Combustíveis estão mais baratos em Mataripe do que na Petrobras, constata Abicom

A gasolina e o diesel vendidos pela Petrobras continuam com o preço mais caro do que no Golfo do México, onde se localizam refinarias norte-americanas usadas como parâmetro pelos importadores, informa o relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), feito em parceria com a Stonex. Com base no fechamento da sexta-feira, 21, os preços da gasolina e do diesel estão em média 2% acima do mercado internacional nas refinarias da Petrobras, enquanto na Refinaria de Mataripe, na Bahia, que pratica a política de paridade de importação (PPI), os preços internos desses combustíveis estão mais baixos do que os externos. A Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, aumentou o preço da gasolina em 0,6% no último dia 20 e reduziu o do diesel S-10 em 1,4% e o S-500 em 4,2%. Com isso, o preço do diesel no polo importador de Aratu, na Bahia, está com defasagem de 3% em relação ao mercado internacional, e de 1% no caso da gasolina na mesma comparação. Durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por orientação do governo, principal acionista da Petrobras, a estatal abandonou a política de paridade internacional como referência para os preços em suas refinarias. Com isso, não altera o preço da gasolina há 258 dias e o do diesel, há 52. O preço do petróleo na semana passada favoreceu as importações dos dois produtos e, segundo a Abicom, as janelas de importação continuam abertas. Esta semana, porém, a commodity (matéria-prima cotada em dólar) esboça recuperação. Petróleo sobe após fala de Trump sobre a Venezuela Os contratos futuros do petróleo fecharam o pregão nesta segunda-feira em alta, puxados pelo anúncio de que os Estados Unidos irão impor tarifas secundárias de 25% sobre as importações de países que comprarem petróleo e gás da Venezuela. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio subiu 1,22% (US$ 0,83), fechando a US$ 69,11 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,06% (US$ 0,76), alcançando US$ 72,37 o barril. A ameaça do presidente Donald Trump elevou os preços futuros do petróleo, que já vinham estendendo os ganhos da semana passada com as expectativas sobre uma nova rodada de conversas entre autoridades russas e americanas acerca de um possível cessar-fogo mais amplo na Ucrânia. eldquo;Não acho que esses barris (venezuelanos) desaparecerão do fornecimento global, mas eles definitivamente vão custar mais do que no passado e provavelmente forçarão um redirecionamento do petróleo globalerdquo;, diz Robert Yawger, do Mizuho, Embora muitos compradores tenham se afastado do petróleo iraniano, eldquo;não tenho certeza se eles querem fazer o mesmo com os fluxos venezuelanoserdquo;, acrescenta. A decisão também pode afetar as refinarias dos EUA, que já enfrentam tarifas sobre importações de petróleo bruto do Canadá e do México, observa Yawger. Os EUA importaram cerca de 228 mil barris por dia de petróleo venezuelano em 2024, segundo a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), uma agência do Departamento de Energia dos Estados Unidos. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estimou a produção da Venezuela em 918 mil barris diários em fevereiro, com base em fontes secundárias. No início deste mês, o governo americano deu até 3 de abril para a Chevron encerrar suas operações na Venezuela, embora tenha sido mencionado, na semana passada, que a administração estava considerando estender a licença da petroleira enquanto avaliava a possibilidade de impor tarifas sobre os compradores de petróleo venezuelano.

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Entidade com agro e montadoras classifica como retrocesso ações contra mistura de biodiesel

O movimento para a promoção da Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) divulgou nota, nesta segunda (24/3), manifestando preocupação com o avanço de iniciativas contrárias à mistura de biodiesel no diesel. Também classificou essas ações como retrocesso, em especial no ano em que o país sedia a COP30. Segundo o MBCB, questões estruturais de deficiência de fiscalização devem ser resolvidas na origem, e não por meio de ações que possam afetar os objetivos da lei do Combustível do Futuro. eldquo;Movimentos contrários à lei do Combustível do Futuro enfraquecem o trabalho do Legislativo, transmitem desinformação à sociedade e uma mensagem equivocada sobre os biocombustíveiserdquo;, diz a nota. O MBCB reúne entidades de diversos segmentos, incluindo o setor de bioenergia, automobilístico, máquinas agrícolas, autopeças, sucroenergético, entre outros. Dentre os participantes estão grandes montadoras, como a Stellantis, Toyota, BYD e Scania. A iniciativa de mobilidade de baixo carbono tem como missão a descarbonização viável e a neoindustrialização dos transportes no país, com o objetivo de atingir a neutralidade de emissões em 2050. O foco é a diminuição das emissões de carbono em veículos leves, pesados, máquinas agrícolas ou de construção. Waiver do biodiesel rachou setor Distribuidoras reunidas no Instituto Combustível Legal (ICL) e no Sindicom vinham se articulando com a Frente Parlamentar do Biodiesel (FBPIO) com o interesse comum de combater as fraudes na mistura. O setor, contudo, rachou quando o Sindicom formalizou o pedido de suspensão da mistura obrigatória por 90 dias, diante do aumento das fraudes. Eles querem zerar a obrigação, enquanto o governo finaliza a regulamentação de uma nova lei que poderá ampliar o combate às fraudes. Usineiros são prejudicados ao deixar de vender; e as distribuidoras que atendem aos mandatos sofrem com a concorrência desleal, uma vantagem ilegal por quem vende diesel sem o custo de aquisição do biocombustível. eldquo;Pedido é absurdoerdquo; O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou como absurdo o pedido de suspensão e que é preciso dar previsibilidade ao setor produtivo. As declarações foram dadas na última segunda (17/3), durante evento para apresentar os resultados do estudo de viabilidade técnica do E30. eldquo;O que as distribuidoras têm todo o direito, e eu destaquei aqui, na presença do diretor da Polícia Federal, é cobrar a concorrência leal, que todos façam a mistura adequada conforme a lei. Agora, sob o pretexto do não cumprimento da lei por parte de alguns, querer destruir uma indústria, é algo completamente inusitado e absurdoerdquo;, afirmou. Veja a íntegra do manifesto divulgado pelo MBCB O MBCB, acordo de cooperação entre empresas, entidades sindicais e associações para promover a Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil acompanha, com preocupação, alguns movimentos contrários à mistura do biodiesel no diesel, indicando retrocesso em um propósito nobre, principalmente no ano em que o Brasil sedia a COP30. A Lei 14.993/2024, Lei do Combustível do Futuro, é um marco regulatório muito importante e deve ser respeitada. Movimentos contrários a ela enfraquecem o trabalho do Legislativo, transmitem desinformação à sociedade e uma mensagem equivocada sobre os biocombustíveis. Questões estruturais e a deficiência de fiscalização, que comprometem as metas de adição do biodiesel no diesel, devem ser resolvidas em sua origem e não por meio de ações anódinas que possam afetar os objetivos da Lei do Combustível do Futuro e demais políticas públicas implementadas com a finalidade de promover a descarbonização na mobilidade.

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Brasil fortalece agenda de combustíveis fósseis no Brics

Os onze países do Brics devem se unir para eldquo;atacar a demandaerdquo; de petróleo e gás ao mesmo tempo em que buscam soluções para descarbonizar sua produção de combustíveis fósseis, defendeu nesta quinta (20/3) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), durante a abertura da 2ª Reunião de Energia do Brics, em Brasília. eldquo;No setor de óleo e gás, o planeta clama por redução nas emissões de gases de efeito estufa. Precisamos, juntos, atacar a demanda do petróleo e gáserdquo;, discursou no encontro dedicado a discutir o futuro da cooperação energética do bloco. eldquo;O petróleo brasileiro possui uma das menores emissões do planeta. Mesmo assim, queremos ampliar a aplicação de tecnologias como captura e estocagem de CO2 (CCUS), para redução da queima de gás, e a eletrificação das operações offshoreerdquo;, completou. Segundo Silveira, o objetivo é manter a relevância do Oeamp;G brasileiro no curto e médio prazo. Atualmente, o Brics é um grupo de países do Sul Global formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e, mais recentemente, Indonésia. O bloco soma uma produção conjunta de 42 milhões de barris de petróleo por dia (boe/dia), segundo dados do Departamento de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês). É o correspondente a pouco menos da metade da produção mundial de cerca de 100 milhões de boe/dia. Para o governo brasileiro, os países ricos devem ser os primeiros a abandonar os combustíveis fósseis, permitindo que as nações em desenvolvimento explorem seus recursos naturais para desenvolvimento econômico e investimentos para transição energética justa. Fósseis na transição justa Além de ser composto por grandes produtores de petróleo, o bloco foi formado por economias altamente dependentes de carvão, o que adiciona alguns graus de dificuldade quando o tema é abandonar combustíveis fósseis. Desde a presidência do G20, em 2024, o Brasil tem adotado o discurso da transição justa e gradual, sinalizando demandas de países que ainda precisam combater a pobreza e expandir o acesso a energia endash; um fator de desenvolvimento econômico. eldquo;A energia é estratégica, imprescindível em nossas economias e sociedades. Juntos, países do Brics, representamos 50% da produção e do consumo global. É nossa responsabilidade buscar um equilíbrio entre segurança energética e desenvolvimento sustentável, com uma transição para o futuro da economia de baixo carbonoerdquo;, disse o ministro na abertura da reunião. Pode frustrar organizações preocupadas com a influência do lobby dos combustíveis fósseis na conferência climática das Nações Unidas, marcada para novembro em Belém, no Pará. Presidente da COP30, o Brasil já expressou que pretende utilizar a articulação do Brics para alcançar resultados na cúpula do clima, especialmente em relação ao financiamento para emergentes. O tema também entrou no discurso de Silveira nesta manhã. eldquo;O financiamento da transição energética, por exemplo, é um desafio central para todos. Serão necessários recursos para viabilizar investimentos em infraestruturas, energias renováveis e pesquisa mineral para substituir as cadeias essenciais à transição. Sem financiamento adequado, a transformação dos nossos sistemas energéticos será mais lenta e desigualerdquo;. Foz do Amazonas antes da COP30 Ainda nesta quinta, Silveira disse a jornalistas que espera que a licença para a Petrobras perfurar a Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, saia antes da COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém. eldquo;Quem tem fome tem pressa. E o Brasil é um país com muitas desigualdades, com muitas necessidades, em especial de investimentos em áreas prioritárias, que são inclusive dever funcional do Estadoerdquo;, afirmou a jornalistas após a abertura da 2ª Reunião de Energia do Brics. O ministro tem pressionado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela autorização da perfuração exploratória na região. eldquo;Estou esperando, como eu disse, de forma serena, mas ansiosa. Porque, repito, o governo do presidente Lula tem um foco que é combater a fome, a miséria, fazer inclusão social, construir uma sociedade mais justaerdquo;.

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Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em 4 estados, cai em 12 e sobe em 8 unidades

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em quatro estados na semana de 16 a 22 de março. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 68,66% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) elaborado pela AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Mato Grosso (64,86%); Mato Grosso do Sul (66,56%); Paraná (68,83%); e São Paulo (67,80%). Preço do etanol sobe em 8 e no DF Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 estados, subiram em 8 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 6 estados na semana de 16 a 22 de março. Os dados são da ANP compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, a R$ 4,36 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,24% no período, para R$ 4,19 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 3,31%, foi registrada em Rondônia, onde o litro passou a R$ 5,30. A maior queda no período, em Mato Grosso, foi de 2,16%, para R$ 4 08 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,25 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,36, foi observado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual de R$ 4,08, foi registrado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5 48 o litro. (Estadão Conteúdo)

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